Ópio do povo ou saudável e genuína forma de expressão e entretenimento de toda uma nação? Ferramenta de manipulação política ou alternativa de ascensão social e afirmação das camadas mais pobres da população? O futebol comporta essas e tantas outras análises, desperta ódios e paixões, traz à tona o melhor e o pior de cada torcedor. Já interrompeu ou deflagrou guerras sangrentas, uniu desafetos, tirou países do anonimato, levou povos ao êxtase ou jogou-os na mais profunda depressão. Cria deuses e demônios, heróis e vilões encarnados muitas vezes pelo mesmo personagem. E, a cada quatro anos, reúne diferentes países, das mais variadas crenças, cores e sistemas políticos, em busca não apenas de uma conquista esportiva, mas, essencialmente, de um projeto de nação.
A Copa do Mundo é o desaguadouro final de todas as emoções, investimentos, filosofias de vida, atitudes e paixões desencadeadas não apenas pelo futebol, esporte mais popular do planeta. Mas não se resume a isso. Dos longínquos anos 30, quando o pequeno Uruguai firmou – ou reafirmou – a mística de um povo guerreiro com a conquista da Celeste Olímpica, passando pelas décadas de 50, 60 e 70, quando o Brasil superou o “complexo de vira-latas”, revelando ao mundo que o DNA de um país poderia ser decifrado no tratamento dado à bola, e desembocando na burocrática vitória italiana em 2006 – espelho do pragmatismo ditado pela implacável lógica do “mercado” –, levantar o cobiçado troféu não demonstra apenas as qualidades futebolísticas de 23 jogadores, mas o jeito de ser, sentir e pensar do imenso grupo ao qual eles pertencem. É esse espetáculo que nos aguarda a partir do dia 11 de junho, e que, esperamos, terá mais um final feliz para os brasileiros.
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