segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pílula anticoncepcional masculina está sendo testada

Luciana Galastri em 27.06.2010 as 12:20


E, além disso, ela está sendo aprovada nos primeiros testes. A novidade é uma substância desenvolvida por um pesquisador israelense que, em teoria, conseguiria inibir a capacidade reprodutiva do esperma.

Haim Breitbart, da Universidade Bar-Ilan, de Tel-Aviv, chama a sua invenção de Bright Pill (que pode ser traduzida como “a pílula brilhante”). Ele percebeu que poderia mudar o comportamento do esperma estudando como os espermatozóides se comportavam quando já estavam dentro do útero.

Atualmente, Breitbart está testando seu composto em ratos – aqueles que tomam uma pequena dose do remédio podem ficar estéreis por um mês. Aqueles que tomam mais de uma dose chegam a três meses. E, mesmo assim, seu desejo sexual continua o mesmo de antes.

Se a pílula de Breitbart funcionar sem efeitos colaterais (sem afetar o desejo sexual masculino e sem comprometer a fertilidade dos homens após o período determinado de efeito da pílula) teremos uma nova revolução nos contraceptivos. Se falhar, a pílula irá para o hall dos contraceptivos masculinos que deram errado, juntamente com uma pílula de maconha que impedia a ereção. [Gizmodo]

IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL: FRONTEIRAS ÉTNICO-CULTURAIS E FRONTEIRAS DA EXCLUSÃO

A escola como espaço/tempo de negociação das identidades/ diferenças - 20 a 23 de setembro de 2010
CAMPO GRANDE/MS

Objetivo:
Os debates sobre a cultura, identidade e diferença ocupam cada vez mais a agenda de pesquisadores, educadores, participantes de movimentos sociais, instituições, órgãos responsáveis pelas políticas públicas e outros. Assim, os objetivos deste IV Seminário Internacional são: socializar posturas epistemológicas utilizadas em pesquisas envolvendo grupos indígenas, identidade negra e movimentos sociais; dialogar sobre políticas e práticas educativas nestes contextos interculturais e promover o encontro de diferentes grupos culturais e movimentos sociais.

Grupos Temáticos:
GT1 - Escola e os indígenas
GT 2 - Escola e identidade/diferenç a negra
GT 3 – Escola e movimentos sociais populares
GT 4 - Escola e identidade /diferença cultural
GT 5 - Escola, identidade e gênero
GT 6 - Práticas pedagógicas interculturais nas escolas e formação docente
GT 7 - Políticas educacionais/ gestão da escola/formaçã o docente
GT 8 - Escola, saúde e sustentabilidade
Local:
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande – MS.
Para maiores informações acessar:www.fronteirasetnic as.com

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Desmatamento

18/01/2010 05:45 - Portal Brasil

O desflorestamento é um processo de retirada de madeira e devastação da vegetação. Esse processo começou com a necessidade humana de criar estruturas para sua sobrevivência, como casas, móveis e cercas, e de preparar a terra para a agricultura e a pecuária. Até hoje, geralmente, quem desmata está à procura de madeira para vários objetivos e de terras para criar animais e plantar.

Marcello Casal Jr/ABr Polícia Federal flagra desmatamento de área indígena no Pará
  • Polícia Federal flagra desmatamento de área indígena no Pará

No processo de desmatamento, primeiro são retiradas as madeiras mais nobres, depois as utilizadas para a construção civil e, por fim, as árvores de madeiras leves, úteis para a produção de compensados e placas. Em um segundo momento, as árvores de menor porte são derrubadas e toda a vegetação rasteira é destruída. Sobram poucas árvores frondosas que são protegidas, como é o caso da castanheira, ou que não têm valor comercial, como as palmeiras, por exemplo. Essas árvores restantes dificultam a detecção do desmatamento. Nessa fase, é possível que 50% do dossel, a cobertura formada pelas árvores mais altas, já tenha sido cortado.

Muitas vezes, quem desmata também planta capim nas áreas degradadas. Com isto, a pecuária pode se desenvolver onde antes havia uma floresta, mesmo que ela ainda não tenha sido totalmente devastada. Normalmente, o capim e a cobertura florestal que ainda sobrou são queimados, provocando uma segunda limpeza da área. Com a queimada, sobram apenas cerca de 10% a 20% das árvores que compõem o dossel. Como o capim brota novamente depois do fogo, a área pode ser mais uma vez usada como pasto. Outras queimadas destroem completamente o que restou da floresta inicial. Este processo de degradação, em que a pastagem é gradativamente introduzida, pode durar alguns anos.

O desmatamento no mundo

Dos 64 milhões de km² de florestas existentes no planeta antes da expansão demográfica e tecnológica dos homens, restam menos de 15,5 milhões, ou cerca de 24%. Isso quer dizer que 76% das florestas primárias já desapareceram. Com exceção de parte das Américas, todos os continentes desmataram muito, conforme um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre a evolução das florestas mundiais.

Dos 100% de suas florestas originais, a África mantém hoje 7,8%, a Ásia 5,6%, a América Central 9,7% e a Europa – o pior caso do mundo – apenas 0,3%. O estudo indica que, apesar do desmatamento dos últimos 30 anos, o Brasil é um dos países que mais mantém sua cobertura florestal. Há 8 mil anos, o Brasil possuía 9,8% das florestas mundiais. Hoje, o país detém 28,3%.

Se o desflorestamento mundial prosseguir no ritmo atual, o Brasil – por ser um dos países que menos desmatou – deverá deter, em breve, quase metade das florestas primárias do planeta.

