terça-feira, 30 de novembro de 2010

SEPPIR promove evento com gestores

O evento de abertura do III Diálogo com os Estados, Capitais e Regionais aconteceu nesta quinta-feira, 25 de novembro, em Brasília. O encontro pretende promover o debate em torno do Estatuto da Igualdade Racial, fazer um balanço da Política de Promoção da Igualdade Racial, com buscas ao seu avanço e federalização. Além de ser uma etapa preliminar para a preparação do IX Encontro Nacional do FIPIR, que ocorrerá em 2011. Tudo isso com a reunião dos gestores estaduais e das capitais de cada unidade da federação brasileira.

A mesa de abertura contou com a presença da Coordenadora do Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial (FIPIR), Maria do Carmo Ferreira da Silva, que deu as boas-vindas aos presentes e falou sobre a importância do pacto federativo e da atuação dos gestores no exercício de políticas públicas voltadas para a promoção da igualdade racial.

O Secretário Executivo da SEPPIR, João Carlos Nogueira, representou o ministro da Igualdade Racial na abertura, lembrando dos primeiros fóruns de igualdade racial promovidos, e exaltando o papel dos gestores de PI nos estados. “O Brasil está mudando e não há como negar isso. E não é uma mudança qualquer, porque tem colocado a superação das desigualdades raciais em destaque. (…) Em oito anos as mudanças são objetivas e concretas”, disse Nogueira.

O Secretário afirmou ainda que os instrumentos e marcos regulatórios da política de promoção da igualdade racial estão sendo construídos e que em breve será possível dizer que todos os estados estarão organizados no sistema de promoção de igualdade racial, com uma secretaria para esse fim. Nogueira lembrou ainda o papel de João Cândido, líder da revolta da Chibata, na história e cultura do povo negro brasileiro.

O encontro que reúne gestores de quase todas as unidades da federação, contou ainda, em sua abertura, com a presença do Presidente da Fundação Palmares, Zulú Araújo; do Secretário Executivo do Fórum Nacional de Representantes dos Estados em Brasília (FONARE), Marco Antônio Tocoline; do Secretário de Estado, Justiça e Cidadania de Roraima, Coronel Waney Raimundo Vieira, e da Secretária Extraordinária de Estado de Igualdade Racial do Maranhão, Claudett de Jesus Ribeiro

ministro no III diálogo

Ausente da abertura por questões de agenda oficial com o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da SEPPIR, Eloi Ferreira de Araujo, fez questão de participar do evento ainda na manhã nesta quinta-feira. Em seu discurso destacou a importância das políticas públicas para a diminuição das desigualdades no país. “O término de um governo é o momento de se fazer um balanço e o saldo das conquistas havidas nesse tempo é positivo. O presidente Lula travou um debate intenso durante os últimos oito anos sobre o racismo e se tornou um guardião desse tema, sob o ponto de vista das políticas públicas. Houve também uma acolhida da população brasileira em relação a essas políticas. (…) Quando fazemos o balanço, a minha tese é que somos vitoriosos. Não vamos largar nossos postos enquanto não cumprirmos nossa meta. O desafio: continuar a luta pela construção da igualdade de oportunidades. É um desafio da nação e não podemos deixar escapar, devemos abraçar as conquistas e lutar pela igualdade de oportunidade no Brasil, isso é imprescindível. Iniciamos a grande jornada para o desenvolvimento do Brasil e não podemos parar mais. Devemos estar cada vez mais unidos e mais juntos nessa causa da população brasileira.”

O III Diálogo acontece até o dia 26 de novembro, no San Marco Hotel, em Brasília.

Veja a programação completa.

Por Comunicação Social da SEPPIR/PR

PRORROGADAS AS INSCRIÇÕES - Especialização Lato Sensu em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-Brasileira

O IFRJ Campus São Gonçalo prorrogou as inscrições até 14 de dezembro do Edital n° 89/2010 para o Curso de Especialização Lato Sensu em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-Brasileira.
O Curso de Especialização Lato Sensu em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-brasileira tem como finalidade contribuir para a formação continuada dos professores e profissionais ligados à educação capazes de atuar no ensino e na pesquisa com vistas à implementação de uma política educacional que reconhece a diversidade étnico-racial do país, seguindo as determinações da lei 10.639/03 que torna obrigatório o ensino das histórias e culturas africanas e afro-brasileira em todos os níveis e modalidades da educação básica.
Pretende-se também contribuir na formação de profissionais autônomos e inovadores, capazes de projetar e realizar melhorias em seus campos de atuação, de propor novas metodologias e criar novas estratégias pedagógicas para a educação das relações étnico-raciais, no intuito de reduzir a distância existente entre as realidades da produção acadêmica contemporânea e do cotidiano da sala de aula.

CARACTERÍSTICAS DO CURSO

O Curso tem a duração prevista de um ano e seis meses, incluindo o tempo de elaboração da monografia, prorrogáveis, a critério do Colegiado do Curso, por mais seis meses.

A sua carga horária é de 390 horas e suas aulas serão ministradas às terças-feiras e às quintas-feiras, das 18h 30min às 22h 30min, e um sábado por mês, das 8 às 12 horas, no Campus São Gonçalo do IFRJ.

PROCESSO SELETIVO E PERIODICIDADE

O curso possui uma entrada por ano, com início no 1º semestre do ano. São oferecidas 20 vagas por turma. O processo seletivo, que é regulamentado por edital específico, ocorre em três etapas: prova escrita, análise de currículo e exposição oral. Podem participar do processo seletivo os profissionais que tenham concluído um curso de graduação, preferencialmente nas áreas relacionadas à Educação.

O início das aulas está previsto para 8 de fevereiro de 2011.

INSCRIÇÕES DE 08/11/2010 ATÉ 14/12/2010


LOCAL: Rua Dr. José Augusto Pereira dos Santos, s/nº, Neves - São Gonçalo

(CIEP 436 Neusa Brizola – ao lado do DETRAN)


HORÁRIO INSCRIÇÕES: DAS 14H ÀS 20H

TAXA DE INSCRIÇÃO NO CONCURSO: R$ 70,00

VAGAS OFERECIDAS: 20 (VINTE)

O CURSO É GRATUITO, SEM COBRANÇA DE TAXA DE MATRÍCULA E MENSALIDADES



EDITAL e BIBLIOGRAFIA DISPONÍVEIS EM: http://www.ifrj.edu.br/latu.php

INFORMAÇŌES ADICIONAIS:

TELEFONE: (021) 2628-0099

EMAIL: semt.csg@ifrj.edu.br

Seguem em anexo o edital, o edital complementar e também o folder do curso


Peço, por favor, que divulguem em suas redes sociais a prorrogação dos prazos.

FORUM ITINERANTE

DIVERSIDADE HUMANA EM ESPAÇOS ESCOLARES E NÃO ESCOLARES:
DIALOGANDO SOBRE PRÁTICAS EMANCIPATÓRIAS EM DIFERENTES CONTEXTOS EDUCATIVOS

TEMA 2010 - Racismo

Breve histórico

A idéia deste fórum itinerante não é nova. No final dos anos 80 e início dos 90, o Projeto Diálogo Entre Povos já realizava seminários descentralizados (no Rio de Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu, Friburgo, Caxias) para discutir questões de gênero, cultura e etnia em relação a educação. Contudo, foi após o grupo de trabalho “DIVERSIDADE HUMANA EM ESPAÇOS ESCOLARES E NÃO ESCOLARES: DIALOGANDO SOBRE PRÁTICAS EMANCIPATÓRIAS EM DIFERENTES CONTEXTOS EDUCATIVOS”, proposto à comissão organizadora da ALAADAB (Associação Latino-americana de Estudos Africanos e Asiáticos do Brasil), em 2008, animadas pelo significativo número de trabalhos inscritos neste GT, que tivemos a compreensão da importância da visibilização de ações político-pedagógicas que fortaleçam nossa capacidade criativa e de mudança.Em 2009, realizamos o nosso primeiro encontro, na UERJ, abordando o tema “A DIVERSIDADE NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS: questões de gênero, etnia, necessidades especiais, orientação sexual, como trabalhar?”

Justificativa

* A crença na educação como prática da liberdade
* A crença na mudança
* A crença na possibilidade de um mundo, de uma sociedade, de uma escola sem racismo, sem machismo, sem elitismo, sem violência

Objetivos do fórum:

Promover um momento de informação, formação, troca e articulação entre profissionais de educação voltados para a construção de práticas emancipatórias não racistas e não excludentes da diversidade humana.

Promover debates periódicos acerca de práticas emancipatórias em espaços formais e não formais de educação, nos contextos do Brasil e demais países da América Latina e África.

Observar e compreender realidades sócio-culturais e educativas múltiplas, a fim de potencializar caminhos na perspectiva do fortalecimento de redes educacionais que ultrapassem visões societárias e civilizatórias hegemônicas e excludentes.

Fomentar a discussão, reflexão, práticas e formação continuada livre, com profissionais comprometidos com um mundo sem racismo, machismo, homofobia, elitismo, etc.

Criar uma rede de comunicação entre profissionais de educação envolvidos com o fórum (lista de discussão, site, etc.)

2º encontro na SEMANA DOS DIREITOS HUMANOS

10 e 11 de DEZEMBRO de 2010

Local: SINPRO-Rio – Escola do Professor- Rua Pedro Lessa, 35 – Centro – Rio de Janeiro/RJ

Horários:

* Dia 10 de dezembro de 2010, sexta-feira, das 18h às 21h
* Dia 11 de dezembro, sábado, das 8h30 às 13h.

Informações e inscrição de COMUNICAÇÕES e de ouvintes: dialogoentrepovos@uol.com.br

Inscrição de COMUNICAÇÕES até o dia 6 de dezembro de 2010, com textos completos[1].

INSCRIÇÃO, também NO DIA, PARA OUVINTES

ENTRADA FRANCA

PROGRAMAÇÃO

Sexta-feira – 10 de dezembro de 2010

18h – credenciamento

18h30 – abertura: Exibição de filmes

19h - ABERTURA com as instituições parceiras

19h30- Mesa de debate 1 – Racismo: uma abordagem multiétnica

Sábado – 11 de dezembro de 2010

8h30 – café da manha comunitário

9h - apresentações das COMUNICAÇÕES

10h30 – atividade cultural

10h45 – Mesa de debate 2 - Racismo: uma abordagem multidisciplinar

COMISSAO CIENTIFICA:

* Profa Dra Regina de Fátima de Jesus
* Profa Dra Katia Santos
* Profa Dra Maria Batista Lima
* Profa Ms Rosa Helena de Mendonça
* Prof Dr Amilcar Araujo

COMISSAO ORGANIZADORA

* Profa Azoilda Loretto da Trindade
* Profa Janete Santos Ribeiro
* Profa Sandra Regina Ribeiro

PROMOÇÃO: Projeto Diálogo entre Povos - LAESER-IE-UFRJ – SINPRO-Rio (Escola do Professor) - Departamento de Educação da FFP/UERJ

[1] Formatação do Trabalho Completo a ser encaminhado até 06 de dezembro de 2010.

a) Título do trabalho no alto da página, em negrito, caixa alta, Fonte Times 12, centralizado;

b) Abaixo do título, após um espaço duplo, inserir, à direita nome do/a autor/a, e a instituição entre parênteses, em caixa alta, Fonte Times 12. Ex.: João José da Silva (UFS). Inserir por meio do editor de texto do WORD uma nota de rodapé para um pequeno currículo do/a autor/a, com dados como: maior formação acadêmica, atuação profissional, e-mail, etc.

c) Resumo: Margens: 3cm (superior, esquerda) e 2 cm (inferior e direita); - Espaçamento simples - Parágrafo justificado - Até 150 palavras.

d) De 03 a 05 palavras-chaves

e) Trabalho Completo

* Fonte Times New Roman 12;

* Espaçamento 1,5

* Mínimo de oito (8) laudas, máximo de dez(10) laudas;

* Notas de rodapé no final das páginas;

* Nas referências bibliográficas, utilizar os títulos das obras em negrito;

As referências (em meio impresso e/ou eletrônico) deverão ser organizadas em ordem alfabética,

conforme normas da ABNT.

