segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Menino de 10 anos é vítima de preconceito em supermercado de São Paulo

Vejam o video.

http://g1.globo.com/videos/jornal-hoje/v/menino-de-10-anos-e-vitima-de-preconceito-em-supermercado-de-sao-paulo/1421732/

2011, année Frantz Fanon

Segue abaixo endereço de um blog montado a propósito das evocações dos 50 anos da morte de Fanon, ocasião para também refletirmos sobre a vitalidade de seu pensamento crítico. Postagens em francês e inglês.
abçs, Jesiel
http://frantz-fanon.blogspot.com/

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

XI Congresso Luso-afro-brasileiro de Ciências Sociais

XI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais

Diversidades e (Des)Igualdades

Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador- Bahia - Brasil

De 07 a 10 de agosto de 2011

CHAMADA PARA INSCRIÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DE COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

Diversidades e (Des)igualdades é o tema que orientará os debates do XI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais, a ser realizado na Universidade Federal da Bahia, em Salvador, de 07 a 10 de agosto de 2011.

Durante o evento, especialistas em Ciências Sociais e Humanidades de diversos países - especialmente Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Portugal e Brasil - estarão reunidos para debater a diversidade e a complexidade de suas sociedades, privilegiando um enfoque comparativo e confronto de diferentes perspectivas teóricas e metodológicas.

Nesse momento encontram-se abertas as inscrições para Apresentação de Comunicações Individuais. Estudantes de Pós-Graduação e profissionais podem optar entre os 91 Grupos de Trabalho disponíveis em 11 Eixos Temáticos. Serão priorizadas Comunicações de resultados de pesquisa concluída ou em andamento.

Prazo: até 14 de março de 2011
Inscrições através do site internet www.conlab.ufba.br

A Comissão Organizadora desta edição do congresso é composta por pesquisadores de todas as universidades públicas da Bahia, e coordenada pelo Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia.
Maiores informações pelo endereço conlab@ufba.br

Atenciosamente,
Comitê Organizador

Atenciosamente,
Comitê Organizador

XI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais
Diversidades e (Des)Igualdades
SALVADOR - BAHIA - BRASIL
Data: 07 a 10 de agosto de 2011
Home Page:http://www.conlab.ufba.br
Twitter: https://twitter.com/xi_conlab
Contato: 00 55 71 3283-5509 / 3322-6813

Congresso da ASWAD : Libertação Africana e Black Power

VI CONGRESSO BIENAL DA ASSOCIAÇÃO DE ESTUDOS MUNDIAIS DA DIÁSPORA AFRICANA

A Libertação Africana e o Black Power: Os Desafios Encontrados pela Diáspora através do Tempo, Espaço e Imaginação

Pittsburgh, Pensilvânia, Estados Unidos
3 a 6 de novembro de 2011

Todos estão convidados para o VI Congresso Bienal da Associação de Estudos Mundiais da Diáspora Africana (Association for the Study of the Worldwide African Diaspora - ASWAD) que acontecerá de 3 a 6 de novembro de 2011.

Em 1954, o novelista e intelectual Richard Wright publicou Black Power, um livro provocativo que oferecia reflexões de suas viagens para a Costa do Ouro, quando esta estava em processo de tornar-se a nação independente de Gana. A expressão "Black Power" usada por Wright para significar as possibilidades de desenvolvimento e liberdade dos africanos, bem como as conexões pan-africanas culturais, tornaria-se então uma noção familiar para as pessoas de descendência africana ao redor do mundo que se identificassem com esta potente mensagem de libertação e revitalizatação cultural. Com isto, Wright abriu um novo capítulo na longa história do diálogo político e intelectual em toda a Diáspora Africana-um capítulo que revela tanto as convergências quanto as rupturas entre pessoas de descendência africana no continente e na Diáspora.

Neste VI Congresso Bienal que acontecerá em Pittsburgh, a ASWAD explora o tema "A Libertação Africana e o Black Power: Os Desafios Encontrados pela Diáspora Através do Tempo, Espaço e Imaginação". Este congresso pretende explorar as dimensões diaspóricas e articulações do Black Power com ênfase especial na África, Europa, Caribe, América Latina e Ásia traçando a genealogia deste conceito e as limitações desafiadoras dos estudos do Black Power.

Apesar da expressão Black Power ser frequentemente associada ao movimento político e cultural dos anos sessenta e setenta nos Estados Unidos, a força para valorizar a negritude e a africanidade era amplamente partilhada por toda a África e diáspora africana. Black Power era um fenômeno transnacional; além dos Estados Unidos, organizações, ativistas, artistas e políticos do Canadá, Trindade, Guiana, Jamaica, Bermuda, Reino Unido, África do Sul, Zaire e em qualquer lugar, explicitamente se identificaram com o Black Power. Cada um desses movimentos locais responderam de uma maneira única, mas permaneceram dialogando com descendentes africanos e outras pessoas que procuravam respostas criativas a regimes opressivos. Ao mesmo tempo, organizações feministas de mulheres negras nos anos setenta, como por exemplo a Combahee River Collective (EUA) e a Southall Black Sisters (Reino Unido) e escritoras como Claudia Jones, Audre Lorde e Bessie Head debateram publicamente as tendências masculinistas e heteronormativas dentro do Black Power. Na verdade, as feministas diaspóricas frequentemente imaginavam a liberdade de uma maneira esteticamente e politicamente mais expansiva do que os homens.

Ao explorar o Black Power como um fenômeno global, a ASWAD incentiva a submissão de artigos que interroguem os elementos que definem o Black Power, seus múltiplos aspectos e articulações, seus contornos de gênero e sexual, as conexões transnacionais que o informam e alimentam, assim como projetos políticos e culturais, globais ou locais, que o revitalizam no século XXI. Além disso, buscamos identificar os antecedentes do Black Power e o historicizar dentro das trajetórias da literatura africana e da Diáspora Africana, da cultura, da mídia, da filosofia, da política e do contexto acadêmico, bem como sua relação com a saúde e o meio ambiente. A base cultural e ideológica do Black Power tem raízes nos séculos XVII, XVIII, e XIX. A ASWAD incentiva artigos que investiguem a origem das expressões culturaes, intelectuais e políticas que produziram as lutas de liberação do seculo XX. Todas as áreas geográficas serão representadas, incluindo a África, as Américas, o Oriente Médio, a Europa e a Ásia. Incentivamos trabalhos e painéis que incorporem mulheres, gênero e sexualidade como categorias de análise.

SITE DO CONGRESSO

A universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, sediará o congresso.

A cidade de Pittsburgh possui uma vasta experiência com respeito à Diáspora Africana. Martin Delany, indiscutivelmente a figura principal na política pan-africana da metade do século XIX, fez de Pittsburgh a sede de suas participações em congressos na América do Norte e sua visita à África Ocidental em 1859. A comunidade afro-descendente do oeste da Pensilvânia (incluindo números de africanos), bem como da Virgínia, do nordeste dos Estados Unidos e (posteriormente) da Alabama foi documentada recentemente em uma grande exposição, "Free at Last?", apoiada pela Universidade de Pittsburgh e exibida no Centro Histórico Heinz (Heinz History Center). O Pittsburgh Courier, fundado em 1907, foi um jornal afro-americano de liderança regional e nacional durante grande parte do século XX.

Pittsburgh foi e é uma cidade centrada no trabalho e nos trabalhadores. Comercialmente, a cidade conecta-se com Nova Orleans por via fluvial e com Nova Iorque, Baltimore e Chicago por via ferroviária. O aço, o vidro e a pintura a vinculam com o mundo. Com laços econômicos globais vieram laços econômicos culturais: os músicos clássicos de Pittsburgh do século XIX eram negros; no século XX, a cidade torna-se um centro de jazz; hoje continua a ser um centro nostálgico de música doo-wop. O dramaturgo August Wilson escreveu o seu ciclo de dez peças baseado no Hill District de Pittsburgh; algumas de suas peças foram inspiradas nas imagens do artista plástico Romare Bearden. Em 2009, o magnífico Centro Cultural August Wilson (August Wilson Cultural Center) foi inaugurado no coração do centro da cidade, perto do Centro Histórico Heinz (Heinz History Center). Hoje em dia, Pittsburgh tem cerca de 300.000 mil habitantes, dentre os quais 25% são afro-americanos formando cerca de 20% da população do condado do Allegheny. Uma comunidade africana culturalmente ativa e pequena, mas que engrandece a diversidade da região.