Controle do desmatamento na floresta Amazônica

A floresta brasileira permaneceu praticamente intacta até os anos 1970, quando foi inaugurada a rodovia Transamazônica. A partir daí, passou a ser desmatada por inúmeras razões, principalmente a criação de gado, a utilização da madeira e a plantação de soja. Os impactos do desmatamento da Amazônia são grandes: perda de biodiversidade, redução da ciclagem (filtragem) da água e volume de chuvas, além das contribuições para o aquecimento global.

O governo brasileiro tem tomado medidas para reduzir o desmatamento da floresta amazônica. Em junho de 2003, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (npe) divulgou dados da projeção de desmatamento entre agosto de 2001 e agosto de 2002, indicando um crescimento em torno de 40% em relação ao período anterior, em que o número permanecia praticamente estável.

A partir dessa notícia, iniciou-se uma avaliação das causas do aumento e planejou-se um conjunto de ações integradas do Poder Público para serem implementadas com a participação da sociedade. Ainda em 2003, foi assinado o Decreto Presidencial que estabeleceu um Grupo Permanente de Trabalho Interministerial criado para propor medidas e coordenar ações de redução dos índices de desmatamento na Amazônia Legal.

Em seu trabalho, o Grupo seguiu as indicações do Plano de Ação para a Prevenção e Controle de Desmatamento, Queimadas e Exploração Madeireira Ilegal produzido pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) com a participação de outros ministérios e entidades da sociedade civil. Entre as ações indicadas estão:

- ordenamento agrário nos municípios que compõem o Arco do Desmatamento (principalmente nas fronteiras das regiões norte e centro-oeste);

- incentivos fiscais e de crédito com os objetivos de aumentar a eficiência econômica e a sustentabilidade de áreas já desmatadas;

- procedimentos para a implantação de obras de infra-estrutura ambientalmente sustentáveis;

- geração de emprego e renda em atividades de recuperação de áreas degradadas;

- incorporação ao processo produtivo de áreas abertas e abandonadas e manejo de áreas florestais;

- e atuação integrada dos órgãos federais responsáveis pelo monitoramento e a fiscalização de atividades ilegais no Arco do Desmatamento.

Com a implementação dessas e de outras ações, os índices de desmatamento na Amazônia caíram de 2004 a 2007, com um pequeno aumento em 2008. No entanto, dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) divulgados em agosto de 2009, atestam que a taxa anual de 2009 deverá ser a menor dos últimos 20 anos: no máximo nove mil quilômetros quadrados.

Controle do desmatamento no cerrado

O cerrado brasileiro já perdeu 48,2% da vegetação original. Hoje são desmatados cerca de 20 mil km² por ano. Em setembro de 2009, foi lançado um plano para frear essa devastação até 2011. Para colocá-lo em prática, o governo listou os 60 municípios que, juntos, foram responsáveis por um terço do desmatamento no bioma entre 2002 e 2008 e que serão os principais alvos das ações de fiscalização e controle.

De acordo com esse levantamento, o desmate no Cerrado está concentrado no oeste da Bahia – na divisa com Goiás e Tocantins – e no norte de Mato Grosso. As áreas coincidem com as regiões produtoras de grãos, de carvão e pecuária. Além das ações de repressão, o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento do Cerrado (PPCerrado) prevê medidas de ordenamento territorial, criação de unidades de conservação e implementação de planos de bacias.

Linha do tempo do desmatamento

8 mil anos atrás

* Situação de relativa estabilidade climática

* Base dos sistemas florestais existentes

* Demografia humana era muito pequena

* Primórdios da agricultura

* Ausência de civilizações e cidades

* Caçadores coletores vivendo em ambientes preferencialmente não florestais

Ano 1000

* Grandes civilizações agrícolas no Oriente Médio e Mediterrâneo

* Impérios Egípcio, Grego, Persa, Romano e posterior expansão do Islã

* Grande consumo de lenha nas termas de Roma, vindas do norte da África

* Expansão agrícola pela Europa e norte da África com impacto ambiental (desertificação)

* Expansão demográfica em toda Europa e Ásia levando ao corte de florestas

Ano 1650

* Aumento demográfico asiático e europeu

* Expansão da agricultura

* Expansão ultramarina e demanda por madeira de construção naval

* Transformação de florestas primárias com o plantio de árvores na Europa

* Início do povoamento mais expressivo das Américas

Ano 1850

* Independência dos países americanos

* Grandes desmatamentos no leste da América do Norte

* Desmatamento no Brasil em 1830 é menor que 30.000 km2

* Expansão da cana de açúcar na América Central

* Crescimento populacional na Europa, China, Índia, Rússia, Japão e Sudeste Asiático

* Exploração colonial da Oceania e da África

* Início da revolução industrial e dos trens

Ano 1950

* Expansão das estradas de ferro e rodagem

* Exploração florestal colonial da África e Ásia

* Duas Grandes Guerras e ocupação da Sibéria

* Expansão econômica e migração no litoral brasileiro (café, cana e alimentos)

* Desmatamento da costa pacífica dos EUA, México, América Central e Sul da América do Sul

* Crescimento demográfico exponencial generalizado

Ano 2000

* Substituição de florestas primárias por reflorestamentos na América do Norte e Europa

* Independência de países da África e Ásia

* Queda na demografia dos países ricos

* Revolução verde e forte expansão da agricultura

* Início da expansão agrícola na Amazônia

* Exploração florestal intensa do Sudeste Asiático e da África Equatorial

Saiba mais sobre preservação no Portal Brasil.

Situação do Meio Ambiente

Água

18/01/2010 19:30 - Portal Brasil

O Brasil ocupa uma posição privilegiada em relação à disponibilidade de recursos hídricos. No mundo, 1,2 bilhão de pessoas não têm acesso a água potável e cerca de 5 milhões morrem a cada ano por doenças simples relacionadas à falta de abastecimento.

