COLÓQUIO DE MAPUTO SOBRE A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA NOS PAÍSES DA CPLP
  Carta de Maputo
Considerando  a diversidade linguística que prevalece em todos os países membros da  CPLP, e que excede as 300 línguas – além do português – perfazendo  aproximadamente 5% da diversidade linguística do mundo,
Considerando o reconhecimento, por  parte da comunidade internacional, por exemplo da UNESCO, e de cada pais  membro da CPLP, da relevância da questão do multilinguismo, dos  direitos linguísticos e da ameaça do desaparecimento da diversidade  linguística mundial,
Considerando os desafios acrescidos  que as comunidades linguísticas falantes das demais línguas no âmbito  da CPLP enfrentam para uma integração cidadã nos seus respectivos  países, e que passa por níveis crescentes de inclusão educacional e  digital,
Considerando os desafios que se  impõem na formulação e implementação de políticas linguísticas  multilingues claras, objetivas e de longo prazo,
Considerando a especificidade da situação linguística e de planificação de cada Estado-Membro,
  Os participantes do Colóquio de Maputo sobre a Diversidade  Linguística nos Países da CPLP, reunidos na capital moçambicana de 12 a  14 de setembro de 2011 para discutir os programas de diversidade – da  cooficializacao de novas línguas à educação bilingue e da situação dos  crioulos de base lexical portuguesa à preparação do corpus das línguas  para novos usos – vem,
através deste documento, recomendar ao Instituto Internacional da Lingua Portuguesa
O  desenvolvimento, em articulação com os Estados-Membros, de um projeto  para inventariação sistemática das línguas do espaço da CPLP,  nomeadamente através de um Atlas, com o objetivo de as identificar e de  avaliar a situação de cada uma no seu território de uso,
A realização de um estudo sobre  boas práticas de promoção da diversidade linguística nos diversos  continentes, objetivando o desenvolvimento de novas perspectivas para os  órgãos gestores das línguas nos países da CPLP,
A organização de um colóquio  específico sobre educação bilingue e os programas em realização nos  diversos Estados-Membros, com o objetivo de identificar as boas práticas  e permitir o intercâmbio técnico na área,
A organização de um encontro de falantes das línguas crioulas de base lexical portuguesa
que permita conhecer a situação atual destas línguas e das comunidades que as falam e a sua dimensão identitária e cultural,
A articulação de esforços com as  redes internacionais de multiliguismo e outras organizações, nacionais  ou internacionais, tais como os blocos regionais, a Rede Maaya e a  ACALAN para o desenvolvimento de projetos e perspectivas fundadas no  interesse pela diversidade linguística,
A criação de um concurso destinado a premiar programas ou projetos de promoção das línguas dos Estados-Membros da CPLP,
  A instituição de um fórum virtual do multilinguismo, na página do  IILP, para partilha de experiências, atualidades e resultados de  projetos e programas.
  Os participantes do Colóquio de Maputo recomendam igualmente a  incorporação, na discussão da Segunda Conferência Internacional Sobre o  Futuro do Português no Sistema Mundial, a realizar-se em outubro de  2012, e a inclusão no Plano de Ação de Lisboa para a Promoção, Difusão e  Projeção da Língua Portuguesa dos seguintes pontos
O comprometimento dos Estados-Membros com o reconhecimento jurídico das línguas faladas pelos seus cidadãos,
  O desenvolvimento de legislação linguística que supere a  desigualdade de tratamento dispensada às línguas faladas pelas  comunidades dos Estados-Membros da CPLP,
    O tratamento das línguas do espaço da CPLP como línguas de  conhecimento e não apenas como objeto de programas de bilinguismo  transitório, cuja perspectiva foca as demais línguas apenas como uma  passagem para o português, ou como fase inicial de alfabetização e não  como língua de produção permanente de conhecimento; no caso especifico  de Timor-Leste,
esta proposta é entendida no quadro da política de bilinguidade oficial – tétum-português,
A  construção do Atlas das Línguas da CPLP, tanto cooperando para coligir  as informações disponíveis sobre as línguas e comunidades linguísticas  de cada Estado-Membro, como para definir os aspectos técnicos e  financeiros necessários para sua realização,
A assunção de um papel ativo na catalogação, preservação e apoio à língua portuguesa em contextos em que não é oficial,
  A realização de ações de formação técnica e profissional de  falantes das línguas da CPLP para que atuem na gestão das suas línguas.
Estas  recomendações, extraídas do conhecimento partilhado no Colóquio de  Maputo sobre A Diversidade Linguística nos Países da CPLP, representam  um entendimento comum dos participantes e visam contribuir para a  atuação do IILP e da CPLP.
Maputo, 14 de Setembro de 2011
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