segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Joyce Ribeiro anuncia: Malu chegou!

A apresentadora de telejornal do SBT e seu marido, o engenheiro civil, Luciano Machado comemoram o nascimento da filha, contam a história dessa família e falam de sonhos e planos para o futuro
por Oswaldo Faustino | fotos Rafael Cusato



“Quando a gente está nesse estado de graça, completamente realizada, tem ainda muito mais gás para voltar às atividades profissionais.”
Quem já está acostumado com aquele rosto negro bonito, voz marcante e o talento da âncora do jornal SBT Brasil, Joyce Ribeiro, certamente deve ter estranhado sua ausência durante os últimos meses. O motivo: licença-maternidade. “Eu havia planejado me licenciar quando faltasse um mês para Maria Luisa nascer, assim poderia preparar melhor a chegada dela e também me preparar, com tranquilidade, mas ela resolveu chegar 20 antes que o previsto. Exatamente uma semana depois de eu sair de licença. Foi uma correria, mas ela veio super saudável e Luciano e eu estamos curtindo nossa primeira filha.” Joyce e Luciano, ambos com 34 anos, são casados há seis e só agora decidiram ter filhos.
No dia em que o casal concedeu a entrevista que gerou esta matéria, em seu apartamento na zona sul da capital paulista, Malu estava completando dois meses de vida. “Minha tia, irmã do meu pai, disse que é o segundo ‘mêsversário’ dela – comenta Joyce, rindo – então hoje teremos bolo de chocolate e tudo o que ela tem direito.” Enquanto a mãe fala, a menina começa a chorar. “Deixa comigo que eu a faço dormir – Luciano corre e pega a filha – eu estou acostumado. Sou de uma família grande e meus irmãos me deram cinco sobrinhas. Eu me acostumei a cuidar de meninas.”
Orgulhosos, os pais querem mostrar o quarto da filha, em cuja parede se vê uma faixa com várias imagens da personagem Tiana, do desenho animado da Disney A princesa e o sapo. Numa prateleira na parede junto ao berço veem-se várias bonecas negras. Curiosamente, há duas pequeninas despidas. “Essas aqui têm uma história interessante. Na minha infância não se encontravam com facilidade bonecas negras. Aí, um dia, meu pai chegou em casa com uma e disse que passou numa loja, viu e comprou. Pouco depois, chegou minha tia com outra igualzinha. Ela tinha passado na mesma loja e, como eram raras, também comprou. Elas têm quase 34 anos, a minha idade. E agora pertencem à minha filha”, conta Joyce.
Malu dorme e é colocada no berço. Voltamos à sala para dar continuidade à entrevista. Mas agora Luciano está munido de um equipamento indispensável: uma babá eletrônica. Enquanto conversamos, o pai e a mãe de Malu não tiram os olhos da pequena tela de TV pela qual acompanham todos os movimentos e sons produzidos pela bebê. “Sempre gostei de malhar e fazia isso bem cedinho, antes de ir para o SBT, que fica lá na Rodovia Anhanguera. Com a gravidez, engordei 16 quilos, mas quero logo retomar à antiga forma”, comenta a jornalista. Luciano, hoje 20 quilos mais pesado que na época do casamento, também sonha retomar o corpo que tinha.

Modelo, esportista, jornalista
Nascida no bairro da Bela Vista, o Bixiga, na região central da capital paulista, Joyce é a filha mais velha do casal Nilton e Mercedes. Ele, antigo divulgador de gravadoras – trabalhou em várias, como a Odeon e a Continental –, depois foi um dos sócios da gravadora Paradoxx Music, e hoje é empresário independente do setor artístico-fonográfico. A mãe, formada em biologia, sempre se dedicou ao lar e à costura. “É ela quem, até hoje, cria minha roupas. E faz coisas muito lindas. Nos últimos anos, resolveu fazer outra faculdade e se formou em modelagem”, comenta Joyce, que tem dois irmãos: Otávio Augusto, que é dentista, e Luiz Gustavo, formado em administração, executivo numa multinacional.
“Na adolescência, fui modelo. Posei para fotos. Dos 13 aos 17 anos, joguei basquete. Era alta para a idade, mas parei no 1,80 m. Era a pivô do time”, revela. Curiosamente, Luciano, que nasceu e morava no bairro da Lapa, na zona oeste, era capoeirista e também jogou basquete até os 18 anos. Seu sonho é que Malu, ou algum filho que venha depois dela, seja atleta de alto desempenho, talvez tenista, jogador ou jogadora de voleibol. “Para mim, ela deve ser o que a fizer feliz – afirma a mãe –, mas se quiser ser jornalista, como eu, jamais irei desestimulá-la.” Joyce Ribeiro relembra que sempre estudou em escolas estaduais e, na adolescência, enquanto as amigas se interessavam pelas novelas de televisão, ela gostava era de ver os telejornais.
