terça-feira, 27 de setembro de 2011

Estudante da UFMT é espancado até a morte durante briga em pizzaria; policiais militares estariam envolvidos.


23/09/2011 - 07:59
Estudante da UFMT é espancado até a morte durante briga em pizzaria; policiais militares estariam envolvidos.
Da Redação - Julia Munhoz
Foto: Arquivo PessoalFoto ilustrativa
Foto ilustrativa
Um estudante estrangeiro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi morto por volta das 23h15 desta sexta-feira (22), durante uma confusão na pizzaria Rola Papo, localizada no bairro Boa Esperança, em Cuiabá. De acordo com a Polícia Civil o rapaz foi vítima de espancamento e dois policiais militares estariam envolvidos.
A vítima foi identificada como Toni Bernardo da Silva, 27 anos, estudante de economia natural de Guiné Bissau. Três pessoas suspeitas de terem participado da ‘briga’ estão prestando depoimento na Delegacia de homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), ao delegado Antônio Esperândio.
A Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp) informou ao Olhar Direto que a ocorrência chegou ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) como tentativa de estupro. Os policiais se encaminharam então até o local, mas quando chegaram o estudante já estava morto.
Segundo relatos de testemunhas, outros policiais que estavam próximo a pizzaria em rondas, ao avistarem a suposta tentativa de estupro, seguraram o rapaz para conter a situação. Porém, segundo a Sesp, esses dois PMs foram encaminhados para o Cisc Planalto autuados como responsáveis pela morte.

Versões
Em meio à confusão, o esposo da mulher que havia sido rendida pelo universitário teria chutado por três vezes a cabeça do estudante, que segundo a polícia, já teria cinco passagens por tráfico de drogas e roubo.



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Oportunidade - 2012-2013 POST DOCTORAL

     2012-2013 POST DOCTORAL FELLOWSHIP

 The Center for the Study of Race, Ethnicity, and Gender in the Social Sciences (REGSS), an affiliate of the Social Science Research Institute at Duke University, is pleased to announce the establishment of the Samuel DuBois Cook Postdoctoral Fellowship.  Cook, a political scientist, was the first black tenured professor at Duke University and served as a member of the Duke University Board of Trustees from 1981-1993 and is now a Trustee Emeritus.
REGSS seeks to provide a context where scholars interested in examining the constructs of race, ethnicity, and gender from an interdisciplinary perspective can engage each other in dialogue and collaboration. Our questions and our methodologies draw on disciplinary backgrounds that include economics, history, political science, psychology, public policy, and sociology. Scholars interested in the study of race, ethnicity, and the intersection of gender with race and ethnicity, are invited to apply for this one-year fellowship. Individuals working in the field of comparative race are also encouraged to apply.  Postdoctoral fellows teach one course during the year, present their research at one of the center's monthly research colloquia, and devote the rest of their time to research and writing.
Fields:    Applications for study in any social science discipline are welcome. Please specify your home discipline and/or the discipline in which you received your Ph.D.
Stipend:  $40,000 per fellowship period.  Health benefits are available.  Some funds are available for research expenses, including conference travel.
Fellowship Period: August 1, 2012 - May 15, 2013.
Eligibility: The primary criterion for selection is evidence of scholarship or scholarly interest in the study of race, ethnicity, or the intersection of gender with race and ethnicity.  Applicants must complete all requirements for the doctoral degree by August 2012.  Preference will be given to individuals who are within five years of their degree, but more senior applicants will be considered.
Application materials: Applicants must submit an application letter (including email address) in which the applicant clearly identifies the area or discipline of proposed research, curriculum vitae, sample publications and/or dissertation chapters, three letters of recommendation, a statement of research plans and a description of the course you prefer to teach. The research statement should be a separate document and not included in a cover letter. If recommendation letters accompany application materials they should be in a sealed envelope.  Please indicate in application letter if you are legally authorized to work in the United States.  Also, indicate whether you now, or in the future require sponsorship for employment visa status (e.g., Green Card, H-1B, TN, J-1.)

All materials should be sent to the address below and must be postmarked by January 16, 2012.  Submitted material will not be returned to the applicant. Incomplete applications will not be considered.
REGSS Postdoctoral Fellowship Program
Duke University
Social Science Research Institute
Box 90420 / Erwin Mill
Durham, NC 27705
Telephone (919) 681-2702
<http://regss.ssri.duke.edu>

Question should be directed to:

Professor Paula D. McClain (pmcclain@duke.edu)
Or
Professor Kerry L. Haynie (klhaynie@duke.edu)

Chamada de artigos e resenhas para a Revista PRACS


Informamos que está aberta chamada de artigos e resenhas para a Revista PRACS Nº 4. As contribuições devem ser enviadas pelo sistema eletrônico de editoração de revistas, e seguir as normas para submissão (http://periodicos.unifap.br/index.php/pracs) até o dia 31/10/2011.
TEMA: Estado e Globalização no Século 21.
Sub temas: Nas relações de trabalho; Nas políticas educacionais; Na Economia; Nas políticas sociais; Na identidade Cultural
O Tema geral deve ser relacionado a um dos sub temas.

