quarta-feira, 27 de abril de 2011

Que democracia racial é essa?

Rodrigo Martins

Apesar da redução das disparidades propiciadas por programas de segurança alimentar, como o Bolsa Família, o abismo que separa brancos e negros no Brasil continua gigantesco. Essa é uma das conclusões do 2º Relatório Anual de Desigualdades Raciais, divulgado na terça-feira 19, pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Os indicadores foram compilados a partir de diferentes bases de dados do IBGE, dos ministérios da Saúde e Educação, entre outras instituições públicas. O estudo revela que os afrodescendentes têm menor acesso ao sistema de saúde (uma taxa de não cobertura de 27%, frente aos 14% verificados entre a população branca), a exames ginecológicos preventivos, ao pré-natal e sofrem com uma taxa maior de mortalidade materna.

Por dia, morrem cerca de 2,6 mulheres pretas ou pardas por complicações na gestação, enquanto este mesmo problema acomete 1,5 mulheres brancas. Entre 1986 e 2008, a taxa de fecundidade das afrodescendentes caiu de forma mais acelerada (48,8%) que a das brancas (36,7%). No entanto, as mulheres pretas ou pardas se sujeitam com mais intensidade a procedimentos radicais de contracepção, como as laqueaduras. Quase 30% dessa população em idade fértil estavam esterilizada em 2006, frente a uma taxa de 21,7% das mulheres brancas.

“Ninguém é contra o planejamento familiar. A queda na taxa de natalidade representa uma melhora na qualidade de vida das pessoas. Mas as afrodescendentes poderiam ter acesso a formas menos agressivas de intervenção”, avalia o economista Marcelo Paixão, coordenador do relatório. “A esterilização é uma solução radical demais. É como arrancar um dente para não tratar uma cárie. Por isso, causa preocupação o fato de parte dessa redução da fecundidade estar associada às laqueaduras.”

Nos últimos 20 anos, a média do tempo de estudos dos afrodescendentes acima de 15 anos passou de 3,6 anos para 6,5. Mesmo assim, está muito aquém da população branca, hoje com uma média de 8,3 anos de estudo. Além disso, 45,4% das crianças pretas ou pardas entre 6 e 10 anos estudava na série inadequada em 2008, frente ao percentual do 40,4% dos brancos. Entre as crianças de 11 e 14 anos, o problema é ainda mais grave, pois 62,3% dos afrodescendentes não estudavam na série correta. Entre os jovens brancos, a inadequação atingia 45,7%.

Por outro lado, as famílias pretas ou pardas beneficiadas pelo Bolsa Família conseguiram aumentar a quantidade de alimentos consumidos em proporção superior (75,7%) a das famílias brancas (70,1%). A elevação no consumo de arroz entre os afrodescendentes foi de 68,5%. Brancos: 31,5%. No caso do feijão, o consumo dos pretos e pardos cresceu 68%. Brancos: 32%.

“Apesar de melhorar a segurança alimentar dos afrodescendentes, o que é importantíssimo, em todos os outros setores percebe que a discrepância entre brancos e negros prevalece”, comenta Paixão. “Devido às elevadas taxas de desemprego, rotatividade no mercado de trabalho e informalidade, os pretos e partos tem um acesso bem menor à cobertura da Previdência Social. A diferença chega a dez pontos percentuais na população masculina e 20% entre as mulheres”, completa.

Outro dado que chama a atenção é o baixo índice de condenação por crimes de racismo no Brasil. Entre 2007 e 2008, 66,9% dos casos julgados nos Tribunais de Justiça de todo o País foram vencidas pelos réus e apenas 29,7% das supostas vítimas saíram vitoriosas. Na primeira instância, as vítimas tiveram sua demanda judicial contemplada em 40,5% dos acórdãos.

“Talvez os magistrados ainda acreditem no mito da democracia racial brasileira e, por isso, sejam mais brandos nas condenações e na aplicação das penas”, especula o professor da UFRJ. “Pela lei, o racismo é um crime inafiançável e imprescritível, mas não tenho notícia de um único racista condenado à prisão no Brasil. Vejo apenas punições pecuniárias, sobretudo indenizações, e pedidos de desculpas formais.”

SEPPIR discute políticas para a juventude negra

As políticas direcionadas à juventude negra foram ponto de pauta ontem (25) na audiência da secretária Nacional da Juventude, Severine Macedo, com a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiza Bairros. A articulação entre os dois órgãos federais visa à implementação de ações e à adequação de programas e projetos já em execução, de maneira a atender especificidades do segmento.

Os altos índices de mortalidade juvenil foram apontados entre os problemas a serem enfrentados com prioridade. De acordo com o Mapa da Violência 2011: os jovens do Brasil, a probabilidade de morte de um jovem negro, entre 15 e 25 anos, é 127,6% maior que a de um branco da mesma faixa etária. Encomendado pelo Ministério da Justiça ao Instituto Sangari.

"Antes da morte física, precisamos atacar aspectos anteriores, vinculados à educação, saúde, cultura, entre outras áreas em que o jovem vai sendo limitado em suas diversas possibilidades", afirmou a ministra Luiza Bairros, fazendo referência ao Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) que, segundo declarou, pode ser reestruturado de acordo com áreas de interesse do público ao qual é direcionado.

"A expectativa é pensarmos um projeto integrado entre as secretarias que atuam com as temáticas transversais e com os órgãos afins para que as políticas públicas de juventude cheguem realmente a quem interessa", acredita Severine Macedo.

Também participaram da reunião, a secretária de Políticas de Ações Afirmativas da SEPPIR, Anhamona de Brito, e a secretária-adjunta da Secretaria Nacional da Juventude, Ângela Guimarães.

Divulgação - Política Social - Mestrado e Doutorado

Mestrado e Doutorado em Política Social da UFF
Inscrições abertas até 03 de junho, das 14 ás 18 horas
Editais estão disponíveis no site http://www.uff.br/politicasocial
Maiores informações: cpgess@vm.uff.br ou (21) 2629-2752

V JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS - Maranhão

Tema Central: Estado, Desenvolvimento e Crise do Capital.
Promoção: Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas/UFMA
Período: 23 a 26 de agosto de 2011
Local: Campus Universitário do Bacanga - Avenida. dos Portugueses, s/n. São Luís, Maranhão, Brasil.
Público: Programas de Pós-Graduação, Grupos de Pesquisa, professores, estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores, profissionais vinculados
ao campo das políticas públicas, além de representantes de lutas e movimentos sociais com interesse na temática da V JOINPP.
Coordenação Institucional: Profa. Dra. Maria Ozanira da Silva e Silva
Coordenação Geral: Profa. Dra. Salviana de Maria Pastor Santos Sousa
Comissão Organizadora: Benjamim Alvino de Mesquita, Cleonice Correia Araújo, Cristiana Costa Lima, Franci Gomes Cardoso, Ilse Gomes Silva, Joana Aparecida
Coutinho, José Menezes Gomes, José de Ribamar Sá Silva, Josefa Batista Lopes, Maria Eunice Ferreira Damasceno Pereira, Marly de Jesus Sá Dias, Maria Ozanira
da Silva e Silva, Raimunda Nonata do Nascimento Santana, Salviana de Maria Pastor Santos Sousa, Sérgio Figueiredo Ferretti, Silse Teixeira de Freitas Lemos e
Valéria Ferreira Santos de Almada Lima.
Coordenadoras: Maria Ozanira da Silva e Silva e Salviana de Maria Pastor Santos Sousa