O oeste da Pensilvânia foi muito importante na disputa presidencial de 2008 onde a grande maioria dos votos consolidou a eleição do presidente Obama. Baseado na experiência da sua campanha, o presidente Obama decidiu que o G-20 de 2009 seria em Pittsburgh, destacando assim o sucesso da cidade ao lidar com problemas econômicos e sociais da nossa época.

Todas as sessões do congresso serão realizadas no elegante University Club da universidade de Pittsburgh; os hotéis estão localizados a curta distância deste local. No sábado à noite, o Festival Anual de Jazz de Pittsburgh acontecerá no Carnegie Music Hall; o museu Carnegie estará exibindo a exposição do trabalho do famoso fotógrafo de Pittsburgh, "Teenie" Harris. Ambos eventos estão localizados perto do local do congresso. Nós também gostaríamos de fazer um evento no August Wilson Center.

RESUMOS

Os resumos de duas páginas (tanto para uma apresentação indivual quanto para um painel) e o curriculum vitae de uma página (ou várias cópias do curriculum de uma página) deverão ser enviados até o dia 15 de março de 2011. Os resumos poderão ser enviados antes do pagamento da inscrição e deverão ser enviados para o seguinte email: aswad2011@osu.edu

Qualquer outra pergunta deverá ser dirigida a:

Leslie M. Alexander, Co-Diretora do Congresso
Associate Professor
371 Dulles Hall
230 West 17th Avenue
Department of History
The Ohio State University
Columbus, OH 43210

A nossa intenção é publicar os artigos no nosso site, e alguns serão escolhidos para publicação. Caso esta não seja a sua intenção, por favor indique claramente a sua preferência. O material completo deverá ser enviado em formato de publicação antes da primeira semana de outubro de 2011.

Pedimos encarecidamente que a data de entrega dos artigos seja respeitada!

INSCRIÇÃO

Membros da ASWAD

Professores e Profissionais (admissão geral) residentes na América do Norte e Europa: US $75

Professores e profissionais aposentados (admissão geral) residentes na América do Norte e Europa: US $50

Professores e profissionais (admissão geral) residentes em outro lugar: US $25

Estudantes: nenhuma taxa de inscrição é requerida.

Não Membros da ASWAD

Professores e Profissionais (admissão geral) residentes na América do Norte e Europa: US $140

Professores e profissionais aposentados (admissão geral) residentes na América do Norte e Europa: US $80

Professores e profissionais (admissão geral) residentes em outro lugar: US $50

Estudantes: nenhuma taxa de inscrição é requerida.

Para informações sobre a inscrição no Congresso e na ASWAD ou como fazer inscrições on-line, por favor consulte os sites abaixo:

http://www.aswadiaspora.org/ASWAD_2011_CFP_01.html#registration

Os membros da ASWAD e os participantes do congresso receberão atualizações regulares sobre este evento via email. Informações sobre o congresso e a ASWAD poderá ser encontrada no site da ASWAD, que deverá ser consultado periodicamente para atualizações. Os interessados em fazer uma assinatura ou renová-la deverá acessar o site para instruções.

ACOMODAÇÕES

O hotel Holiday Inn será a acomodação principal, embora todas as sessões sejam realizadas no University Club da Universidade de Pittsburgh. Um bloco de quartos foi reservado, mas a disponibilidade diminuirá rapidamente. Informações sobre o Holiday Inn bem como informações sobre hotéis alternativos poderão ser encontradas abaixo; ao fazer a sua reserva em um hotel, por favor indique que você participará do congresso da ASWAD para receber descontos especiais:

Holiday Inn - Pittsburgh University Center
http://www.holidayinn.com/pit-univctr
125 quartos
US $124 + taxa
US $10 por dia caso queira estacionamento
As reservas deverão ser feitas até o dia 14/10/2011

Hampton Inn Oakland
http://www.pittsburghhamptoninn.com/home-hampton-pittsburgh-oakland-hotel.php
50 quartos
US $129 + taxa
Inclui café da manhã
US $14 por dia caso queira estacionamento
As reservas deverão ser feitas até o dia 06/10/2011

Courtyard by Marriott Shadyside/Oakland
http://www.marriott.com/hotels/travel/pitok-courtyard-pittsburgh-shadyside/
30 quartos
US $134 + taxa
US $17,88 por dia caso queira estacionamento (oferecem serviço de manobristas)
As reservas deverão ser feitas até o dia 06/10/2011

Wyndham Hotel Pittsburgh University Place
http://www.wyndham.com/hotels/PITUP/main.wnt
75 quartos
US $125 + taxa
US $17 por dia caso queira estacionamento
As reservas deverão ser feitas até o dia 01/10/2011
Pittsburgh Athletic Association

http://www.paaclub.com/Club/Scripts/Home/home.asp
15 quartos
Preços variados
As reservas deverão ser feitas até o dia 06/10/2011

Residence Inn by Marriott Pittsburgh University/Medical Center
http://www.marriott.com/hotels/travel/pitro-residence-inn-pittsburgh-university-medical-center/
30 quartos
US $119 + taxa
US $13,50 por dia caso queira estacionamento
As reservas deverão ser feitas até o dia 13/10/2011

Vejo vocês em Pittsburgh!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Os números da internet em 2010

Link: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI203911-15224,00-OS%20NUMEROS%20DA%20INTERNET%20EM.html
Sabe quantos emails foram enviados durante o ano passado? E quantos novos sites surgiram?
RENAN DISSENHA FAGUNDES (TEXTO) E DAVID MICHELSOHN (INFOGRÁFICO)
A Pingdom, uma empresa sueca de monitoramento de sites, publicou em seu site um levantamento com dados de fontes diversas da web mostrando em números o que foi a internet em 2010. Escolhemos alguns desses indicadores - tiramos aqueles que eram só sobre os Estados Unidos - e produzimos um infográfico pra facilitar a visualização. Confira:

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Itamaraty abre 26 vagas para diplomata e contará com política de cotas

Itamaraty abre 26 vagas para diplomata e contará com política de cotas

O Instituto Rio Branco lançou ontem edital com 26 vagas para a carreira de diplomata, que exige curso superior em qualquer área de conhecimento. Com salário inicial de R$ 12.962,12, a seleção traz uma novidade polêmica: pela primeira vez, valerá a política de cotas para negros do Itamaraty. Candidatos que se declararem afrodescendentes terão reservadas, somente na primeira fase do concurso, 30 vagas — eles serão convocados além dos 300 aprovados nessa etapa.

Organizado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), o certame receberá inscrições entre 24 de janeiro e 22 de fevereiro. Os interessados poderão se cadastrar por meio da página na internet www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2011. Do total de oportunidades, duas ainda constituem a cota reservada aos portadores de deficiência.

A carreira de diplomata tem atraído cada vez mais jovens interessados em uma vida dinâmica, de viagens ao exterior e contato diário com culturas diferentes. Desta vez, porém, a concorrência será mais acirrada, pois o número de chances é bem inferior à média de 107 aprovados nos últimos 5 concursos realizados pelo Rio Branco. No ano passado, 8.869 pessoas se candidataram a 108 oportunidades, uma média de 82,12 candidatos por vaga.

Ingressar na carreira não é tarefa fácil. Os candidatos passam por quatro etapas de seleção. A primeira é a prova objetiva, com questões de português, história do Brasil, história mundial, geografia, política internacional, inglês, noções de economia e de direito, e direito internacional público. Na segunda fase, eles fazem uma avaliação escrita de português. Na terceira, voltam a responder a questões da primeira. O quarto estágio, por sua vez, inclui provas escritas de espanhol e francês. A primeira prova está marcada para 10 de abril.