Já o Brasil conta com 12% dos recursos hídricos do planeta. Por isso, o volume distribuído por pessoa é 19 vezes superior ao mínimo estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) – de 1.700 m3/s por habitante por ano. No entanto, esse recurso vital não chega para todos os brasileiros na mesma quantidade e regularidade.

As características geográficas de cada região e mudanças de vazão dos rios, que ocorrem devido às variações climáticas ao longo do ano, acabam afetando a distribuição de água no território nacional. Mesmo assim, o volume de recursos hídricos é suficiente para atender 57 vezes a demanda atual do país.

O consumo humano, na média nacional, equivale a cerca de 1/3 do total de água utilizada no Brasil. Já a irrigação consome 46% dos recursos e as atividades industriais, 18%.

Gestão dos recursos hídricos

A partir dos anos 1980, a gestão dos recursos hídricos no Brasil passou a abordar três fatores: a sustentabilidade ambiental, social e econômica; a busca de leis mais adequadas e de espaços institucionais compatíveis; a formulação de políticas públicas que integrassem toda a sociedade. Estabelecido pela Constituição Federal de 1988 e instituído em 1997, o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (Singreh) articula, junto com o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), os esforços de vários setores para monitorar a gestão dos recursos hídricos do País.

Entre os objetivos do Singreh estão assegurar água suficiente e de boa qualidade para a atual e as futuras gerações, garantir a utilização racional e integrada dos recursos hídricos e prevenir futuros problemas relacionados à água. Para isso, estabelece que a água é:

- um recurso limitado, de domínio público, com valor econômico

- que o consumo humano e de animais têm prioridade

- que as bacias hidrográficas serão as unidades de planejamento

- que a gestão será descentralizada e participativa

O sistema promove, entre outras ações, a avaliação sistemática da qualidade e da quantidade dos recursos no país, a adequação de suas atividades às diversidades regionais, a integração com a gestão ambiental e a articulação com o planejamento regional

Saiba mais sobre recursos hídricos no Portal Brasil.

Certidão de Nascimento

Cidadania

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Certidão de Nascimento

O que é?

A certidão de nascimento é o primeiro passo para o pleno exercício da cidadania. Ela comprova sua existência, seu local e data de nascimento, o nome dos seus pais e avós.

Sem esse documento, os cidadãos ficam privados de seus direitos mais fundamentais e não tem acesso aos programas sociais. Adultos, não podem obter a carteira de identidade, CPF e outros documentos.

Como fazer?

Divulgação/Secretaria Especial dos Direitos Humanos
Ronaldo em campanha para divulgar a importância da Certidão de Nascimento
  • Ronaldo em campanha para divulgar a importância da Certidão de Nascimento

Tirar uma certidão de nascimento é um processo fácil, rápido e o ideal é que os bebês já saiam das maternidades com nome e sobrenome.

Se a criança nasceu em hospital ou maternidade, os pais recebem uma via da Declaração de Nascido Vivo (DN) que deve ser levada a um Cartório de Registro Civil. Se a criança nasceu em casa, os pais ou a pessoa responsável pelo registro podem ir direto a um cartório.


A certidão de nascimento pode ser feita em qualquer cartório, de preferência um que seja próximo ao local de nascimento. O prazo máximo é de 15 dias após o nascimento da criança, mas caso os pais morem a mais de 30 quilômetros do cartório mais próximo, o período aumenta para três meses após o nascimento. Se for a mãe a pessoa a registrar a criança, o prazo para declaração é prorrogado por 45 dias.


O registro deve ser feito pelo pai da criança. Caso o pai não possa, é a mãe quem deve realizar o registro. Veja a ordem de quem pode fazer o registro da criança:


1. Pai

2. Mãe

3. Parente mais próximo

4. Administradores do hospital onde nasceu a criança

5. Médicos e parteiras que assistiram o parto

Pessoa idônea da casa em que ocorreu o nascimento (se for fora da residência da mãe)

6. Encarregados da guarda da criança.


Documentos necessários

Se os pais da criança são casados, devem comparecer ao cartório também com a Certidão de Casamento e na companhia de duas testemunhas maiores de 21 anos. Se não forem casados, um deles ou os dois devem comparecer com carteira de identidade ou registro de nascimento, além de estar acompanhados de duas testemunhas maiores de 21 anos. Nesse caso, o pai só constará no Registro Civil de Nascimento se declarar a filiação paterna ou autorizá-la por escrito.


Caso os pais da criança tenham menos de 16 anos, eles devem ir a um cartório civil acompanhados dos avós da criança ou de um responsável com mais de 21 anos. Os documentos necessários para o registro são os mesmos citados anteriormente.


Quanto custa?

A certidão de nascimento é um direito de todo cidadão brasileiro e por isso o documento é emitido gratuitamente nos cartórios. No caso de segunda via do documento, poderá haver cobrança. Se o cidadão não puder arcar com os custos, precisará comprovar sua condição com uma declaração de próprio punho ou feita a seu pedido (caso seja analfabeto), assinada também por duas testemunhas.


Adultos e adolescentes sem certidão

Para tirar a certidão de nascimento depois de adulto, você precisa de duas testemunhas conhecidas e de preferência mais velhas. Se os pais estiverem vivos precisarão apresentar o pedido de certidão por escrito, confirmar a paternidade/maternidade e apresentar seus documentos de identidade.

Caso a pessoa seja menor, o pedido deverá ser feito com a Declaração de Nascido Vivo do hospital junto com os documentos de identidade dos pais e ainda a declaração de duas testemunhas conhecidas.


Fonte:
Secretaria de Direitos Humanos
Código Civil
Procuradoria Geral da República

Brasil reduz índices da fome na América Latina

24/06/2010 17:42 - Portal Brasil

O Brasil obteve um bom resultado no combate à fome, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para América Latina e Caribe. Esse resultado ajudou a puxar para baixo os índices de fome na América Latina. Foi o que anunciou nesta semana o representante regional da FAO, José Graziano da Silva, durante o 1º Colóquio sobre Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil e na América Latina.