Apresentação

A Jornada Internacional de Políticas Públicas (JOINPP), iniciada em 2003, integra o cronograma de eventos do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas (PPGPP) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) com o objetivo geral de estimular a produção de conhecimento, a formação de recursos humanos e possibilitar a troca de experiências entre instituições e pesquisadores, em âmbito nacional e internacional. Esse evento realiza-se de dois em dois anos na cidade de São Luís do Maranhão/Brasil.

Em 2011 realizar-se-á a V JOINPP, evento acadêmico-científico, que se sustenta em dois pressupostos fundamentais. O primeiro é o debate crítico sobre temas relevantes para o campo das políticas públicas e o intercâmbio de experiências e produções entre pesquisadores em nível nacional e internacional, um dos imperativos dos Programas de Pós-Graduação.

O segundo pressuposto se expressa no tema da VJOINPP: “Estado, Desenvolvimento e Crise do Capital”. Com este tema privilegia-se o debate sobre as relações e rebatimentos políticos da crise atual do capital na conformação do Estado contemporâneo e na qualidade do desenvolvimento em curso no Ocidente. Objetiva-se, nesse sentido, aprofundar as dimensões estruturantes da referida crise, refletindo sobre sua incidência nos âmbitos macroeconômico, geopolítico, social, cultural, espacial e ambiental.

As crises do capitalismo, a de 1929, a do pós-guerra, a dos anos 1980 e, mais recentemente, a que se configura partir de 2008, expõem as contradições da dinâmica da acumulação desse sistema. Em todas elas, o Estado interveio no sentido de buscar o equilíbrio da produção capitalista para a realização do capital. Entretanto, mesmo com a intervenção do Estado, as crises voltam a surgir indicando o quanto são constitutivas desse modo de produção.

Frente às diferentes manifestações da crise do capitalismo são elaboradas estratégias de hegemonia. No contexto do século XXI, mais especificamente, na crise financeira que afetou várias economias mundiais, a partir de 2008, o discurso e as estratégias de enfrentamento passam pela defesa da restauração da dinâmica do capital, consideram novas formas de intervenção estatal e vêm acompanhados de ampla movimentação das sociedades concretas. Destacam-se, nesse âmbito, iniciativas legitimadas e conduzidas por governos latinoamericanos, cuja bandeira é a do “crescimento econômico com desenvolvimento social”. Desenvolvimento que, segundo seus ideólogos, está fundado no equilíbrio entre crescimento econômico e desenvolvimento social, adjetivados de auto-sustentáveis econômica e ambientalmente.

Em meio a esse novo quadro, são retomados alguns debates que vêm orientando a JOINPP desde sua primeira versão e que, ao serem aprofundados, geraram questões ainda pertinentes e adequadas: como a crise do capital vem afetando a geopolítica mundial, a sobrevivência e a convivência entre os povos? Qual a qualidade do desenvolvimento em curso no Ocidente, sobretudo, suas expressões no contexto da periferia do sistema? Que alternativas estão sendo propostas e construídas para a superação da atual crise do capital? E quais são as perspectivas para as políticas públicas e para as lutas e movimentos sociais?

Desse modo, a JOINPP, nesta sua quinta edição, convida os (as) pesquisadores (as) e demais participantes para buscarem, através do debate e da reflexão, dimensionar a abrangência e a complexidade da atual crise do capitalismo apontando alternativas dirigidas para sua superação.
Link: http://www.joinpp.ufma.br/
http://www.joinpp.ufma.br/index.php?option=com_content&view=frontpage&Itemid=17&lang=br

14ª Jornada Nacional de Literatura - Leitura entre nós: redes, linguagens e mídias

Link: http://www.upf.br/jornada/2011/

A 14ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo completa três décadas de movimentação em torno do livro e da leitura nas mais variadas linguagens e mídias. A origem da Jornada, no ano de 1981, está intimamente ligada à história da leitura no Brasil num processo de redemocratização política e de valorização da cultura, como elemento fundamental à formação crítica e cidadã dos indivíduos e, de modo geral, da própria sociedade.

A evolução do trabalho de promoção da leitura nessas três décadas não implicou, contudo, a estagnação dos conceitos. Tendo por princípio que a leitura literária é, em essência, a mais complexa e transformadora das tantas formas de ler, e que provoca uma subversão da conformidade, uma pluralidade de sentidos e de interpretações e uma experiência de alteridade singular – a Jornada não recusou os progressos que envolveram o desenvolvimento e a criação das mais variadas mídias, quanto mais quando essas mídias, justapostas a outras manifestações artísticas, ganhavam uma elaboração estética renovada.

A Jornada, na defesa da leitura para todos, propôs em sua história refletir sobre a arte em todas as suas formas, das manifestas pela oralidade popular às engendradas pelas mídias eletrônicas, das estabelecidas nas comunidades orais às distribuídas na sociedade em rede. A leitura entre nós, os envolvidos na história da Jornada, os leitores, os escritores, os artistas, as crianças, é forma de viver e de transformar a vida.

Nós somos os nós dessa rede, no feliz jogo que a língua portuguesa permite entre “nós”, na grande comunidade que passou a ser o mundo medido pela voz, pela escrita, pela tecnologia digital provedora da rede, promotora da livre comunicação em tempo real. No terceiro milênio, as Jornadas de Passo Fundo se integram conscientemente a uma era na qual o saber, o trabalho, a leitura, a imaginação, tudo passa por experiências interpessoais e pela inteligência coletiva.

O conhecimento, na atualidade, se dá em rede, num universo no qual sujeitos e textualidades em diálogo se envolvem em quaisquer projetos significativos, em todo objeto com sentido. A sociedade em rede, nos seus infinitos “nós”, é, em seu cerne, produtora de saber e de arte, sem restrições e sem papéis definidos. Na leitura de um texto escreve-se a vida de quem lê.

22 a 26 de agosto de 2011 – Circo da Cultura – Campus I – UPF

Segunda-feira 22/08/2011
19h30min Sessão solene de abertura
Espetáculo de abertura
Entrega do 7º Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura –
R$ 150.000,00 ao autor do melhor romance publicado em língua portuguesa nos últimos dois anos.
Divulgação dos vencedores do 12º Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães.