* Citações com mais de 4 linhas devem ficar a 2cm do parágrafo;

Citação no texto, usar o sobrenome e ano em citação indireta: Lopes (1980) ou (LOPES, 1980). Para

dois autores, utilizar e (LOPES e SILVA, 1990); para mais de dois autores, utilizar et al; e com nº da

página (p.) para citações diretas (mais de três linhas) Lopes (1980, p. 34) ou (LOPES, 1980, p. 34).

* Parágrafos a 1,5 cm da margem.

* Margens: 3 cm (superior, esquerda) e 2 cm (inferior e direita).

Unicef lança campanha "Por uma infância sem racismo"

(Brasília, 29/11/2010) – O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) lançou hoje, em parceira com a Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), a campanha "Por uma infância sem racismo", que chama a atenção para o impacto da discriminação étnico-racial na infância e busca garantir a todas as crianças e adolescentes do Brasil o direito à igualdade. O lancamento nacional, às 9h30, em Brasília, lotou o auditório do Ministério da Educação com autoridades, lideranças religiosas, juvenis, dos movimentos negro e indígena, gestores públicos e alunos do Centro de Ensino Fundamental 405 sul, escola pública do Distrito Federal.

Com duração de um ano, a campanha vai veicular vídeo sobre a situação das crianças negras e indígenas no Brasil, em versão completa (4 minutos) e compacta, de 27 segundos, para exibição nos canais de televisão que apóiam a campanha. Além do vídeo, gravado pelo ator Lázaro Ramos, embaixador do Unicef no Brasil, a iniciativa conta também com mateiral institucional, com orientações sobre como identificar, evitar e combater atitudes e ações discriminatórias. Confira o blog da campanha!

O lançamento nacional da campanha "Por uma infância sem racismo" contou com a participação do secretário de políticas de ações afirmativas da Seppir, Martius Antonio Alves das Chagas, da secretária nacional de promoção dos direitos da criança e do adolescente da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Carmen de Oliveira, do secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do Ministério da Educação (MEC), André Lázaro, e da representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier.



Lideranças de religiões afro-brasileiras, indígena, católica e evangélica participaram de um ato pluri-religioso e se comprometeram a disseminar a mensagem de não-discriminação em suas comunidades. Presentes na plateia e na mesa de abertura, adolescentes também abraçaram a campanha.

"O país precisa reafirmar o compromisso de eliminar todas as formas de racismo, sobretudo, na infância”, afirmou a representante do Unicef, Marie-Pierre. O Brasil fez progressos significativos na me melhoria da qualidade de vida de suas crianças. Mas os avanços são desiguais: a pobreza, a mortalidade infantil e o trabalho precoce atingem de maneira desproporcional as crianças negras e indígenas. 62% das crianças brasilerias entre 7 e 14 anos que estão fora da escola são negras, segundo os dados do IBGE/PNAD 2009.



Lançada como parte da celebração dos 60 anos de atuação do UNICEF no Brasil, a campanha tem apoio de vários setores da sociedade brasileira, incluindo as agências Ogilvy e AW Comunicação, que produziram as peças gráficas, a Ação Educativa, o Ceafro, a Tribo Jovem, a Geledés, as comunidades Pataxó, a Coiab e a Andi. A MTV, o Canal Futura, a Orla Rio, a EBC, o Discovery Chanel, a Afrobras, o MICA e o clube de futebol Botafogo já assumiram o compromisso de veicular gratuitamente o vídeo da campanha.


Dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo

1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.

2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer – contextualize e sensibilize!

3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.

4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.

5. Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.

6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.

7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.

8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.

9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.

10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.

http://www.generoracaetnia.org.br/pt/noticias/item/373-29/11/2010-unicef-lan%C3%A7a-campanha-por-uma-inf%C3%A2ncia-sem-racismo.html

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cidadania quilombola, passo a passo

Criação da Arte: Daniel Cabral
Joceline Gomes

Para que uma comunidade tenha acesso à política de regularização de territórios quilombolas é necessário que ela se autorreconheça como um quilombo. É preciso também que haja uma relação histórica com o território reivindicado. Estes fatores devem constar do pedido de autodefinição enviado à Palmares, que é a instituição responsável pela análise das informações e pela emissão da Certidão de Autorreconhecimento.
Após emitir o certificado, a Palmares dá o suporte para que a comunidade adquira o documento definitivo de posse da terra, emitido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) - ou seja, a titulação, que garante a propriedade do território e a autonomia da comunidade. O INCRA é responsável pelo levantamento territorial e estudos antropológicos e históricos, para a correta demarcação da área a ser titulada.

Mesmo após essa etapa, a Fundação garante assistência jurídica em diferentes níveis, visando à defesa do território contra invasões ou qualquer outro tipo de violência. Seu papel, portanto, é formalizar a existência das comunidades quilombolas, assessorá-las juridicamente e desenvolver projetos, programas e políticas públicas de acesso à cidadania, conforme estabelecido no decreto nº 4.887 ? não por acaso, de 20 de novembro de 2003.
PATRIMÔNIO VIVO – Atualmente, existem mais de dois mil processos abertos para certificação de comunidades quilombolas. Apesar do grande volume de trabalho, o tempo médio para uma certificação ser concedida é de 40 dias – tempo necessário para a abertura de processo administrativo individualizado, emissão da certidão, assinatura e posterior publicação no Diário Oficial da União.

Ao mapear, reconhecer e valorizar mais de mil comunidades quilombolas, a Palmares criou núcleos vivos de nosso patrimônio afro-brasileiro. Essas comunidades, além das iniciativas culturais e artísticas, são contempladas com ações nas áreas de educação, saneamento básico, desenvolvimento agrário, direitos humanos, sustentabilidade, defesa jurídica, trabalho e renda e segurança alimentar.

TITULAÇÕES - Após a certificação, é necessário obter o título de propriedade do território. Para que o processo de titulação tenha início, as comunidades interessadas devem entrar em contato com a Superintendência Regional do INCRA do seu estado. A partir daí, o Instituto inicia o estudo destinado à confecção do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) do território.

A etapa seguinte é a de análise dos dados coletados e elaboração do relatório final. Relatório aprovado, o INCRA publica uma portaria de reconhecimento que declara os limites do território quilombola. Segue-se então a regularização fundiária, quando não-quilombolas são removidos das terras demarcadas e os imóveis particulares, desapropriados.

Somente após esse processo, chamado “desintrusão”, é concedido o título de propriedade à comunidade, que é coletivo, inalienável e em nome da associação dos moradores da área. O título é registrado no cartório de imóveis sem qualquer ônus financeiro para a comunidade beneficiada. De 1995 até hoje, foram emitidos 113 títulos. São mais de 900 mil hectares distribuídos entre 183 comunidades, beneficiando 11.506 famílias quilombolas.
“O processo é longo, mas o que nos anima é saber que esse título e a posse da terra, quando concedidos, são reais”, resume a coordenadora geral de regularização de territórios quilombolas do INCRA, Givânia Silva.

De 1995 até hoje, foram emitidos 113 títulos, beneficiando 11.506 famílias.

A questão étnico-racial na educação do país - CNE na FSP

São Paulo, quinta-feira, 25 de novembro de 2010

TENDÊNCIAS/DEBATES

A questão étnico-racial na educação do país

Antonio Carlos C. Ronca, Francisco Aparecido Cordão e Nilma Gomes

É preciso considerar quem são os leitores e que efeitos de sentidos, usos e funções serão atribuídos a uma determinada obra literária na atualidade


O Conselho Nacional de Educação (CNE) tem função normativa e é sua atribuição, como órgão de Estado, pronunciar-se sobre temas relativos à educação nacional. A questão étnico-racial é um desses temas.

Recentemente, a Câmara de Educação Básica (CEB) aprovou, por unanimidade, o parecer CNE/CEB nº 15/2010, com orientações quanto às políticas públicas para uma educação antirracista, no qual faz referência ao livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato.

O referido parecer foi elaborado a partir de denúncia recebida, e no seu posicionamento apresenta ações e recomendações; dentre estas, reafirma os critérios anteriormente definidos pelo MEC para análise de obras literárias a serem adotadas no Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE).

Em nenhum momento a CEB cogitou a hipótese de impor veto a essa obra literária ou a outra similar, impondo qualquer forma de censura, discriminação e segregação, seja com relação a grupos, segmentos e classes sociais, seja com relação às suas distintas formas de livre criação, manifestação e expressão.

O CNE entende que uma sociedade democrática deve proteger o direito de liberdade de expressão e, nesse sentido, não cabe veto à circulação de nenhuma obra literária e artística. Porém, essa mesma sociedade deve também garantir o direito à não discriminação, nos termos constitucionais.

Reconhecendo o importante valor literário da obra de Monteiro Lobato, especificamente do livro "Caçadas de Pedrinho", mas também sendo coerente com todos os avanços da legislação educacional brasileira, o parecer discute a presença de estereótipos raciais na literatura e apresenta sugestões e orientações ao MEC, à editora e aos que atuam na formação de professores.

Uma dessas orientações é a de que a editora tome o mesmo cuidado em relação à temática étnico-racial como o que já foi adotado em relação à questão ambiental no livro, sugerindo a inclusão, na apresentação, de uma nota de esclarecimento, a fim de contextualizar a obra, sem perder de vista o seu valor literário.

Mais do que focar a análise no autor em si, o que está em questão é colocar em pauta a necessária discussão sobre a temática étnico-racial na educação e sua efetivação como política pública.

O CNE está aberto ao debate. A repercussão do seu posicionamento revela o quanto ainda é preciso falar sobre a questão racial e discutir formas de superação do racismo e o quanto esse é um tema de interesse nacional.

Os receios, as ressalvas e os apoios feitos ao parecer são compreendidos pelo CNE, especialmente no que tange à necessidade de se contextualizar obras clássicas.

Entendemos que, assim como é importante o contexto histórico em que se produziu a obra, tão ou mais importante é o contexto histórico em que se produz a leitura dessa obra. É preciso considerar quem são os leitores e que efeitos de sentidos, usos e funções serão atribuídos a determinada obra na atualidade. A obra permanece, mas os leitores e a sociedade mudam.

É em função desse novo contexto que cabe, sim, interrogar em que condições a sociedade e, sobretudo, a escola lerão obras produzidas em momentos nos quais pouco se questionava o preconceito racial e o racismo. O propósito central do parecer e do CNE é, portanto, pautar a questão étnico-racial como tema relevante da educação nacional.


ANTONIO CARLOS CARUSO RONCA é presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE).
FRANCISCO APARECIDO CORDÃO é presidente da Câmara de Educação Básica do CNE.
NILMA GOMES é a relatora do parecer nº 15 da Câmara de Educação Básica do CNE.

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Solicitamos sua adesão ao Parecer no abaixo-assinado que está no link http://www.euconcordo.com/com-o-parecer-152010

São Carlos sedia na próxima semana Colóquio de Estudos Africanos

Evento será realizado na UFSCar e conta com a presença de pesquisadores que desenvolvem estudos em torno de textos literários de autores africanos e portugueses

O objetivo do evento é promover o contato entre os pesquisadores e alunos, a fim de estabelecer os primeiros caminhos de pesquisa na área dos estudos africanos e literários. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até o início do evento.

A primeira edição do colóquio contou com a presença de escritores africanos e, neste ano, o evento terá a presença de pesquisadores da área que desenvolvem estudos em torno de textos literários de autores africanos e portugueses, que refletem as relações entre Portugal e África.

O colóquio terá a participação da professora Laura Cavalcante Padilha, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que tem experiência em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa e é uma das principais formadoras dos pesquisadores e professores da área; e da professora Luci Ruas Pereira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que atua na área de literatura portuguesa, sobretudo no contexto da ficção contemporânea.