Bolsa Prêmio

A portaria que garantiu a reserva aos afrodescendentes foi assinada em dezembro. Para o Itamaraty, a medida está “em consonância” com o previsto pelo Estatuto da Igualdade Racial, sancionado em julho do ano passado pelo então presidente Lula, depois de tramitar por 10 anos no Congresso Nacional. Até então, o programa de ação afirmativa no ministério limitava-se à chamada “Bolsa Prêmio de Vocação para a Diplomacia”, lançada em março de 2002, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso.
De lá para cá, 309 benefícios de R$ 25 mil anuais foram concedidos a 198 bolsistas para o pagamento de cursos preparatórios ou a professores particulares, para compra de livros e material de estudo. Do total de contemplados pelo projeto, 16 foram aprovados no concurso.

Do Correio Braziliense

Concurso do Itamaraty com cotas para negros tem edital

Publicada em 18/01/2011 às 23h55m - O Globo

BRASÍLIA - O Instituto Rio Branco divulgou, nesta segunda-feira, edital de concurso público para diplomatas que, pela primeira vez, terá cotas para negros. Na primeira das quatro fases, quando são selecionadas as 300 melhores notas, serão incluídas outras 30 provas de candidatos afrodescendentes, o que já provocou polêmica. Nas outras três fases, os negros concorrerão com igualdade em relação aos outros candidatos. Para receber o tratamento especial, basta declarar na inscrição que tem a pele negra. Das 26 vagas disponibilizadas este ano, duas são reservadas para deficientes físicos.

Outro diferencial do concurso deste ano é a diminuição no número de vagas. No ano passado, havia 108 vagas em disputa. O Rio Branco recebeu 8.869 inscrições, uma média de 82,12 candidatos por vaga. Em média, o Rio Branco ofertou 107 vagas por ano nos últimos cinco anos.

Para fazer o concurso, o candidato deve ter graduação em qualquer área. As inscrições custam R$ 150 e podem ser feitas pelo site do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), da Universidade de Brasília (UnB) de 24 de janeiro a 22 de fevereiro. O salário inicial é de R$ 12.962,12. A data provável da primeira das quatro fases é 10 de abril. A última fase está prevista para 10 de julho. As provas serão aplicadas simultaneamente nas 27 capitais brasileiras - outra novidade no edital deste ano. Até 2010, os candidatos tinham de ir até Brasília para fazer os exames.

Universidade do Estado da Bahia (Uneb) realiza concurso para docentes

Inscrições até 14 de fevereiro.

O concurso para a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) visa ao preenchimento de 38 vagas, distribuídas por nove campi da universidade, na capital e no interior no estado.

Os candidatos selecionados vão atuar em regime de dedicação exclusiva (DE), com remuneração inicial de cerca de R$ 6,5 mil.

Os candidatos serão submetidos à prova escrita, aula pública, memorial e prova de títulos em data e local a serem divulgados posteriormente. O concurso tem prazo de validade de dois anos, prorrogável por igual período, a partir da data da publicação dos resultados.

Inscrições e mais informações: www.concursodocente.uneb.br

Financiamento de projetos - 25 mil

EDITAL
Processo Seletivo
I.Apresentação
Os Governos dos Estados Unidos e do Brasil, por intermédio do Plano de Ação Conjunto entre o Brasil e os Estados Unidos - JAPER e a BrazilFoundation, convidam organizações da sociedade civil brasileira, sem fins lucrativos, a apresentarem propostas para projetos sociais que serão apoiados de acordo com as normas deste Edital.

Linhas de apoio:
Este Edital tem como foco apoiar projetos voltados à promoção da igualdade racial e étnica, através de educação e cultura, em três áreas principais:
1. Educação voltada à promoção da igualdade racial;
2. Acesso à justiça;
3. Promoção da equidade étnica e racial na mídia.

Prazo para envio de propostas:
30 de novembro de 2010 a 31 de janeiro de 2011. A data de postagem no correio será considerada como comprovante.

Financiamento: Até R$25.000,00, para projetos com duração de 1 (um) ano.
O Plano de Ação Conjunto entre o Brasil e os Estados Unidos - JAPER, assinado em março de 2008, está compromissado com a colaboração profunda e contínua entre os dois governos a fim de eliminar a discriminação racial e étnica e promover a igualdade de oportunidades em ambos os países.

II. Objetivos:
Os projetos poderão ter como objetivos:
• Promoção de acesso de universitários formados a educação complementar em direitos humanos, aperfeiçoamento do idioma inglês, desenvolvimento de capacidades e talentos para liderança, e / ou oportunidades de estágios.
• Desenvolvimento de programas de capacitação para gestores sociais brasileiros em direitos humanos e direito civil internacional e doméstico.
• Execução de programas de prevenção a violência, para jovens em situação de risco social, através de iniciativas culturais e artísticas.
• Criação de oportunidades para jovens em situação de risco social de estágios em ONGs brasileiras envolvidas na promoção da equidade racial.
• Iniciativas que apoiem as estratégias de acesso à justiça das ONGs brasileiras.
• Intercâmbio das melhores práticas para a promoção de equidade étnica e racial na mídia.
• Sempre que possível os projetos também deverão promover a articulação entre líderes e organizações da sociedade civil do Brasil e Estados Unidos, visando integração e o intercâmbio de melhores práticas entre os dois países.

III. Processo de seleção:
O processo de seleção está aberto a todas as organizações de direito privado sem fins lucrativos, de todas as regiões do Brasil, cujas propostas atendam aos critérios abaixo.

1. Critérios gerais de seleção:
• Instituições que possuam no mínimo dois anos de formatação legal e experiência de trabalho.
• Legitimidade da instituição em sua área de atuação.
• Comprovada capacidade técnica e operacional da instituição de desenvolver o projeto proposto e exemplos de projetos semelhantes descritos no formulário de proposta.
• Alinhamento da proposta apresentada com a missão da instituição proponente.
• Adequação da intervenção social proposta às necessidades impostas pela realidade social da comunidade ou público diretamente beneficiado.
• Apresentação de abordagens diferenciadas em relação a outras iniciativas da mesma área de atuação em seu estado ou região.
• Implantação de um modelo de atuação eficaz que possa gerar mudanças sociais e contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade ou do público diretamente beneficiado.

2. Comitê de Seleção:
Os projetos finalistas serão avaliados pelo Comitê de Seleção composto por 2 (dois) oficiais do Governo dos Estados Unidos e (2) dois oficiais do Governo brasileiro, através de um (1) representante do Ministério das Relações Exteriores - MRE e um (1) representante da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR.
3. Poderão participar:
Pessoas jurídicas, não-governamentais, de direito privado e sem fins lucrativos, políticos ou religiosos.

4. Não poderão participar:
• Pessoas físicas;
• Partidos Políticos e Igrejas;
• Instituições cujo projeto tenha objetivos político-partidários ou religiosos;
• Instituições do Sistema "S" (SENAI, SESI, SESC, SESI, SEBRAE), que podem, porém, ser parceiras do projeto ou da instituição proponente;
• Universidades e autarquias, que podem, porém, ser parceiras do projeto ou da instituição proponente.


5. Financiamento:
• O JAPER oferece apoio financeiro de até R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) durante um ano. O repasse dos recursos será feito em três parcelas: a primeira após a assinatura do contrato, a segunda seis meses após a aprovação do primeiro relatório e a última após a aprovação do segundo relatório.
• Os orçamentos deverão ser discriminados na planilha anexa ao Formulário.
• NÃO serão aceitas propostas com orçamentos preenchidos em outro modelo de planilha; contudo, detalhamentos em planilhas auxiliares poderão ser acrescentados, caso seja julgado necessário.
• O valor solicitado ao JAPER não poderá ultrapassar R$ 25.000,00 podendo o orçamento total do projeto contar com contrapartidas próprias e de outros parceiros.
• Os projetos deverão ser executados em 12 (doze) meses, a partir da data de assinatura do contrato.
• As organizações apoiadas deverão apresentar dois relatórios semestrais de atividades, acompanhados de prestação de contas do desenvolvimento do seu projeto.