Terça-feira 23/08/2011
14h Palco de debates – Literatura e arte na era dos bits
Giselle Beiguelman
Márcia Tiburi
Mauricio de Sousa
Prêmio SESC (2010)
Ziraldo

19h Show musical – Cid Campos - Poesia é risco no lago da palavra

20h Conferência – Pierry Lévi

Quarta-feira 24/08/2011
14h Palco de debates – Identidade, literatura e cultura na globalização
Gonçalo Tavares
Luiz Costa Lima
Maria Esther Maciel
Nilson Luiz May
Prêmio SESC (2010)
Tatiana Salem Levy

19h Show musical – Pouca Vogal

20h Conferência – Cid Campos

Quinta-feira 25/08/2011
14h Palco de debates – Diálogo, mídias e convergências
Edney Silvestre
Eliane Brum
Heloísa Buarque de Hollanda
João Alegria
Nick Montfort

19h Show musical – Performance - Elisa Lucinda

20h Conferência

Sexta-feira 26/08/2011
14h Palco de debates – Formação do leitor contemporâneo
Affonso Romano de Sant'Anna
Alberto Manguel
Beatriz Sarlo

19h Conferência - Leitura entre nós: 30 anos de Jornada
Tania Rösing

20h Sessão de encerramento

20h 30min Show musical

Coordenadores dos debates

Alcione Araújo

Ignácio de Loyola Brandão

Luciana Savaget

Blog
Blog da 14ª Jornada Nacional de Literatura
http://14jornadadeliteratura.blogspot.com

Blog da 6ª Jornadinha Nacional de Literatura
http://6jornadinha.blogspot.com

Universidade lança amanhã 50 livros digitais gratuitos

Já são 118 obras disponíveis, predominando os textos que abordam questões pedagógicas, mas abrangendo química, matemática, relações racias, literatura etc...

http://unesp.br/noticia.php?artigo=6888

Universidade lança amanhã 50 livros digitais gratuitos

Em 2010, 44 títulos foram publicados sob o selo Cultura Acadêmica

[25/04/2011]

Por meio da Editora Unesp e da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg), a Universidade lançará na quarta-feira (27/04) 50 livros virtuais gratuitos, já disponíveis aqui. Os títulos integram o selo Cultura Acadêmica e dão continuidade à Coleção Propg Digital, que oferece obras inéditas para download.

O lançamento será a partir das 9h na sede da Editora Unesp, em São Paulo, e terá mesa de abertura com a participação do vice-reitor no exercício da Reitoria, Julio Cezar Durigan; da pró-reitora de Pós-Graduação, Marilza Vieira Cunha Rudge; do diretor-presidente da Editora Unesp, José Castilho Marques Neto; e do seu editor executivo, Jézio Hernani Bomfim Gutierre. Após a mesa, o público terá acesso aos livros na "Degustação literária": 50 iPads estarão à disposição dos leitores na antessala do auditório, com a versão integral das obras lançadas.

Depois da "degustação" e ao longo do dia, os autores concederão entrevistas individuais para a Web TV, projeto da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC), Câmpus de Bauru. Cada entrevista terá 15 minutos e será dividida em dois blocos, o primeiro das 11h30 às 12h30, e o segundo, das 14h às 17 h. A Web TV também fará a transmissão ao vivo do lançamento pelo endereço www.unesp.br/tv .

A coleção teve sua primeira fase em 2010, quando foram lançadas 44 obras. Desde então, foram feitos mais de 50 mil downloads, em um total de cerca de 205 mil acessos. A meta do projeto é publicar mil títulos em dez anos, permitindo um amplo acesso à produção acadêmica da Unesp.

A Editora Unesp fica na Praça da Sé, 108, no Centro de São Paulo. O lançamento da Coleção Propg Digital será no 7º andar do auditório.

Obras e autores

Veja a seguir a relação dos 50 títulos, com seus respectivos autores, de acordo com a área de cada obra:

História

As tradições gaúchas e sua racionalização na modernidade tardia - Caroline Kraus Luvizotto

Palmas, a última capital projetada do século XX: Uma cidade em busca do tempo - Valeria Cristina Pereira da Silva

Monteiro Lobato nas páginas do jornal: Um estudo dos artigos publicados em O Estado de S. Paulo (1913-1923) - Thiago Alves Valente

Representações do senado romano na Ab Unbe Condita Libre de Tito Lívio: Livros 21-30 - Marco Antonio Collares

Sacrificium Laudis: A hermenêutica da continuidade de Bento XVI e o retorno do catolicismo tradicional (1969-2009) - Juliano Alves Dias

Letras/Linguística

O rio e a casa: Imagem do tempo na ficção de Mia Couto - Ana Cláudia da Silva

Rumores da escrita, vestígios do passado: Uma interpretação fonológica das vogais do português arcaico por meio da poesia medieval - Juliana Simões Fonte

Relações de complementação no português brasileiro: Uma perspectiva discursivo-funcional - Liliane Santana

A Literatura dos Outros e os Outros da Literatura - Maria Heloísa Martins Dias / Sônia Helena de Oliveira Raymundo Piteri

O léxico em foco: Múltiplos olhares - Lidia Almeida Barros / Aparecida Negri Isquerdo

Língua e sociedade nas páginas da imprensa negra paulista: Um olhar sobre as formas de tratamento - Sabrina Rodrigues Garcia Balsalore

Figurações contemporâneas do espaço na Literatura - Sérgio Vicente Motta / Susanna Busato

Leitura e escrita como espaços autobiográficos de formação - Maria Rosa Rodrigues Martins de Camargo

Geografias do drama humano: Leituras do espaço em São Bernardo, de Graciliano Ramos, e Pedro Páramo, de Juan Rulfo - Gracielle Marques

Educação

Necessidades formativas de professores de redes municipais: Contribuição para a formação de professores crítico-reflexivos - Cristiano Amaral Garboggini di Giorgi / Maria Raquel Miotto Morelatti / Mônica Fürkotter / Naiara Costa Gomes de Mendonça / Vanda Moreira Machado Lima / Yoshie Ussami Ferrari Leite

Política de Educação no campo: Para além da alfabetização (1952-1963) - Iraíde Marques de Freitas Barreiro

Pesquisa em educação escolar: Percursos e perspectivas - José Milton de Lima / Divino José da Silva / Paulo Cesar de Almeida Raboni

Educação infantil: Discurso, legislação e práticas institucionais - Lucimary Bernabé Pedrosa de Andrade

Jovens, violência e escola: Um desafio contemporâneo - Joyce Mary Adam de Paula e Silva / Leila Maria Ferreira Salles