A atividade é uma realização do Centro de Educação e Ciências Humanas, Grupo de Estudos Literários Portugueses e Africanos, Departamento de Letras e Pró-Reitoria de Extensão da UFSCar.

A programação completa está disponível no endereço:

http://www2.ufscar.br/uploads/estudos_africanos.pdf

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3351-8358

CONVITE - Seminário Educação e Afrodescendência (03 e 04/dez - Vitória, ES

Seminário "Educação e Afrodescendência" (CONVITE)

O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros do Instituto Federal do Espírito Santo (Neab-Ifes) realizará nos dias 03 e 04 de dezembro do corrente ano o "Seminário de Qualificação de Experiências Pedagógicas – Educação e Afrodescendência".

Por meio deste, vimos convida-los/as a participarem do seminário supracitado. As inscrições são gratuitas – com vagas limitadas – e podem ser realizadas por meio do formulário eletrônico no endereço www.ifes.edu.br.

O Seminário reunirá professores/as, pesquisadores/as e interessados no campo de estudos afro-brasileiros, objeto da Lei Federal 10.639/03 e, constitui atividade de encerramento do Curso de Pós-Graduação Aperfeiçoamento em Educação e Afrodescendência, ofertado pelo Neab-Ifes.

Neste evento, objetivamos aproximar a produção acadêmica às experiências cotidianas escolares em um mesmo espaço-tempo acadêmico-pedagógico, valendo-se da intricada relação ação-reflexão-ação. Na ocasião serão apresentados projetos e experiências pedagógicas, acompanhados por comentários de bancas de qualificação acadêmica composta por pesquisadores da área.

Atenciosamente,

Gustavo Forde

Coordenador do Neab-Ifes


OBS: Segue anexo, cartaz + folder com a programação e resumos dos trabalhos a serem apresentados.


CONVITE ON-LINE - Seminario Educacao e Afrodescendencia.jpg

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Comemoração do Dia Nacional do Samba no Quilombo Pedra do Sal

A Associação da Comunidade Remanescente do Quilombo Pedra do Sal – ARQPEDRA entidade representativa da comunidade remanescente do quilombo que tem como um de seus principais objetivos a titulação do território quilombola e a preservação da identidade cultural da comunidade quilombola convidada para mais um evento do projeto SAL do SAMBA - Tributo a Donga, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô a realizar-se nos dia 01 de dezembro das 19 as 22 horas e dia 02 (Dia Nacional do Samba) das 06 as 22 horas, no quilombo Pedra do Sal localizado no bairro da Saúde, Zona Portuária do Rio de Janeiro, conforme especificações abaixo:

O quilombo Pedra do Sal é depositário da memória de uma das histórias mais lindas que a cidade do Rio de Janeiro tem para contar, envolvendo a formação de todo um complexo de atividades no entorno do mercado de escravos e de sal (cenários que aparecem nas gravuras de Rugendas), envolvendo o corte da Pedra do Sal para a construção da rua Sacadura Cabral, a construção e operação do porto do Rio (tudo isto obra dos escravos e de seus sucessores livres), o antigo rancho carnavalesco, o surgimento do samba com figuras de expressão nacional como Donga e João da Baiana, o candomblé, o bloco carnavalesco Afoxé Filhos de Gandhi.

Herdeiros de uma tradição importante na memória da cidade do Rio de Janeiro, de uma história de lutas e resistências, os quilombolas da Pedra do Sal constituem hoje o único contingente humano que pode legitimamente se reivindicar como continuador das implicações histórico-sociais da presença negra e escrava na área portuária; que pode como tal assumir a memória e dar seguimento às atividades rituais que constituem o patrimônio imaterial; e que finalmente pode reivindicar o território como constitutivo de sua identidade étnica. O Samba, o Santo e o Porto sumarizam a tradição que os quilombolas da Pedra do Sal atualizam.

Todo dia 2 de dezembro, o grupo do quilombo da Pedra do Sal celebra, no Largo João da Baiana, essa história e memória através da lavagem da pedra (rito simbólico de purificação), do samba, gastronomia e de depoimentos de antigos portuários. Celebram sua continuidade histórica na região e sua relevância para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira. No último 2 de dezembro, a festa organizada pelo Quilombo, envolve a lavagem da Pedra do Sal pelo Afoxé Filhos de Gandhi e por pessoas ligadas ao candomblé.

Programação

SAL do SAMBA

Tributo a Donga, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô

01 DE DEZEMBRO DE 2010

19:00 horas - Apresentação teatral do Grupo Entrou por Uma Porta

"Histórias Contadas e Compartilhadas" com direção de Reinaldo Santana

20:00 horas - Exibição de curtas dos cinestas negros Joel Zito de Araujo e Zozimo Bubbul

21:00 - Show com a Banda de reggae ANNCESTRAIS

02 DE DEZEMBRO DE 2010

Dia Nacional do Samba


Homenagens e depoimentos:

João da Baiana (in memoriam)

Claudio Camunguelo (in memoriam)

Egbomi Iraci de Ogum

Hiram Araújo

Audie


06:00 - Lavagem da Pedra do Sal com as tias Baianas e Afoxé Filhos de Gandhi

07:00 - Café da manhã quilombola

09:30 - Palestra: “O poder da Pedra do Sal” com Hiram Araujo e Damião Braga

11:00 - Roda de samba

12:00 hs - A tradicional feijoada do Nego Rico e Lucinha

12:30 horas - Roda de samba

18:00 horas - Roda de capoeira com o quilombola mestre Graúna

20:00 horas - Bloco Tradicional “Os Mariocas”

22:00 horas - Encerramento


Realização:

ARQPEDRA

Associação da Comunidade Remanescente do Quilombo Pedra do Sal



Coordenação Geral:

Damião Braga - (21) 9701-8905

Produção:

Lucinha - (21) 9855-3759

Mauro Santos - (21) 9698-7689
Damião Braga Soares dos Santos
Presidente do Conselho Diretor da ARQPEDRA - Associação da Comunidade Remanescente do Quilombo Pedra do Sal
Militante do MNU
Frente Nacional em Defesa dos Territorios Quilombolas
(21) 9701-8905
(61) 9631-8201
Skipe: rastario1833

Convite Palestra: Economia da Cultura

ECONOMIA DA CULTURA

Conforme dados do Banco Mundial, a Economia da Cultura responde hoje por 7% do PIB mundial (2003). Ao lado da Economia do Conhecimento (ou da Informação) a Economia da Cultura hoje integra a chamada Economia Nova, dado que seu modo de produção e de circulação de bens e serviços, altamente impactado pelas novas tecnologias e baseado em criação e propriedade intelectual, não se amolda aos paradigmas da economia industrial clássica.

Palestra:

Metodologia para estudos de Zoneamento Econômico Cultural.

A experiência do Zoneamento Econômico Cultural do Estado do Acre.

DIA: 25/11/2010

LOCAL: CINEMATECA DO IFT
Rua 75, nº 46, Centro. Goiânia - GO.
09:00 HORAS

Palestrante:
Prof. Felippe Jorge Kopanakis Pacheco
Mestre em Geografia, desenvolveu metodologia para o MINC-IPHAN-UNESCO para estudos de Zoneamento Econômico Cultural.
Coordenador do ZEC-ACRE.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Convite Palestra: Economia da Cultura

ECONOMIA DA CULTURA

Conforme dados do Banco Mundial, a Economia da Cultura responde hoje por 7% do PIB mundial (2003). Ao lado da Economia do Conhecimento (ou da Informação) a Economia da Cultura hoje integra a chamada Economia Nova, dado que seu modo de produção e de circulação de bens e serviços, altamente impactado pelas novas tecnologias e baseado em criação e propriedade intelectual, não se amolda aos paradigmas da economia industrial clássica.

Palestra:

Metodologia para estudos de Zoneamento Econômico Cultural.

A experiência do Zoneamento Econômico Cultural do Estado do Acre.

DIA: 25/11/2010

LOCAL: CINEMATECA DO IFT
Rua 75, nº 46, Centro. Goiânia - GO.
09:00 HORAS

Palestrante:
Prof. Felippe Jorge Kopanakis Pacheco
Mestre em Geografia, desenvolveu metodologia para o MINC-IPHAN-UNESCO para estudos de Zoneamento Econômico Cultural.
Coordenador do ZEC-ACRE.

Comemoração do Dia Nacional do Samba no Quilombo Pedra do Sal

A Associação da Comunidade Remanescente do Quilombo Pedra do Sal – ARQPEDRA entidade representativa da comunidade remanescente do quilombo que tem como um de seus principais objetivos a titulação do território quilombola e a preservação da identidade cultural da comunidade quilombola convidada para mais um evento do projeto SAL do SAMBA - Tributo a Donga, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô a realizar-se nos dia 01 de dezembro das 19 as 22 horas e dia 02 (Dia Nacional do Samba) das 06 as 22 horas, no quilombo Pedra do Sal localizado no bairro da Saúde, Zona Portuária do Rio de Janeiro, conforme especificações abaixo:

O quilombo Pedra do Sal é depositário da memória de uma das histórias mais lindas que a cidade do Rio de Janeiro tem para contar, envolvendo a formação de todo um complexo de atividades no entorno do mercado de escravos e de sal (cenários que aparecem nas gravuras de Rugendas), envolvendo o corte da Pedra do Sal para a construção da rua Sacadura Cabral, a construção e operação do porto do Rio (tudo isto obra dos escravos e de seus sucessores livres), o antigo rancho carnavalesco, o surgimento do samba com figuras de expressão nacional como Donga e João da Baiana, o candomblé, o bloco carnavalesco Afoxé Filhos de Gandhi.

Herdeiros de uma tradição importante na memória da cidade do Rio de Janeiro, de uma história de lutas e resistências, os quilombolas da Pedra do Sal constituem hoje o único contingente humano que pode legitimamente se reivindicar como continuador das implicações histórico-sociais da presença negra e escrava na área portuária; que pode como tal assumir a memória e dar seguimento às atividades rituais que constituem o patrimônio imaterial; e que finalmente pode reivindicar o território como constitutivo de sua identidade étnica. O Samba, o Santo e o Porto sumarizam a tradição que os quilombolas da Pedra do Sal atualizam.

Todo dia 2 de dezembro, o grupo do quilombo da Pedra do Sal celebra, no Largo João da Baiana, essa história e memória através da lavagem da pedra (rito simbólico de purificação), do samba, gastronomia e de depoimentos de antigos portuários. Celebram sua continuidade histórica na região e sua relevância para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira. No último 2 de dezembro, a festa organizada pelo Quilombo, envolve a lavagem da Pedra do Sal pelo Afoxé Filhos de Gandhi e por pessoas ligadas ao candomblé.

