Retirado do site Correio do Estado.
ELEIÇÕES 2010
Segunda-feira, 02 de agosto de 2010
O professor José Eustáquio Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGEÓrgão da administração pública federal subordinado ao Ministério do Planejamento. Principal provedor de dados e informações oficiais do país. Suas principais funções são: - produção e análise de informações estatísticas, - coordenação e consolidação das informações estatísticas, - produção e análise de informações geográficas, - coordenação e consolidação das informações geográficas, - estruturação e implantação de um sistema da informações ambientais, - documentação e disseminação de informações e - coordenação dos sistemas estatístico e cartográfico nacionais. ), afirma que as cotas para candidatas não só garantem mais espaço para as mulheres na política como favorecem uma mudança gradual no comportamento feminino na área. "Com a obrigatoriedade de um número mínimo de candidatas, os partidos se veem obrigados a preparar as mulheres para a vida pública, seja oferecendo cargos em secretarias de estado ou empresas públicas, por exemplo, ou até na própria executiva do partido. A ideia aqui é que os partidos invistam na qualificação das mulheres e, dessa forma, elas participem cada vez mais do jogo político", explica.
Além disso, segundo o pesquisador, a candidatura de mulheres tem o potencial de divulgação dos nomes e rostos femininos: "Mesmo que uma candidata não ganhe a eleição deste ano, ela ganhará experiência e reconhecimento. Assim, fica mais fácil vencer numa próxima eleição".
Para a cientista política e consultora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) Fernanda Feitosa, as cotas devem compensar a pouca "tradição histórica" de participação feminina na política. "O processo é educativo — não há como aprender participação política a não ser pela prática", defende.
Parlamentares mulheres
A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), coordenadora da bancada feminina da Câmara, acredita que a mudança é positiva e que o aumento do número de mulheres pode até alterar a agenda política do Parlamento. "As parlamentares mulheres dão prioridades a políticas públicas igualitárias e que beneficiem o bem-estar das famílias, das crianças e dos adolescentes", argumenta.
Já para Fernanda Feitosa, a perspectiva de aumento da participação feminina na política é uma questão de "representatividade democrática": "Nós somos mais da metade do eleitorado e menos de 10% do Parlamento — alguma coisa aí não está correta."
(Agência Câmara de Notícias)
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