IV. Inscrição:
A inscrição será feita através do envio pelo correio do Formulário de Inscrição e Planilha de Solicitação de Recursos.

O Formulário de Inscrição e a Planilha de Solicitação de Recursos deverão ser preenchidos integralmente e exclusivamente dentro do modelo fornecido pelo JAPER, e disponíveis nos links abaixo:

> Clique aqui para fazer o download do "FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO" (formato Word)> Clique aqui para fazer o download da "PLANILHA DE SOLICITAÇÃO DE RECURSOS" (formato Excel)
Os formulários preenchidos devem ser obrigatoriamente acompanhados de:

• Cópia dos arquivos em CD-ROM devidamente identificado;

• Cópias simples de:
1. Estatuto e CNPJ da instituição;
2. Ata de Fundação ou da última Assembléia da instituição (enviar o documento que for mais recente);
3. Currículo resumido do responsável pelo projeto;
4. O nome do responsável pela instituição, constante na Ata mais recente, deverá ser o mesmo que constar do Formulário de Inscrição.

ATENÇÃO:
O NÃO ENVIO DE QUALQUER UM DESSES ITENS IMPLICARÁ NA ELIMINAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DO PROCESSO DE SELEÇÃO.
O formulário e a planilha deverão ser enviados IMPRESSOS, para o endereço abaixo.

BrazilFoundation
JAPER - SELEÇÃO DE PROJETOS
Avenida Calógeras, 15 - Cobertura
Centro - Rio de Janeiro/RJ
CEP: 20030-070

Não serão aceitos projetos enviados por correio eletrônico (e-mail) ou fax.

V. Prazos:
• O prazo de envio é de 30 de novembro de 2010 a 31 de janeiro de 2011.
• Os projetos enviados fora do período estabelecido serão eliminados do processo de seleção. A data de postagem no correio será considerada como comprovante.
• Nenhum material enviado será devolvido ao término do processo de seleção. NÃO ENVIE DOCUMENTOS ORIGINAIS.
• Divulgação dos projetos pré selecionados no site da BrazilFoundation: 11 de abril de 2011;
• Assinatura do contrato e repasse da primeira parcela dos recursos: primeira semana de julho de 2011.

O Plano de Ação Conjunto entre o Brasil e os Estados Unidos - JAPER reconhece que os dois países são democracias multiétnicas e multirraciais, cujos laços de amizade são fortalecidos através de experiências participativas. Ambos os países reconhecem e celebram as ricas contribuições de afro descendentes e populações indígenas nas estruturas de suas sociedades.

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, juntamente com Governo brasileiro através do Ministério das Relações Exteriores - MRE e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR, e a BrazilFoundation, são parceiros nesta iniciativa do JAPER.

A BrazilFoundation, desde a sua fundação em 2001, através de seus programas de Seleção Anual, Monitoramento e Avaliação, apoiou financeira e tecnicamente 208 projetos sociais em 24 estados brasileiros nas áreas de Educação, Saúde, Direitos Humanos, Cidadania, e Cultura. Um grande número destes projetos abrange a eqüidade étnica e racial como área temática transversal, oferecendo soluções inovadoras e diferenciadas para os desafios enfrentados por suas comunidades, apresentando assim potencial de transformar a realidade social brasileira.

Marcio Alexandre M. Gualberto
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Contatos: 21 7596 7156
MSN: marciodexango@hotmail.com

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Seminario Temático . "De que África estamos falando” (I) : perspectivas da pesquisa histórica e do ensino de História da África (do século XI à primei

XXVI SIMPÓSIO NACIONAL HISTÓRIA
ANPUH 50 anos
São Paulo, 17 a 22 de julho de 2011.
Universidade de São Paulo (USP)
Cidade Universitária
http://www.snh2011.anpuh.org/simposio/public

001. "De que África estamos falando” (I) : perspectivas da pesquisa histórica e do ensino de História da África (do século XI à primeira metade do século XIX)
Coordenadores: MARIA CRISTINA CORTEZ WISSENBACH (Pós Doutor(a) - Departamento de História USP), VANICLEIA SILVA SANTOS (Doutor(a) - UNIVERSIDADE FEDERAL MINAS GERAIS)

Resumo: Este simpósio tem por objetivo reunir pesquisadores do Brasil vinculados com a pesquisa e o ensino de história da África. Fazendo um recorte cronológico e abrangendo aqui os processos históricos africanos ocorridos entre o século XI e a primeira metade do século XIX, as temáticas compreendidas são, propositalmente, bastante amplas, incluindo problemáticas, regiões e tempos diversificados. A época abrangida equivale à história africana no período chamado de pré-colonial caracterizado pela independência e autonomia das sociedades africanas, pela diplomacia e reciprocidade nas relações com os agentes europeus e pela intensa participação das mesmas nos fluxos de comércio de longa distância (em direção ao Mediterrâneo, ao Atlântico e ao Índico). E, num sentido amplo, o intenso comércio de escravos e outros produtos, e os fluxos e refluxos de populações africanas entre as Américas e o continente africano.

Assim, serão bem-vindas pesquisas em andamento e reflexões que tratem de questões tais como:

- As reflexões sobre a historiografia africanista: tendências, debates e contribuições teóricas;
- Os estudos sobre as sociedades sahelianas e sobre a expansão do Islã na África;
- As análises sobre a representação do continente africano, desde o período das viagens árabes e portuguesas no século XV até as que ocorreram na primeira metade do século XIX;
- As relações euro-africanas nos diferentes contextos históricos na época moderna; sociedades e grupos hifenizados.
- As transformações nas estruturas sociais e sistemas políticos africanos no período do tráfico escravo; a historicidade do tráfico e suas fases;
- As relações comerciais internas e externas do continente africano no período moderno;
- As comunidades afro-americanas na África e os retornados;
- A história da África no ensino superior no Brasil: formas de abordagem, debates conceituais, seleção de temas;
- O ensino de história da África e a formação inicial e continuada de professores: problemas teóricos e metodológicos, produção de materiais para a preparação dos docentes, a pesquisa na área. ...
Justificativa: O estabelecimento da obrigatoriedade do ensino da “História da Cultura Afro brasileira” em todas as escolas de ensino fundamental e médio (Lei 10.639/2003 e Lei 11.465/08) cujo conteúdo programático inclui a “História da África e dos Africanos”, começa a apresentar conseqüências. De um lado, as instituições federais e estaduais de ensino superior adicionam em seus currículos a disciplina de História da África e realizaram contratações de professores especializados e, de outro, desenvolvem-se pesquisas históricas feitas nesta área. A despeito dos estudos africanos e da diáspora estarem firmemente estabelecidos no Brasil há algum tempo, a ampliação do campo tornou-se evidente nos últimos anos. O número de estudiosos envolvidos com as temáticas africanas ampliou-se, como também os mestrados e os doutorados defendidos e em curso.
Desta forma, no ano de comemoração dos 50 anos da ANPUH, pretende-se realizar um levantamento das várias linhas de pesquisa em História da África que estão sendo desenvolvidas nas instituições brasileiras e reunir as experiências de ensino na disciplina nos cursos de bacharelado e licenciatura. A intenção é abrir um espaço para congregar pesquisadores; promover a troca de informações e experiências entre eles e criar um fórum de discussão para enriquecer as condições de pesquisa e aprofundar os diálogos entre a pesquisa histórica e a formação de docentes. Assim, esta proposta representa a continuidade do processo iniciado no encontro de Fortaleza com o simpósio temático “Estudos Africanos: dimensões históricas das sociedades africanas e dos africanos na diáspora”, que teve desdobramento em vários encontros regionais da ANPUH em 2010.