No evento, realizado em Brasília (DF), José Graziano explicou que a FAO faz um acompanhamento sistemático anual sobre segurança alimentar e que a instituição irá anunciar, esse ano, um número melhor sobre a fome. A redução na forme, segundo ele, refere-se em especial aos resultados alcançados pelo Brasil.

O resultado do encontro embasará um documento que será levado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) à 3ª Mesa da Sociedade Civil Brasil e União Europeia, que acontecerá em setembro, na Antuérpia (Bélgica). Pela primeira vez, o tema segurança alimentar será discutido no conselho, que reúne representantes da sociedade civil de 25 países europeus.

No CDES, o conselheiro Alberto Broch, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), disse que o colóquio de Brasília aprofunda o debate sobre a situação atual e as perspectivas das políticas de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil e na América Latina.

"O colóquio é uma forma de nivelar o conhecimento dos conselheiros do CDES, já que irá contribuir para o processo de preparação dos conselheiros, que resultará na construção de um documento com o posicionamento do órgáo, para debater o tema da Segurança Alimentar e Nutricional na Mesa Redonda da Sociedade Civil Brasil - União Européia, a ser realizada em setembro, na Bélgica", lembrou Broch.

O presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Renato Maluf, disse que a construção da segurança alimentar e nutricional (SAN) no Brasil é um misto das políticas agrícolas e sociais, não é só agricultura, mas também foco social.

O CDES dará continuidade ao debate promovendo um novo colóquio, no fim de julho, cujo tema será agricultura e sustentabilidade.

Fonte:
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES)

Brasil passa a produzir kit para diagnóstico de gripe H1N1

24/06/2010 08:52 - Portal Brasil

O Brasil agora não depende mais de tecnologia estrangeira para diagnosticar pacientes com suspeita de gripe H1N1. O kit nacional para diagnóstico da doença é 55% mais barato, seguro, e pode descobrir um caso em metade do tempo dos kits importados. O lançamento do produto foi feito, nesta quarta-feira (23), pelo Ministério da Saúde.

Antes os kits de diagnóstico precisavam ser importados de países como Alemanha, França e Estados Unidos. “Com esse projeto, o Brasil sai à frente na qualificação do diagnóstico de gripe H1N1. É uma tecnologia superior e mais segura que poderá, inclusive, ser exportada futuramente a outros países”, afirmou o ministro José Gomes Temporão.

Os kits serão fabricados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Laboratório de Bio-Manguinhos e do Instituto Carlos Chagas, em parceria com os institutos paranaenses de biologia molecular (IBMP) e de tecnologia (Tecpar). O primeiro lote, com 30 mil testes nacionais, será distribuído para a Fiocruz (RJ), o Instituto Evandro Chagas (PA), o Instituto Adolfo Lutz (SP) e três laboratórios públicos no Distrito Federal, Paraná e na Bahia – únicas instituições que realizam o diagnóstico do vírus Influenza A (H1N1) no País. Serão 80 mil novos kits por mês, o suficiente para atender toda demanda nacional.

Os primeiros testes serão destinados a pacientes internados com suspeita da doença. O exame é indicado também para surtos em comunidades e investigação de mortes. A meta é fabricar 80 mil testes por mês para suprir a demanda nacional.

De acordo com o ministério, o teste nacional é mais barato, mais rápido e confiável. O kit deve sair por R$ 45 – no mínimo, metade do preço pago pelo governo ao teste importado. Outra novidade é a redução no tempo para a análise da amostra – que vai passar de oito para quatro horas.

A tecnologia ajudará o País no desenvolvimento de testes rápidos para outras doenças, como dengue, malária e tuberculose. O teste nacional está disponível somente para a rede pública. Não há expectativa para fornecimento aos laboratórios privados.

Fonte:
Ministério da Saúde

Agricultura familiar tem recurso garantido para preço mínimo

17/06/2010 17:16 - Portal Brasil

A partir da safra 2010/2011, a agricultura familiar terá direito a 20% dos recursos da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Antes da mudança, não havia especificação de quanto o governo deveria gastar com essa camada de produtores rurais. O Plano Safra da Agricultura Familiar 2010/2011 foi lançado nesta quinta-feira (17), em Brasília (DF).

Na próxima safra, a agricultura familiar terá acesso a R$ 1 bilhão dos R$ 5,2 bilhões estabelecidos no orçamento para a PGPM. O programa permite que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) faça leilões para a compra de excedentes de produção, para reduzir as oscilações de preços.

  • A agricultura familiar terá direito a 20% dos recursos da Política de Garantia de Preços Mínimos


Segundo o diretor de Política Agrícola e Produção da Conab, Silvio Porto, o novo plano safra estabeleceu um volume exato dentro do PGPM para ser gasto com produtores familiares. “A agricultura familiar no programa era variável, com participação maior em alguns programas, como o feijão, razoável em outros, como o milho, e pequena no arroz, por exemplo”.

Outra ação já existente que terá mais recursos na próxima safra diz respeito à Lei da Alimentação Escolar. Segundo a lei, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a compra de merenda escolar devem ser gastos com produtos da agricultura familiar.

Em 2010, os recursos foram aumentados para R$ 3 bilhões, frente aos R$ 2,6 bilhões do ano passado. Cumprido o percentual legal, cerca de R$ 1 bilhão deve ser destinado à compra de produtos dos pequenos agricultores. O plano safra ainda consolida o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que permite a compra direta de alimentos da agricultura familiar pelo governo.

A safra 2010/2011 começa no próximo dia 1º de julho.

Fonte:
Agência Brasil

SEMINÁRIO NACIONA DE DST/AIDS E SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA

Retirado do blog ACMUN.