Cordialmente,

Profa Dra Marinalva Silva Oliveira
Presidente do Corpo Editorial da Revista PRACS

IV Seminário Nacional de Formação de Professores: autobiografia

Olá, vimos por meio deste convidar todos os interessados para participar do IV Seminário Nacional de Formação de Professores: Pesquisa Autobiográfica, Histórias de Vida e Perspectivas da Docência no Meio Rural, a realizar-se de 25 a 29 de Outubro de 2011, na UFSM, em Santa Maria/RS.

 Para maiores informações, acessar o site: www.ufsm.br/gepfica e o e-mail:seminarionacionalrural@hotmail.com
 O período de envio de trabalhos estará aberto até 01/10/2011.
 Contamos com a participação de todos!
 Vagas Limitadas: 160
 Atenciosamente,
Profa Dra Helenise Sangoi Antunes – PPGE/UFSM
Graziela Franceschet Farias – Acadêmica Doutorado  em Educação – PPGE/UFSM
Membros da Comissão Organizadora GEPFICA/UFSM
 GEPFICA - Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Formação inicial, Continuada e Alfabetização
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Educação
Prédio 16
Sala 3332A

Carta de Maputo - COLÓQUIO DE MAPUTO SOBRE A DIVERSIDADE

NSTITUTO INTERNACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA
COLÓQUIO DE MAPUTO SOBRE A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA NOS PAÍSES DA CPLP
Carta de Maputo
Considerando a diversidade linguística que prevalece em todos os países membros da CPLP, e que excede as 300 línguas – além do português – perfazendo aproximadamente 5% da diversidade linguística do mundo,
Considerando o reconhecimento, por parte da comunidade internacional, por exemplo da UNESCO, e de cada pais membro da CPLP, da relevância da questão do multilinguismo, dos direitos linguísticos e da ameaça do desaparecimento da diversidade linguística mundial,
Considerando os desafios acrescidos que as comunidades linguísticas falantes das demais línguas no âmbito da CPLP enfrentam para uma integração cidadã nos seus respectivos países, e que passa por níveis crescentes de inclusão educacional e digital,
Considerando os desafios que se impõem na formulação e implementação de políticas linguísticas multilingues claras, objetivas e de longo prazo,
Considerando a especificidade da situação linguística e de planificação de cada Estado-Membro,
Os participantes do Colóquio de Maputo sobre a Diversidade Linguística nos Países da CPLP, reunidos na capital moçambicana de 12 a 14 de setembro de 2011 para discutir os programas de diversidade – da cooficializacao de novas línguas à educação bilingue e da situação dos crioulos de base lexical portuguesa à preparação do corpus das línguas para novos usos – vem,
através deste documento, recomendar ao Instituto Internacional da Lingua Portuguesa
O desenvolvimento, em articulação com os Estados-Membros, de um projeto para inventariação sistemática das línguas do espaço da CPLP, nomeadamente através de um Atlas, com o objetivo de as identificar e de avaliar a situação de cada uma no seu território de uso,
A realização de um estudo sobre boas práticas de promoção da diversidade linguística nos diversos continentes, objetivando o desenvolvimento de novas perspectivas para os órgãos gestores das línguas nos países da CPLP,
A organização de um colóquio específico sobre educação bilingue e os programas em realização nos diversos Estados-Membros, com o objetivo de identificar as boas práticas e permitir o intercâmbio técnico na área,
A organização de um encontro de falantes das línguas crioulas de base lexical portuguesa
que permita conhecer a situação atual destas línguas e das comunidades que as falam e a sua dimensão identitária e cultural,
A articulação de esforços com as redes internacionais de multiliguismo e outras organizações, nacionais ou internacionais, tais como os blocos regionais, a Rede Maaya e a ACALAN para o desenvolvimento de projetos e perspectivas fundadas no interesse pela diversidade linguística,
A criação de um concurso destinado a premiar programas ou projetos de promoção das línguas dos Estados-Membros da CPLP,
A instituição de um fórum virtual do multilinguismo, na página do IILP, para partilha de experiências, atualidades e resultados de projetos e programas.
Os participantes do Colóquio de Maputo recomendam igualmente a incorporação, na discussão da Segunda Conferência Internacional Sobre o Futuro do Português no Sistema Mundial, a realizar-se em outubro de 2012, e a inclusão no Plano de Ação de Lisboa para a Promoção, Difusão e Projeção da Língua Portuguesa dos seguintes pontos
O comprometimento dos Estados-Membros com o reconhecimento jurídico das línguas faladas pelos seus cidadãos,
O desenvolvimento de legislação linguística que supere a desigualdade de tratamento dispensada às línguas faladas pelas comunidades dos Estados-Membros da CPLP,
O tratamento das línguas do espaço da CPLP como línguas de conhecimento e não apenas como objeto de programas de bilinguismo transitório, cuja perspectiva foca as demais línguas apenas como uma passagem para o português, ou como fase inicial de alfabetização e não como língua de produção permanente de conhecimento; no caso especifico de Timor-Leste,
esta proposta é entendida no quadro da política de bilinguidade oficial – tétum-português,
A construção do Atlas das Línguas da CPLP, tanto cooperando para coligir as informações disponíveis sobre as línguas e comunidades linguísticas de cada Estado-Membro, como para definir os aspectos técnicos e financeiros necessários para sua realização,
A assunção de um papel ativo na catalogação, preservação e apoio à língua portuguesa em contextos em que não é oficial,
A realização de ações de formação técnica e profissional de falantes das línguas da CPLP para que atuem na gestão das suas línguas.
Estas recomendações, extraídas do conhecimento partilhado no Colóquio de Maputo sobre A Diversidade Linguística nos Países da CPLP, representam um entendimento comum dos participantes e visam contribuir para a atuação do IILP e da CPLP.
Maputo, 14 de Setembro de 2011
 
