segunda-feira, 7 de junho de 2010

CONDENAÇÃO POR RACISMO NO SUL

Professor universitário é condenado por racismo no RS
30 de abril de 2009 • 16h17 • atualizado às 16h17
A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) condenou na terça-feira um professor da faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul a pagar multa civil por ato de racismo. Segundo a denúncia, ele teria feito comentários racistas durante uma aula.
Conforme a denúncia do Ministério Público Federal, o acusado disse em março de 2000 as frases: "os negrinhos da favela só tinham os dentes brancos porque a água que bebiam possuía flúor" e "soja é que nem negro, uma vez que nasce é difícil de matar".
Na época, foi aberta uma comissão de sindicância na faculdade, que concluiu que não havia uma conotação racista nas afirmativas do professor e que ele tinha "o intuito de criar um ambiente mais descontraído no primeiro dia de aula", e ainda, que teria feito uso de expressões informais usuais no meio rural.
A Procuradoria recorreu ao tribunal alegando que houve ação discriminatória e racista e que esta teria provocado constrangimento e indignação em todos os presentes e, principalmente, no único aluno negro presente.
O acusado defendeu-se alegando ter dito as frases sem intenção pejorativa e que usou ditado corrente na zona rural, costumeiro em agricultores de origem italiana, que teria um conteúdo positivo, relativo ao vigor da raça negra. Entretanto, conforme alunos que testemunharam o fato, ele teria se retratado ao final da aula e em aulas posteriores tentado intimidar o aluno ofendido.
O professor foi condenado a pagar multa civil no valor de uma remuneração mensal do seu cargo universitário, que será destinada ao fundo da ação civil pública, incluídas todas as vantagens e adicionais que recebia quando ocorreu o fato. Ele poderá recorrer da decisão.

fonte REDAÇÃO TERRA / REDE CEN

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