Seminário sobre a saúde da população negra começa nesta segunda-feira
O V Lai Lai Apejo- Seminário Nacional de DST/AIDS e Saúde da População Negra tem a intenção de debater, durante os três dias do encontro, políticas públicas para esse segmento da sociedade.

A Associação Cultural de Mulheres Negras (ACMUN) juntamente com a Rede Nacional Lai Lai Apejo: População Negra e HIV/Aids realizam nos dias 28, 29 e 30 de junho o V Seminário Nacional Lai Lai Apejo, que significa “Encontro Para Sempre” em expressão iorubá, no Hotel Continental em Porto Alegre.

Com o objetivo de contribuir para a articulação das organizações civil, profissionais e gestores para a proposição, monitoramento e avaliação das políticas públicas, ações, programas e projetos governamentais, na área da saúde, na perspectiva de combate ao racismo institucional, em saúde da população negra. O termo racismo institucional busca dar visibilidade a processos de discriminação indireta que ocorrem no seio das organizações.

Programação consiste em debates, palestras, mini-conferências e apresentações culturais. Os temas abordados durante o seminário serão sobre “Análise de Conjuntura: Políticas Públicas de Saúde no Brasil e no Mundo”, além de “Produção de Conhecimento Científico – População Negra e HIV/Aids”, “ Nascer, Viver e Envelhecer: Pessoas vivendo com HIV/Aids (Situação do Sujeito)” e “Experiências em HIV/Aids e População Negra”.

Lai Lai Apejo é um encontro estratégico que tem como foco principal debater temas sobre a saúde da população negra. Promovido, inicialmente pela ACMUN, da cidade de Porto Alegre/RS, desde 2002, se torna um marco na história da capital gaúcha. Esta iniciativa propicia troca de experiências e saberes entre os participantes e prevê a luta em defesa da equidade de gênero e raça/etnia. O encontro em si, já reuniu centenas de pessoas desde sua criação, que através de troca de experiências procuram encontrar soluções para os problemas existentes na sociedade.

Serviço:
O Quê: V Seminário Nacional Lai Lai Apejo
Onde: Hotel Continental, Largo Vespasiano Julio Veppo, número 77, próximo a estação rodoviária de Porto Alegre.
Quando: 28, 29 e 30 de junho.

PROGRAMAÇÃO
28/06

8h - Credenciamento
9h – Saudação aos participantes - ACMUN
9h30 – Harmonização de Conceitos
Facilitadora: Dra. Fernanda Lopes - Fundo de População das Nações Unidas

12h – Almoço
14h – Cerimônia de Abertura
15h - Conferência: “Análise de Conjuntura: Políticas Públicas de Saúde no Brasil e no Mundo”
Dra. Jurema Werneck – Conselho Nacional de Saúde/Articulação de Mulheres Negras Brasileiras/ AMNB
Coordenação: Elaine Oliveira Soares - Área Técnica de Saúde da População Negra da SMS de Porto Alegre

16h30 – Conferência: “Produção de conhecimento científico – população negra e HIV/AIDS”
Dra. Cristina Possas – Diretora da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (UPDT/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais – MS)
Debatedora: Dra. Maria Inês Barbosa – Pesquisadora Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
Coordenadora: Dra. Denise Botelho - Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPNUNB)

29/06
8h30 – HIV/AIDS no Brasil e no mundo (Situação Epidemiológica)
Karen Bruck - Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais – Ministério da Saúde
Debatedor: Celso Ricardo Monteiro – Coordenação Municipal de DST/AIDS de São Paulo
Coordenadora: Cleusa Aparecida da Silva – Casa Laudelina

10h30 – Nascer, Viver e Envelhecer: Pessoas vivendo com HIV/AIDS (Situação do Sujeito)
Micaela Cyrino – Rede Nacional de Jovens Vivendo com HIV/AIDS
Eliana Aparecida dos Santos – Movimento das Cidadãs Posithivas
Maria Aparecida Lemos – Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas
Coordenadora: Michely Ribeiro – Rede de Mulheres Negras do Paraná

12h - Almoço
14h – Identidades, Sexualidades e Aids (Situação Política)
Juliano Gonçalves Pereira – Jovem Homem - Rede Afro Atitude
Angela Donini – Gênero - Fundo de População das Nações Unidas
Verônica Lourenço – Lésbicas – Rede Sapatá
Chindalena Barbosa – Jovem Mulher - Associação Frida Kahlo
Coordenador: Adailton da Silva – Universidade Federal do Amazonas

17h– Experiências em HIV/AIDS e população negra
Miranete Arruda – Gerente da Política de Saúde da População Negra do Recife/PE
Ângela Martins - Rede de Mulheres Negras do Paraná
Coordenadora: Damiana Oliveira – Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais

19h – Momento Cultural

30/06
08h30 - Agenda Comum
Coordenador: Rede de Religiões Afro e Saúde – Jose Marmo da Silva
10h30 – Comemoração dos 100 anos do Primeiro Relato Científico da Doença Falciforme - Transmissão ao Vivo via internet

13h – Encerramento

Contato
ACMUN – (51) 3062-7009 (51) 3062-7009

Heloisa Duarte – (51) 8229-0662 (51) 8229-0662

Camila de Moraes – (51) 8451-6361 (51) 8451-6361
http://acmunrs.blogspot.com/

Nota de Solidariedade‏

Nota de Solidariedade

"Lamento profundamente essa tragédia e desejo que o Estado de Alagoas e, particularmente, as cidades atingidas pelas chuvas se recuperem o mais rápido possível.

A Fundação Cultural Palmares, dentro de suas competências, está ao dispor do povo alagoano e dos quilombolas do Estado".