Programação


SAL do SAMBA

Tributo a Donga, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô


01 DE DEZEMBRO DE 2010


19:00 horas - Apresentação teatral do Grupo Entrou por Uma Porta

"Histórias Contadas e Compartilhadas" com direção de Reinaldo Santana

20:00 horas - Exibição de curtas dos cinestas negros Joel Zito de Araujo e Zozimo Bubbul

21:00 - Show com a Banda de reggae ANNCESTRAIS

02 DE DEZEMBRO DE 2010

Dia Nacional do Samba


Homenagens e depoimentos:

João da Baiana (in memoriam)

Claudio Camunguelo (in memoriam)

Egbomi Iraci de Ogum

Hiram Araújo

Audie


06:00 - Lavagem da Pedra do Sal com as tias Baianas e Afoxé Filhos de Gandhi

07:00 - Café da manhã quilombola

09:30 - Palestra: “O poder da Pedra do Sal” com Hiram Araujo e Damião Braga

11:00 - Roda de samba

12:00 hs - A tradicional feijoada do Nego Rico e Lucinha

12:30 horas - Roda de samba

18:00 horas - Roda de capoeira com o quilombola mestre Graúna

20:00 horas - Bloco Tradicional “Os Mariocas”

22:00 horas - Encerramento

Realização:

ARQPEDRA

Associação da Comunidade Remanescente do Quilombo Pedra do Sal

Coordenação Geral:

Damião Braga - (21) 9701-8905

Produção:

Lucinha - (21) 9855-3759

Mauro Santos - (21) 9698-7689
Damião Braga Soares dos Santos
Presidente do Conselho Diretor da ARQPEDRA - Associação da Comunidade Remanescente do Quilombo Pedra do Sal
Militante do MNU
Frente Nacional em Defesa dos Territorios Quilombolas
(21) 9701-8905
(61) 9631-8201
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

albuns de fotos com a programação de consciência negra do Instituto Nangetu

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Instituto Nangetu Diretoria de Projetos adicionou 2 fotos ao álbum cineclube_consciência negra_terra deu terra come
20/11/2010 11:51:48

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Instituto Nangetu Diretoria de Projetos adicionou 5 fotos ao álbum cineclube CINESAMBA
20/11/2010 09:54:08

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Instituto Nangetu Diretoria de Projetos adicionou 46 fotos ao álbum cineclube - Programa Comunidades
20/11/2010 03:14:04

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Instituto Nangetu Diretoria de Projetos adicionou 19 fotos ao álbum inauguração do fogão
20/11/2010 11:49:48

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Instituto Nangetu Diretoria de Projetos adicionou 38 fotos ao álbum site olhos negros
20/11/2010 10:32:50

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Instituto Nangetu Diretoria de Projetos adicionou 67 fotos ao álbum A magia de Jinsaba – sem folhas não tem ritual
20/11/2010 04:19:20




Instituto Nangetu Diretoria de Projetos adicionou 2 fotos ao álbum cineclube Sergio Peo
20/11/2010 11:55:22

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Mau preparo de professor atrapalha ensino de literatura afro

Educadores afirmam que há boas obras e materiais didáticos disponíveis, mas docentes ainda não sabem como trabalhá-los em sala
Marina Morena Costa, iG São Paulo | 20/11/2010 06:01


Uma menina negra, com vasta cabeleira, tenta entender por que seu cabelo não para quieto. Ela encontra um livro sobre países africanos e passa a compreender a relação entre seus cachos e a África. A história é contada no livro “Cabelo de Lelê”, de Valéria Belém, e segundo a pedagoga e pesquisadora Lucilene Costa e Silva, um dos bons exemplos de literatura afro-brasileira infantil. “Nas séries iniciais, as crianças estão construindo a identidade. Ter acesso a obras que mostrem personagens como elas é fundamental”, avalia.

Lucilene dá aula há 20 anos na rede pública de ensino do Distrito Federal e conta que sentia falta da imagem negra nos livros de literatura infantil. “Cheguei a contar a história ‘Chapeuzinho Vermelho’ usando uma boneca negra com capuz vermelho. Hoje sei que isso não é mais necessário. A África tem histórias, personagens e enredos lindíssimos.”
Atendendo à lei 10.639, que determina o ensino de cultura afro-brasileira nas escolas, o Ministério da Educação (MEC) e as secretarias municipais e estaduais de ensino têm cada vez mais distribuído obras e vídeos protagonizados por personagens negras ou que abordam a diversidade étnico-racial. “É visível o aumento na quantidade de material didático e para-didático disponível sobre o tema após a implantação da lei”, afirma Luciano Braga, professor de Artes há 15 anos das redes municipal e estadual de São Paulo e co-autor, junto com Elizabeth Melo, do livro “História da África e afro-brasileira – em busca das nossas origens”, lançado em 13 de maio de 2010.

Foto: Thinkstock
Educadores afirmam que a literatura infantil sobre diversidade étnica ajuda a combater a discriminação racial
O professor conta que obras com contos e lendas africanas são uma novidade recente nas duas escolas onde dá aulas. “Estamos recebendo livros nos quais o herói é uma criança negra ou onde há personagens brancos e negros. A questão não é valorizar uma cultura ou outra e sim fazer com que a criança se sinta pertencente ao meio. É assim que combatemos a discriminação”, ressalta. Da mesma forma que contos de fada e histórias europeias são narrados em sala de aula, histórias e lendas africanas e indígenas devem ser apresentadas, defende o professor.
No livro infantil “Betina”, de Nilma Lino Gomes, uma avó trança os cabelos da neta e conversa sobre seus ancestrais. “Na África as tranças têm diferentes significados e o cabelo é muito importante para a mulher. Está ligado à identidade”, explica Lucilene. Quando a professora terminar de contar a história de Betina, uma menina de rosto redondo, olhos negros e cabelo todo trançado, os alunos ficam encantados. “Todas as crianças, negras e brancas, querem ser a Betina”, conta.
Formação de professores
Lucilene desenvolve pesquisa de mestrado na Universidade de Brasília (UnB) sobre a presença da literatura afro-brasileira no Programa Nacional Biblioteca da Escola do MEC, que distribui obras de literatura, pesquisa e referência para as escolas públicas brasileiras. Apesar de o ministério não ter um levantamento específico das obras que abordam essa temática, a pesquisadora afirma que os livros estão presentes no catálogo oferecido. “É um avanço, mas em muitas escolas do DF as obras chegam e ficam encaixotadas, porque os professores não sabem como trabalhá-las”, afirma.
Em São Paulo, Braga promove palestras e oficinas sobre diversidade étnica e encontra o mesmo problema: materiais didáticos deixados de lado porque os professores não sabem como usá-los.
A coordenadora da área de diversidade do MEC – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) –, Leonor Franco, reconhece que o principal entrave para a aplicação da lei é a formação dos professores. “O nó da questão é a qualificação, a formação de professores e gestores. Não basta capacitar só os professores, tem que sensibilizar todos os funcionários da escola, os diretores, o secretário de educação. Não adianta colocar livro na escola se o professor não souber o que fazer com aquilo”, afirma.
Segundo Leonor, grande parte do problema está no ensino superior. A temática e o conteúdo da diversidade étnico-racial não estão nos cursos de licenciatura: “Nossa formação continuada é quase uma formação inicial”, critica. Outro desafio é a ampliação de parcerias para oferecer cursos de capacitação. Atualmente os editais do MEC são voltados apenas para instituições de ensino superior federais e estaduais. “Temos secretarias de ensino que têm condições de promover capacitação. O resultado é que a gente tem tido dinheiro (na Secad), mas poucos projetos bons para formação de professores.”
Salloma Salomão, músico e doutor em História Social pela PUC-SP, atua na formação de docentes pela rede de educadores Aruanda Mundi. Nos últimos cinco anos, cerca de 3 mil professores de mais de cinco estados diferentes foram capacitados. “Faltam investimentos das secretarias em projetos formativos sistemáticos e de longa duração”, aponta. Segundo Salomão, os cursos oferecidos pela Aruanda têm duração mínima de 120 horas, mas o ideal seria 360 horas e dois anos de duração.
O historiador destaca a importância do uso das tecnologias na capacitação dos docentes. Por meio de plataformas da internet, Salomão promove a interação de professores brasileiros com africanos, principalmente de países de língua portuguesa. “Falar de África não significa tirar o sapato e pisar na terra. Há inúmeras possibilidades com o uso da tecnologia. Precisava de um mapa étnico-linguístico da África e um pesquisador da universidade de Coimbra nos forneceu o material. É um processo de aprendizagem com o que há de mais contemporâneo.”

Veja a lista de obras de literatura afrobrasileira para crianças indicadas pela professora Lucilene Costa e Silva, pesquisadora de litaratura infantil afro-brasileira:
A serpente de Olumo – Ieda de Oliveira – Ed Cortez Editora
ABC do continente africano –Rogério A. Barbosa – Ed. SM
Anansi, o velho sábio – Um conto Axanti recontado por Kaleki – Ed Companhia das Letrinhas
Ao sul da África – Laurence Questin – Catherine Reisser – Companhia das Letrinhas
Betina – Nilma Lino Gomes – Mazza Edições
Brinque- Book conta fabulas – Bob Hortman e Susie Poule
O Cabelo de Lelê – Valéria Belém – Ibep Nacional
Chuva de Manga – James Rumford – Ed brinque Book
O dia em que Ananse espalhou a sabedoria pelo mundo – Eraldo Miranda – Editora Elementar
Doce princesa Negra- Solange Cianni- Ed-L.G.E
Era uma vez na África – Jean Angelles – Ed. LGE
Euzebia Zanza – Camila Fillinger – Ed Girafinha
O funil Encantado - Jonas Ribeiro - Ed Dimensão
Gente que mora dentro da gente-Jonas Ribeiro-Ed Dimensão
Histórias da Preta – Heloisa Pires Lima –Ed. Companhia das Letrinhas
Ifá, o advinho; Xango, o Trovão; Oxumarê, o Arco-iris – Raginaldo Prandi – Ed. Companhia das Letrinhas
Krokô e Galinhola – Um conto africano por Mate – Ed brinque Book
O livro da paz-Todd Parr- Ed Panda-Book
Lendas Africanas. E a força dos tambores cruzou o mar - Denise Carreira - Ed. salesiana
O mapa – Marilda Castanha – Ed. Dimensão
Meia dura de sangue seco – Lourenço Cazarré – Ed. LGE
Na minha escola todo mundo é igual - Rossana Ramos e Priscila Sanson - Ed Cortez
Nina África – Lenice Gomes, Arlene Holanda e Clayson Gomes – Ed. elementar
A noite e o Maracatu – Fabiano dos Santos – Ed Edições Demócrito Rocha
Orelhas de Mariposa - Luiza Aguilar e Andre Neves-Ed Callis
O presente de Ossanha – Joel Rufino dos Santos- Ed. Global
Por que somos de cores diferentes? – Carmem Gil- Ed girafinha
Que mundo maravilhoso – Julius Lester e Joe Cepeda – Ed Brinque Book
Sergio Capparelli – Ed. Global
Tem gente com fome – Solano Trindade Ed. Nova Alaxandria
Os tesouros de Monifa – Sonia Rosa – Ed Brinque-Book
Todas as crianças da terra – Sidónio Muralha –Ed Global
Uma menina e as diferenças – Maria de Lourdes Stamato de Camilis-Ed Biruta
Viver diferente – Lilian Gorgozinho – Ed L.G. E Editora

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Brasil 2011: Estado festejará Ano Internacional dos Afrodescendentes distribuindo livro racista nas escolas

sociedade competitiva e os preconceitos geram uma violência que deve ser combatida pela escola. Ensinar a viver juntos é fundamental, conhecendo antes a si mesmo para depois conhecer e respeitar o outro na sua diversidade. A melhor maneira de resolver os conflitos é proporcionar formas de buscar projetos e objetivos em comum, através da cooperação, pois assim ao invés de confrontar forças opostas, soma-se a diversidade para fortalecer as construções coletivas (Jacques Delors, UNESCO, MEC, Cortez Editora, São Paulo, 1999).

De acordo com Delors, a transmissão de conhecimento sobre a diversidade humana, bem como a tomada de consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta constituem fundamentos da educação. Entretanto, às vésperas do Ano Internacional dos Afrodescendentes, o Ministério da Educação do Brasil rejeita consideração do Conselho Nacional de Educação, que atento às Leis que regem a Educação Nacional, pondera sobre a distribuição do livro de literatura infantil Caçadas de Pedrinho[1], de Monteiro Lobato, que, originalmente publicado no ano de 1933, difunde visão estereotipada sobre o negro e o universo africano, apresentando personagens negras subservientes, pouco inteligentes, até mesmo aludindo a animais como o macaco e o urubu quando se referem à personagem negra, como no trecho: trechos da obra dizem: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão".

Os movimentos sociais negros há tempos reivindicam ação substantiva por parte do Estado brasileiro em políticas públicas para a educação das relações étnico-raciais. Os movimentos sociais brancos e a elite, por sua vez, recusam toda e qualquer medida que visa combater o racismo e seus derivados na sociedade brasileira. Por sua vez, identificam-se setores progressistas da sociedade que lutam pelos direitos humanos, direitos das mulheres, gays e indígenas, mas que infelizmente se calam diante da luta antirracista.

