1.
O curso a distância “O DHAA e o SISAN” teve início em 07/02/2012, com
2.000 alunos matriculados. Dentre os critérios prioritários para seleção
dos alunos/as inscritos foram considerados: ser conselheiro/a de
conselhos de políticas públicas relacionados ao tema da segurança
alimentar e nutricional e pertencer a povos e comunidades tradicionais.
2.
Todos/as os/as inscritos(as) que se declaram como conselheiros/as foram
matriculados no curso. Dentre os alunos que se declararam pertencentes a
povos indígenas e comunidades tradicionais e não conselheiro/as, 25%
foram matriculados. Segue tabela com os critérios utilizados para
matrícula no curso á distância:
CRITERIOS PARA SELEÇÃO DE ALUNOS CURSO EAD DHAA-SISAN
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TABELA DE SELEÇÃO
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PRIORIDADES
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nº
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I: 100% Conselheiros GOV e SC
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1.147
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II: 100% Gestor Governamental, ñ conselheiro
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363
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III: 25% Comunidades Tradicionais, não conselheiros
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54
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IV: 25% pertencente a ONGs, não conselheiros
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163
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V: 50% trabalha com SAN, Setor Público, ñ conselheiro
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296
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V: 100% trabalha com SAN movimento social (ñ conselheiro, ñ PCT)
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36
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Total
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2.059
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3.
O curso á distância teve uma carga horária total de 60 horas e seus
temas centrais foram o Direito Humano à Alimentação Adequada e sua
Exigibilidade, o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional e a
participação da sociedade civil organizada na construção destes temas e
suas políticas públicas. Os conteúdos do curso tiveram caráter
politizado e reflexivo.
4.
A plataforma de aprendizagem contava com aulas dinâmicas e conteúdos
adaptados ao ambiente virtual, materiais de apoio, de leitura
complementar, exercícios e propostas de reflexão, debate sobre os temas
do curso por meio de fóruns de discussão, troca de informações via
central de mensagem da plataforma, além de suporte técnico e
esclarecimento de dúvidas referentes à plataforma e conteúdo.
5.
A tabela abaixo informa a situação dos/as alunos/as, no que diz
respeito ao total de inscritos, matriculados, desistentes e substituídos
(evasão) ao longo do curso. No total foram matriculados numa 1ª fase,
2000 alunos e após a 3ª semana foram substituídos 285 (14%)
participantes matriculados que não fizeram o primeiro acesso até dia
24/02/2012 ou desistiram por diferentes motivos. Esta taxa de
substituição é perfeitamente aceitável em cursos à distância. As
substituições só foram feitas após o envio de diversas mensagens de
alerta e telefonemas diretos aos/às participantes.
6.
Ao término do curso, em 13 de maio de 2012, a participação de
alunos/as, no que se refere a matriculas, desistências, aprovados e
reprovados e acessos à plataforma é demonstrada na tabela a seguir:
8.
Os critérios para aprovação foram: realização das atividades propostas
com nota mínima igual a 6,00; participação nos fóruns de discussão da
plataforma de ensino-aprendizagem e conclusão da atividade final do
curso. Consideramos como reprovados: todos os alunos que não atingiram a
média final 6.0 definida pela ABRANDH e todos os alunos sem nota (não
realizaram nenhuma atividade) ou com nota zero (realizaram atividades
mas não atingiram nenhuma pontuação). O gráfico abaixo demonstra os
dados de Aprovação por Nota:
9.
O nível de satisfação dos participantes com relação ao curso foi
bastante positivo, de forma geral. Em enquete avaliativa final, todos os
itens avaliados foram classificados como “Bom” e “Ótimo” por cerca de
90% dos respondentes. Esta avaliação foi feita, de forma qualitativa,
também em emails de agradecimento, Fóruns de discussão e nas oficinas
presenciais realizadas em cada estado.
10.
A partir do mês de março/2012, foram realizadas as atividades
presenciais e de pesquisa nos estados. Tais atividades previam a
realização de uma oficina presencial do curso (1 dia) em cada capital
(exceto na região Norte, como está explicado mais à frente) e a coleta
de dados para uma pesquisa sobre o “Estágio de implementação do SISAN no
Brasil”. Foram realizadas 20 oficinas estaduais, nos seguintes locais:
11.
Importa esclarecer que todas as oficinas foram realizadas nas capitais
dos Estados visitados e que para todos os participantes residentes fora
da capital foi assegurado a hospedagem/alimentação por até por 2 dias,
no local reservado para a realização da oficina. O deslocamento
terrestre do local de moradia até o local da oficina foi de
responsabilidade de cada participante, com exceção na região Norte,
conforme explicado a seguir e no caso de representantes de povos e
comunidades tradicionais.
12.
O deslocamento de representantes de povos e comunidades tradicionais
até os locais dos encontros presenciais foi feito pela Abrandh com o
apoio da Oxfam por meio do termo de referência 02/2012. Foram atendidos
todos os casos indicados como necessário, pelo(a) facilitador(a) local.