“Desde cedo decidi que era aquilo que eu queria fazer. Não tinha dúvida de que o meu futuro profissional estava no telejornalismo e sempre tive como referência e ídolo a jornalista Glória Maria. Eu sempre me vi, como ainda me vejo, fazendo reportagens e numa bancada de jornal televisivo, assim como ela”, confessa. Porém, Joyce tem outro ídolo, um pouco mais distante: o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Isso é revelado pelo livro que ela faz questão de deixar num local bem visível, junto às fotos de seu casamento e outras obras. Trata-se de A Ponte, do jornalista e escritor David Remnick, que conta a vida e a ascensão do presidente norte-americano. “O próprio Remnick, prêmio Pulitzer e editor da revista The New Yorker, com seu talento no jornalismo literário, nesta obra dá uma verdadeira aula de como abordar os assuntos políticos de uma maneira super cativante.”
Sobre sua carreira profissional, além de se graduar pela FIAM/FMU, fez pós em jornalismo político e econômico, na PUC. “Quando terminei a graduação, no ano 2000, fui trabalhar em uma emissora de canal fechado, a Rede Mundial, da Legião da Boa Vontade (LBV), como produtora, depois como repórter. Foi lá que tive a minha primeira experiência como apresentadora de um programa cultural. Tive muita sorte no começo.” Depois disso, ela trabalhou, por um ano, numa assessoria de imprensa, até saber que estavam testando jornalistas para atuar no canal evangélico Rit-Rede Internacional de Televisão, do missionário R.R.Soares. Ali, pela primeira vez, em 2002, apresentou um telejornal. A experiência seguinte foi como apresentadora do Fala Brasil, na Rede Record. E passou para o canal Record Internacional, como apresentadora do jornal Record News, na época um programa, e hoje um canal.
“Na Record Internacional apresentei um programa com dicas culturais para brasileiros que vivem no exterior. Até que, em 2005, Mineiro, o diretor de jornalismo e padrinho de minha carreira, foi dirigir o jornalismo no SBT. Lá estavam criando o SBT Brasil, apresentado pela Ana Paula Padrão. E ele me levou para lá. Fui como repórter e substituía Ana Paula em fins de semana. Isso durou pouco tempo, pois me passaram para o SBT Manhã. E fiquei lá até me licenciar em agosto último, uma semana antes de Malu nascer”, assim Joyce resume sua carreira.
Uma história de superações
Para o marido da jornalista, engenheiro civil, especializado em geotecnia, seu pai, Júlio é o exemplo maior. “Sou o filho caçula. Ele foi servente de pedreiro e hoje é microempresário na área de construção civil. Mas, juntamente com minha mãe, Aparecida, que aos 55 anos resolveu estudar pedagogia, ele fez de tudo para que os filhos se formassem. Meu irmão Júlio Cesar é economista e professor universitário, a Luciana é advogada, e Rogério é arquiteto e vive em Boston, nos Estados Unidos. Não descarto a possibilidade, no futuro, de irmos viver fora, como ele. Quem sabe Joyce seja convidada a ser correspondente internacional e, aí, eu também engreno uma atividade internacional”, vislumbra Luciano. Quando se formou engenheiro, em 2002, o setor da construção civil não estava aquecido como atualmente. Por isso, foi trabalhar em outras áreas, como bancos e projetos ligados à telefonia. “Em 2008, durante o boom da construção civil, fui chamado por uma empresa que me deu essa oportunidade e eu abracei. Agora estou em outra na área de geotécnica, ou seja, trabalhamos com o início das obras, as fundações. Atuo no setor comercial da empresa.”
Luciano conta que conheceu Joyce em 2001, quando ambos aceitaram o convite de uma amiga em comum para irem a uma festa. “Essa amiga foi o nosso cupido. Nos conhecemos num sábado, nessa festa, convidei-a para ir ao cinema, no domingo, e na segunda já a pedi em namoro. O passo seguinte foi conquistar a família Ribeiro: primeiro os dois irmãos, depois minha sogra e por último meu sogro. Eu e ele nos entendemos de prima. Somos muito amigos”, comemora.