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IX Seminário da francofonia : vozes e imagens da diversidade e o I Colóquio de Literatura Comparada e Diversidade Cultural

Literaturas Africanas de Língua Portuguesa - ILUFBA
Lattes http://lattes.cnpq.br/5722633934766683


 
A literatura de ficção, na tradição de um feliz realismo que, desde o século XIX,  assume por « missão revelar a complexidade humana que se esconde sob as aparências de simplicidade », na contraposição da tecnociência  que busca « dissolver a  complexidade das aparências para revelar a simplicidade oculta  da realidade  » (MORIN),  é também responsável pela difusão de estereotipias negativas que congelaram no tempo as representações do ”Outro” (Negro, Índio, Mestiço, Árabe, Camponês...). No entanto, a reversão da imagem do Outro tem se tornado cada vez mais não apenas visível, mas também audível, com o aparecimento na cena narrativa de personagens representativos de etnias, raças, gênero, categorias... O que nos leva a perguntar : “Se tudo o que o mundo social fez o mundo social mesmo pode desfazer” (Bourdieu), a literatura de ficção, em grande parte responsável pela difusão e amplificação de imagens estereotipadas do “Outro,  pode se tornar um instrumento de desconstrução ou desmistificação dessa mesma estereotipia, e assim contribuir para o surgimento de uma nova mentalidade? Pode a literatura de ficção, apreendida numa abordagem comparativista ajudar na formação de uma cultura de paz ao possibilitar o conhecimento de outras culturas? Para tentar encontrar respostas para estas e outras questões é que lhes convidamos para a troca de experiências com pesquisadores de várias partes do mundo que, em quatro línguas (francês, inglês, português e espanhol) se reunirão no período de 7 a 10 de dezembro de 2011, no Campus da Universidade Estadual de Feira de Santana, dentro das atividades do IX Seminário da Francofonia: vozes e imagens da diversidade e do I Colóquio de Literatura Comparada e Diversidade Cultural, que,  de modo transdisciplinar estarão sendo organizados pelo Núcleo de Estudos em Literaturas e Culturas franco-afro-americanas e pelo Curso de Especialização Vozes da Francofonia em Língua Francesa e Literaturas Francófonas da UEFS. Para maiores informações,  humbert_oliveira@yahoo.com.br coloca-se ao inteiro dispor.

As duas cores de Machado de Assis

Em 2008, o Brasil comemora 100 anos da morte de Machado de Assis, mulato que se tornou o maior escritor brasileiro de todos os tempos. No entanto, Machado nunca quis ser afrodescendente. Sempre teve duas "cores".

"Mulato, ele foi de fato, um grego da melhor época. Eu não teria chamado Machado de Assis de mulato e penso que nada lhe doeria mais do que essa síntese. (...) O Machado para mim era um branco e creio que por tal se tornava; quando houvesse sangue estranho isso nada alterava a sua perfeita caracterização caucásica. Eu pelo menos só via nele o grego" (Joaquim Nabuco, em carta a José Veríssimo, após a morte de Machado de Assis).

 por Carlos Nobre 

Em 30 de setembro de 1933, o escritor Humberto de Campos, ao escrever um artigo para o " Diário de Notícias", traçou o seguinte perfil do colega Machado de Assis, a maior glória da literatura nacional de todos os tempos:
"Era miúdo de figura, mulato de sangue, escuro de pele, e usava uma barba curta e de tonalidade confusa, que dava ares de antigo escravo brasileiro, filho do senhor e criado na casa de boa família. Era gago de boca, límpido de espírito e manso de coração. E tornara-se pelo estudo e pelo trabalho o mais belo nome, e a glória pura e mais legítima, das letras nacionais".

No entanto, 25 anos antes desta classificação racial empreendida por Campos, Machado de Assis era considerado um integrante da elite carioca, e portanto, um homem branco. Isto foi o quê anotou no atestado de óbito de Machado de Assis, o escrivão Olimpio da Silva Pereira. Esta anotação fora feita, após a morte do autor de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", em sua casa, no Cosme Velho, em 29 de setembro de 1908.

O fato é muito significativo, pois, a obrigatoriedade do registro cor nos documentos fúnebres só fora estabelecida 75 anos mais tarde, em 1973, em função provavelmente da luta dos movimentos negros. Por que, então, o escrivão se apressou em acrescentar o item cor no atestado de óbito de Machado de Assis, se tal prática inexistia na época? Seria uma tentativa para impedir no futuro qualquer polêmica em relação a cor de nosso maior escritor? Qual das duas cores - a citada por Campos e a anotada pelo escrivão - valeria hoje, depois de 100 anos da morte de Machado?