Na questão em debate, de maneira previsível, debocham da pesquisadora e professora universitária e conselheira do CNE Nilma Lino Gomes, responsável maior pelo parecer, que possui formação intelectual que não fica atrás de nossa elite branca, uma vez que possui doutorado pela Universidade de São Paulo e Pós-Doutorado na Universidade de Coimbra, sob orientação de um dos maiores nomes da intelectualidade atual, a saber, Boaventura de Sousa Santos é. Mesmo com esse histórico intelectual, ela tem sido vista pelos racistas de plantão como incompetente e racista ao inverso. Isso somente reforça a obsessão pela continuidade da estrutura racista em nossa sociedade. Sobre o autor, Monteiro Lobato, nascido no século XIX, eugenista convicto, diz-se apenas ser uma referencia clássica. Certamente uma clássica escolha da elite nacional, que do alto de sua arrogância e prepotência acredita que seus eleitos sejam intocáveis e não passíveis de qualquer crítica e consideração.

O MEC tem o dever de combater qualquer tipo de situação discriminatória para qualquer grupo racial. Assim, o que deve ganhar nossa atenção nessa contenda é o fato de que mesmo o edital do PNBE/2010, estabelecido pelo MEC/FNDE, ter traçado como objetivo a “Observância de princípios éticos necessários à construção da cidadania e ao convívio social republicano” e ter estabelecido, conforme anexo III do referido edital, que “Serão excluídas as obras que: 1.3.1. veicularem estereótipos e preconceitos de condição social, regional, étnico- racial, de gênero, de orientação sexual, de idade”, temos um ministro que defende a distribuição irrestrita do livro por compreendê-lo como adequado para a educação de crianças em pleno processo de socialização.

Considerando que os doutos e doutas que administram o MEC leram Jaques Delors, Paulo Freire, Edgar Morin e tantos outros que adoram citar, não se pode alegar ingenuidade por parte da equipe diretiva do MEC, que aceitou parecer favorável à compra e à distribuição desse livro nas escolas públicas, cujo conteúdo fere o próprio edital por eles instituído. O que deve tomar o centro dessa discussão é o fato de o MEC anunciar uma política que vai ao encontro do disposto nas leis e também das reivindicações dos movimentos negros organizados, em nível nacional e internacional, mas na prática permitir o descumprimento de seu edital.

Ao ferir o edital, o próprio MEC abre precedente para que que as editoras, cujas obras tenham sido excluídas por veicularem estereótipos, reivindiquem também a distribuição dos livros excluídos. Por que somente Lobato com estereótipo racial? Que tal o MEC também distribuir literatura sexista? Que tal textos com manifestações anti-semitas? Será que assim a sociedade se incomodaria?

Mas, por enquanto, mais uma vez magistralmente setores conservadores e/ou tranquilos com as consequências da discriminação racial nesta sociedade buscam inverter a discussão, de modo a que o maior problema passe a ser o tal “o racismo ao revés e a radicalidade dos movimentos negros”, e joga-se para debaixo do tapete o que deveria ser o centro da análise: o esfacelamento dos objetivos de combater a disseminação de estereótipos e preconceitos na política do PNBE, MEC.
Sejamos de fato coerentes e anti-racistas, reconheçamos a não-observação aos critérios do estabelecidos no Edital do PNBE/2010, insistamos na pergunta e exijamos do MEC uma pronta resposta: o que de fato ele tem realizado, quanto tem investido e qual a consistência e a efetividade de suas realizações, sobretudo em comparação com o que tem investido nas demais questões ligadas à diversidade e aos grupos historicamente discriminados? Dos livros selecionados pelo PNBE 2010, quantos favorecem a educação das relações de gênero? Quantos promovem o conhecimento positivo sobre a história e cultura dos povos indígenas? Se o MEC tivesse respeito por nós, seríamos informados sobre o cumprimento das metas para a implementação do artigo 26ª da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) (Lei n. 9394/96), que se refere à obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras, indo ao encontro de tratados internacionais como a Convenção Contra a Discriminação na Educação (1960) e o Plano de Ação decorrente da III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Intolerância Correlata (2001), ambos sob os auspícios da Unesco.
Em 17 de abril de 2008, em entrevista à Agência Brasil, apos receber críticas sobre o retrocesso nas políticas para o combate ao racismo, o diretor do Departamento de Educação para Diversidade e Cidadania do MEC, Armênio Schmidt, confirmou a suspensão da distribuição de material didático e de ações de formação de professores na área étnico-racial em 2007. Segundo ele, a interrupção, apenas externa, nas ações voltadas à questão racial ocorreu por causa das mudanças no sistema de financiamento do MEC. Para o diretor tal suspensão se justificava pelo fato de o MEC estar, em 2007, “construindo uma nova forma de indução de políticas, de relação com estados e municípios, que foi o Programa de Ações Articuladas”. Para ele: “Durante o ano passado [2007] realmente não houve publicações e formação de professores. Mas, na nossa avaliação, não houve um retrocesso, porque isso vai possibilitar uma nova alavanca na questão da Lei [10.639]. Agora estados e municípios vão poder solicitar a formação de professores na sua rede, e o MEC vai produzir mais publicações e em maior número”[2].

Em 2010, além de não percebermos o fortalecimento da política, tampouco a retomada das publicações e uma consistente e sistemática formação de professores, flagramos o MEC permitindo a participação de livro cujo conteúdo veicula estereótipos e preconceitos contra o negro e o universo africano, constituindo assim flagrante inobservância das normas estabelecidas.

O atual presidente Lula, em seu começo de mandato, evidenciou, no campo da educação, a importância do combate ao racismo, promulgando a Lei 10.639/03, que, como já mencionado, alterou a LDB, tornando obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileiras na Educação Básica. Tal alteração contou com a pronta atenção do CNE, que, sob responsabilidade da conselheira Petronilha Beatriz Goncalves e Silva, elaborou as Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino das Relações Étnico-Raciais e de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (CNE/CP 3/2004), cuja homologação foi assinada pelo então ministro da Educação, Tarso Genro. Contudo, embora conte com 83% de aprovação por parte da população e tenha ao longo de seu mandato visitado várias vezes o continente africano e discursado eloquentemente sobre a necessidade de reconhecimento do valor dos afrodescendentes na formação de nosso Estado Nacional, ele encerra seu mandato permitindo um declínio acentuado na elaboração e na implementação de políticas anti-racistas no campo da educação.

Se em 2003 podíamos reconhecer, ainda que timidamente, o fato de o combate ao racismo fazer parte da agenda política brasileira; em 2010, devemos denunciar o descompromisso com essa luta. Descompromisso que pode ser percebido pela redução acentuada do orçamento para a educação das relações raciais, pelo enxugamento da equipe de trabalho da Coordenação Geral de Diversidade e Inclusão Educacional/SECAD/MEC, responsável pela implementação das ações de diversidade étnico-racial. Ainda vale ressaltar que houve a retirada do portal de diversidade da rede do MEC; a interrupção de publicações sobre o tema para a formação de profissionais da educação, pelo frágil apoio que das secretarias de educação para o cumprimento do proposto no parecer CNE/CP 3/2004. Essas constituem algumas referências negativas, entre várias outras apontadas pelos estudos sobre o tema.

Nós negros, cidadãs e cidadãos, que trabalhamos duramente longos anos para a eleição do presidente Lula esperávamos mais. Esperávamos mais tanto do presidente quanto da sua equipe executiva que administra a educação brasileira. Esperávamos minimamente que ao longo desses anos a equipe tivesse compreendido o alcance e o impacto do racismo em nossa sociedade. Esperávamos que eles, respeitando os princípios de justiça social, independentemente dos grupos no poder, emitissem manifestações veementes pelo combate ao racismo na educação. Pelo visto as promessas de parcerias e acolhimento das nossas considerações eram falsas.

O que temos como resposta, para além do silêncio de toda Secretaria de Educação, Alfabetização e Diversidade, é o posicionamento por parte do ministro, que não vê racismo na obra, colocando-se favorável à sua distribuição irrestrita, que, em companhia de outros elementos no cotidiano escolar, sabemos, contribuirá para a formação de novos indivíduos racistas, como já se fez no passado. Sem dúvida, o discurso do ministro mostra-se engajado com sua própria raça, classe e gênero. O mais irônico é saber que em pleno século XXI o Brasil será visto como um país que avança na economia e retrocede nos direitos humanos da população negra.

Muitos admiram Monteiro Lobato. Eu admiro Luiz Gama que se valeu das páginas da imprensa em defesa da liberdade dos escravizados e disse, sintetizando nossa ainda atual resistência cotidiana: “Em verdade vos digo aqui, afrontando a lei, que todo o escravo que assassina o seu senhor, pratica um ato de legítima defesa”. O conhecimento é a arma que dispomos para lutar pela defesa de nossa história, nossa existência, bem como do futuro de nossos filhos e filhas. Essa é uma luta desigual, portanto desonesta. Mas ainda que muitos queiram nosso silêncio, seguiremos lutando e denunciando essa forma perversa de racismo que perdura na sociedade brasileira.

[1] Tal obra foi selecionada pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola/2010, que objetiva a “seleção de obras de apoio pedagógico destinadas a subsidiar teórica e metodologicamente os docentes no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem nos respectivos campos disciplinares, áreas do conhecimento e etapas/modalidades da educação básica” (Brasil. Edital PNBE 2010. Brasília: MEC/FNDE, 2010).

[2] Agência Brasil. Pesquisadora aponta retrocesso na política de combate ao racismo nas escolas. Disponível em: http://verdesmares.globo.com/v3/canais/noticias.asp?codigo=216721&modulo=450. Acessado em: novembro de 2010.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

NOVEMBRO NEGRO: Convite para abertura do Programa Mato Grosso Negro

Abertura das comemorações pelo Dia Nacional da Consciência Negra, na Secretaria, quarta-feira, e no Quilombo Mata Cavalo de Cima, abertura do projeto Novembro Negro, no sábado, com o grupo de percussão Batuquenauá!

SEC convida para abertura do Programa Mato Grosso Negro

A Secretaria de Estado de Cultura convida toda a sociedade mato-grossense para a abertura do Programa Mato Grosso Negro, que acontecerá no dia 17 de novembro, às 9h, no salão nobre do Palácio da Instrução, em Cuiabá. O programa se insere nas comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro, dedicando-se as reflexões sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
Conforme o secretário de Estado de Cultura, Oscemário Daltro, a SEC entende que é preciso reconhecer e valorizar a diversidade étnico-cultural afro-brasileira do nosso país. De acordo com ele, por esse motivo é importante estimular ações que trabalhem o envolvimento com a história e a cultura afro-brasileiras e estimulem a refletir sobre papel do negro na sociedade.
Durante o mês de novembro, espetáculos de dança, de teatro, palestras, oficinas e debates, estão acontecendo em vários municípios de todo o Estado. A programação do Mato Grosso Negro envolve vários projetos, entre eles: 2º Festival AMANI de teatro e culturas africanas, Espetáculo de Dança “Coisa de Preto”, Intervenção Urbana do Mato, Novembro Negro e Festival Consciência Hip Hop. Todos abordando a questão do negro e da sua importância.


SERVIÇO:

O que: Abertura do Programa Mato Grosso Negro

Local: Salão Nobre do Palácio da Instrução

Rua Antônio Maria, 151 – Praça da República no Centro Histórico de Cuiabá

Data: 17 de novembro (quarta-feira)

Horário: 9h

Mais:

http://www.cultura.mt.gov.br/TNX/conteudo.php?pageNum_Pagina=1&sid=54&cid=3679&totalRows_Pagina=3158


MT NEGRO
Novembro Negro trabalha com matrizes africanas no quilombo de Mata Cavalo de Cima

Por Ariane Laura - Assessoria


As manifestações culturais brasileiras passam pela cultura trazida pelos africanos. Por esse motivo o processo de construção e valorização da identidade negra é de extrema importância para o patrimônio histórico e cultural brasileiro. Com o intuito de promover a reflexão sobre a ocupação dos espaços pelo homem negro e a mulher negra na sociedade contemporânea e sobre as possibilidades de reversão do quadro de discriminação e exclusão desta população, uma série de atividades será desenvolvida no Quilombo de Mata Cavalo de Cima, localizado no município de Nossa Senhora do Livramento, situado a 50 km de Cuiabá.