Zulu Araújo

Presidente da Fundação Cultural Palmares
Diretor da Palmares visita quilombolas atingidos pela chuva

O Diretor da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, Maurício Reis e o representante da Fundação em Alagoas, Severino Cláudio Leite, conhecido como Mestre Cláudio, estão na comunidade quilombola de Muquém, em União dos Palmares (AL) para prestar ajuda as vitimas da enchente. As águas das chuvas que inundaram a cidade desabrigaram 86 famílias que estão alojadas na escola da comunidade, no posto de saúde e no que está em construção.

Segundo Maurício Reis, que é Diretor de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação, está chegando à comunidade água potável, colchões e cestas básicas disponibilizadas pela Secretária da Mulher, Direitos Humanos e Cidadania do Estado. Além dele e de Mestre Cláudio acompanham a visita, o representante da Secretária da Mulher, Direitos Humanos e Cidadania, Amaurício de Jesus, o representante da Secretária de Agricultura do Estado, Marcelo Maiola e o Coordenador Estadual das Comunidades Quilombolas, José Patrício. "Estamos levantando quais as principais demandas e qual a melhor forma de ajudar", diz Maurício.

"O que a gente mais precisa agora é reconstruir nossas casas", relata a líder da comunidade de Muquém, Albertina Nunes, uma das desabrigadas. Segundo ela, agora que água já baixou, algumas pessoas já estão saindo dos abrigos para tentar reconstruir suas casas e suas vidas. "É muita gente nos abrigos e estamos precisando de material de limpeza, de higiene e velas, pois estamos sem energia elétrica".

A comunidade tem mais de 200 anos e recebeu a certificação da Fundação Cultural Palmares em 2004. Com 140 famílias, cerca de 500 pessoas, entre elas aproximadamente de 112 crianças até 12 anos, a comunidade é dividida em três regiões Muquém de Cima, Moreno e Muquém da Beira do Rio, a área mais atingida pela água. Os quilombolas vivem da produção de cerâmica e da colheita de cana-de-açúcar das usinas locais.

Assessoria de Comunicação Social

Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura

Fone: 3424-0166 Fax: 3424-0164

www.palmares.gov.br

Calendário com poses sensuais em raio X vira mania na internet

BBC
Calendário com poses sensuais em raio X vira mania na internet
Calendário brinca com a tradição de folhinhas com mulheres sensuais.[Imagem: BUTTER. Agentur für Werbung GmbH]

Esqueletos nus

Os debates sobre o uso de modelos esqueléticas em fotos de moda acabam de ganhar uma nova dimensão com um calendário promocional produzido por uma agência de propaganda alemã para a fabricante japonesa de monitores médicos Eizo.

Na tradição das folhinhas de borracharia ou dos mais sofisticados calendários com modelos famosas, o calendário preparado pela agência Butter traz modelos em poses sensuais e quase nenhuma peça de roupa à vista.

Para quem gosta de ossos

A modelo de janeiro, vestida apenas com sapatos de salto alto, aparece sentada com as mãos cruzadas sobre a região púbica. A de abril, também somente de salto alto, está deitada de bruços com o bumbum levemente empinado.

Apesar disso, pouca carne pode ser vista, mas os ossos são onipresentes: cada um dos meses do calendário é ilustrado com uma imagem de raio X.

Calendário com poses sensuais em raio X vira mania na internet
Público-alvo da campanha são os profissionais de saúde. [Imagem: BUTTER. Agentur für Werbung GmbH]

Folhinha de sala de raio X

O público-alvo da campanha, segundo a agência, é o reduzido mercado de profissionais de saúde que trabalham com diagnóstico médico e usam monitores do tipo fabricado pela Eizo.

Mas a criativa campanha acabou se espalhando pela internet, reproduzida por blogs e sites do mundo inteiro, para espanto da agência.

"Nossa intenção era estimular mais interesse sobre o que é a área altamente complexa e tecnicamente sofisticada dos monitores para diagnóstico médico e para visualização de raios X", diz um comunicado da agência.

Tudo virtual

Calendário com poses sensuais em raio X vira mania na internet
Sucesso da campanha levou a agência a planejar novo calendário para 2011. [Imagem: BUTTER. Agentur für Werbung GmbH]

"Como você pode imaginar, o mercado-alvo para esse tipo de monitores especializados e caros é bem pequeno", explica a agência. "O calendário, com imagens que essa audiência nunca antes havia visto e que certamente quebra alguns tabus, alcançou mais do que jamais pensamos que alcançaria como uma iniciativa promocional."

A agência diz que, com o grande interesse pelos calendários, já pensa em publicar uma nova versão para o ano que vem, disponível para o público em geral.

Para quem gostou das imagens do calendário e deseja conhecer melhor a modelo ou as modelos cujos ossos foram expostos, porém, a agência tem uma notícia decepcionante: todas as imagens foram criadas por computador.

Academia pressiona para ser ouvida sobre novo Código Florestal

Academia pressiona para ser ouvida sobre novo Código Florestal
Luiz Sugimoto
Fotos: Antonio Scarpinetti
Edição das imagens: Everaldo Silva
[24/6/2010] Comissão especial da Câmara dos Deputados, formada por maioria ruralista, pode aprovar na segunda-feira (28) o relatório de Aldo Rabelo (PCdoB) sobre o novo Código Florestal Brasileiro, que propõe significativas reduções das Áreas de Preservação Permanente (APPs). “Se for aprovado do jeito que está, o projeto será o pior retrocesso ambiental que o Brasil terá sofrido em meio século. Ele vai minar, gradualmente, todos os avanços conquistados penosamente desde que o Código foi instituído”, adverte Thomas Michael Lewinsohn, professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp e presidente da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação.