Quem responde a este dilema racial é a cientista social Simone da Conceição Silva, em sua monografia final de curso ( 2001), intitulada O preto-e-branco do escritor brasileiro. Machado de Assis, no plural ou no singular?, apresentada, no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Origem afro
Simone mostra que, paralelo à consagração do escritor dos "Contos Fluminenses", "Dom Casmurro" e "Iaia Garcia", e outras obras de vulto, ocorreu um processo de embranquecimento da figura de Machado. O atestado de óbito, segundo ela, é um dos exemplos flagrantes deste processo. Segundo Simone, as elites intelectuais da época em que viveu Machado - entre meados do século XIX e início do século XX - não admitiam que o maior nome das letras nacionais fosse de origem africana já que as ideologias racistas em plena voga na época mostravam o negro adaptado para o trabalho manual e incapaz para o trabalho intelectual.

Filho do pintor de paredes mulato Francisco José de Assis e da lavadeira portuguesa Maria Leopoldina Machado, o escritor nasceu em 21 de junho de 1839, no morro do Livramento, na Saúde , isto é, na " Pequena África", local de forte presença de africanos, cujo denominação fora dada pelo sambista Heitor dos Prazeres, filho de uma das famosas tias baianas que habitavam o local.

Epiléptico e gago, Machado de Assis foi vendedor de balas e sacristão da Igreja Nossa Senhora da Lampadosa, uma irmandade negra, na Avenida Passos, no Centro. Ele nunca freqüentou escola ou faculdade, mas foi considerado um dos mais brilhantes autodidatas do seu tempo. A imagem de um escritor elegante, fino, bem vestido, cabelos ondulados, brilhantes, pela embranquecida - que aparece numa fotografia de Machado, quando ele, está, por volta dos 60 anos - e que é a mesma anexada em milhares de escolas, bibliotecas e livros didáticos - não corresponde com a história de um mulato pobre, órfão na adolescência, bisneto de escravos e que ascendeu nas letras e no serviço público a custa somente de seu talento. Segundo Simone, havia uma intenção de esconder o passado de Machado. Ele reforça seus argumentos citando um articulista da "Gazeta de Notícias", que, após a morte do escritor, escreveu a frase que procura legitimar a supressão do passado pobre e negro de Machado: "Do morto de ontem não se precisa fazer biografia".

Imagem refinada
No entanto, a dúvida persiste: como um homem de origem negra se transforma visualmente num branco como naquela foto de Machado aos 60 anos (possivelmente) quer nos assegurar? Como é possível mudar de cor numa fotografia e esconder os traços mais originais de uma pessoa? Para a pesquisadora, a foto "oficial" do escritor - aquela em que aparece em todos os livros e na mídia, com Machado, por volta dos 60 - sofreu um processo de depuração.

Citando Gilberto Freyre, em Sobrados e Mocambos, Simone diz que era comum, no Brasil imperial, o fotógrafo alterar a cor dos olhos e a cor da pele ao gosto do freguês ao receberem encomendas para renovação química no laboratório de fotografias antigas, já amareladas. Isto pode ter acontecido com a foto " oficial" do escritor que aparece com a pele mais clara e barba e cabelos brilhosos.

A morte de Machado de Assis serviu para fundamentar o processo de consagração e embranquecimento do escritor, cuja infância e adolescência pobre, no morro do Livramento, na Saúde, são suprimidas das louvações que são feitas na mídia à figura do então fundador da Academia Brasileira de Letras, morador do Cosme Velho, um bairro de elite.
Noutra foto de Machado, com 30 ou 40 anos, mostrando o escritor com cabelos crespos, em estilo asa-delta, bigode, feições africanas, Machado parece ser como ele era naturalmente. No entanto, poucas vezes, os editores de cadernos culturais lançam mão dessa foto para ilustrar matérias com Machado de Assis. Trata-se da foto mais "afro" do escritor, uma espécie de denúncia das origens machadianas.

A partir de 1939, ano da comemoração do centenário de nascimento do escritor, as elites intelectuais se mostram mais inquietas e céticas em relação à história de um mulato que se tornou em todos os tempos a maior glória da literatura brasileira. Nas retrospectivas machadianas organizadas por entidades literárias da época e pelo governo Getúlio Vargas, o passado oculto de Machado saiu da obscuridade e ganha o proscênio. Em exposições, são apresentadas fotografias do escritor do período onde morava no morro do Livramento, quer dizer, surgem, finalmente, as tais origens afro de Machado. Uma exposição, por exemplo, apresenta Machado, desde sua saída do Livramento até seus momentos finais, no Cosme Velho, como um alto funcionário da burocracia estatal.

"O ponto principal da questão não era apresentar Machado como o maior escritor e fixá-lo numa posição de consagração, até porque isso já fora feito em 1908. O holofote estava sob a ascensão do mulato e do mestiço dentro daquela sociedade. A memória de Machado como escritor tinha se consolidado, isso não implica dizer que as memórias são inalteráveis, mas naquele momento as imagens estavam relacionadas ao interesse em apontar o processo de ascensão social do escritor", explica Simone.

Ambiguidades
Machado de Assis, mulato que nasceu livre, e se educou pelos próprios esforços, numa sociedade abalada repetidamente por crises sociais - da metade do século XIX em diante. Era época em que um dos maiores movimentos sociais - envolvendo mulatos livres e intelectuais liberais - era a libertação dos escravos. Como ele se livrou desse debate?

Sua vida política é tida como passiva. Ele fora repetidamente acusado de omisso e um dos seus críticos mais freqüentes era o jornalista mulato José do Patrocínio, um dos militantes mais duros da causa abolicionista. Patrocínio achava que o escritor deu as costas para as lutas sociais e fez vistas grossas ao movimento abolicionista.