Bibliografia: APPIAH, Kwame A. A Casa de Meu Pai. A África na Filosofia da Cultura. RJ: Contraponto, 1997.
BATES, Robert H.; MUDIME, V. Y.; O´BARR, Jean. Africa and the Disciplines – the Contributions of Research in Africa. Chicago: Univ. Chicago Press, 1993.
BENOT, Yves. As ideologias políticas africanas. Lisboa: Sá da Costa, 1980.
BIRMINGHAM, David. A África Central até 1870. Luanda: ENDIPU, 1992.
CAPELA, José. O tráfico de escravos nos portos de Moçambique. Porto: Afrontamento, 2002.
COQUERY-VIDROVITCH, Catherine; MONIOT, H. Africa negra de 1800 a nuestros dias. 2ª. ed., Barcelona: Labor, 1985.
DIAS, Jill; ALEXANDRE, Valentim (coord.) O Império Africano (1825-1890). Lisboa: Editorial Estampa, 1998.
FAGE, J.D. História da África. Lisboa: Edições 70, 1995.
HAWTHORNE, Walter. From Africa to Brazil. Culture, identity, and na Atlantic Slave Trade, 1600-1830. Nova Iorque: Cambridge UP, 2010.
HENRIQUES, Isabel de Castro. Os pilares da diferença – Relações Portugal-África, séculos XV-XX. Lisboa: Caleidoscópio, 2004.
HOURANI, A. Uma história dos povos árabes. SP: Cia das Letras, 1994.
ILIFFE, John. Os Africanos: história de um continente. Lisboa: Terramar, 1999.
KI-ZERBO, J. História da África Negra. 2 Volumes. Lisboa: Europa-América, 1991.
LOVEJOY, Paul. A escravidão na África: uma história de suas transformações. RJ: Civ. Bras., 2002.
MEILLASSOUX, Claude. Antropologia da escravidão. O ventre de ferro e dinheiro. RJ: Jorge Zahar; 1995.
M´BOKOLO. África negra: histórtia e civilizações. Tradução. Salvador; São Paulo: EDUFBA; Casa das Áfricas, 2009.
MILLER, Joseph C. Poder Político e parentesco. Os antigos estados Mbundu em Angola. Luanda: AHN; 1995.
SILVA, Alberto da Costa e. A manilha e o libambo: a África e a escravidão de 1500 a 1700. RJ: Nova Fronteira, 2002.
THORNTON, J. Africa and the Africans in the Making of the Atlantic World 1400-1800. Cambridge: CUP, 1998; tradução brasileira de Marisa Rocha Mota, A África e os africanos na formação do mundo atlântico. 14

Vanicléia Silva Santos
História da África - FAFICH - UFMG
31 9653 6920

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

E SE DEUS FOR NEGRO?

*Walter Nunes

François Bernier, viajante, antropólogo e médico francês, escreveu em 1684, no “Journal des Sçavants” de Paris, a seguinte descrição de um negro:” são humanos, de lábios grossos e narizes achatados; pele oleosa, lisa e polida, com exceção das partes queimadas pelo sol; possui apenas três ou quatro fios de barba e os cabelos não são propriamente cabelos, mas uma espécie de lã que se assemelha ao pelo de algumas de nossas ovelhas. Seus dentes são mais brancos que o marfim mais fino; sua língua e toda a reentrância da boca com lábios tão vermelhos quanto o coral”.

No simbolismo das cores, no Ocidente Cristão, o negro significava a derrota, a morte, o pecado, enquanto o branco significava o sucesso, a pureza e a sabedoria. Segundo, Roger Bastide, sociólogo francês, nós herdamos dos gregos e do cristianismo a polaridade branco-preto como expressão da pureza e do demoníaco. “Lembramos o véu negro de Teseu, quando retornou de Creta, como símbolo da derrota, e o seu véu branco como sinônimo de vitória. Os eleitos, no cristianismo, vestem túnicas brancas e os diabos são negros. Sem nos darmos conta, essa ligação da negrura com o inferno, a morte, as trevas da noite e o pecado não deixa de exercer influência sobre nossa visão dos africanos, como se uma maldição estivesse colada a sua pele”.

Em 2010 entrou em vigor o Estatuto da Igualdade Racial. O senador Demostenes Torres (DEM-GO), relator do texto final, conseguiu empurrar garganta abaixo e aprovar, um estatuto que é a cara da elite branca e conservadora representada pelo Democratas. Foi o DEM que ajuizou ação no STF contra a demarcação dos territórios quilombolas, contra as cotas nas universidades e de quebra aplaudiu o senador Demostenes quando ele defendeu que, na colônia, não houve estupro de mulheres negras pelos senhores de engenho, era sexo consensual. Muita cara de pau de um senador racista.

O racismo no Brasil é alimentado na sutileza dos detalhes do cotidiano e até nos parece normal esta convivência. Na maioria das vezes, ocorre de forma imperceptível, quase invisível. Outro exemplo vergonhoso foi o que constatamos no ano passado, na novela Viver a Vida, assistida por milhões de brasileiras (os). A personagem Helena vivida pela atriz negra Thaís de Araujo, foi uma protagonista que ajoelhava e implorava perdão e mesmo assim levava porrada em plena Semana da Consciência Negra . Demonstrou incompreensiva subserviência aos personagens brancos. Por outro lado vimos Luciana, paraplégica, vivida pela atriz Aline Moraes dentro de casa, sendo carregada no colo por um negro, contratado especialmente para essa finalidade. Na imprensa escrita, os negros jamais são vistos nas colunas sociais, mas predominam nas páginas policiais; nas passarelas as modelos são brancas. Na medicina, engenharia, direito e outros cargos nobres, o negro é minguado, quase não se vê.

Esse racismo estrutural praticado de forma tão sutil tem proporcionado um alto custo social. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a cota de anestesia, para mulheres negras atendidas pelo SUS no parto normal é quase 10% menor que a cotas destinadas às mulheres brancas.

Repetindo Mário Rosa, poderíamos questionar: “E se você chegar ao céu e em vez de um velhinho de barba branca sentado no Trono, você vir um Deus negro? E se em vez de clarins ressoando na sua chegada, você ouvir tamborins? E se em vez de um coral com anjos lourinhos ou ruivos de cabelos encaracolados cantando de maneira contida, você encontrar um grupo de cabelos em trancinhas, da cor da noite, tocando louvores a Deus em ritmo de timbalada? Você ficaria surpreso? Muitos ficariam chocados. Fazemos uma imagem de Deus como se Ele fosse europeu, branco, de barba branca e bochechas vermelhas, como o Papai Noel. Deus é Espírito. Então não é branco, negro ou amarelo, Ele é Deus”.

Feliz 2011 a todos aqueles que querem um Brasil mais igual; aos mais de 250.000 jovens negros analfabetos; aos negros residentes nos mais de 500 quilombos do Maranhão que não tem suas terras certificadas e às mais de 1500 comunidades de terreiro excluídas das políticas públicas por falta de registro.


*Mestre em Relações Internacionais e membro da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros.

Janete

Castanhal-Pará-Brasil

14º salário para professor

14º SALÁRIO PARA O PROFESSOR
Há um projeto de lei no Senado em votação para o pagamento do 14º salário para o professor.
É só clicar e votar. Somos muitos e é nossa vida em um clique.
Vamos lá!
Entre no endereço abaixo e vote.

http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/votar_enquete.asp

sábado, 8 de janeiro de 2011

Seleção para tutor de PVS - remunerado

CEDERJ seleciona tutores para Pré-Vestibular Social 2011
Inscrições abertas até 26 de janeiro em 50 polos regionais

O Cederj está com inscrições abertas até 26 de janeiro para a seleção de bolsistas graduados e graduandos de instituições públicas ou privadas em qualquer área, para atuarem como Tutores do Pré-Vestibular Social. No total, são 174 vagas para 50 polos no Estado do Rio de Janeiro. O Pré-Vestibular Social Cederj é um curso gratuito criado pela Fundação Cecierj em 2003 que já atendeu 92.600 alunos. Só em 2010, foram 1.375 alunos aprovados em um dos dez cursos de graduação a distância do Cederj. O tutor tem como objetivo auxiliar os alunos na preparação para as provas de acesso às universidades e o Enem, ministrando aulas, corrigindo exercícios e tirando dúvidas.

