domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Rota do Escravo. rumo ao Mar das Caraibas

UNESCO / PROJECTO “A ROTA DO ESCRAVO” HISTORIADOR ANGOLANO CO-DIRIGE REUNIAO EM BOGOTA

O americanista Simão Souindoula, Vice-presidente do Comité Cientifico Internacional deste emblemático programa cultural onusiano, deixa Luanda, no domingo, dia 27 de Fevereiro próximo, a destino da capital colombiana, onde participara a uma reunião desta instância.

Este conclave, que se estalara de 28 Fevereiro a 3 de Marco, respectivamente, em Bogotá e Cartagena de Índias, reagrupara os vinte membros deste painel, que acaba de ser reestruturado pela Professora Irina Bokova, Directora Geral da Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciencia e Cultura

As personalidades deste conselho, nomeados por mérito próprio, sao originárias de África do Sul, Angola, Austrália, Barbados, Brasil, Canada, Colômbia, Cuba, Espanha, Estados Unidos de América, Franca, Haiti, Madagáscar, Marrocos, México, Nigéria, Noruega, Sri Lanka, Tanzânia e Uruguai. Notar-se-a, dentre dos ponto na ordem de dia do encontro, o exame do balanço das acções realizadas pelo Projecto durante o biénio 2009 / 2010 ; na qual sobressai a avaliação do apoio acordado as diversas celebrações dos Bicentenários da abolição da escravidão e as ligadas a proclamação das independências dos Estados americanos e caribenhos assim que a apreciação do estado de avanco do dossier de erecção, na sede das Nações Unidas, a Nova Iorque, de um Monumento dedicado a memoria dos centenas de milhares de vitimas do « Captive Passage ».

Os principais eixos do programa operacional, 2011 / 2013, serão fixados numa dinâmica dominada pelo prosseguimento ou a implementação de acções próprias da Place Fontenoy e o apoio parceiro a centenas de projectos provenientes de horizonte diverso, surgidas após da Declaração pelas Nações Unidas do Ano 2011, como a consagrada, prioritariamente, as populações afro descendente.


AUTO – ESTIMA
E, o tratamento deste processo que da toda a importância ao encontro, diptico.

As acções a reter pelo Comité, neste quadro, visarão a reforçar a dignidade, a consideração, a plena integracão social e a auto- estima das populações afro descendente. E, de reter, dentre as centenas de acções, inovadoras e estruturantes, de conservação e de exploração documentaria, de investigação histórica, antropológica e linguística assim como as ligadas as produções culturais, as relativas ao realce da contribuição das “pecas de Índias” na mineralurgia, agrologia, epidemiologia, a fisioterapia, etc.

De sublinhar que os membros do Comité terão no seu programa de estadia em Cartagena, uma sessão de trabalho com os líderes da comunidade e das associações niger, uma conferência – debate na Universidade Nacional e uma visita dos vestígios esclavagistas deste significativo porto do Mar das Caraíbas. Cidade classificada pela UNESCO como património da humanidade, o burgo –
embarcadoiro, fortificado, teve o contra-golpe da sua longa voracidade das encomendas de milhares « madeiras de ebano ».

Com efeito, o famoso São Basílio de Palenque, um dos primeiros territórios a auto constituir-se livre da tirania, nas Américas, no decurso do século XVII, consolidou-se, e isso, de forma definitiva, apenas a 100 km do litoral negreiro. Perpetuando um crioulo cuja base lexical africana e próxima do kikongo e kimbundu assim que o conjunto das suas tradições antropológicas, o inexpugnável
bastião dos “ chi ma ri Congo”, “chi ma ri Angola” e “ chi ma ri Luango” foi, igualmente, e a justo titulo, classificado pela organização onusiana no Património da Humanidade, na sua vertente « Intangível ». E, ali, neste pedaço de Angola, perdido no setentrião da Colômbia, que foi assinado em Setembro de 2008, a Declaração Final da Encontro Internacional "Agenda Afro descendente nas Americas e Caraibas", e na qual o actual Vice-Presidente do CCI do Projecto da “Rota”, representou a Primeira Dama de
Angola, Ana Paula dos Santos. Baseando-se nesta realidade, sintomática da forte articulação da Colónia portuguesa de Angola no abastecimento em mão de obra escrava do Novo Mundo, Simão Souindoula submetera aos seus pares, a formalização da parceria já
funcional entre o Projecto da Place Fontenoy e a iniciativa Triangulo Kanawa, assente na península de Mussulo, na periferia sul da capital angolana, o maior projecto de turismo de memória, esclavagista, actualmente em África.

Com, mais uma vez, a expressao de toda a minha consideracao.

Simao SOUINDOULA
Vice-Presidente
Comite Cientifico Internacional
Projecto da UNESCO " A Rota do Escravo "
C.P. 2313 Luanda (Angola)
Te.: + 244 929 79 32 77

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