Seus biógrafos mais famosos - Eloi Pontes, Peregrino Jr e Lúcia Miguel Pereira - concordam que Machado procurou outro caminho, mantendo relações com gente poderosa.

Sua rede de amizades era composta por livreiros, políticos, escritores e servidores públicos importantes da época. Sua timidez e introspectividade foram apontados, segundo Simone, de serem resultantes da dor oculta por ser mulato, estigmatizado pela gagueira e epilepsia, numa sociedade que fez de tudo para não aderir ao trabalho livre.
Os biógrafos o acusam ainda de ter abandonado a madrasta negra Maria Inês, que se encontrava viúva, depois que se tornou escritor conhecido. Machado tinha trauma do passado pobre, e por isto, tendia a se afastar de tudo que remetia a ele. Ou como escreveu o crítico Álvaro Moreyra, em "A Notícia", 29/8/1939: " O descendente de africanos não quis receber o legado de sua miséria. Disparou da origem. Substituiu a condição humana pela condição literária. Foi um grande escritor. Não foi um grande homem. O povo nunca o compreenderá".

Segundo ainda a "A Gazeta de Notícias", 29/9/1908, citada por Simone, Machado sempre se pautou por um relação com os outros de "não contrariar ninguém". Nunca dava opiniões polêmicas sobre política e literatura e nunca destratava os escritores jovens quando abordado pelos fãs na livraria Garnier.

Seus personagens de impacto poucas vezes foram pobres ou os miseráveis que ele viu no morro do Livramento. Ao contrário. Eles eram burgueses com altas crises existenciais, como Bentinho, de " Dom Casmurro".
As mulheres machadianas não eram as resistentes quilombolas dos morros da Saúde, mas mulheres elegantes, dominadoras, sensuais, mais encontráveis na badalada Rua do Ouvidor. Mesmo assim, Machado produziu uma literatura de alto nível, universalista, que até hoje encanta o mundo, e é o autor brasileiro mais estudado no Brasil e no exterior.

Omissões machadianas
O escritor e ensaísta goiano Martiniano José Silva, na obra "Racismo à Brasileira: Raízes Históricas", (Editora Popular, Goiânia, 1985), dedica um dos capítulos do livro a estudar a literatura de Machado de Assis em contraposição a sua situação racial. Martiniano, mais contundente que Simone, faz uma análise impiedosa do escritor, mostrando diversas facetas de sua negação a sua cor. Selecionamos alguns trechos da obra de Silva para quer possam ser comparados e refletidos num tópico tal como " Literatura e relações raciais no Brasil". Vejamos alguns trechos de sua análise sobre Machado:

"Embranquecimento"
(...) se omitiu no que escreveu sobre o tema relacionado ao drama de sua ascendência étnica. (...) Sem amigos negros e mantendo-se com o cabelo pixaim amaciado, branquificou a própria alma e toda a sua louvada e cultuada literatura, modelando a sua arte pela européia.

"A escrita machadiana"
(..) Por isso, é que preferiu escrever sobre os brancos e seus dramas existenciais só vez por outra colocando um negro em suas histórias, para desempenhar, porém, o papel que se espera dos negros - boçais, sofridos, resignados. É por isso também que mesmo sendo a escravidão um tema central de seu tempo, nunca colocou o dedo nesta do mesmo modo que esteve sempre alheio aos negros escravos na eclosão do movimento abolicionista, que convenhamos, consolidou uma abolição da lisonja.

"Mulher portuguesa"
Sentiu na pele a estupidez do racismo, ao presenciar a tenaz resistência da família da esposa - Carolina Xavier de Novais - ao seu casamento pelo fato de ser mulato. E não raro, não se rebelou.

"Brancos ou mulatos?"
Instalou-se no elenco dos mulatos que mais recentemente seriam tecnicamente chamados de brancos.

"Os outros Machados"
Ousamos indagar: porque a obra panfletária de Luiz Gama e Lima Barreto, com toda a força político-literária também existente no século XIX, não alcançou de imediato e mesmo destino e conceito da obra de Machado de Assis ? Ou por outra: por que a posição política e literária desses autores não obteve reconhecimento e prestígio desde logo ? Não é só porque mantinham uma coloração mais negra. Nem somente porque eram pobres, como quer Gilberto Freyre em análise sobre Lima Barreto. Não. Acontece que as ações e as atitudes político-sociais desses escritores negros, defendendo o componente africano de nossa civilização foi mais firme, incomodando muito aos pais da pátria.

Fonte: Aldeia Griot


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

GREVE é suspensa e PCCS de Nobres será apreciado pela Câmara Municipal na sessão do dia 21 (4ª feira) às 10h00min.