Aprendizagem e comportamento humano - Tânia Gracy Martins do Valle / Ana Cláudia Bortolozzi Maia

Pesquisa em educação: Métodos e modos de fazer - Marilda da Silva e Vera Teresa Valdemarin

A vigilância punitiva: A postura dos educadores no processo de patologização e medicalização da infância - Fabiola Colombani Luengo

Formação de professores: Limites contemporâneos e alternativas necessárias - Lígia Márcia Martins / Newton Duarte

Psicologia

Saúde e desenvolvimento humano - Tânia Gracy Nartins do Valle e Lígia Ebner Melchiori

A depressão como "mal-estar" contemporâneo: Medicalização e (Ex)-Sistência do sujeito depressivo - Leandro Anselmo Todesqui Tavares

Natureza comportamental da mente: Behaviorismo radical e filosofia da mente - Diego Zílio

Comunicação

Televisão digital: Informação e conhecimento - Maria Cristina Gobbi / Maria Teresa Miceli Kerbauy

Gestão, mediação e uso da informação - Marta Valentim

Criação, proteção e uso legal da informação em ambientes da World Wide Web - Elizabeth Roxana Mass Araya / Silvana Aparecida Borsetti Gregório Vidotti

Música

Revisão crítica das canções para voz e piano de Heitor Villa-Lobos: Publicadas pela Editora Max Eschig - Nahim Marun

Abordagens do pós-moderno em Música: A incredulidade nas metanarrativas e o saber musical contemporâneo - João Paulo Costa do Nascimento

Geografia/Urbanismo

Brasília, metropolização e espaço vivido: Práticas espaciais e vida quotidiana na periferia goiana da metrópole - Igor Catalão

Paisagens de consumo: São Paulo, Lisboa, Dubai e Seul - Silvia Aparecida Guarnieri Ortigoza

História do pensamento geográfico e epistemologia em Geografia - Paulo R. Teixeira de Godoy

Teatro/Dramaturgia

Traços épico-brechtianos na dramaturgia portuguesa: O render dos heróis, de Cardoso Pires, e Felizmente há luar!, de Sttau Monteiro - Márcia Regina Rodrigues

Projeto Comédia Popular Brasileira da Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes (1993-2008): Trajetória do ver, ouvir e imaginar - Roberta Cristina Ninin

Política/Ciências Sociais

Mulheres em foco: Construções cinematográficas brasileiras da participação política feminina - Danielle Tega

Política e identidade cultural na América Latina - José Luis Bendicho Beired / Carlos Alberto Sampaio Barbosa

Cultura contemporânea, identidade e sociabilidades: Olhares sobre corpo, mídia e novas tecnologias - Ana Lúcia de Castro

Caleidoscópio Político: As representações do cenário internacional nas páginas do jornal O Estado de S. Paulo (1938-1945) - Alexandre Andrade da Costa

Profissão: Assistente Social - Edméia Côrrea Netto

Suicídio revolucionário: A luta armada e a herança da quiméria revolução em etapas - Claudinei Cássio Rezende

Economia

Inovações tecnológicas e a complexidade do sistema econômico - Carolina Marchiori Bezerra

O Estado como empregador de última instância: Uma abordagem a partir das finanças funcionais - Guilherme da Rocha Bezerra Costa

Arquitetura/Design

Revolução histórica da Ergonomia no mundo e seus pioneiros - José Carlos Plácido da Silva / Luis Carlos Paschoarelli

Design, empresa e sociedade - Paula da Cruz Landim

Filosofia

Consciência e matéria: O dualismo de Bérgson - Jonas Gonçalves Coelho

Ciências/Matemática

Ensino de Ciências e Matemática III: Contribuições da pesquisa acadêmica a partir de múltiplas perspectivas - Fernando Bastos

Ensino de Ciências e Matemática IV: Temas de investigação - Nelson Antonio Pirola

Artes

Mulheres recipientes: recortes poéticos do universo feminino nas artes visuais- Flávia Leme de Almeida

Assessoria de Comunicação e Imprensa

III Conferência Regional de Políticas para Mulheres

Oficio 006/2011/CREM

Nova Friburgo, 19 de abril de 2011

Exmo. Sr. Prefeito

Prefeito Municipal de Trajano de Moraes

Assunto: III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres

Excelentissímo Senhor Prefeito,

A Presidenta da República, através de Decreto de DECRETO DE 15 DE MARÇO DE 2011, convocou a III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres – CNPM, com o objetivo de discutir e elaborar propostas de políticas que contemplem a construção da igualdade de gênero, na perspectiva do fortalecimento da autonomia econômica, social, cultural e política das mulheres, e contribuam para a erradicação da pobreza extrema e para o exercício pleno da cidadania pelas mulheres brasileiras.

A III CNPM será realizada em Brasília entre os dias 12 a 14 de dezembro de 2011 as delegadas serão escolhidas entre as etapas municipais/regionais e estaduais. As conferências municipais/regionais, deverão ser convocadas pelo poder público local.

A Prefeitura de Nova Friburgo, através do Centro de Referência da Mulher, realizará a referida conferência em âmbito regional em parceria com os municípios da região Centro-Norte Fluminense: Bom Jardim, Cachoeiras de Macacu, Carmo, Cordeiro, Cantagalo, Duas Barras, Macuco, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, Sumidouro, Teresópolis e Trajano de Morais, Teresópolis. O objetivo de realizarmos uma conferência regional é fortalecer o processo de construção da igualdade entre homens e mulheres, como também fortalecermos a rede de atendimento à mulher nos municípios da referida Região.

Sendo assim, estamos iniciando o processo de realização em Nova Friburgo da Conferência Regional e CONVIDAMOS o Município, representantes do Poder Público e da Sociedade Civil Organizada em participar da primeira reunião da Comissão Organizadora Regional , no dia 02 de maio (segunda-feira), no Salão Azul da Prefeitura de Nova Friburgo, às 15:00 horas, para podermos discutir e articular o processo de organização e mobilização nos municípios.

É importante ressaltar que todos os municípios participantes terão representatividade na etapa estadual, onde levaremos propostas a partir do temário sugerido para a III CNPM.

Entendemos que é de suma importância a participação de todos os municípios da região Centro-Norte Fluminense na Conferência Regional para que possamos levar nossas propostas com união, força e determinação e conquistarmos avanços efetivos na construção de uma nação mais justa e igualitária.

Para maiores esclarecimentos e informações estamos a disposição no tel-fax: (22)2525-9226. e no email: cremnovafriburgo@gmail.com

Atenciosamente

Eliana Polo

Coordenadora

Centro de Referência da Mulher de Nova Friburgo

terça-feira, 26 de abril de 2011

Site Para Além do Racismo

Para Além do Racismo, o site da Iniciativa Comparativa de Relações Humanas (CHRI), uma colaboração singular entre pessoas e instituições no Brasil, na África do Sul e nos Estados Unidos com o objetivo de ensejar o intercâmbio de informações, idéias e estratégias para superar a discriminação e a desigualdade.