Em sua quarta edição, o projeto Novembro Negro, idealizado pelo Instituto Usina em 2005 para festejar a matriz africana, especificamente a comunidade de Mata Cavalo de Cima (siriri quilombola) e o Congo de Livramento, passa a ser executado pelo quilombola Sizenando do Carmo Santos, mais conhecido como mestre Nézinho. O projeto integra a agenda do MT Negro promovido pela Secretaria de Estado de Cultura.

A novidade desta edição é o lançamento da Casa de Memória do Quilombo Mata Cavalo de Cima Nhá Dita, que acontecerá no dia 20 de novembro, ponto culminante das atividades e apresentações. O espaço irá abrigar fotografias bem como objetos antigos que traduzem um pouco da história do povo que habita esse lugar. “A gente faz a festa para comemorar o homem velho que é Zumbi.

"Aqui no quilombo tudo é simples e verdadeiro, tem que saber entrar, pisar e sair. A gente quer trazer as pessoas para conhecer nossa cultura, nosso modo de viver e conviver. Mostrar a nossa raiz é uma alegria pra gente. A Casa de Memória vai ser muito importante para as pessoas que visitarem o quilombo para conhecerem um pouco da nossa história”, comenta mestre Nézinho.

Segundo a historiadora e coordenadora do Ponto de Cultura Porto das Artes (IPHAN), Lúcia Picanço, o diferencial dessa ação é que a festa e as ações são discutidas com o Mestre Nézinho. “É ele quem decide, é ele quem sabe o que vai fazer no seu quintal. Nós somos colaboradores. E temos muito que aprender. O povo africano ou seus descendentes são portadores de conhecimentos milenares”, afirma. Ainda de acordo com Picanço, toda a contextualização do projeto gira em torno da matriz africana. O intuito dessa ação é estimular e contribuir para a conservação da cultura de raiz tão encolhida ao processo historicamente discriminatório.

Uma série de atividades está prevista para serem realizadas em novembro. A abertura da programação no dia 20 será marcada pelo som do atabaque. Haverá também oficinas de penteado afro, em parceria com o Grupo Tibanaré, que visa valorizar e elevar a auto-estima das pessoas daquela comunidade e oferecer uma atividade que futuramente pode gerar renda. Haverá também oficina de percussão, ministrada pelas acadêmicas de música Estela Ceregatti e Juliane Grisólia, ambas do grupo Urutau. Além disso, também haverá oficina de fotografia, fruto da parceria com o Coletivo Meus Amigos Imaginários e apresentações como capoeira com o grupo Consciência Brasil, formado por alunos do ponto de cultura Porto das Artes, o maracatu com o grupo Batuquenauá, o Congo de Livramento e dois grupos de Siriri da Terceira idade, do distrito de Varginha (Santo Antônio do Leverger) e do município de Cáceres, além do Siriri quilombola. A gastronomia ficará por conta do mestre Nézinho, que fará uma feijoada.

Segundo a coordenadora do Pontão da Viola de Cocho, parceiro do Novembro Negro, Terezinha da Silva, a falta de conhecimento leva as novas gerações a não perpetuar suas tradições, por isso ações desse tipo são importantes para esclarecer aos jovens a importância e beleza de suas raízes, de suas danças, cantos e tradições, que fazem parte do universo cultural do estado e país.

Conforme o secretário de Estado de Cultura, Oscemário Daltro, o MT Negro visa propiciar um grande encontro de grupos, artistas, movimentos e entidades, que tem unido seus elementos para mostrar seus valores culturais e discutir a participação do afro descendente na comunidade. “O projeto pretende contemplar a multiplicidade de culturas em Mato Grosso, pois a cultura negra não é uma coisa única, ela é lembrada em diversas manifestações como parte da grande contribuição dos negros para a cultura nacional”, explica.

Sobre o quilombo de Mata Cavalo de Cima - a comunidade negra rural Mata Cavalo encontra-se localizada, no Estado de Mato Grosso, às margens da BR-MT 060, no município de Nossa Senhora do Livramento, situada a 50 quilômetros da capital, Cuiabá. Mata Cavalo ocupa um espaço geográfico de 11.722 hectares dividido e organizado em seis associações, quais sejam: Mata-cavalo de cima, Ponte da estiva (fazenda Ourinhos), Ventura, Capim Verde, Mutuca e Mata-cavalo de baixo. Essas seis associações formam o complexo Quilombo Boa Vida Mata Cavalo no qual residem cerca de 420 famílias.

A sesmaria de Mata Cavalo de Cima foi constituída de negros africanos e afro-descendentes escravos no início do século 19, que foram trazidos para trabalhar com mineração em municípios próximos (Poconé e Livramento). Em 1883 eles receberam a doação das terras onde vivem da senhora Ana da Silva Tavares.

Vivem do plantio da mandioca, banana, coco de babaçu, do arroz e da cana. Poucos, por enquanto, estão transformando seus produtos artesanalmente para agregar valor fazendo doces, rapaduras e azeites de babaçu e mamona . Aos poucos, a comunidade rural de Mata Cavalo de Cima vem provando a possibilidade de transformação cidadã através do reconhecimento de sua cultura.

SERVIÇO:

O que: Novembro Negro
Local: quilombo Mata Cavalo de Cima, sítio Dois Irmãos, na casa do mestre Nézinho
Data: 20 de novembro, sábado
Horário: a partir das 9h
Entrada
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ARIANE LAURA
Secretaria de Estado de Cultura
Assessoria de Comunicação
Avenida Getulio Vargas, nº 247, Centro Cuiabá-MT
(65) 3613-0205 /9985-9544

CARIMBÓ DE SÃO BENEDITO

CARIMBÓ DE SÃO BENEDITO (PA) INICIA HOJE CIRCULAÇÃO NACIONAL PELO CIRCUITO CARIMBÓ BR ADENTRO
Com o apoio da FUNARTE, o grupo Quentes da Madrugada, de Santarém Novo (PA) promove a difusão do carimbó em 8 cidades do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás e no Distrito Federal
O Carimbó é a música e a dança tradicional paraense por excelência, cuja manifestação ocorre há mais de dois séculos em quase todas as regiões do Estado. Junção caprichosa do pé batido indígena com o rebolado africano, preservado nas comunidades pela oralidade dos mestres populares, afirmamos mesmo que o Carimbó é parte essencial da alma paraense e amazônida, um componente fundamental da identidade cultural brasileira.
A Irmandade de Carimbó de São Benedito, da cidade de Santarém Novo, apresenta características particulares que a destacam dos demais grupos e comunidades carimbozeiras do estado. Fundada em meados do século XIX, a Irmandade mantém uma tradição extremamente complexa que envolve onze dias ininterruptos de festa, conduzidos pelo lendário conjunto musical “Os Quentes da Madrugada”, reconhecidos nacionalmente como um dos grupos mais tradicionais e autênticos do carimbó paraense.
Referência fundamental da cultura popular de nossa região, desde 2005 a Irmandade também é a principal responsável pela articulação do processo de registro do Carimbó como Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira junto ao IPHAN. Foi dela a iniciativa de iniciar a luta por esse reconhecimento nacional, organizando desde então a Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro hoje considerado um dos mais importantes movimentos culturais da região Norte.
O Circuito Carimbó BR Adentro é uma iniciativa inserida nesse processo de sensibilização e mobilização da sociedade brasileira em prol da valorização do carimbó e suas tradições, visando contribuir para revelar ao Brasil toda a beleza e originalidade dessa manifestação, fortalecendo o movimento pelo seu reconhecimento e difusão.
Único projeto paraense contemplado pelo Prêmio Circuito Funarte de Música Popular 2010, o Circuito Carimbó BR Adentro irá realizar a circulação do grupo Os Quentes da Madrugada – da Irmandade de Carimbó de São Benedito - pelos Estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás e o Distrito Federal, chegando a 08 cidades ao longo da Rodovia Belém-Brasília (BR-010) e seu entorno, a bordo de um ônibus, realizando gratuitamente espetáculos de música e dança de carimbó, oficinas de percussão e dança, rodas de conversas com mestres da Irmandade e mestres locais, além de atividades de intercâmbio, confraternização e solidariedade com grupos e comunidades de cultura popular em cada localidade percorrida.
Durante o trajeto o grupo também irá promover nas comunidades visitadas ações de divulgação e mobilização em prol da Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro e da Lei Griô Nacional, em parceria com grupos e instituições culturais locais.
O objetivo é promover o reconhecimento, a valorização e a difusão em nível nacional de toda a beleza, tradição e originalidade do nosso Carimbó, em particular o singular Carimbó da Irmandade de São Benedito, uma manifestação de cultura popular tradicional de origem negra e indígena que se mantém de forma ininterrupta há quase duzentos anos na cidade de Santarém Novo, na região Nordeste do Pará.

O circuito será realizado no periodo de 16 de novembro a 02 de dezembro de 2010, sendo uma realização da Irmandade de Carimbó de São Benedito e o apoio do Prêmio Circuito FUNARTE de Música Popular, em parceria com a Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro, SESC Pará, Guaimbê e Ponto de Cultura Quintal da Aldeia (GO), Ponto de Cultura Tambores do Tocantins e Ponto de Cultura Canto das Artes (TO), Universidade de Brasília, Pontão de Cultura 508 Sul, Rede Candanga de Cultura e Fuá do Terreiro (DF), Fundação Cultural de Imperatriz (MA), Secretaria de Cultura de Paragominas e Secretaria de Cultura de São Miguel do Guamá (PA).
Todas as atividades do projeto serão gratuitas e abertas ao público.
Confira aqui a programação do Circuito:

Belém (PA)
Dia 16/novembro
Show no II Encontro Nacional de Cultura do SESC Pará, Estação das Docas - 18 h

Brasília (DF)
Dia 18/novembro
Oficinas no Espaço Cultural Renato Russo, Q. 508 Sul, W3 Sul - 14h
Roda de Conversa na UNB, Sala Samambaia, Depto. De Música - 19 h
Dia 19/novembro
Show no Teatro Galpão, Espaço Cultural Renato Russo, 508 Sul - 20h

Pirenópolis (GO)
Dia 20/novembro
Roda de Conversa no Cine Pireneus – 15h
Show no Cine Pireneus, 21h
Dia 21/novembro
Roda de Carimbó, Boi e brincadeiras de roda no Coreto da Praça do Artesanato - 10h
Oficinas no Quintal da Aldeia – 15 h
Baile no Quintal da Aldeia – 21 h

Taquaruçu-Palmas (TO)
Dia 23 e 24/novembro
Roda de Conversa e Oficinas no Ponto de Cultura Canto das Artes – 15h
Dia 24/novembro
Show no mesmo local – 20h

Porto Nacional (TO)
Dias 25 e 26/novembro
Oficinas e Roda de Conversa no Ponto de Cultura Tambores do Tocantins, Centro das Crianças Drª Heloisa Lotufo Manzano, Parque Eldorado – 15h
Show no mesmo espaço – 20h

Imperatriz (MA)
Dias 27 e 28/novembro
Oficinas na Fundação Cultural de Imperatriz, Rua Luis Domingues, Centro – 15 h
Roda de Conversa no mesmo local – 09h
Show no Espaço Cultural da Fundação – 20h

Paragominas (PA)
Dia 29/novembro
Roda de Conversa no Teatro Reinaldo Castanheira, na Secult – 15h
Dia 30/novembro
Oficina no mesmo espaço – 09h
Show na Praça Célio Miranda – 19h

São Miguel do Guamá (PA)
Dias 01 e 02/dezembro
Oficinas e Roda de Conversa na Escola São José Operário – 09h e 15h
Show na Festividade de São Miguel Arcanjo, Largo de Nazaré – 21h