Em assembleia geral realizada na última sexta-feira, dia 16 do corrente os profissionais da educação da rede municipal de Nobres, em greve desde o dia 05.09.11, deliberaram por suspensão do movimento grevista pelo prazo de 10 dias.
A categoria decidiu pela interrupção da greve, a partir do dia 19.09.11 (2ª feira), uma vez que o prefeito Dr. José Carlos, na tarde do dia 15.09.11 (5ª feira), protocolou na Câmara Municipal o Projeto de Lei que Dispõe sobre a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos Profissionais da Educação Básica do Município de Nobres/MT.
Considerou, também, a categoria, que PCCS encaminhado ao legislativo respeita a proposta aprovada em assembleia e assegura a inclusão dos funcionários, jornada única de 30 horas e piso unificado de R$ 1187,00, dentre outros direitos.
O limite de tempo definido, para 10 dias, teve como objetivo respeitar o prazo regimental para o trâmite da matéria na Câmara (apresentação, apreciação e aprovação), sua homologação pelo prefeito e publicação da Lei.
Com isso a matéria já foi lida em plenário na sessão que aconteceu na noite do dia 15.09.11 (5ª feira) e será levada à votação na sessão extraordinária que será realizada amanhã dia 21.09.11 às 10h00min.
A categoria continua mobilizada, suspenderá as aulas a partir 09h00min e promete estar presente, em massa, aguardando o resultado da sessão. Em seguida a categoria decide em Assembleia o futuro do movimento.
Segundo a diretora regional Miriam Botelho, os avanços até então alcançados é resultado de uma intensa agenda de negociação que estabeleceu entre o executivo a categoria (SINTEP/MT – subsede/local e Diretora do Polo Regional), desde o início de 2011: encaminhamento da pauta de reivindicação, constituição da comissão do PCCS, cujos estudos apontaram a disponibilidade de recursos para implantação PISO SALARIAL UNIFICADO PARA OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO (no valor atual de R$ 1187,00), em uma JORNADA DE 30 HORAS, havendo, contudo, a necessidade da gestão municipal fazer alguns ajustes na folha da educação: retirar o pessoal do esporte, da cultura e outras irregularidades, bem como cumprir às exigências legais nas contratações e nos desvios de função de servidores.
Nobres, 20 de setembro de 2011.

Divulgação do Seminário de Reflexão e Memória Afrobrasile

“O Ano Internacional dos Afrodescendentes e a Resistência Política dos Negros no Brasil  de Zumbi dos Palmares a Abdias do Nascimento”.

Segue em anexo o edital para chamada de trabalhos e informações sobre o Seminário de Reflexão e Memória Afrobrasileira, a ser realizado nos dias 08 e 09 de novembro de 2011, na PUC-Rio. O tema deste ano será “O Ano Internacional dos Afrodescendentes e a Resistência Política dos Negros no Brasil de Zumbi dos Palmares a
Abdias do Nascimento”.

Em breve o blog de divulgação do evento estará disponível a todos os interessados. Solicitamos sua colaboração para realizar ampla divulgação do Seminário.

As inscrições serão gratuitas!
Segue abaixo o cronograma geral e regras para envio de trabalhos.

CRONOGRAMA GERAL
       Inscrição de Trabalhos: 15/09/11 a 10/10/11
       Divulgação do Resultado dos Trabalhos Aprovados: 15/10/11
       Envio dos Trabalhos Completos: 30/10/11
       Inscrição de Ouvintes: 20/09/11 até 30/10/11

GT1 - Políticas Públicas e Questão Racial
Coordenadora: Profa. Ms. Ana Helena Passos (Doutoranda PPGSS PUC-Rio)

GT2 - Educação das Relações Étnicorraciais: a Lei n°. 10.639/2003
Profa. Ms. Antonia Ceva (REDEH / Doutoranda PPGSS PUC-Rio)

GT3 - Racismo Institucional e Sistemas de Justiça
Coordenador: Prof. Ms. Ilzver Matos de Oliveira (UNIT / Doutorando PPGD PUC-Rio)

GT4 - Patrimônio, Territórios e Memória Afro-brasileira: processos
identitários na contemporaneidade
Coordenadora: Profa. Ms. Lady Christina de Almeida (NIREMA PUC-Rio)

GT5 - Gênero, Raça e Sexualidade
Coordenadora: Profa. Ms. Vanessa do Canto (Doutoranda do PPGD PUC-Rio)

GT6- Religiosidade Afrobrasileira e Intolerância Religiosa
Coordenadora: Mãe Flávia Pinto

GT7 - Racismo, Multiculturalismo e Reconhecimento
Coordenadora: Profa. Ms. Thula Pires (PUC-Rio)

NORMAS PARA ENVIO DE RESUMOS

Os resumos devem ser enviados através da ficha de inscrição para o e-mail: seminarioafro2011.pucrio@gmail.com. Devem conter até 500 caracteres, utilizar fonte 12, times New Roman, espaço 1,5, até 05 (cinco) palavras-chave, bem como explicitar os problemas a serem discutidos, métodos, técnicas e resultados, ainda que sejam parciais.

