16/10/2012 - 13h16
Rombo na conta do Fundo Estadual de Meio Ambiente chega a R$ 19 milhões
Redação 24 Horas News
Rombo na conta do Fundo Estadual de Meio Ambiente chega a R$ 19 milhões
Redação 24 Horas News
O rombo na conta do Fundo
Estadual do Meio Ambiente (Femam) da Secretaria Estadual do Meio
Ambiente (Sema) está na ordem de aproximadamente R$ 19 milhões. Desse
total, R$ 12 milhões foram registrados somente de 2012. Os números do
déficit no fundo foram apresentados durante reunião entre entidades que
atuam na área florestal que tratou de discutir as providências que
deverão ser tomadas em relação à morosidade da Secretaria de Estado de
Meio Ambiente.
Atualmente, exitem processos de
licenciamento protocolizados na Sema desde 2005, a espera de liberação e
as análises de mais de 6.000 processos estão atrasados por falta de
recursos, que são pagos adiantados, à vista pelos proprietários rurais.
No mesmo período do ano passado o passivo não passava de 150 processos
para análise.
Participaram da reunião
representantes da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais
(Amef), do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de
Mato Grosso (Cipem) e da Associação de Reflorestadores do Estado de
Mato Grosso (Arefloresta-MT), na sede do Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT).
De acordo com os dirigentes das
entidades, a situação que já se apresentava caótica com o desvio de
milhões de recursos do Femam-Sema para a chamada Conta Única do Estado e
a defasagem e burocratização das ferramentas utilizadas para a
operacionalização do sistema processual atingiu o seu ponto mais crítico
com a dispensa dos mais de 120 estagiários e mais de 150 servidores
contratados, fundamentais para o funcionamento do órgão.
Durante o encontro, ficou
convencionado que o licenciamento de uma propriedade rural leva em média
quatro anos para ser liberada no Estado de Mato Grosso, prazo este que
não ultrapassaria 15 dias se houvesse quadro técnico suficiente e
preparado para atender a demanda. Segundo a diretoria da Amef uma das
causas para a morosidade foi o aumento da burocracia imposta pela
legislação ambiental, a falta de uma reestruturação profunda no sistema e
na legislação estadual, falta de vontade política e a falta de
recursos.
Há processos de licenciamento
protocolizados na Sema desde 2005, a espera de liberação e as análises
de mais de 6.000 processos estão atrasados por falta de recursos, que
são pagos adiantados, à vista pelos proprietários rurais. No mesmo
período do ano passado o passivo não passava de 150 processos para
análise.
“Sem o Licenciamento Ambiental
Único (Lau) o proprietário rural não consegue financiamento em bancos,
nem fazer o plano de manejo florestal, o plano de exploração florestal,
pedir queima, desmatamento ou qualquer outra atividade em sua
proriedade.”, enfatiza o presidente da Amef, o engenheiro florestal
Joaquim Paiva de Paula.
Outra situação que se tornou
constante na Secretaria, de acordo com os participantes da reunião, é a
reprovação de projetos apresentados por Engenheiros Florestais
devidamente regularizados juntos ao seu Conselho por servidores sem
registro técnico que possuem apenas o ensino médio.
Os participantes dividiram-se em
comissões para colocar em prática as deliberações decididas durante a
reunião. A primeira ação será a mobilização junto ao Ministério Público e
a Assembleia Legislativa ainda esta semana, uma vez que os apelos ao
Poder Executivo teriam sito todos ignorados até o momento.
Fonte: Redação 24 Horas News
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