Este site oferece informação, recursos e links para quem quer aprender sobre por quê e como o racismo persiste. Os documentos do site identificam tendências nacionais e internacionais que afetam cada vez mais os esforços de ultrapassar o racismo e outros tipos de discriminação injusta nessas três nações e em todo o mundo.

Link: http://www.beyondracism.org/port_home.htm

CONVITE - Aula Inaugural do Curso de Extensão "Brasil e África em Sala de Aula" e organização do NEAB - IFRJ/CSG

Temos o prazer de convidar todos vocês para a Aula Inaugural do Curso de Extensão "Brasil e África em Sala de Aula", cuja quarta edição está sendo oferecida pelo IFRJ - Campus São Gonçalo. Será nesta próxima quarta-feira, dia 27 de abril, às 19h, no Auditório do campus.

Tema da Aula Inaugural: "Afroperspectivas e Educação"
Palestrante:
Dr. Renato Nogueira, Professor do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).


Além da abertura do curso, o evento será a primeira atividade do nosso recém-organizado NEAB - Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros do IFRJ - campus São Gonçalo, sob a coordenação da profa. Janaína Oliveira.

Contamos com a presença e a divulgação de todos vocês.

Ricardo Cesar Costa
Professor de Sociologia do IFRJ - CSG
Coordenador do Curso de Extensão "Brasil e África em Sala de Aula"/ 4a edição

27 de Abril Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas

27 de Abril

Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas

Data é comemorada no dia 27 de abril. No Brasil, a profissão é exercida por 7,2 milhões de pessoas

Trabalho doméstico: desigualdades de gênero e raça

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, em 2008, a categoria das trabalhadoras domésticas representava 15,8% do total da ocupação feminina, o que correspondia, em termos numéricos, a 7,2 milhões de pessoas. Entre as mulheres negras, 20,1% das ocupadas eram trabalhadoras domésticas. Dentre as mulheres brancas, amarelas e indígenas ocupadas, o trabalho doméstico correspondia a cerca de 12% do total da sua ocupação.

Embora agregue um número significativo de mulheres, o trabalho doméstico é marcado por condições precárias. Somente 26,8% da categoria têm carteira assinada. Entre aquelas que não têm carteira assinada, as mulheres negras eram a maioria (59,2%). Os baixos rendimentos também são uma característica desta ocupação: entre as trabalhadoras com carteira assinada, o rendimento médio mensal era de R$ 523,50, ao passo que entre aquelas sem carteira, esta média caia para R$ 303,00. As trabalhadoras negras, particularmente, recebiam, em média, apenas R$ 280,00.


Direitos a serem conquistados

O trabalho doméstico é uma atividade laboral essencial não apenas para o funcionamento dos lares (domicílios), como também para a sociedade e para as economias. Atualmente, a demanda pelo trabalho doméstico remunerado tem crescido em todas as partes do mundo. As características peculiares do trabalho doméstico e sua complexidade colocam grandes desafios do ponto de vista da ação pública e da organização de atores sociais para a superação das discriminações de gênero e raça e para a promoção de direitos.

Apesar do reconhecimento oficial como ocupação e dos direitos assegurados em lei, o trabalho doméstico é um trabalho desvalorizado e invisibilizado, pouco regulamentado e cujas características se afastam da noção de trabalho decente. É marcado pela informalidade, pouco cobertura da proteção social e baixa remuneração. As trabalhadoras domésticas sofrem com o desrespeito sistemático de seus direitos humanos e dos direitos fundamentais no trabalho. É uma ocupação na qual as discriminações de gênero e raça se entrelaçam e se fortalecem mutuamente. A desvalorização do trabalho dos cuidados, tradicionalmente realizado pelas mulheres, e a associação com atividades realizadas em regime de servidão e escravidão estão na base do não reconhecimento do trabalho doméstico como uma profissão como todas as outras.

Janete
Castanhal-Pará-Brasil

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A Escola e a Violência

Escalado para Coachella e Rock In Rio, Emicida leva rap subversivo a festival na Lapa e, em entrevista, fala de infância pobre, bullying e batalhas de MCs

Publicada em 22/03/2011 às 10h11m - William Helal Filho

O rapper Emicida. Foto de Marcos Alves O rapper Emicida. Foto de Marcos Alves

Um rapper paulistano num festival de rock independente? Um mano de sotaque carregado em meio a guitarras na Lapa? É, mas não se trata de um cara qualquer. Leandro Roque de Oliveira, o Emicida, de 25 anos, é um dos maiores rappers brasileiros. E não apenas se apresenta no Grito Rock, quinta-feira, no Circo Voador, como está escalado para o Rock In Rio, em setembro, e para o Festival Coachella, um dos maiores eventos da música pop no mundo, em abril, na Califórnia.

Nesta entrevista, o mestre das rimas de improviso, famoso por esculachar rivais nas batalhas entre rappers (Emicida é mistura de "MC" com "homicida"), faz pouco caso das críticas que recebe via Twitter, fala sobre a parceria com a banda NX Zero e conta que foi vítima de bullying na escola, por ser negro e, na época, muito pobre.

- A professora ria quando me zoavam. Aquilo me enchia de ódio. Acho que a agressividade do meu jeito de cantar veio do bullying - diz o músico, que transformou em bordão o verso "A rua é nóis", do hit "Triunfo". - Ninguém faz rap sem ódio.

O GLOBO: Você cresceu numa favela da Zona Norte de São Paulo. Como foi o primeiro contato fora da comunidade?

EMICIDA: Eu tinha 6 anos quando meu pai morreu, e minha mãe virou faxineira. Saí da favela pela primeira vez nessa época, quando ela me levava para as casas nos bairros de rico. A primeira vez que vi um lápis de cor foi na casa de um arquiteto. E tive contato com livros também. Apartamento de rico é cheio de livros (risos).

E como você via os contrastes entre os bairros nobres e a sua comunidade?

EMICIDA: Eu brincava com as crianças ricas e voltava a para minha realidade. Morava numa casa de um cômodo com mais quatro pessoas. Aquilo me frustrava, mas transformei a frustração em vontade de crescer. Nessa época, o que me deixou mais revoltado foi a escola.

Por quê?

EMICIDA: Criança é um problema, cara. Os colegas me sacaneavam porque eu não tinha nem tênis, era sempre o mais pobre da sala. Pegavam no meu pé até porque meu pai tinha morrido. Durante um tempo, estudei num bairro de gente rica, perto da casa de uma patroa da minha mãe. Era o único negro da sala, e até a professora ria quando me zoavam. Aquilo me enchia de ódio, e virei um garoto violento, queria sair no braço com todo mundo. Num outro colégio, a barra era pesada. A polícia entrava na sala com cão farejador para revistar os alunos. Não tinha como estudar. Cheguei a sair da escola por meses e até pedi esmola na rua.