Antonia Ceva
Rede de Desenvolvimento Humano
(Pesquisadora - Redeh)
Rua Álvaro Alvim, 21/16º andar.
Visite o Portal: www.mulher500.org.br

Caixa tira do ar propaganda que retrata Machado de Assis como branco

William Maia - 20/09/2011 - 00h00

A Caixa Economica Federal suspendeu a veiculação de uma campanha publicitária sobre os 150 anos do banco que retrata o escritor Machado de Assis como um homem branco. A decisão veio após protestos na Internet e um pedido formal da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), órgão do governo federal com status de ministério.
O comercial criado pela agência Borghierh/Lowe viaja no tempo para mostrar que até os "imortais" foram correntistas do banco público. O problema é que o ator que representa o fundador da Academia Brasileira de Letras e autor de "Memórias Póstumas de Brás Cubas" é branco, sendo que o escritor era mulato.
Na nota oficial em que anuncia a interrupção da propaganda, a Caixa "pede desculpas a toda a população e, em especial, aos movimentos ligados às causas raciais, por não ter caracterizado o escritor, que era afro-brasileiro, com a sua origem racial".
Nesta segunda-feira, também em comunicado oficial, a Seppir classificou como "uma solução publicitária de todo inadequada" a escolha de um ator branco para interpretar Machado, por "por contribuir para a invisibilização dos afro-brasileiros, distorcendo evidências pessoais e coletivas relevantes para a compreensão da personalidade literária de Machado de Assis, de sua obra e seu contexto histórico".

Além de pedir a suspensão do anúncio, a Seppir encaminhou pedidos de providencias ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e o Ministério Público Federal.

2ª Edição do Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras será lançada no Rio de Janeiro



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UFJF divulga mestrado e doutorado em História

Inscrições terminam dia 30.

As inscrições para o processo seletivo para mestrado e doutorado em História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), para as turmas de 2012, terminam no próximo dia 30. O Programa de Pós-Graduação em História (PPGHis) tem como área de concentração o tema "História, Cultura e Poder". Para o programa de mestrado, serão abertas até dez vagas e, para doutorado, até 20.
Ambos terão processos de seleção semelhantes e, na primeira etapa, haverá uma avaliação de caráter eliminatório, do projeto de dissertação, para o mestrado, e do projeto de tese, para o doutorado. Os resultados dessa análise serão divulgados no dia 21 de outubro, no site do PPGHis. Os candidatos com projetos aprovados, realizarão as avaliações seguintes e a primeira consistirá na aplicação de provas escritas, com base na bibliografia contida no edital, e acontecerá no dia 22 de novembro.
Os concorrentes deverão realizar, também, uma prova discursiva de suficiência na leitura e compreensão de texto em língua estrangeira, que está marcada para o dia 23, seguinte à primeira avaliação escrita, e terão o resultado divulgado no dia 30, do mesmo mês, na mesma página da internet. Além disso, os candidatos passarão por uma entrevista eliminatória com a Comissão de Seleção Permanente (Copese), no dia 6 de dezembro. A classificação final do processo seletivo poderá ser encontrada no site do PPGHis a partir de 9 de dezembro.
Os interessados poderão se inscrever até o próximo dia 30, com a documentação exigida no edital, nas terças, quartas e sextas-feiras, entre 9h e 11h, na Secretária do Programa de Pós-Graduação em História, localizada no Instituto de Ciências Humanas (ICH), no campus.
Outras informações: http://www.ufjf.br/ppghistoria/.
Fonte: Ascom da UFJF

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Formação de professores é desvalorizada pelas universidade

O ambiente acadêmico ainda considera a formação de professores para a educação básica uma tarefa "menor" o que dificulta a melhoria da qualificação desses profissionais para atuar em sala de aula.
Este é o diagnóstico de especialistas, pesquisadores e organizações da sociedade civil reunidas no Congresso Internacional Educação: uma Agenda Urgente. A formação de professores no Brasil foi tema de discussão em uma das mesas de debates, e há um consenso de que é necessária a revisão dos currículos dos cursos de pedagogia e de licenciaturas.
Um dos componentes que deve ser fortalecido, na opinião dos debatedores, é o prático. Para os especialistas, o estágio precisa ganhar maior importância e deve ocorrer desde o início da formação do professor. Uma das principais críticas é que a universidade não prepara o professor para lidar com a realidade da sala de aula, que inclui problemas de aprendizagem e um contexto social que influencia no processo.
"A formação inicial deve estar visceralmente ligada à sala de aula. Ela deve ocorrer em dois lugares: na universidade, onde eu penso, discuto e estudo e naquele lugar que é objetivo maior do professor, a sala de aula", disse Gisela Wajskop, diretora-geral do Instituto Singularidades.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão, declarou que apesar do estágio ser obrigatório para a obtenção do diploma, em muitas escolas de formação ele não passa de uma "formalidade". "O estágio é fundamental para conectar o que o aluno aprende na universidade e o mundo real. Ele precisa sair sabendo como são as escolas, quais são as dificuldades concretas que ele vai encontrar e quem é esse jovem que ele vai ensinar e que ele só estuda na psicologia. Mas o estágio precisa ser bem feito, orientado e cobrado", ressaltou.
Uma das propostas apresentadas para melhorar a formação, é instituir nas licenciaturas e cursos de pedagogia uma espécie de residência, semelhante a que ocorre nos cursos de medicina e que é obrigatória para o exercício profissional. Leão aponta, entretanto, que a formação do professor não é a única variável que determina a qualidade do ensino. "A universidade que forma o professor da escola pública é o mesmo que forma o da particular. Mas, a segunda tem resultados melhores nas avaliações", disse.
Membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos defende a criação de centros ou institutos de formação nas universidades que sejam separados dos departamentos que hoje oferecem as licenciaturas. "O professor da universidade que está preocupado em dar aula na escola de educação básica é visto no seu departamento como inferior porque não está preocupado em publicar artigos nas revistas de ponta", declarou.
A desvalorização da carreira e dos cursos de formação têm levado ao fechamento das licenciaturas, conforme observou o vice-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), Marcelo Lourenço. "Nós estamos pedindo socorro porque os cursos estão fechando por falta de procura".
Fonte: Agência Brasil