Lewinsohn participou na quarta-feira (23) de mesa-redonda organizada por estudantes interessados no tema, juntamente com o professor Carlos Alfredo Joly, colega do IB e coordenador do Programa Biota/Fapesp. Ambos engrossam o coro de pesquisadores paulistas inconformados com a total falta de ouvidos à comunidade científica, e que trabalham junto aos deputados para adiar a votação em plenário ao menos para o segundo semestre, permitindo que este debate aconteça. “Queremos discutir quais são as bases científicas para manutenção ou diminuição das áreas de preservação”, diz Joly.

O coordenador do Biota explica que o Código Florestal é uma das leis ambientais mais antigas do país, de 1965, tendo sido modificada substancialmente em 1989 e depois, através de medida provisória, em 2001. “Basicamente, o código regulamenta a preservação de áreas no entorno de corpos d’água (rios e lagos) e define que, em diferentes biomas, as propriedades rurais com mais de cem hectares mantenham uma reserva legal com a vegetação predominante no local. Essa reserva deve ser de 20%, subindo para 35% no cerrado e chegando a 80% na região amazônica”.

Segundo Carlos Joly, o Código Florestal também protege as encostas e topos de morro, visando diminuir a possibilidade de deslizamentos e de soterramentos, a exemplo do que vem acontecendo em todo começo de ano. “São áreas muito sensíveis a alterações, ainda que estas não sejam consideradas altas para a agricultura. Por isso, queremos uma discussão para que possamos colocar nossos dados e pontos de vista mostrando a importância da manutenção e, se possível, da ampliação da proteção em alguns casos. Dependendo da declividade e do tipo de solo, a reserva de mata ciliar precisa ser mais larga, a fim de reduzir a erosão”.

Joly lembra que os deputados ligados à base ruralista iniciaram uma movimentação para diminuir as APPs em 2002, o que levou o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) a criar grupos de trabalho que estão apresentando agora seus resultados. “Aparentemente, não satisfeita com esses resultados, que são por manter uma série de restrições contidas no código, a bancada ruralista se reorganizou para criar uma comissão especial. Tramitavam no Congresso perto de seis projetos, que foram reunidos num só”.

Na opinião do pesquisador da Unicamp, as reduções sugeridas no relatório, divulgado por Aldo Rebelo há duas semanas, eliminam a possibilidade de as áreas de preservação cumprirem, de fato, um enorme conjunto de serviços aos ecossistemas. “São benefícios como a diminuição de erosão e do assoreamento de rios, estabilidade de encostas, recarga de aquíferos e garantia da população de polinizadores – importantes para a própria atividade agrícola, que vai ser altamente prejudicada no médio e longo prazo”.

Para o professor Thomas Lewinsohn, doutor em ecologia, é assustador que a comunidade científica não tenha sido ouvida, quando tem muito a contribuir. “O único consenso entre cientistas e parlamentares é que o código está realmente desatualizado. Fora disso, estamos em desacordo com tudo o que foi proposto, principalmente a maneira como estão fazendo as mudanças. Fica claro que a proposta em trâmite é muito tendenciosa e defende vários interesses, menos os da nação e da cidadania”.

Lewinsohn reitera que os cientistas não foram convidados para participar da elaboração do projeto nem individualmente, nem institucionalmente, o que considera inaceitável. “A revisão do Código Florestal não pode ser feita no toque de caixa, e sim com seriedade e serenidade. Este projeto é desastroso, pois tem uma série de implicações bastante evidentes para o futuro da conservação no Brasil. É realmente preocupante”.

Agora é Lula aqui e Dilma, lá

Agora é Lula aqui e Dilma, lá

Lula  Assembleia no ABC

Por: Sérgio Nobre

Dirigente sindical defende candidatura da Ministra Dilma Rousseff

Lula é um visionário e não costuma errar em suas escolhas. Quando ele começou a falar publicamente que Dilma Rousseff era o melhor nome para sucedê-lo na Presidência da República muitos duvidaram, outros até torceram o nariz. A oito meses das eleições, as pesquisas provam que ele tinha razão. Dilma já ameaça a liderança do candidato tucano que se segurou até agora por conta do recall de seguidas disputas eleitorais. Como as intenções de voto em Dilma tendem a crescer, já nas próximas pesquisas a petista deve ultrapassar um encurralado Serra, que nem sequer assumiu a candidatura.

O presidente acertou: Dilma Rousseff é, sim, o melhor nome para assumir o cargo hoje ocupado por esse ex-metalúrgico que se tornou uma das lideranças mais populares e influentes do mundo na atualidade. Além da confiança e apoio incondicionais de Lula, a ministra está credenciada a comandar o Brasil a partir de 2011 porque competência e trabalho marcaram toda a sua trajetória, em especial, no governo federal, onde se tornou (por mérito) o braço direito de Lula.

Está mais que na hora de uma mulher comandar este País, ainda mais quando ela tem, além de muita capacidade, um passado de luta pela democracia e um presente de respeito à classe trabalhadora.

Quem mais e melhor poderá garantir a continuidade e consolidação de todas as realizações cravadas pelo governo Lula desde 2003? A resposta é Dilma, porque Lula a conhece bem e acredita que ela tem capacidade para consolidar programas como o Bolsa Família, que atende 13 milhões de lares, além de ações certeiras que tiraram 20 milhões de brasileiros da pobreza e garantiram empregos com carteira assinada a 12 milhões de trabalhadores. E ainda tem o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que está nas (boas) mãos dela.

Competente e democrata, Dilma, assim como Lula, sabe que apenas a distribuição de renda, o respeito e o compromisso com a classe trabalhadora garantirão um Brasil melhor e mais justo socialmente.