Isso tudo influenciou de algum jeito a sua música?

EMICIDA: Acho que a agressividade do meu jeito de cantar veio desse bullying contra mim. Aprendi que, se eu não me impuser, ninguém escuta. Quando você cresce com raiva, vira suicida ou terrorista. Sou um terrorista, mas da música. Ninguém faz rap sem ódio.

Quando a música entrou mesmo na sua vida?

EMICIDA: Eu andava com a galera do break e do grafite. Acordava às 7h para grafitar. Tinha 16 anos e era meio "vida loka". Mas o rap fazia parte desse universo, e comecei a frequentar as batalhas de MCs. Era só brincadeira de sacanear o outro. E eu me dava bem porque sempre tive facilidade para fazer rima.

Aí se vingava das vezes em que você foi sacaneado?

EMICIDA: Não sei, mas eu não perdoava ninguém. Nas batalhas, eu consegui me impor. Já fiz um cara chorar e até fui ameaçado de morte depois de esculachar demais um MC. Eu plantava um clima tenso. Perco o amigo mas não perco a rima. Não alivio nem cego. Em cima do palco, é tiroteio. Se você não sacar, o outro saca.

Mas agora você ficou famoso. Deu entrevista no "Altas horas", no "Programa do Jô", suas músicas tocam no rádio, vai cantar no Rock In Rio...

EMICIDA: Eu estourei, cara... (risos). Mas não largo as origens. Abracei a causa de dizer coisas relevantes. Eu canto sobre os esquecidos. Tem uma pá de gente invisível na rua. Eu vim dessa galera, estou aqui por causa deles. Meu exército é invisível.

No meio do rap nacional, dizem que entrar para o mainstream é traição. Você já foi chamado de traidor?

EMICIDA: Já. Principalmente pelo Twitter, porque a internet dá coragem para as pessoas. Mas esse povo aí não tem namorada e critica porque não tem o que fazer. Essa coisa de rapper não aparecer na TV surgiu com os Racionais MCs e funcionou bem para eles. Não preciso imitar.

Semana passada, o nome da música "Rua Augusta" foi parar nos trending topics do Twitter, quando o clipe estreou na MTV. Você se liga nessas coisas?

EMICIDA: Internet é ferramenta de trabalho, mas não dou tanta credibilidade para web. O trampo de verdade é na rua. Artista que só tem nome na internet e não representa na rua não vai a lugar nenhum.

As bases do seu som misturam vários ritmos. E você vai tocar no Grito do Rock. Já ouviu críticas de puristas do rap?

EMICIDA: Já fui a muitos festivais de rock pelo país. Coquetel Molotov, Calango, Jambolada... Quero derrubar essas barreiras ignorantes. Minha música tem influências de Lupicinio Rodrigues, jazz, samba, Nação Zumbi, Caetano Veloso... Para mim, tudo isso está conectado.

Gravar a música com o NX Zero ("Só rezo") foi ideia sua?

EMICIDA: Não. Foi um convite do produtor, o Rick Bonadio. Mas eu adoro NX Zero. Foi ótimo trabalhar com eles, e depois até apareceram umas adolescentes me seguindo no Twitter (risos). Já tinha quase gravado com a Cine também. Os caras dessa banda estão sempre nos shows de rap de São Paulo.

Você gosta de funk?

EMICIDA: Me amarro em Claudinho & Buchecha, Cidinho & Doca... Mas a vertente que mais faz sucesso, que só fala de sacanagem e crime, presta um desserviço. Ninguém quer ouvir o sistema dizer que funkeiro é bandido, mas aí vem vagabundo e canta que é isso mesmo. Esses caras podem ferrar uma geração inteira, cantando que ganhar salário é vergonha e enaltecendo promiscuidade. Outro dia fui à casa da minha mãe e vi minha prima de 14 anos com um filho. É uma bagunça.

Você tem uma filha de dois meses. Com tantos projetos e trabalhos, como você arruma tempo para a família?

EMICIDA: Outro dia tuitei que minha vida profissional anda assim como a minha vida pessoal desaba. Até porque eu me expresso muito melhor cantando do que conversando. Acho que a minha infância fez de mim um cara frio, principalmente num relacionamento. Espero que a minha filha me ajude a mudar isso, a ser um cara mais sensível. Tomara.

Extraído: http://oglobo.globo.com/megazine/mat/2011/03/21/escalado-para-coachella-rock-in-rio-emicida-leva-rap-subversivo-festival-na-lapa-em-entrevista-fala-de-infancia-pobre-bullying-batalhas-de-mcs-924054500.asp

Oportunidades desiguais - Animação

Unequal Opportunity Race- Link: http://www.youtube.com/watch?v=eBb5TgOXgNY&feature=player_embedded

Revista DIKAMBA - Lançamento.

Confiram em primeira mão a revista DIKAMBA, do CELACC (Centro de Estudos Latino-Americanos de Cultura e Comunicação), além de uma rica matéria sobre o Centro Cultural Orùnmilá de Ribeirão Preto, tem também outros temas da maior importância.
É só entrar no link abaixo e fazer o download :
http://www.megaupload.com/?d=O3NRKQAL

Edições Toró e CMSP convidam para curso de Artes Plásticas e Gráficas Africanas e Negro-Brasileiras

Edições Toró e Coordenadoria de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Cultura de SP - SMC convidam para o curso “TEIAS DA EXPRESSÃO, CHAMAS DA REFLEXÃO: Artes Plásticas e Gráficas Africanas e Negro-Brasileiras”

Cinco encontros aos sábados, de 07/05 a 04/06/2011, sempre das 14 hs às 17hs30 na Biblioteca Municipal Paulo Duarte (Centro Cultural Jabaquara): Rua Arsênio Tavolieri, 45.

Inscrições e cartaz de chamada no sítio www.edicoestoro.net ou na Biblioteca Paulo Duarte até 03/05/2011.