Contatos e Informações
Telefones: (91) 8722-9502/ 9623-6878/ 8253-2798/8263-9738
Blog: www.campanhacarimbo.blogspot.com
E-mail: carimbopatrimonioculturalBR@gmail.com
Orkut: campanhacarimbo@gmail.com
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"Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro"
Nós queremos!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Museu da República no Rio comemora 50 anos e oferece visitas virtuais

http://www.atarde.com.br/brasil/noticia.jsf?id=5650917

http://www.museudarepublica.org.br/

Tod@s devem estar acompanhando a polêmica gerada em torno do Parecer sobre o livro de Monteiro Lobato que a militante, educadora e intelectual negra c

Palmares lança edital pela valorização da diversidade étnica
Reconhecer e valorizar a diversidade étnico-cultural afro-brasileira em nosso País por meio da formação técnico-cultural de jovens negros – este é o objetivo do edital Juventude Negra, implementado pelo Ministério da Cultura e pela Fundação Cultural Palmares. O projeto será lançado nesta sexta-feira (12) pelo presidente da Fundação, Zulu Araújo, durante a abertura da Semana da Consciência Negra na Universidade Federal de Roraima. O edital é voltado para pessoas jurídicas, organizações sem fins lucrativos e instituições ligada à educação.
O diferencial do edital é a sua proposta pedagógica, elaborada de modo a articular as ações com as demandas da comunidade na qual a instituição esteja contextualizada. Cerca de R$ 6 milhões serão disponibilizados aos dez projetos selecionados para a implantação dos Núcleos de Formação Cultural da Juventude Negra – NUFOC. Duas instituições serão selecionadas em cada uma das cinco regiões brasileiras.
Os Núcleos oferecerão prioritariamente uma sólida formação em produção cultural. No total, serão capacitados 6 mil jovens negros em todo o Brasil durante a vigência do projeto. A expectativa é a de que os NUFOCs proporcionem aos jovens negros, entre 16 e 25 anos, conhecimento e envolvimento com a história e a cultura afro-brasileiras e os estimulem a refletir sobre seu papel na sociedade.
A Fundação Cultural Palmares realizará sete oficinas durante o mês de novembro para divulgar o edital. A primeira acontece nesta sexta-feira (12) em Boa Vista (RR). A juventude de Salvador (BA); Recife (PE); Brasília (DF); Porto Alegre (RS); São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) também receberão a capacitação que será ministrada por técnicos da instituição. As capacitações serão transmitidas por videoconferência ou webconferência para outras regiões.
Para a oficina que deve acontecer em Salvador, na sede do Banco do Nordeste do Brasil, instituição que apoia o projeto, está confirmada a transmissão por videoconferência para os demais estados nordestinos, nas sedes do banco localizadas nas capitais.

ABRANGÊNCIA DO PROJETO PEDAGÓGICO
As iniciativas devem apresentar um planejamento de ensino que contemple obrigatoriamente propostas relativas a:
a) Formação em história e cultura afro-brasileiras;
b) Formação técnica em um segmento cultural;
c) Formação técnica com ênfase em gestão, tributação e legislação para o Terceiro Setor;
d) Criação do material didático a ser utilizado;
e) Orientação para encaminhamento de alunos ao mercado de trabalho, empreendimentos comunitários, atividades voluntárias e outros;
f) Emissão de certificação para a referida formação.
Além disso, as propostas devem observar os seguintes critérios:

Cada instituição deve definir: carga horária, conteúdos e metodologia de ensino.
O processo seletivo deverá ser estruturado com critérios claros e democráticos, e que atinjam diretamente o público do projeto.
O sistema de ensino pode ser presencial ou semipresencial.
Como toda a infra-estrutura para a realização do projeto é de responsabilidade do proponente, as propostas já devem apontar as disponibilidades e os diferenciais físicos para abrigar o Núcleo.
Caso a instituição já possua programas nesse contexto, é interessante articular as iniciativas para ampliar os resultados.
INSCRIÇÕES
O Edital foi publicado no Diário Oficial da União no dia 27/10/2010 e poderá ser encontrado nos sites da Fundação Palmares (www.palmares.gov.br) e do Ministério da Cultura (www.cultura.gov.br).
Inscrições de propostas devem ser feitas até 11 de dezembro de 2010 pelo sistema SALIC, do MinC (http://sistemas.cultura.gov.br/propostaweb/)
As dúvidas poderão ser respondidas pelo endereço eletrônico editalnufoc@palmares.gov.br, ou pelo telefone (61) 3424-0185.


JUVENTUDE NEGRA

NUFOC - Núcleo de Formação Cultural da Juventude Negra

Reconhecer e valorizar a importância da diversidade étnico-cultural afro-brasileira em nosso País, por meio da formação técnico-cultural de jovens negros. Este é o objetivo do projeto Juventude Negra, implementado pelo Ministério da Cultura e pela Fundação Cultural Palmares, que está com inscrições abertas a instituições de ensino superior e entidades culturais, historicamente comprometidas com a cultura afro-brasileira.

Sob a coordenação do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira da Palmares, o projeto Juventude Negra está sendo viabilizado por meio do I Edital Procultura - Núcleo de Formação Cultural da Juventude Negra. O Edital selecionará 10 projetos, visando a implantação de 10 Núcleos de Formação Cultural - NUFOC, em 10 Estados brasileiros. Serão selecionadas duas instituições em cada região (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste).

QUEM PODE PARTICIPAR

As instituições e entidades interessadas em participar do Edital e implantar um NUFOC devem ser ligadas diretamente a Universidades e Faculdades, públicas ou privadas, de todas as cinco regiões do País - ou manter parcerias sistêmicas com as mesmas.

Vale frisar que a formação técnico-cultural prevista trata não apenas de capacitar tecnicamente os alunos, mas, também, apresentar a eles, por meio de um módulo comum, temas relativos à História da África e à cultura afro-brasileira. Com isso, o principal diferencial deste projeto será a proposta pedagógica apresentada, elaborada de modo a articular as ações com as demandas da comunidade na qual a instituição esteja contextualizada, e os resultados pretendidos.

A expectativa é a de que o envolvimento com a história e a cultura afro-brasileiras estimule os alunos, de forma geral, a refletir sobre seu papel na sociedade, particularmente no que diz respeito à forte influência da cultura africana na formação das bases culturais brasileiras, desenvolvendo uma consciência crítica. De forma particular, que esses jovens se identifiquem com novas posturas, criando novas oportunidades para experimentarem novos "olhares" sobre as ferramentas e os mecanismos de trabalho nas diferentes áreas da cultura e sobre os seus resultados.

O QUE SERÁ O NUFOC

Os Núcleos de Formação Cultural da Juventude Negra deverão oferecer capacitação técnico-cultural a jovens negros entre 16 e 25 anos de idade, viabilizando a sua formação como produtores culturais, aptos a atuar no mercado de trabalho e em suas comunidades, desenvolvendo e consolidando experiências na área.

Cada NUFOC terá como meta atuar diretamente com 600 jovens negros, todos provenientes das classes C, D e E, e escolhidos por processo de seleção. Estes alunos serão divididos em duas turmas: a primeira será composta por 300 universitários, que receberão um programa de formação e uma bolsa de apoio. A outra turma, com 300 alunos que tenham concluído o ensino médio, não receberá bolsa de apoio, mas, sim, um programa especial de formação e auxílio-transporte.

No total, serão capacitados 6 mil jovens negros em todo o Brasil.

Vamos assinar o manifesto favorável ao anti-racismo na educação!!!

Tod@s devem estar acompanhando a polêmica gerada em torno do Parecer sobre o livro de Monteiro Lobato que a militante, educadora e intelectual negra comprometida com a luta contra o racismo na educação, Nilma Lino Gomes, atual Conselheira Nacional de Educação redigiu. Nilma é a relatora e mobilizadora do processo de elaboração das Diretrizes Nacionais da Educação Quilombola e está muito próxima à nós, pois interessada em fortalecer e aprender com o processo da Bahia de elaboração das Diretrizes Estaduais da Educação Quilombola, iniciativa pioneira na Brasil.

Nilma e a luta contra o racismo na educação está precisando do nosso apoio nesse momento. É importante fortalecer o Conselho Nacional de Educação nesse caso, pois assim estaremos fortalecendo o anti-racismo na educação.

Em anexo, segue o parecer e algumas reportagens e manifestos favoráveis que nos permite perceber que não existe "veto" ou "censura" ao autor e à obra, mas, sim recomendações inspiradas na legislação antirracista, as quais nós lutamos para conquistar.
As manifestações contrárias estão na grande imprensa: Marisa Lajolo, Academia Brasileira de Letras, manifesto contrário, etc.

Precisamos de assinaturas ao manifesto favorável ao parecer. Assinemos já! Mandemos e-mail para nossos grupos para mobilizar mais assinaturas.

Para uma educação sem racismo, veja o link.

entrem e assinem em
http://www.euconcordo.com/com-o-parecer-152010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Intercâmbio Cultural: Escola de Diamantino recebe visita de índios Paresi

Índios Paresi visitaram alunos da Escola Lucinda Facchini em Diamantino e mostraram a força de suas culturasNum intercâmbio cultural, os alunos da Escola Lucinda Facchini de Diamantino encenaram a história do Mato Grosso e protagonizaram seus próprios enredos, que buscam resumir num único evento as culturas existentes no Estado. Por ocasião do evento, a presença dos índios da etnia Paresi procedentes de Tangará da Serra entreteve os estudantes e pagou uma visita feita pelo corpo discente diamantinense à aldeia Formoso.
A 2ª Oficina de Gêneros Textuais - 2ª Fase, que ocorreu no dia 13, foi assistida pelo Diretor do Cefapro, Prof. Cezar Spíndola, que mostrou-se satisfeito com a qualidade da apresentação: "A Escola Lucinda Facchini está de parabéns, porque através dos gêneros textuais que estão trabalhando, mostraram a diversidade cultural, mostraram os limites e possibilidades da escola fazer uma aula diferente acima de tudo. Vejo com muita alegria o excelente trabalho dessa escola".
"É um trabalho que consegue articular o currículo escolar com toda uma vivência, com temas contemporâneos, como o tema da diversidade, enfim, são superações que temos que trabalhar na escola. A Escola Lucinda Facchini me surpreendeu e reflete um pouco o que os professores estudam, porque nós professores continuamos estudando. Somos eternos aprendizes, fazemos a "Sala de Professor", que é um projeto que as 41 escolas do nosso pólo regional desenvolvem e isso é um reflexo desse trabalho", sublinhou o Diretor do Cefapro.
O Diretor da Lucinda Facchini, Leonir Zardo, descreveu o evento como uma oportunidade de resgate cultural e frisou que disseminar a História faz parte dos interesses da escola. "Queremos, através dessas apresentações resgatar a cultura local, que está muito dispersa. Então, esse é um caminho para resgatar essa história que está abandonada. Outro objetivo é promover a interação do turno matutino com o turno vespertino e trabalhar sobre o meio ambiente e a História do Mato Grosso. Fizemos uma visita aos índios na aldeia Formoso e hoje eles estão nos retribuindo a visita. Estamos com mais de 30 índios Parecis, é uma integração entre nós os índios e todo o povo diamantinense", frisou Leonir.
Várias danças regionais, declamações de poemas, apresentações de judô da Academia Sandokan e por fim apresentação dos índios Paresi fizeram com que os alunos aprendessem na prática a ter disciplina e organização. "É uma troca de experiência onde os dois lados saem ganhando. Esse contato é muito bom para nós também. Aprendemos e ensinamos muito", finalizou o professor de informática da aldeia Formoso, Ronan Kezona Zokemae.

Fonte: Laércio Guidio - O Divisor

IV Jornadas Desigualdades Raciais na Educação

O Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (NEPRE)/UFMT informa que no período de 17/11/2010 a 19/11/2010, acontecerá na UFMT, a IV JORNADA DESIGUALDADES RACIAIS E EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE BRASILEIRA.