Para participar do processo seletivo, o candidato deverá pagar a taxa de inscrição no valor de R$ 22 e preencher o formulário de inscrição através do site: www.pvs.cederj.edu.br. As vagas oferecidas são para as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, Física, Química, Biologia, Geografia, História, Redação e Inglês. A data da prova de conteúdo está prevista para o dia 5 de fevereiro e a prova didática para o período de 12 a 20 de fevereiro.

O candidato pode escolher um entre os 50 polos regionais do Pré-Vestibular Social do Cederj, localizados nos seguintes municipios: Angra dos Reis, Bangu, Barra do Piraí, Belford Roxo, Bom Jesus de Itabapoana, Campos dos Goytacazes, Cantagalo, Rio de Janeiro (Campo Grande I e II, Centro, Complexo do Alemão, Jacarepaguá, Madureira, Penha e Santa Cruz) Duque de Caxias (25 de Agosto, Xerém, Pilar e Jardim Primavera), Itaguaí, Itaocara, Itaperuna, Macaé, Magé (Piabetá), Mesquita, Miguel Pereira, Natividade, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu (Centro I e II), Paracambi, Petrópolis, Pirai, Quatis, Queimados, Resende, Rio Bonito, Rio das Flores, Santa Maria Madalena, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, São Gonçalo, São João de Meriti, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Teresópolis, Três Rios e Volta Redonda. Em 46 polos as aulas ocorrem aos sábados, em 3 durante a semana à tarde e em 1 à noite.

O tutor deve cumprir 8 horas semanais no polo e o valor da bolsa varia entre R$ 495 e R$ 715 por mês, dependendo do número de turmas.

Encontro de Estudos Africanos - Chamada de trabalhos.

CHAMADA DE TRABALHOS PARA O I ENCONTRO INTERNACIONAL DE ESTUDOS AFRICANOS – NEAF/UFF.

Universidade Federal Fluminense - Niterói, Campus do Gragoatá. - 24 a 26 de maio de 2011.

O campo de estudos africanos vem se desenvolvendo rapidamente no Brasil nos últimos anos. Tal desenvolvimento pode ser vislumbrado na ampliação do número de professores especialistas nos departamentos de universidades públicas e privadas, no aumento significativo do número de doutorados defendidos relacionados com a área e no surgimento de espaços de debate e discussão das pesquisas em âmbito regional e nacional.

Assim, pretendendo estabelecer um fórum permanente de discussão de temas relativos à história da África, e fomentar a consolidação deste amplo campo de pesquisas, o NEAF (Núcleo de Estudos Brasil-África) e o Departamento de História da Universidade Federal Fluminense convidam pesquisadores em vários níveis de formação à participar do Primeiro Encontro Internacional de Estudos Africanos da UFF, em Niterói nos dias 24,25 e 26 de maio de 2011.

A seleção de trabalhos propositadamente não se restringe a temas específicos abrindo possibilidades para variadas abordagens quer metodológicas, quer temáticas que envolvam a pesquisa relacionada ao continente africano, suas populações e histórias

SUBMISSÃO DE TRABALHOS

Os resumos expandidos (de até 4,5 mil caracteres) deverão ser enviados até o dia 21 de Fevereiro de 2011 para o endereço de e mail semanadaafricauff@yahoo.com.br, na seguinte formatação:

Formato de arquivo “.doc” ou “.odt”;

Fonte Times New Roman, tamanho 12;

Espaço entre linhas de 1,5.

No resumo deverá constar nome do autor, filiação institucional e maior nível de formação.

Os aceites dos trabalhos serão enviados entre os dias 28/02 e 04/03/2011.

As inscrições são gratuitas e o evento não fornece cobertura de custos aos participantes. Recomenda-se que os autores dos trabalhos selecionados apresentem o texto completo na data do encontro. Os melhores trabalhos na avaliação da comissão científica serão selecionados para eventual publicação.

Comissão organizadora:

Alexsander Lemos de Almeida Gebara (UFF)

Alexandre Vieira Ribeiro (UFF)

Marcelo Bittencourt Ivair Pinto (UFF)

Mariza de Carvalho Soares (UFF)

Marcos Vinícius Santos Dias Coelho
Doutorando em História Social da África
Universidade Estadual de Campinas
Campinas - SP - Brasil
marvindico@hotmail.com

A fotografia do poder no Brasil

Postado por Paulo Rogério em 4 janeiro 2011 às 11:00
A edição de 13 dezembro de 2010 da Revista Época trouxe como manchete uma análise sobre os 100 mais influentes brasileiros do ano. Com cinco opções de capa, a revista dá ao leitor a opção de comprar a versão com a presidente Dilma Rousseff; a do cineasta José Padilha, diretor dos filmes Tropa de Elite 1 e 2; com o empresário Eike Batista, considerado a 8ª pessoa mais rica do mundo e finalmente a capa com o jogador santista Neymar Júnior. Mas, o que de fato chama a atenção não é o recurso publicitário acima mencionado, e sim o fato de que praticamente não há negros nessa edição especial.
Com exceção da ex-ministra Marina Silva, fenômeno das últimas eleições presidenciais, e do jogador Neymar, que ocupa a tradicional parcela de negros no campo das celebridades futebolística, todos os outros 98 escolhidos pela equipe da revista são brancos. Como disse certa vez, em entrevista, o ator negro Milton Gonçalves, “nós não estamos na fotografia do poder”.
Pela lógica da revista , a população negra brasileira deve, portanto, contentar-se em ler histórias de sucesso de seus patrícios não-negros e ícones do Brasil que “deu certo”, como a de Eduardo Saverin, bilionário, co-fundador do Facebook, de apenas 28 anos; David Neeleman, que colocou a companhia Azul em terceiro lugar no mercado de aviação brasileiro; de Alexandre Behring, que
comprou ações da empresa americana Burger King - reforçando a nova imagem do capitalismo brasileiro no mercado Global - além de tantos outros “euro-ascendentes” que contribuíram para o desenvolvimento do Brasil em 2010. Até na música, tradicional reduto negro na mídia, sobrou para Margareth Menezes e Carlinhos Brown apenas fazerem comentários elogiosos sobre Ivete Sangalo e a roqueira Pitty, respectivamente.
Como se vê, se tomarmos apenas essa reportagem como referencial, conclui-se que o Brasil termina a última década de século XX como se estivesse ainda no século XIX: sem negros nos espaços de poder, apesar da retórica conservadora de que somos uma democracia racial.
O mais curioso é que, ao que parece, de fato, não houve “grandes erros” de apuração dos jornalistas de Época, pois, de fato, nossa influência objetiva nas decisões políticas e econômicas do Brasil é quase nula. Quer uma prova, é só olhar para o ministério da nova presidente Dilma Rousseff.
Entretanto, há graves omissões que precisam ser ditas na reportagem, como a do cineasta Jefferson De, ganhador do 38º Festival de Cinema de Gramado com o filme Bróder, ou a professora Nilma Lino Gomes, conselheira nacional de educação e que deu um parecer contrário a publicação do livro Caçadas de Pedrinho do escritor Monteiro Lobato, acusado de racista, gerando um grande debate nacional sobre o racismo no ambiente escolar.
Ou seja, uma melhor apuração jornalística dentro da comunidade negra certamente podem apresentar outros nomes negros de destaque em matérias como essa. Apesar disso, de fato, a reportagem em questão é, literalmente, a fotografia da desigualdade racial brasileira nos campos da política, mídia e economia; Senão, vejamos.
Segundo o pesquisador Reinaldo Bulgarelli, que atuou na recente pesquisa do Instituto Ethos de Responsabilidade Social denominada "Perfil Social, Racial e de Gênero nas 500 maiores empresas do Brasil", se continuarmos nesse ritmo de inclusão social, na melhor das hipóteses, demoraremos 150 anos para que homens negros atinjam a mesma posição dos brancos no mercado corporativo. No caso das mulheres negras, essas demorariam muito mais - a pesquisa revelou que hoje elas são apenas 0,5% do topo da pirâmide empresarial do país.
Se os números da desigualdade assustam, não há conforto ao olharmos para ações de combate a discriminação racial nas empresas: 72% das companhias entrevistadas não adotam nenhum tipo de ação afirmativa, seja na contratação de funcionários ou nos planos de carreira.
Na África do Sul, símbolo do racismo mundial, uma das principais políticas do pós-aparthied foi a criação do programa Black Economic Empowerment (Empoderamento Econômico dos Negros), que, dentre outras coisas, dá vantagens em licitações públicas para empresas de propriedade ou gerenciadas por negros - o que no caso sulafricano inclui pretos, coloured (pardos) e indianos. Apesar das críticas, o programa tem criado, dentro dos limites do capitalismo, uma classe média negra minimamente capaz de influenciar importantes decisões da nação. Por aqui, setores conservadores da sociedade ainda discutem a legitimidade das cotas raciais nas universidades.
O Brasil, como se sabe, pretende se tornar, até 2025, a quinta maior economia global, ultrapassando a Alemanha, e finalmente atuar como um player de primeiro escalão no cenário internacional. Porém, para que isso realmente ocorra, serão necessárias mais do que ações para incrementar o Produto Interno Bruto (PIB). É preciso conter o sangramento demográfico de jovens - que já começam a fazer falta na economia - e investir em educação de qualidade. Segundo pesquisa do Observatório de Favelas, Secretaria Nacional de Direitos Humanos e UNICEF, cerca de 33 mil jovens devem ser mortos no Brasil até 2013.
Na cerimônia de sanção do Estatuto da Igualdade Racial, o então presidente Lula disse que a dívida que o Brasil tem com negros "não pode ser paga em dinheiro, mas com solidariedade". Porém, o documento que possui 65 artigos ainda é tímido para enfrentar desigualdades tão latentes e não inclui marcos legais efetivos para mudança do status quo racista.
Em compensação, o que observamos no teatro de horrores das grandes metrópoles brasileiras é a punição severa de jovens negros com menos de 25 anos, vitimados ora pela guerra do tráfico de drogas ou pela ação genocida de grupos de extermínio - tudo isso sob a leniência governamental e com o álibi do chamado "auto de resistência" por parte das policias. Pelo visto, não há dúvidas sobre a opção feita pelo Estado Brasileiro, em vez de educar e unir, prefere segregar e punir. Essa é, portanto, a fotografia triste da nossa realidade.
Paulo Rogério Nunes é diretor-executivo do Instituto Mídia Étnica e co-editor do Portal Correio Nagô.

