Foto: Ocean/Corbis
Popularmente conhecida por dor das costas, ou “dor nos quartos”, a
lombalgia é extremamente comum e se caracteriza pela dor na parte baixa
coluna, perto da bacia, podendo se estender também para as pernas. O
incômodo não é considerado uma doença e na maioria dos casos pode ser
resolvido por mudanças no estilo de vida.
Segundo o ortopedista Paulo Henrique Mulazzany, do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), vinculado ao Ministério da Saúde,
a lombalgia é responsável pela segunda maior incidência de visitas aos
consultórios médicos, só perdendo para a dor de cabeça. Há vários
fatores que levam à lombalgia. “As mais comuns são a fraqueza muscular e
a má postura. Ao mesmo tempo em que a vida moderna nos trouxe
facilidades, essa falta de condicionamento físico faz com que o dia a
dia nos cause mais stress na musculatura e coluna”, alerta o
especialista.
Outras causas são menos frequentes, como uma crise na hérnia de
disco, desgaste nas vértebras ou tumores na coluna. Existem dois tipos
de lombalgia: a aguda e a crônica. A lombalgia aguda é uma crise de dor
passageira, causada por um esforço na coluna ao se levantar peso de
maneira inadequada, sentar-se ou deitar-se numa postura errada. Com o
tratamento adequado, costuma desaparecer após alguns dias. A crônica é
uma dor de longa data, causada pelo sedentarismo ou sobrepeso e até por
questões genéticas, onde o problema não é tratado adequadamente e
permanece ao longo da vida.
O problema tem cura por meio da mudança dos hábitos que causam essas
dores. “Atitudes como a perda de peso, atividade física regular,
principalmente o fortalecimento da musculatura abdominal e alongamento
dos membros inferiores resolvem a maioria dos casos. O tratamento
cirúrgico é indicado apenas em algumas situações”, recomenda o
ortopedista do GHC. Até mesmo a dor causada pela hérnia de disco, Paulo
Mulazzany revela que pode ser tratada sem a intervenção cirúrgica. “Ao
longo do tempo a hérnia vai desidratando, o que gera um conforto”,
completa.
A cirurgia deve ser avaliada em casos extremos. “Dores neurológicas,
por conta de uma estrutura nervosa e não houve uma maneira de tratar a
não ser por cirurgia, ou escorregamento de vértebra, que é progressiva,
são exemplos de casos onde a cirurgia deve ser pensada”, afirma Paulo
Mulazzany. O uso de analgésicos durante o tratamento faz com que a crise
de dor seja tolerada com mais tranquilidade, mas não é curativo,
principalmente na lombalgia crônica. “O uso crônico de medicações é
excepcional. Tem que se descobrir o motivo da dor”, recomenda o
ortopedista.
Fonte: Fabiana Conte/ Comunicação Interna do Ministério da Saúde
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