Transtornos mentais e comportamentais foram as principais causas de afastamento por doença dos professores da rede municipal de São Paulo no ano passado. Foram 4,9 mil afastamentos para uma categoria com 55 mil profissionais, o que equivale a quase 10% dos trabalhadores.
Os dados são de um levantamento que está sendo feito pelo Departamento de Saúde do Servidor (DSS) da Secretaria Municipal de Gestão e Desburocratização. O estudo aponta o crescimento de problemas psiquiátricos entre os professores. Em 1999, esses transtornos eram responsáveis por cerca de 16% dos afastamentos. Dez anos depois, a porcentagem subiu para 30% - de um universo aproximado de 16 mil afastados.
Outra estimativa, a do Fórum dos Profissionais de Educação Municipal em Readaptação Funcional, aponta que os transtornos psiquiátricos ficam também em torno de 30% do motivo das readaptações. Os professores readaptados são aqueles que não conseguem voltar para as salas de aula e se dedicam a outras atividades na escola. Eles são em torno de 7 mil. As demais causas de afastamento são doenças osteomusculares, como lesão por esforço repetitivo, e do aparelho respiratório.
Para especialistas em saúde do trabalho, a porcentagem de docentes com doenças mentais e comportamentais é elevada. "É um número alto levando-se em consideração que é uma categoria que lida com crianças e adolescentes. Com todos esses afastamentos, quem substituiu esses profissionais? O ensino fica comprometido", diz o psicólogo Roberto Heloani, professor titular da Unicamp e da Fundação Getúlio Vargas, especialista em saúde nas relações de trabalho.
Segundo ele, os professores têm de lidar com uma complexa rede de pressão no trabalho, o que culmina em doenças. Ele cita que as famílias, que deveriam fazer o papel de educar suas crianças, cobram isso do professor. Por outro lado, os alunos querem um professor que também seja um animador em sala de aula e, quando se sentem frustrados, passam a agredi-lo.
Claudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais da Educação, garante que a estatística acende "um alerta vermelho, porque é assustadora". Para ele, os professores estão submetidos a uma tensão permanente do próprio trabalho somada também às condições ruins para exercer a atividade. Outro agravante, em sua opinião, é a carga excessiva de trabalho. (O Estado de São Paulo)
Os dados são de um levantamento que está sendo feito pelo Departamento de Saúde do Servidor (DSS) da Secretaria Municipal de Gestão e Desburocratização. O estudo aponta o crescimento de problemas psiquiátricos entre os professores. Em 1999, esses transtornos eram responsáveis por cerca de 16% dos afastamentos. Dez anos depois, a porcentagem subiu para 30% - de um universo aproximado de 16 mil afastados.
Outra estimativa, a do Fórum dos Profissionais de Educação Municipal em Readaptação Funcional, aponta que os transtornos psiquiátricos ficam também em torno de 30% do motivo das readaptações. Os professores readaptados são aqueles que não conseguem voltar para as salas de aula e se dedicam a outras atividades na escola. Eles são em torno de 7 mil. As demais causas de afastamento são doenças osteomusculares, como lesão por esforço repetitivo, e do aparelho respiratório.
Para especialistas em saúde do trabalho, a porcentagem de docentes com doenças mentais e comportamentais é elevada. "É um número alto levando-se em consideração que é uma categoria que lida com crianças e adolescentes. Com todos esses afastamentos, quem substituiu esses profissionais? O ensino fica comprometido", diz o psicólogo Roberto Heloani, professor titular da Unicamp e da Fundação Getúlio Vargas, especialista em saúde nas relações de trabalho.
Segundo ele, os professores têm de lidar com uma complexa rede de pressão no trabalho, o que culmina em doenças. Ele cita que as famílias, que deveriam fazer o papel de educar suas crianças, cobram isso do professor. Por outro lado, os alunos querem um professor que também seja um animador em sala de aula e, quando se sentem frustrados, passam a agredi-lo.
Claudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais da Educação, garante que a estatística acende "um alerta vermelho, porque é assustadora". Para ele, os professores estão submetidos a uma tensão permanente do próprio trabalho somada também às condições ruins para exercer a atividade. Outro agravante, em sua opinião, é a carga excessiva de trabalho. (O Estado de São Paulo)
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