Eis a programação do sexto curso organizado pela Edições Toró, com aulas teóricas, expositivas, oficinas, projeção de vídeos, fotografias e músicas, leituras dramáticas e mapas:


07/05: "Panos que Falam: Tecidos africanos, histórias e impressões coletivas”, com Luciane Ramos (Pesquisadora e Educadora da 'Casa das Áfricas', Professora da Facamp, Dançarina e Antropóloga)

14/05: "Corte, Encaixe e Colagem: Experimentações na arte afrobrasileira", com Marcelo D´Salete (Artista Plástico, Quadrinista, Ilustrador e Professor de Artes da Escola de Aplicação da USP)

21/05: "Conceitualismos e Afrodescendência: Questões da identidade nas linguagens plásticas", com Renata Felinto (Artista Plástica, Mestre em Artes pela Instituo de Artes da UNESP, Educadora do Instituto Sidarta)

28/05: "Tipograffite: Dos adinkras aos muros e páginas", com Mateus Subverso ( BBoy e Grafiteiro da Posse Suatitude, Engenheiro da Edições Toró, Atuante dos universos do Design Gráfico, Digital e Musical)

04/06: "Caminhos da Arte Contemporânea: Linhas expressivas do Benin", com Glaucea Helena (Artista Plástica, Educadora do Museu Afro Brasil e Professora de Artes da ETEC Parque da Juventude)


"TEIAS DA EXPRESSÃO, CHAMAS DA REFLEXÃO: Artes Plásticas e Gráficas Africanas e Negro-Brasileiras"

Pra desfrutar, questionar e escambear percepções da estética e da mocambagem de matriz afro, com suas intenções e eletricidades, carinhos e contextos.

Pra compreender alguns porquês das rodas de fortaleza e beber algumas outras surpresas.

Pra desenvolver pedagogingas com quem pesquisa, sua e pratica. Com quem vive a questão e traz fundamentos, reflexão e vontade de esparramar.

Pra, mesmo com novas dúvidas e suas coceiras, ganhar sustança. Não arriar nas humilhações e nos farelos de cada dia.

Pra não reproduzir facinho uns quebra-cabeças cheios de quebranto, tão brilhantes na vitrine, tão sorridentes no out-door e tão fuleiros na cartilha. Serão quebrantos perpétuos estes nas entrelinhas da (des)Educação?

Gratuito e na quebrada, sem dever pra qualidade de outros cursos nesse mesmo naipe, que cobram diamantes pra quem quiser chegar nas turmas que quando giram, geram quase sempre pelos bairros nobres (?) de São Paulo. (E pedregoso é ouvir que nós que inventamos as barreiras, quando o que queremos é esfarelá-las).

Gracias

PEDAGOGINGA - mais reflexão e menos marketing, mais fogueira e menos fogos de artifício

Allan da Rosa e Mateus Subverso/ Edições Toró

Articulação Pedagógica: Allan da Rosa
Concepção de Cartaz e Apostilas: Mateus Subverso
Realização: Edições Toró e Coordenadoria de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Cultura de SP - SMC
Sábados de 07/05 a 04/06, sempre das 14hs às 17hs30 - Gratuito para 35 participantes com distribuição de certificados e apostilas ao final do curso

Na Biblioteca Paulo Duarte (Centro Cultural do Jabaquara): Rua Arsênio Tavolieri, 45 - Fone: 5011-7445

Inscrições no sítio www.edicoestoro.net ou na Biblioteca Paulo Duarte até 03/05/2011.

II Colóquio Internacional de Culturas Africanas

Griots 2011: II Colóquio Internacional de Culturas Africanas

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN e o Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem do Departamento de Letras realizarão no período de 25 a 27 de maio de 2011, na cidade de Natal-RN, o II Colóquio Internacional de Culturas Africanas – Griots, dando assim continuidade à iniciativa que em 2009 organizou o I Colóquio de Culturas Africanas: Linguagem, Memória e Imaginário.

Esse evento oportuniza diálogos importantes entre professores, pesquisadores, discentes e escritores interessados em discutir questões envolvendo África, A segunda edição do Colóquio “Griots” traz novos desafios não apenas envolvendo questões voltadas à literatura africana, mas visa ampliar debates sobre a importância das mídias em torno da luta contra todo tipo de violência, preconceito e racismo.

O racismo evidencia as consequências da opressão exercida por uma cultura dominante, que atinge as comunidades afro-descendentes, atinge a cultura, mas também a política e o ser psíquico. Nesse sentido, o Griots 2011 analisa a violência excedente em um mundo que subverte e altera tanto as coletividades quanto os sujeitos em seu devir pessoal.

Ao abrigar um evento dessa natureza, estamos falando sobre a desigualdade e a redução do sujeito em objeto, da substituição do ser pelo ter, estamos falando sobre o apagamento de línguas marginalizadas, estamos falando sobre as conseqüências da modernidade em um mundo desprovido de seu maior luxo: as relações humanas.

Se é pela cultura que se dá a criação das fagulhas do imaginário racista, é pelo discurso que ele se estabelece no meio de nós. Nos sistemas capitalistas, entre o explorado e o poder, interpõe-se uma multidão de discursos sobre a moral humana. Quadros e giz a postos nos muros das escolas públicas e particulares. Muro convite. Muitas vezes discriminação e preconceito também começam dentro da sala de aula: silêncio. Cale-se. Eu sou a voz, você apenas o ouvido, você é o meu não; eu sou o seu sim. E ponto final na lição. Na hora da prova: d’escola a cola que não descola.

Em meio a tudo isso, quem faz uso da escopeta, das balas perdidas, dos meninos “aviõezinhos”? Onde se esconde a violência que se estatela dos guetos aos semáforos? Por quais luxos batem em rostos plugados no mundo virtual? Por quais terras invadem a noite dos travestis naufragando a igualdade? Nos espaços para abreviar grafites, novos poemas se picham: “No mundo, não há vencedor, não há perdedor, há vidas vazias, vidas intensas de poesia”.

Como devemos abrir a porta da poesia para novos canais humanos? Acaso o trinco da porta largou o poema no último verso da escadaria do morro onde não há poesia mais linda do que o silêncio? Nosso modelo de civilização é um fabulário, em meio ao tecnicismo, demarcando a “vaziez” de indivíduos que conhecem de cor e salteado o mundo da tela de um blog, no entanto são desconhecedores do abismo da alma humana. Não conseguimos mais nos conhecer, só conseguimos reconhecer nossa imagem irrefletida num solilóquio sonhador. O narcísico, que não deixa de olhar o lago. A imagem da imagem reflete várias imagens em um só espelho. Como diz Mia Couto [2008]: “Cura-me de sonhar, doutor”.

Conhecemos uma sobrecarga de informações, contudo não conhecemos o que há de nós em nós mesmos. A fome faz conhecer a Terra; a sede o mar. O grande desafio desse século é o de todos os séculos: “Conhece-te a ti mesmo”? Atualmente vivemos os reflexos da caverna de Platão, adoecemos das sombras de imagens que jamais tocaremos a valer. Adoecemos de conhecimento, adoecemos por não sabermos viver mais o desconhecido. Adoecemos da falta de encantamento. Adoecemos da escassez de alumbramentos, do que nunca saberemos revelar. Adoecemos da falta de doação humanitária. Adoecemos dos ideais humanizadores. E por não nos sabermos conhecedores de nossa alma, violentamo-nos uns aos outros como se fôssemos bichos primatas, bestializados.