Este auxílio teve importância fundamental na garantia da participação
destes grupos nas oficinas, sem o qual, não teriam condições de
participarem devido ao alto custo de deslocamento. Vale destacar que as
dificuldades e o custo do deslocamento são, muitas vezes, fatores
impeditivos da participação destas populações em espaços de formação e
discussão de políticas públicas, o que colabora para sua situação de
pouca visibilidade em nossa sociedade.
13.
Na região Norte, foi realizada oficina única de dois dias (nos dias 24 e
25/05/2012), na cidade de Manaus, com presença de 51 pessoas
representantes de todos os estados da região. Os representantes
selecionados tiveram suas despesas (deslocamento, viagem aérea,
hospedagem e alimentação) custeadas pelo projeto, financiado e em
parceria com o MDS. Na tabela abaixo, segue a distribuição dos
participantes presentes por estado:
14.
A participação nas oficinas foi bastante diversificada, com
representantes de diversos setores e grupos sociais como agricultores,
gestores de políticas públicas, povos e comunidades tradicionais,
profissionais das áreas de assistência social, educação e saúde,
significativo número de conselheiros/as de SAN, movimentos sociais,
organizações não governamentais, dentre outros.
15.
A metodologia utilizada nas oficinas permitiu que os participantes
refletissem e discutissem, entre si e a partir de suas realidades,
estratégias de ação não apenas para o Estado como para o grupo ali
presente. Em alguns estados houve propostas de criação de grupos, listas
de emails para discussão e planejamento de uma agenda de ações para os
participantes do curso, fortalecimento de ações e organizações da
sociedade civil já existentes, dentre outras.
16.
Durante as oficinas foram distribuídos aos participantes, materiais da
ABRANDH (O Direito Humano à Alimentação Adequada no contexto da
Segurança Alimentar e Nutricional) e o relatório “Crescendo para um
futuro melhor- justiça alimentar em um mundo de recursos limitados” da
Campanha “Cresça-comida.justiça.planeta” da Oxfam.
17.
Foram realizadas reuniões de equipe da ABRANDH na volta de cada viagem
de campo para avaliação e organização dos campos de pesquisa seguintes.
Benefícios alcançados:
-Mobilização
de mais de 2.000 atores sociais, em torno do tema “O DHAA e o SISAN”,
considerando todos os participantes que efetivamente acessaram a
plataforma para as atividades do curso (1894 alunos efetivos), os 108
informantes-chave das entrevistas realizadas para a pesquisa e os 565
participantes das atividades presenciais do curso, nas oficinas (alunos e
conselheiros convidados).
-Formação
a distância concluída de 1.139 (efetivamente aprovados ao final do
curso) atores sociais governamentais e da sociedade civil para atuação
local em Direito Humano à Alimentação Adequada e no aprimoramento da
implementação do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional em cada
estado.
-As
oficinas presenciais, que reuniram um total de 565 participantes
oportunizaram reflexões e propostas de atuação bastante interessantes
para o fortalecimento do Sisan nos estados e Distrito Federal,
principalmente no que se refere à participação social dentro do Sistema.
É possível que dentre os participantes várias pessoas tenham sido
despertadas para a importância do Sisan para a realização do Direito
Humano à Alimentação Adequada e seu papel nesta construção.
-Os
dados coletados na pesquisa serão analisados e espera-se que venham a
oferecer subsídios para atuação dos poderes públicos e da sociedade
civil nos próximos passos para a consolidação do Sistema de Segurança
Alimentar e Nutricional.
Dificuldades encontradas:
-As
dificuldades encontradas estão relacionadas basicamente à evasão e
desistência dos participantes ao longo do curso, que ao final totalizou
40% dos efetivamente inscritos, desde o inicio do curso, muito embora
esta taxa seja aceitável, considerando a natureza voluntária e gratuita
do curso.
-A
ABRANDH e a Faros Educacional utilizaram diversas estratégias para
assegurar a adesão dos participantes, durante todo o período do curso.
Foram feitas diversas comunicações na plataforma, enviado diversos
emails mobilizadores e ainda telefonemas diretos para aqueles(as) que
não acessavam a plataforma.
-Outra
dificuldade encontrada foi a mobilização dos participantes do curso
para a oficina presencial na capital de cada Estado. Os participantes
que moram fora da capital relataram dificuldades financeiras em se
deslocar por conta própria até o local da oficina. Na região Norte onde o
projeto financiou o deslocamento aéreo e terrestre, além da
hospedagem/alimentação, a adesão à oficina foi alta.
-As
dificuldades para os povos indígenas e comunidades tradicionais são
ainda maiores para a mencionada participação. Nesse sentido, a ABRANDH,
por meio de projeto apoiado pela OXFAM, oportunizou recursos específicos
para alguns representantes indígenas e de comunidades tradicionais, de
modo a garantir o percurso de suas casas até o local da oficina na
capital.
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