Colóquio Internacional “O Brasil e o império português na Época Moderna”
Data: 30 e 31 de agosto de 2010
Carga Horária: 12 Horas Total
A historiografia brasileira vem, nos últimos tempos, revisitando o passado colonial e atribuindo-lhe novos significados. Configuram-se em estudos centrados nos mais amplos aspectos da sociedade colonial, desde suas dimensões político-administrativas e econômicas às suas características sócio-culturais.
Profícua, dinâmica, inovadora...; assim se tem mostrado a história do Brasil colônia, em sua maior parte, desenvolvida no âmbito dos programas de pós-graduação espalhados pelo país. No entanto, não é possível recuperar e reinterpretar a história do Brasil no período colonial sem levar em consideração a sua inter-relação com a história do império português na época moderna, posto ser o Brasil apenas uma, das muitas partes deste império.
Assim, desvendar a história do Brasil no período colonial implica na compreensão de que só é possível fazê-lo se abrirmos os nossos horizontes à história de povos diversos que, também sob o impacto do contato com os portugueses, passaram por processos semelhantes e, de alguma forma, foram modificados, reconfigurados; e dos quais somos parte constituinte e constitutiva. Implica ainda em apreendermo-nos não apenas como colônia, mas como parte do próprio território colonizador, no caso, Portugal, e, sobretudo, saber analisar e distinguir as implicações de uma e outra condição, recuperando uma história que é processual e dialética e, por isso mesmo, passível de inúmeras interpretações.
É essa a reflexão que se pretende despertar com o Colóquio Internacional “O Brasil e o império português na época moderna”. Concebido enquanto parte dos Projetos de Extensão “Antigo Regime em Debate: história e historiografia”, coordenado pela Profa. Dra. Grayce Meyre Bonfim, e “Leituras da História do Brasil: a colônia em perspectiva”, coordenado pela Profa. Dra. Avanete Pereira Sousa, o objetivo deste evento, também ele, assim como o Brasil colônia, parte de “um todo”, é reunir estudiosos do Brasil e de “outros cantos do império” numa perspectiva comum, qual seja a de demonstrar que a história possui diferentes faces e muitas possibilidades de entrecruzamentos; que a história do continente europeu, africano, asiático e americano, em dado momento, é indissociável; e que a novidade na sua forma de apreensão reside exatamente em buscar sempre essas associações e conexões. De outro modo, o “Colóquio” será ainda um espaço de comemoração: comemoração dos 25 anos do curso de história da Uesb. Nada mais propício: aliar reflexões sobre “o curso da história” a reflexões sobre “o nosso Curso de História” e seus desdobramentos. Participe!
Programação
30/08/2010 (segunda-feira)
Local: Teatro Glauber Rocha (UESB)
Horário: 19h
Concerto Madrigal de Conquista
Regência: Marcos Ferreira
1º Mesa-Redonda
BRASIL E ÍNDIA
Latinização das Cristandades no Sul da Índia
Profa. Dra. Maria de Deus Beites Manso (Universidade de Évora, Portugal / Centro de Investigação: NICPRI.UE)
As relações de Macau com o Brasil: uma abordagem histórica
Profa. Dra. Leonor Diaz de Seabra (Universidade de Macau, China)
31/08/2010
Local: Teatro Glauber Rocha (UESB)
Horário: 14h
2º Mesa-Redonda
BRASIL E ÁFRICA
O Império Português na Oeste Africano: traduções religiosas entre jesuítas e marabus – Século XVII
Profa. Dra. Vanicléia Silva Santos (Universidade Federal de Minas Gerais)
Índios aldeados na exploração madeireira: capitania de Ilhéus, século XVIII.
Prof. Dr. Marcelo Henrique Dias (Universidade Estadual de Santa Cruz (Bahia)
31/08/2010
Horário: 19h
Local: Auditória 01 do Luizão (UESB)
3º Mesa-Redonda
A graduação em História: Licenciatura e Bacharelado nas Universidades da Bahia
Profa. Dra. Lina Maria Brandão Aras (Universidade Federal da Bahia)
Prof. Leandro Antonio Almeida (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)
Prof. Sergio Guerra Filho (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)
Obs.: Não haverá necessidade de inscrição antecipada para participação no Evento. Os certificados serão atribuídos com a carga horária correspondente à participação nas sessões (cada mesa-redonda terá carga horária de 4h).
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