sexta-feira, 23 de julho de 2010

OMS PROMOVE CIRCUNCISÃO PARA REDUZIR RISCO DE INFECÇÃO PELO HIV

Retirado do site Uol Notícias.
Alguém tem mais notícas sobre esse assunto. Será verdade o efeito da circuncisão???

20/07/2010

Viena, 20 jul (EFE).- A circuncisão reduz em 60% o risco de infecção pelo vírus HIV, razão para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) promova a cirurgia em vários países africanos, embora reconheça que não é uma solução definitiva contra a doença.

A proposta foi feita pelo diretor regional da OMS em Brazzaville (Congo), o ugandense David Okello, nesta terça-feira, em Viena, que disse haver "evidências científicas suficientes para promovê-la como um dos métodos para se prevenir a Aids".

Pesquisas posteriores feitas com uma amostra de seis mil homens revelaram que a intervenção reduziu o risco de infecção pelo vírus HIV. No entanto, as mulheres mantêm o mesmo risco de exposição à doença se tiverem relações sexuais sem proteção com homens circuncidados.

O magnata Bill Gates, fundador da Microsoft, também financia uma campanha de circuncisão na África.

Em seu discurso ontem na Conferência Internacional Aids 2010, em Viena, o fundador da Microsoft falou que "o custo de não se fazer nada é muito superior ao dos programas de circuncisão".

Para Krishna Yaffo, diretora do PSI para o HIV, se 80% da população masculina da África Oriental e do Sul fizesse a circuncisão, "seria possível evitar, nos próximos cinco anos, cerca de quatro milhões de infecções" até 2025.

Alcançar estes resultados representaria, segundo Yaffo, "uma economia de despesas de saúde de US$ 20 bilhões nesse mesmo período".

A iniciativa não está isenta de polêmica e a organização americana Intact America (IA) faz coro aos críticos do método.

"A promoção da circuncisão masculina promove uma mensagem errônea, cria um sentido equivocado de proteção e expõe as mulheres à mais riscos de se infectar com o HIV", declarou Georganne Chapin, diretora da IA, em comunicado divulgado hoje.

"Os homens já fazem fila (na África) para ser circuncidados acreditando que não precisariam mais utilizar o preservativo" , disse Chapin.

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