Índios Paresi visitaram alunos da Escola Lucinda Facchini em Diamantino e mostraram a força de suas culturasNum intercâmbio cultural, os alunos da Escola Lucinda Facchini de Diamantino encenaram a história do Mato Grosso e protagonizaram seus próprios enredos, que buscam resumir num único evento as culturas existentes no Estado. Por ocasião do evento, a presença dos índios da etnia Paresi procedentes de Tangará da Serra entreteve os estudantes e pagou uma visita feita pelo corpo discente diamantinense à aldeia Formoso.
A 2ª Oficina de Gêneros Textuais - 2ª Fase, que ocorreu no dia 13, foi assistida pelo Diretor do Cefapro, Prof. Cezar Spíndola, que mostrou-se satisfeito com a qualidade da apresentação: "A Escola Lucinda Facchini está de parabéns, porque através dos gêneros textuais que estão trabalhando, mostraram a diversidade cultural, mostraram os limites e possibilidades da escola fazer uma aula diferente acima de tudo. Vejo com muita alegria o excelente trabalho dessa escola".
"É um trabalho que consegue articular o currículo escolar com toda uma vivência, com temas contemporâneos, como o tema da diversidade, enfim, são superações que temos que trabalhar na escola. A Escola Lucinda Facchini me surpreendeu e reflete um pouco o que os professores estudam, porque nós professores continuamos estudando. Somos eternos aprendizes, fazemos a "Sala de Professor", que é um projeto que as 41 escolas do nosso pólo regional desenvolvem e isso é um reflexo desse trabalho", sublinhou o Diretor do Cefapro.
O Diretor da Lucinda Facchini, Leonir Zardo, descreveu o evento como uma oportunidade de resgate cultural e frisou que disseminar a História faz parte dos interesses da escola. "Queremos, através dessas apresentações resgatar a cultura local, que está muito dispersa. Então, esse é um caminho para resgatar essa história que está abandonada. Outro objetivo é promover a interação do turno matutino com o turno vespertino e trabalhar sobre o meio ambiente e a História do Mato Grosso. Fizemos uma visita aos índios na aldeia Formoso e hoje eles estão nos retribuindo a visita. Estamos com mais de 30 índios Parecis, é uma integração entre nós os índios e todo o povo diamantinense", frisou Leonir.
Várias danças regionais, declamações de poemas, apresentações de judô da Academia Sandokan e por fim apresentação dos índios Paresi fizeram com que os alunos aprendessem na prática a ter disciplina e organização. "É uma troca de experiência onde os dois lados saem ganhando. Esse contato é muito bom para nós também. Aprendemos e ensinamos muito", finalizou o professor de informática da aldeia Formoso, Ronan Kezona Zokemae.
Fonte: Laércio Guidio - O Divisor
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