Dilma tem o apoio de quem produz e pode, pela primeira vez em uma eleição, unir as seis centrais sindicais brasileiras em torno da sua candidatura. A ministra ouve e respeita a classe trabalhadora. Provou isso quando atendeu o chamado do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e veio à Região participar do seminário “O ABC do Diálogo e do Desenvolvimento”, que foi determinante para o enfrentamento da crise e do desemprego, por conta das diretrizes aqui construídas.

Até a fama de durona e mandona reforçam as competências de Dilma. Corajosa, ela não se abate com ataques machistas da oposição e da mídia que, sem críticas reais a fazer, remexem seu passado sem qualquer respeito à luta que ela travou para que essa mesma oposição e mídia tivessem liberdade de expressão. Tentam macular as virtudes de uma mulher que foi torturada nos porões da ditadura na luta que garantiu a muitos brasileiros, inclusive da oposição, o direito de voltar de seus auto-exílios.

Está em nossas mãos transformar em realidade o desejo já amplamente expresso por Lula de fazer da ministra a sua sucessora na Presidência da República.

Ao fim do seu segundo governo, Lula, como sempre disse, voltará para São Bernardo. Aqui será aclamado pelos trabalhadores, pelo PT, pelo movimento sindical e pelo município hoje administrado por Luiz Marinho, ex-sindicalista que governa a cidade sob os mesmos princípios de justiça social. O presidente regressará certo de que fez um excelente trabalho e com a aprovação de quase 90% da população. Um índice recorde que só ratifica o que ele costuma dizer: “Quem sabe produzir também sabe governar”.

Mas o presidente voltará ao ABCD mais tranqüilo se em seu lugar no Palácio do Planalto ficar alguém que garanta o prosseguimento e a consolidação das conquistas do seu governo. E essa pessoa é Dilma Rousseff. Ela é a sucessora dos sonhos de Lula e dos nossos também. Cabe a nós ajudar Lula a eleger Dilma.

* Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

quinta-feira, 24 de junho de 2010

PAC e 'Minha Casa' terão R$ 44 bi em 2011

"Essa reunião foi uma preparação para o orçamento de 2011. Pretendemos no início de julho mandar para cada ministério os valores, os limites orçamentários para 2011, permitindo que cada um faça o início da montagem orçamentária", explicou. Segundo ele, o governo trabalha com um cenário de crescimento de 5,5% em 2011 e inflação controlada na casa de 4,5%.

Cientistas identificam possível novo ancestral do homem na Sibéria

Caverna de Denisova. Foto: J. Krause

O fóssil foi encontrado na caverna de Denisova, na Sibéria

Cientistas alemães identificaram o que pode ser um novo ancestral do homem a partir da análise genética de ossos encontrados em uma caverna na Sibéria, segundo um estudo publicado na edição desta quarta-feira da revista científica Nature.

O fóssil, encontrado na caverna Denisova, nas montanhas Altai, em 2008, seria de um dedo da mão de um hominídeo de cerca de seis anos que viveu na Ásia Central entre 30 mil e 48 mil anos atrás.

Os cientistas do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária de Leipzig, na Alemanha, fizeram uma análise do DNA mitocondrial do fóssil e compararam com o código genético de humanos modernos e do homem de Neandertal.

Os resultados sugerem que o material corresponde a uma migração procedente da África desconhecida até agora e distinta das protagonizadas a partir do continente africano pelos antepassados do homem de Neandertal e dos humanos modernos.

X-Woman

O DNA não é o mesmo dos seres humanos ou neandertais, duas espécies que viveram na área na mesma época. Testes sugerem que o DNA do fóssil siberiano pertence a uma nova espécie, não sendo igual ao de outros hominídeos conhecidos.

O material genético encontrado no fóssil seria muito novo para ser descendente do Homo erectus, que partiu da África em direção à Ásia há cerca de 2 milhões de anos ou muito antigo para descender do Homo heidelbergensis, que teria se originado há cerca de 650 mil anos.

"Quem quer que tenha carregado esse genoma mitocondrial para fora da África há cerca de um milhão de anos é alguma criatura nova que ainda não havia aparecido no nosso radar", disse o professor Svante Paabo, coautor do estudo, ao lado do cientista Johannes Krause.

Já é conhecido que os humanos podem ter vivido simultaneamente com os Neandertais na Europa, aparentemente por mais de 10 mil anos. Mas em 2004, pesquisadores descobriram que uma espécie anã dos humanos, conhecida como “Hobbit”, viveu na ilha das Flores, na Indonésia, até 12 mil anos atrás – muito tempo depois de os humanos modernos terem colonizado a área.

Convivência

A pesquisa contribui para um cenário mais complexo do período Pleistoceno, quando os humanos modernos saíram da África para colonizar o restante do mundo.

O professor Clive Finlayson, diretor do Museu Gibraltar, já disse que havia “uma série de populações humanas espalhadas por partes da África, Eurásia e Oceania”.

“Alguns teriam sido geneticamente relacionados, se comportando como subespécies, enquanto outras populações mais extremas podem ter se comportado como espécies com nenhum ou pouco cruzamento híbrido”, disse.

Neandertais aparentemente viveram na caverna Okladnikov, nas montanhas Altai, há cerca de 40 mil anos. Uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor Anatoli Derevianko, da Academia Russa de Ciências, também encontrou provas da presença de humanos modernos que viveram na região no mesmo período.

“Outra questão intrigante é se pode ter havido convivência e interação não apenas entre Neandertais e humanos modernos na Ásia, mas também, agora, entre essas linhagens e a recém descoberta”, afirmou o professor Chris Stringer, pesquisador de origens humanas do Museu de História Natural de Londres.

“A distinção entre os padrões do DNA mitocondrial sugere, até agora, que houve pouco ou nenhum cruzamento entre espécies, mas serão necessárias mais dados de outras partes do genoma dos fósseis para que se chegue a conclusões definitivas”, afirmou.

Segundo ele, o estudo é “um desenvolvimento instigante”.