Nas jornadas anteriores discutimos as desigualdades raciais contemporâneas na educação brasileira.
Na IV Jornada será discutida a produção das desigualdades a partir das histórias das lutas da população negra pela liberdade e na conquista de melhores condições de vida tanto no Brasil quanto na África.

Inscrição: As inscrições serão gratuitas e efetuadas no NEPRE/UFMT, sala 62, das 08 às 17 horas.

Local da IV Jornada: Auditório da FAEEC no horário das 9 às 12 horas.

Segue a arte do cartaz da IV Jornada Desigualdades Raciais e Educação na Sociedade Brasileira.

Contamos com sua presença!

Equipe do NEPRE (Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação)/UFMT

SELEÇÃO DE CONSULTORES EM GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA

PROJETO DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA

SELEÇÃO DE CONSULTORES

O Projeto Diversidade Sexual na Escola está selecionando consultores para auxiliar na construção de material de orientação para educadores em Diversidade Sexual e de Gênero na Escola, com foco no currículo e na prática pedagógica. Como trabalho, os consultores terão de pesquisar referências bibliográficas, fazer um levantamento de materiais e atividades didático-pedagógicas e produzir textos que subsidiem a construção do material, relacionando a questão da diversidade sexual e de gênero a áreas curriculares específicas. Este relatório deverá ser entregue em até um mês após o início do trabalho.

REMUNERAÇÃO

Os/as selecionados/as receberão, como prestadores de serviço, uma parcela única de R$ 1.700 (mil e setecentos reais) no momento da entrega do relatório final. Essa consultoria não gera vínculo empregatício.

COMO SE CANDIDATAR

Podem se candidatar pessoas com formação mínima de graduação (concluída), preferencialmente com especialização/mestrado/doutorado.

Os/as candidatos/as podem ser residentes do Rio de Janeiro ou não, desde que tenham amplo acesso a meios de comunicação digitais e eventual possibilidade para viagem.

Os/as candidatos/as devem enviar mensagem eletrônica para o endereço bortolini@pr5.ufrj.br colocando no assunto CONSULTOR + ÁREA A QUE SE CANDIDATA e em anexo a seguinte documentação:

* Dados pessoais (constando inclusive endereço e telefone)

* Currículo atualizado (modelo lattes)

* Pequeno ensaio de até 2 laudas + bibliografia, explanando sobre as possibilidades de trabalho didático-pedagógico da questão da diversidade sexual e de gênero na área curricular específica a que está se candidatando.

A documentação pode ser enviada até dia 21 de novembro de 2010. A previsão é que a divulgação dos resultados ocorra no início de dezembro.

VAGAS

01 Área curricular: Ciências Sociais (ensino fundamental e médio)

01 Área curricular: Ciências Biológicas (ensino fundamental e médio)

01 Área curricular: Língua Portuguesa, Literatura e Redação (ensino fundamental e médio)

01 Área curricular: Ciências Exatas (ensino fundamental e médio)

01 Área curricular: Educação Física

01 Área curricular: Artes (plásticas, digitais, musicais e cênicas)

01 Área curricular: Educação Infantil

Dúvidas e informações: (21) 2598-1892

Projeto Diversidade Sexual na Escola

Universidade Federal do Rio de Janeiro

(21) 2598-1892 / 2598-9695

www.diversidade.papocabeca.me.ufrj.br

Fanta Konate no Rio de Janeiro - Oficinas de Dança e Percussão Africana e apresentação do Projeto Brasil Guiné

A bailarina e cantora africana Fanta Konatê estará ministrando oficinas de Danças da Guiné no Rio de Janeiro, na Fundição Progresso nos dias 16 e 17 de novembro, das 18h às 21h na Sala dos Espelhos. Paralelamente, eu, Luis Kinugawa, estarei ministrando oficina de Percussão (Djembê e Dununs), e abrindo as oficinas com uma pequena palestra sobre a Cultura do Oeste Africano - Império Mandinga e Guiné.

Vosso email estava em listas ou emails que recebemos relacionados à cultura Africana, Tambores, Dança, Cinema e trabalhos Sociais e, como desejamos expandir nossos contatos e fronteiras, estamos enviando este email para divulgação de nossas atividades e chamá-los para o projeto na Guiné.
Estamos há 8 anos no Brasil, desenvolvendo a aproximação com o continente Africano, especificamente da Guiné Conakry na África Oeste, apresentando as origens e heranças do Império Mandinga, século 13 e a cultura maravilhosa dos tambores DJEMBÊ e DUNUNS e suas danças virtuosas.

Realizamos shows, workshops, palestras, jantares africanos e desejamos efetivar uma PONTE REAL entre o Brasil e a Guiné. Estamos construindo um Centro de Desenvolvimento Humano e Cultura Mandén na Guiné, em um terreno herdado por Fanta Konatê e queremos apresentar às pessoas que se identifiquem com a causa. Quem quiser conhecer melhor o projeto, solicite o PDF respondendo a este email.

Uma das atividades previstas para essa grandiosa ação é a realização de um filme com a Fanta Konatê apresentando a Guiné e sua vida.

Agradeço a atenção e peço desculpas àqueles que não tem nenhuma relação com estes assuntos. Responda retire e não receberá mais nossos comunicados.
Indico que assistam nossos vídeos abaixo.

Atenciosamente,

Luis Kinugawa

CADASTRE-SE PARA RECEBER NOSSA NEWSLETTER

Website: www.fantakonate.com e www.africaviva.org.br
CD samples: www.myspace.com/fantakonate
Tel/ phone : +55 11 3368-6049
Skype : djembedon1 ou luis.kinugawa
Email: institutoafricaviva@gmail.com
MSN: institutoafricaviva@hotmail.com

Fanta Konate VIDEOS
Canal Youtube
http://www.youtube.com/user/AfricaViva

http://www.youtube.com/watch?v=IOVtZL0Fq_Y (Fanta no Mais Você tv Globo)
http://www.youtube.com/watch?v=m_QR5jVTiz0 (Quitutes e Batuques 2010 - Piloto)
http://www.youtube.com/watch?v=tqoLcIl-pm0 (Fanta na Polònia)
http://www.youtube.com/watch?v=sdcp5rHGz-Q (Fanta no Japão)
http://www.youtube.com/watch?v=IdLSVAA2DlU (Juramanden)
http://br.youtube.com/watch?v=_KNBV78OI64 (c/ Rita Ribeiro no show de Simone Sou)
http://www.youtube.com/watch?v=1E_rwpSKRCM (na casa de Famoudou Konate)
http://br.youtube.com/watch?v=BWWpgMiaSUA (Krin)
http://www.youtube.com/watch?v=vsJ6Vmy9ypo (SHOWTIME !)
http://www.youtube.com/watch?v=9xZphipb6M4 (Brasilia Festival)
http://www.youtube.com/watch?v=DkzQNmgTccA ( FILM "Sou Meninos do Morumbi– part 1)
http://www.youtube.com/watch?v=z7s8huzO9DU (Bayfall e Fanta Konatê)

Videos - BIOMUSICA SEM FRONTEIRAS (Musicoterapía e qualidade de vida)
http://www.youtube.com/watch?v=YNDSAHhHsnI (Africa 2000 a 2002)
http://www.youtube.com/watch?v=FJFHdT8aAxE (Brasil 1997 a 1999)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

IV Seminário Áfricas: culturas e sociabilidades‏

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – IFMT / Campus Cuiabá – Cel. Octayde Jorge da Silva tem a satisfação de convidar a comunidade de estudantes, professores e pesquisadores para o “IV Seminário Áfricas: culturas e sociabilidades”, evento que ocorrerá de 16 a 19 de novembro de 2010 no IFMT, em Cuiabá - MT.

http://www.africasifmt.hd1.com.br/

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

As faces negras das mídias

Mesa de debates: Juliana Nunes (E), João Acaiabe, Jeferson De, João Rodrigo Mattos, Zulu Araújo,
Newton Canitto, Joel Zito Araújo, Chica Xavier e Pola Ribeiro.
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Mesa de debates: Juliana Nunes (E), João Acaiabe, Jeferson De, João Rodrigo Mattos, Zulu Araújo,
Newton Canitto, Joel Zito Araújo, Chica Xavier e Pola Ribeiro.

Por Joceline Gomes

Grandes personalidades da arte e da cultura brasileiras participaram da abertura do seminário "Qual é a face negra da mídia?", que abriu a programação comemorativa do Dia Nacional da Cultura (05-11), no Museu Nacional Honestino Guimarães, em Brasília. O debate, mediado pelo presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, tocou em questões sociais polêmicas, motivando o público, que participou ativamente das atividades.

À mesa de abertura sentaram-se o roteirista e secretário de audiovisual do Ministério da Cultura, Newton Canitto; os cineastas Pola Ribeiro, João Rodrigo Mattos, Jeferson De e Joel Zito Araújo; o ator João Acaiabe e a coordenadora da Radioagência Nacional na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), jornalista Juliana Cézar Nunes. A presença ilustre da atriz Chica Xavier fez Zulu Araújo quebrar o protocolo e convidá-la a participar da mesa, devido à sua relevante participação no processo de construção da cidadania negra.

As discussões acaloradas contaram com perguntas e contribuições do público, em meio aos depoimentos dos convidados, que deveriam, com sua trajetória pessoal e profissional, responder à provocação do título do seminário: "Qual é a face negra da mídia?" Após o seminário, foi servido um típico almoço afro-brasileiro, seguido de filmes igualmente nacionais e de novos debates. Confira, abaixo, algumas opiniões dos participantes do seminário.

"É com a diversidade que apresentamos aqui na mesa deste seminário que precisamos militar e nos manifestar contra o racismo na mídia. Somente assim poderemos ter um país substantivamente democrático." (Zulu Araújo, presidente da Fundação Cultural Palmares).

"Hoje, nessa mesa, e em outras ações culturais e educacionais de que participo, me sinto fazendo alguma coisa, plantando na terra que deveria ser de Zumbi" (Chica Xavier, atriz, agradecendo a participação na primeira fala do seminário).

"Não podemos ser como os europeus e americanos, que ´toleram´ a diversidade. Devemos preservar e valorizar essa diversidade, característica do nosso País". (Newton Guimarães Cannito, secretário de audiovisual do Ministério da Cultura).

"A face negra da mídia é a mídia mais alternativa, produzida com esforço por grupos políticos e culturais diferenciados, que conseguem se posicionar com mais diversidade e verdade, falando ´eu sou assim, e assim eu me posiciono´ " (Pola Ribeiro, cineasta e diretor da TVE Bahia).

"É um erro estratégico fazer essa separação na mídia: de roteiristas negros escrevendo sobre negros. É importante que negros trabalhem com brancos, que não sejam produções isoladas" (Joel Zito Araújo, cineasta e pesquisador).

"A face negra da mídia é a face de quem está por trás das câmeras: roteiristas, produtores, diretores, etc. Não vou falar para brancos pararem de produzir. Eu apenas quero ter o direito de produzir também e de ser visto" (Jéferson De, cineasta).

"A face negra da mídia tem dois lados: o positivo, da alta produção sobre a questão racial; e o negativo, do preconceito velado, da discriminação na grande mídia, que ainda é controlada por interesses pessoais e comerciais e não discutem elementos contra o racismo" (João Rodrigo Mattos, cineasta).

"Fiz participações em filmes de diretores negros, mas qual a oportunidade que esses diretores têm de fazer filmes? Não adianta só conversar com professores ou com pessoas engajadas. É uma atmosfera que precisa ser criada contra o racismo na mídia" (João Acaiabe, ator).

"Precisamos combater o racismo que existe nas redações dos jornais e revistas, que se reflete nas pautas e nas fotografias. O número de jornalistas negros e de fotografias de negros em contextos diferenciados é ínfimo [...]. Precisamos exigir uma política de igualdade racial nas empresas de comunicação" (Juliana Cezar Nunes, coordenadora da Radioagência Nacional na Empresa Brasil de Comunicação - EBC).