Arquivo on-line: O Negro na Imprensa Baiana

Prezados colegas e alunos, lançamos um site;http://www.negronaimprensa.ceao.ufba.br; com mais de 1.400 matérias de jornais baianos do início do século XX. A intenção é disponibilizar mais um recurso para a pesquisa, pois muitos desses jornais estão em péssima condição de uso.
Saudações, e boa navegação.
Jocélio Teles dos Santos
Coordenador do PosAfro

CEAO lança site que reúne textos em jornais do século XX

CEAO lança site que reúne textos em jornais do século XX
Já está no ar a mais nova produção do Centro de Estudos Afro-Orientais. Trata-se do site "O negro na imprensa baiana do século XX”. Nele estão catalogadas mais de 1.400 matérias de 13 jornais da primeira década do século passado (Jornal de Notícias, Correio de Notícias, A Bahia, A Coisa, Diário de Notícias, A Ordem, Foia dos Roceros, O Estímulo, Correio do Brasil,  Gazeta do Povo, Correio da Tarde, Correio de Alagoinhas e O Serrinhense). As notícias expressam aspectos da vida social da população afro-brasileira, das manifestações culturais às entidades políticas. 
"O negro na imprensa baiana do século XX” é mais uma fonte de consulta para os pesquisadores e o público em geral. De modo organizado, podem encontrar informações, retratadas por jornais da época, que contribuam para as produções dos estudos afro-brasileiros. A pesquisa contou com o apoio do CADCT (Fapesb) e do CNPq e teve a coordenação do professor do Departamento de Antropologia da UFBA Jocélio Teles dos Santos.
Acesse e divulgue: www.negronaimprensa.ceao.ufba.br

CEAO - Centro de Estudos Afro-Orientais

Pç. Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho - CEP 40025-010. Salvador - Bahia - Brasil
Tel (0xx71) 3322-6742 / Fax (0xx71) 3322-8070 - E-mail: ceao@ufba.br
- Site: www.ceao.ufba.br

1º Colóquio sobre o Trabalho Pedagógico na Educação Especial

Agência FAPESP – O Laboratório de Estudos e Pesquisa em Direito à Educação Especial (Lepede) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizará, no dia 11 de outubro, o 1º Colóquio sobre o Trabalho Pedagógico na Educação Especial.
Com o tema “Desafios na escolarização de alunos com deficiência visual”, o evento tem como objetivo difundir e debater pesquisas sobre a educação de alunos com deficiência visual, que necessitam de recursos óticos especiais, como óculos e outros aparelhos.
A programação do evento, voltado para professores, estudantes de graduação e pós-graduação e alunos do ensino fundamental, médio e superior, será composta por mesas-redondas, palestras e apresentação de trabalhos.
O evento será realizado a partir das 11h no auditório do Centro de Educação e Ciências Humanas da UFSCar, localizado no edifício de aulas teóricas AT 2, na área sul do campus São Carlos, situado na Rod. Washington Luís, km 235.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail 1cepddv@gmail.com

Incentivo à produção acadêmica em direito

Agência FAPESP – O Programa de Incentivo à Produção Acadêmica em Direitos Humanos abriu edital para a seleção de propostas de artigos de jovens pesquisadores e ativistas brasileiros de direitos humanos. As propostas poderão ser enviadas até o dia 30 de outubro.
Promovido pela Conectas Direitos Humanos e pela Fundação Carlos Chagas, o programa apoia propostas de artigos inovadores e consistentes que contribuam com o campo dos Direitos Humanos. Até seis propostas de artigos serão selecionadas. A iniciativa oferecerá a jovens autores uma oportunidade de elaboração de um artigo acadêmico original a partir da orientação individualizada de um tutor.
Além disso, o programa prevê que, após a finalização, o artigo seja submetido ao comitê editorial da Sur – Revista Internacional de Direitos Humanos – editada pela Conectas – e, caso aprovado, publicado no número seguinte.
Os autores selecionados poderão ainda participar do 12º Colóquio Internacional de Direitos Humanos, organizado anualmente pela Conectas. O evento será realizado no segundo semestre de 2012.
O concurso é aberto a qualquer área disciplinar, desde que a proposta trate da temática dos direitos humanos. O programa contemplará aspectos como “Direitos Humanos e Meio Ambiente”, “Direitos Humanos das Mulheres”, “Direitos das Pessoas com Deficiência”, “Desenvolvimento e Direitos Humanos”, “Responsabilidade das Empresas”, “Direitos Econômicos, Sociais e Culturais” e “Segurança Pública e Direitos Humanos”.
Para participar, o candidato deve residir no Brasil e possuir diploma de nível superior completo. Não há formulário específico. Cada proposta deve conter necessariamente: “Resumo expandido”, “Estrutura do artigo a ser desenvolvido”, “Referências Bibliográficas” e “Currículo resumido”.
Os tutores serão especialistas em direitos humanos escolhidos de acordo com as temáticas das propostas selecionadas. O Programa prevê que o tutor acompanhe de perto a construção e o desenvolvimento da proposta de artigo do candidato.
Mais informações: www.surjournal.org/coaching.php