Janete
Castanhal-Pará-Brasil

I Encontro Internacional de Estudos Africanos

Enviado por graciela, qua, 05/01/2011 - 11:19

O campo de estudos africanos vem se desenvolvendo rapidamente no Brasil nos últimos anos. Tal desenvolvimento pode ser vislumbrado na ampliação do número de professores especialistas nos departamentos de universidades públicas e privadas, no aumento significativo do número de doutorados defendidos relacionados com a área e no surgimento de espaços de debate e discussão das pesquisas em âmbito regional e nacional.

Assim, pretendendo estabelecer um fórum permanente de discussão de temas relativos à história da África, e fomentar a consolidação deste amplo campo de pesquisas, o NEAF (Núcleo de Estudos Brasil-África) e o Departamento de História da Universidade Federal Fluminense convidam pesquisadores em vários níveis de formação à participar do Primeiro Encontro Internacional de Estudos Africanos da UFF, em Niterói nos dias 24, 25 e 26 de maio de 2011.

As inscrições são gratuitas e o evento não fornece cobertura de custos aos participantes. A chamada de trabalhos para o Encontro estão abertas até o dia 21 de fevereiro.

Os resumos expandidos (de até 4,5 mil caracteres) deverão ser enviados para o endereço de e- mail semanadaafricauff@yahoo.com.br, na formatação: Arquivo “.doc” ou “.odt”; fonte Times New Roman, tamanho 12; espaço entre linhas de 1,5. No resumo deverá constar o nome do/a autor/a, sua filiação institucional e o maior nível de formação. Os aceites dos trabalhos serão enviados entre os dias 28/02 e 04/03/2011.

Date: Wed, 5 Jan 2011 15:14:30 -0200
From: editorarets@rets.org.br
To: rets@listas.rits.org.br
Subject: Boletim Rets - 5/01/11

Prezado/a leitor/a,

Confira as novidades mais recentes da Rets:

Cresce a "lista suja" do trabalho escravo
A atualização semestral da "lista suja" do trabalho escravo deste final de ano incluiu 88 novos empregadores e soma agora 220 infratores. Antes da alteração, o cadastro oficial mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego tinha 147 nomes. Além da quantidade de novos empregadores incluídos, chama a atenção a sua diversidade - tanto em termos dos estados do país pelos quais estão espalhados, como no que diz respeito aos diferentes setores econömicos em que atuam.
http://www.rets.org.br/?q=node/802
Sociedade da Informação - fabricando heróis e bandidos
Valério Cruz Brittos e Eduardo Silveira de Menezes escrevem sobre a escolha de Mark Zuckerberg, criador do rentável Facebook, como "personalidade do ano" pela revista Time - em detrimento da escolha dos internautas, que consagrou o criador do site WikiLeaks, Julian Assange, como o grande nome de 2010. Demonstrando a incoerência da sua linha editorial, a Time concedeu a Assange o título de "pessoa (não grata) do ano". Na Internet, em sentido contrário, os leitores do semanário depositaram mais de 380 mil votos para o fundador do site de denúncias WikiLeaks, elegendo-o como o nome de maior destaque neste primeiro decênio do século 21.
http://www.rets.org.br/?q=node/806

Vagas para o Programa Rio sem Homofobia
A UERJ e a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro estão selecionando candidatos para o Programa Rio Sem Homofobia. As vagas são para os municípios do Rio de Janeiro e Duque de Caxias. As inscrições estão abertas até 11 de janeiro. O edital prevê vagas para as áreas de psicologia, advocacia, assistência social, assessoria jurídica, segurança e auxiliar de serviços gerais.
http://www.rets.org.br/?q=node/805

Site da Universidade Livre Feminista sofre ataque
Por quase duas semanas o portal de notícias da Universidade Livre Feminista ficou fora do ar devido à invasão de seus servidores e à instalação de programas que paralisaram os serviços Internet da organização. Segundo as ativistas da Universidade Livre, os sites mais atacados no mundo são justamente aqueles com o perfil semelhande ao site da entidade: os que tratam dos direitos das mulheres, de lésbicas, de gays e de negras(os).
http://www.rets.org.br/?q=node/807

Veja também as notícias do Nupef:

Carta Aberta à Presidente Dilma Roussef e à Ministra da Cultura Ana Buarque de Hollanda
Produtores, gestores, artistas e ativistas publicaram na internet uma carta à Presidente Dilma Roussef e à Ministra da Cultura Ana Buarque de Hollanda. Além de dar as boas-vindas à Ministra, o documento registra as expectativas e pautas relativas à formulação de politicas públicas para a cultura. A carta expressa o apoio às políticas implementadas pelo MinC nos últimos anos, marcadas pelo caráter inclusivo e voltadas para o presente, fundamentadas na garantia do direito de acesso à Rede e ao conhecimento, viabilizando um ambiente de produção cultural fértil e inovador. A carta está aberta para assinaturas.
http://www.nupef.org.br

Cordialmente,

Graciela Selaimen
Editora Rets
www.rets.org.br

Programa MultiVersidade Criola promove curso sobre a diáspora africana nas Américas

Enviado por viviane, ter, 04/01/2011 - 00:33 (Extraído: http://www.rets.org.br/?q=node/799)

Estão abertas as inscrições para seleção de alunas e alunos para o curso “A Teoria e as Questões Políticas da Diáspora Africana nas Américas”. A capacitação será realizada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), às segundas e quartas-feiras, de 13h às 18h, de 7 de junho a 19 de julho, com carga horária total de 60 horas. Serão oferecidas 20 vagas e poderão se inscrever ativistas dos movimentos sociais, negro e de mulheres negras, bem como estudantes universitárias/os em nível de graduação e pós-graduação.