Sobre a chegada da Malu, o paizão diz que a aguarda há muito tempo. “Quando eu tinha 20 anos, imaginava que seria pai aos 25 anos, depois aos 30, depois aos 35. E isso aconteceu aos 34. Me sinto abençoado. E, ao contrário do que dizem, não senti ciúmes da atenção que a mãe dedica a ela. Muito ao contrário, tudo o que acontece com relação a Malu só me deixa muito feliz”, conclui.
“Quando eu tinha 20 anos, imaginava que seria pai aos 25 anos, depois aos 30, depois aos 35. E isso aconteceu aos 34. Me sinto abençoado. E, ao contrário do que dizem, não senti ciúmes da atenção que a mãe dedica a ela.”
O futuro a Deus pertence?
Joyce Ribeiro não é daquelas pessoas que fica esperando as coisas acontecerem, sempre foi atrás do que quis e gosta de mudanças. Ela sonha, um dia, ser apresentadora de um programa de cultura, com entrevistas, “que fale de música, de cinema, sou apaixonada por tudo isso”. E confessa que, com a maternidade, está ainda mais disposta e reenergizada para todo o crescimento ou mudanças profissionais que venha a se deparar. “Volto a trabalhar em fevereiro. Ainda quero apresentar o telejornal e fazer os boletins de notícias do SBT, por algum tempo, enquanto amadureço para novos desafios.” Segundo ela, o trabalho de âncora de telejornal é considerado estressante por muitas pessoas, mas ela deseja ter ainda muitas experiências nessa área.
Ganhadora de dois troféus Raça Negra, da Afrobrás, primeiro como revelação e, depois, como melhor apresentadora de telejornal, Joyce se orgulha de também ter vencido, por duas vezes, no programa Qual é a Música, apresentado por seu patrão Silvio Santos. Outra atividade que lhe dá muito prazer é a de mestre de cerimônia em eventos de entrega de prêmios para os quais, volta e meia, é convidada. “Eu gosto muito de poder participar desses momentos emocionantes da vida das pessoas.”
Joyce faz uma pausa… Olho para a babá eletrônica, imaginando que alguma coisa tenha chamado a sua atenção. Mas não, Malu ressona tranquila e a mãe está apenas pensando. Em seguida, afirma: “Sabe, isso tudo é resultado de uma soma, não só de talentos e personalidade que a gente tem, mas também de uma série de pessoas que cuidam de nós. Por isso, quero aproveitar essa nossa conversa para, publicamente, agradecer ao Luciano, que me dá essa segurança, à minha família e, em especial, à minha mãe, sempre disposta a criar e executar lindas roupas para eu me apresentar, à minha amiga joalheira, Rosanne Belloto, que me fornece belíssimos adereços, e também à minha cabelereira e maquiadora, Célia Santos.”
O momento é da Malu
Após a pausa da gratidão, Joyce volta ao tema mais importante do momento: “Com relação à Malu, quero apenas criá-la de uma forma que ela goste de ser uma pessoa produtiva”, afirma. “No momento, estou toda mãe. Eu já sabia que a maternidade é maravilhosa, só depois de poder vivenciar isso é que a gente consegue compreender a grandiosidade dessa realidade. Luciano também mergulhou tanto no universo da paternidade, que está o tempo todo tão encantado quanto eu.” Ela diz que profissionalmente ainda tem “muita lenha para queimar” e que não quer pensar ainda na possibilidade de ter outros filhos. “Quem me conhece sabe o quanto é difícil para mim me afastar do trabalho. Mas agora, até fevereiro, é tempo de dedicação exclusiva a Maria Luisa”, garante a jornalista, que completa: “Quando a gente está nesse estado de graça, completamente realizada, tem ainda muito mais gás para voltar às atividades profissionais.”
Joyce ainda está falando quando vê, pela pequena tela de TV, que a filha acordou e começou a choramingar. “Está com fome. Preciso dar de mamar. Se você tiver mais perguntas a fazer, pode me telefonar. Agora a minha filha precisa de mim. São 24 horas assim. Nessa fase da vida, o trabalho nunca termina”, avalia. Joyce se dirige ao lindo quarto, em cuja porta há um adorno nas cores lilás e branco, feito por dona Mercedes, a avó materna da pequena princesa. Mas ainda deu tempo para saborearmos, na companhia de Luciano, o delicioso bolo de chocolate comemorativo do segundo mêsversário de Maria Luisa, tão propagado no início da entrevista.
Fonte: revista Raça

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