O objetivo do curso, que é gratuito, é oferecer formação acadêmica e intelectual de alto nível a ativistas, estudantes e intelectuais de todo o país interessados na área de Estudos da Diáspora Africana, a partir das análises críticas produzidas pelo feminismo negro no Brasil em outras comunidades da Diáspora Africana, e em especial nos Estados Unidos. Este Curso de atualização tem como base o Programa de Pós-Graduação em Estudos da Diáspora Africana da Universidade do Texas em Austin, um dos mais respeitados nos Estados Unidos.

Para participar é preciso: domínio da língua inglesa (leitura e compreensão), pois as aulas serão ministradas parcialmente em inglês e a maior parte da bibliografia é em inglês; e disponibilidade de tempo para participação e leitura da bibliografia.

A ficha de inscrição está disponível no site www.criola.org.br. Interessados/as devem preencher a ficha, enviá-la por e-mail para diasporaafricana@criola.org.br, anexando currículo (três páginas no máximo) com informações sobre formação, a ação anti-racista e feminista, participação em eventos acadêmicos e/ou ativistas e até três referências de artigos acadêmicos e/ou informativos de autoria do/a candidato/a e pertinentes ao tema do curso. A ficha de inscrição e o currículo só serão aceitos por e-mail e deverão ser enviados até 28 de fevereiro.

O curso é oferecido pela ONG Criola, através do Programa MultiVersidade Criola, o Programa de Estudos e Debates dos Povos Africanos e Afro-americanos (PROAFRO) do Centro de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Universidade do Texas em Austin, através do Centro de Estudos Africanos e Afro-americanos (CAAAS), do Departamento de Estudos da África e da Diáspora Africana, e do Instituto de Estudos Latino Americanos Teresa Lozano Long (LILLAS).

Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional inscreve até 31 de janeiro

Estão abertas até o dia 31 de janeiro as inscrições para o Exame Nacional de Acesso ao programa PROFMAT (Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional). Instituição associada recentemente ao PROFMAT, a UNIRIO oferece 20 vagas para a sua primeira turma do curso, com início em abril de 2011. A seleção se destina àqueles que possuem diploma reconhecido de nível superior, com prioridade para os professores das redes públicas de educação básica que lecionem na área de Matemática.

O PROFMAT é um curso semipresencial de âmbito nacional, promovido por uma rede de Instituições de Ensino Superior de diferentes regiões do País. Sob a coordenação da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), o programa faz parte da Universidade Aberta do Brasil e visa ao aprimoramento profissional de professores de Matemática do ensino básico, especialmente da escola pública. Por isso, caso as vagas oferecidas no edital não sejam preenchidas por professores das redes públicas de ensino, elas poderão ser disponibilizadas para a demanda social.

Os interessados em cursar o Mestrado Profissional em Matemática poderão fazer o pedido de inscrição somente pelo site http://www.profmat-sbm.org.br. A taxa de inscrição no valor de R$27 deverá ser paga, necessariamente, por meio de boleto do Banco do Brasil gerado no momento em que o candidato preencher o formulário. No ato da inscrição, após informar os dados pessoais e profissionais, o candidato deverá indicar a Instituição Associada e o plo (cidade) onde irá realizar o Exame Nacional de Acesso, bem como a Instituição Associada e o polo onde pretende cursar o PROFMAT.

O Exame, marcado para o dia 19 de fevereiro, será composto por 35 questões de múltipla escolha e três questões dissertativas, quem têm como objetivo aferir o domínio matemático indispensável para as disciplinas que compõem o PROFMAT.

Confira o edital completo do PROFMAT e faça sua inscrição nos links a seguir.


Links relacionados:
Fonte: http://www.profmat-sbm.org.br

Justiça Convoca Religiosos para Audiência sobre Símbolos Religiosos

SP - Justiça Convoca Religiosos para Audiência sobre Símbolos Religiosos

?Eu tenho grande esperança de que se decida finalmente pela laicidade do Estado

Brasileiro, 120 anos depois.? ? Daniel Sotomaior

Realizou-se no dia 7 de dezembro, na Justiça Federal de São Paulo, Audiência sob

a presidência do Exmo. Juiz da 3ª Vara Cível, Dr. Ricardo Geraldo Rezende

Silveira, com representantes de diversas religiões, com a finalidade de ouvir
suas opiniões a respeito da continuidade ou não de símbolos religiosos afixados
em estabelecimentos públicos. Pai Jamil Rachid, representante da União de Tendas
de Umbanda e Candomblé do Brasil, foi convocado pelo Ministério Público, como
representante das Religiões Afro-Brasileiras, acompanhado do advogado e Ogã, Dr.
Basílio de Xangô.
?Trata-se, de uma Audiência Civil Pública e que teve inicio por intermédio do
Ministério Público Federal. Na realidade, é uma revogação de anulação de atos
administrativos, que estão na eminência de ser aprovados e o Ministério Público
por intercessão dessa audiência, tenta barrar esses atos normativos. De acordo
com a laicidade do Estado, o Ministério Público quer ouvir representantes de
várias religiões no sentido de opinar para que a Justiça Federal possa dar
parecer, favorável ou não, à continuidade dos símbolos religiosos em
estabelecimentos públicos?, disse Ogã Basílio. ?Esta ação é de suma importância,
pois se vê que o Ministério Público, autoridade maior na Justiça, entende e vê a
gente (Religiões Afro-Brasileiras) como religião, a ponto de estar chamando para
uma audiência?, continua.
Todo o símbolo influencia psicologicamente o ser humano através de mensagens
específicas captadas pela visão. Esta teoria é comprovada pela Psicologia
Acadêmica. No caso dos crucifixos expostos nas repartições públicas, sugere-se
que o Estado favorece o Cristianismo, considerando- o como doutrina oficial do
país, contrariando os princípios e as definições de Estado Laico. Da mesma forma
que os demais cultos são obrigados a respeitar e obedecer os feriados católicos,
a imposição do crucifixo, como o existente na Assembléia Legislativa do Estado
de São Paulo, pressupõe que o Parlamento Paulista, seja cristão. Um exemplo
muito comum são os judeus que em suas datas religiosas comemorativas, faltam ao
serviço, não tendo o apoio do Estado, dificultando a concretização da identidade
religiosa. O mesmo acontece com os Islâmicos e principalmente com as Religiões
Afro-Brasileiras.
Além de PAI JAMIL RACHID, várias outras autoridades das mais diversas religiões,
estiveram presentes, tais como HENRY SOBEL, representando a Comunidade
Israelita, CARDEAL DOM ODÍLIO PEDRO SCHERER,representan do a Igreja
Católica, DANIEL SOTTOMAIOR PEREIRA, fundador do Movimento Brasil para Todos,
PROFESSOR SAMUEL GOMES DE LIMA, presidente da ABLIRC, DANIEL CHECCIO, SHEIK
TALEB HUSSEIN AL-KHAZRAJI, sendo os mesmos intimados para darem o seu parecer na
presente audiência.
Segundo Daniel Sotomaior, que compareceu representando os ateus, foi através do
Movimento Brasil para Todos que foi enviada representação de pedido de retirada
dos símbolos religiosos, o que culminou na ação na Justiça Federal: ?Compareci
na condição de testemunha. Este é um momento ímpar na história. Não tenho
notícia de nenhuma outra ação na justiça com esse teor. Tenho grandes
expectativas porque do pouco que conheço do que consta nos autos, o juiz está se
dando ao trabalho de fazer uma coleta de provas, escutando diversos setores
religiosos, o que demonstra ser um bom sintoma e eu tenho grande esperança de
que se decida finalmente pela laicidade do Estado Brasileiro, 120 anos depois.?
A Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania, ABLIRC, na pessoa de
seu presidente, Professor Samuel Luz foi nomeada para assessorar a Promotoria
Pública. A próxima audiência está marcada para o dia 24 de fevereiro de 2011.


QUE MEU PAI OXÁLA ABENÇOE A TODOS!

Janete

Castanhal-Pará-Brasil