Hannah Arendt [2009], no livro Sobre a violência, diz que temos um excedente de violência na atualidade porque temos um excesso de burocracia no mundo. Vivemos amarrados a um sistema burocrático que nos aprisiona a todos de uma falsa liberdade. Tudo existe em nome da burocracia. Segundo Arendt, não sabemos mais nos dias de hoje como destronar esse tirano.

Nessa perspectiva, o evento Griots analisa a linguagem que nos intoxica pelo discurso da violência, do preconceito, do racismo, pois como salienta Inocência Mata: “os discursos oficiais são sonhos ritualizados, expressões, estereótipos criminosos com que se pretendiam esconder a realidade e erguer respeitáveis fachadas [das figuras públicas] e terríveis máquinas de guerra, que num espaço de um só dia se desmoronou”. Em verdade, somos sujeitos de nossa história, quando somos atores de nossa história política. “Oh, meu corpo, faça sempre em mim um homem que interroga.” [Frantz Fanon]. E quando eu não interrogar, vigiai-me para não esquecer o furo da canoazinha na maré das sereias-respostas.

Link: http://www.ufrn.br/ufrn2/coloquioafricano/

Griots 2011 - ATENÇÃO: Inscrições com apresentação até 30.04.2011

CURSO DE NEGÓCIOS CULTURAIS SUSTENTÁVEIS - Instituto Feira Preta

CURSO DE NEGÓCIOS CULTURAIS SUSTENTÁVEIS



O Instituto Feira Preta em parceria com a Agência de Cooperação Internacional AECID, Embaixada da Espanha e Centro Cultural da Espanha em São Paulo, promovem no mês de maio o Programa de formação coordenado pelo consultor Leonardo Brant, especialista em desenvolvimento de negócios para o setor cultural. Dividido em módulos, o curso aborda diferentes dimensões de um empreendimento, da estratégia ao financiamento, passando por gestão e comunicação. Além de exposição teórica, adaptando os grandes conceitos empresariais à realidade cultural, o consultor aplica sua experiência de 15 anos à frente da Brant Associados, atendendo grandes empresas patrocinadoras, instituições culturais e empresas culturais, com dinâmicas e metodologias avançadas de construção colaborativa de c onhecimento.



Programação:



· AULA 1 - ESTRATÉGIA: conceito, sentido e plano estratégico (10 de maio)



· AULA 2 - COMUNICAÇÃO: posicionamento, articulação e redes (17 de maio)



· AULA 3 - GESTÃO: ferramentas de gestão aplicadas à cultura (24 de maio)



· AULA 4 - FINANCIAMENTO: fontes e captação de recursos (31 de maio)



Sobre Leonardo Brant



Pesquisador independente de políticas culturais, autor dos livros O Poder da Cultura, Diversidade Cultural, Políticas Culturais, vol.1 e Mercado Cultural. É editor do site Cultura e Mercado, o mais influente do setor cultural no Brasil. É também diretor do documentário Ctrl-V | VideoControl, vídeo-pesquisa sobre as relações de poder da indústria audiovisual hegemônica, seus efeitos sobre as culturas locais e o fenômeno da convergência.

SERVIÇO:

DATAS: 10/17/24/31 DE MAIO

HORÁRIO: DAS 19H ÀS 21H

LOCAL: CASA DA PRETA: RUA INÁCIO PEREIRA DA ROCHA, 293 - VILA MADALENA

CURSO: GRATUÍTO

* Apenas serão disponibilizadas 15 vagas para a capacitação

INSCRIÇÕES
As inscrições poderão ser realizadas até o dia 30 de abril. Os interessados deverão enviar um email para adriana@feirapreta.com.br, anexando seu cur rículo e a ficha de inscrição.

REALIZAÇÃO: INSTITUTO FEIRA PRETA I BRANT ASSOCIADOS

PARCERIA: AECID I EMBAIXADA DA ESPANHA I CENTRO CULTURAL DA ESPANHA EM SÃO PAULO

INSTITUTO FEIRA PRETA |ADRIANA BARBOSA |CASA DA PRETA: Rua Inácio Pereira da Rocha, 293 - Vila Madalena
| +55 11 3031-2374 - 2537-6286 | 7734-4175 - 8336-1012
www.feirapreta.com.br
SKYPE: FEIRAPRETA1

I Colóquio Internacional sobre Texto e Discurso - Faculdade de Ciências e Letras da UNESP

I CITeD - I COLÓQUIO INTERNACIONAL DE TEXTO E DISCURSO
16 a 20 de maio de 2011
APRESENTAÇÃO
A realização do I CITeD se justifica pela premência de se pensar as causas das dificuldades encontradas por alunos do ensino fundamental, médio e superior em processar com eficiência as diferentes leituras a que são expostos no dia-a-dia escolar e social. Se o cidadão não consegue compreender o que está contido em um determinado texto e/ou discurso, bem como não consegue perceber os fatores internos e externos à linguagem que permitiram sua construção, demonstrará também dificuldades em estabelecer relações entre o conteúdo daquele com o de outros tantos textos que fazem parte do seu cotidiano, e que lhe chegam por meio de variados gêneros e veículos, a exemplo de: literatura, música, cinema, jornal, revista, TV, legislações, enfim, as artes, as mídias e as leis, em geral, fundamentais para o equilíbrio social de toda e qualquer nação.
Por meio de variadas abordagens teórico-metodológicas voltadas para o processamento dos diferentes textos e/ou discursos com os quais nos deparamos e dos quais dependemos para melhor conduzir nossa vida em sociedade, a Linguística se fará presente nas reflexões que permearão os trabalhos desenvolvidos durante a semana de 16 a 20 de maio de 2011, no interior do I CITeD, conforme programação do evento.

COMPOSIÇÃO DO EVENTO
1) Curso de Extensão Universitária “INTRODUÇÃO À ANÁLISE DO DISCURSO”, ministrado pelo Prof. Dominique Maingueneau (EM PORTUGUÊS), no período da tarde dos dias 16 a 20 de maio de 2011, no total de 16 horas/aula;
2) Duas Mesas Redondas, no período da noite dos dias 18 e 19 de maio de 2011, com a presença dos seguintes professores convidados: Dominique Maingueneau; Beth Brait; Helena Nagamini Brandão; Patrick Dahlet; Manoel Luiz Gonçalves Correa e Diana Luz Pessoa de Barros;
3) Simpósios que contemplarão sete linhas de pesquisa sobre estudos do texto e/ou discurso, nas manhãs dos dias 17, 18 e 19 de maio de 2011;
4) Lançamento de livros na noite de 17 de maio de 2011.

OBJETIVOS
1) o fortalecimento das reflexões dos participantes, sendo professores, alunos e/ou pesquisadores, no que concerne às diferentes linhas de estudo e pesquisa sobre texto e discurso;
2) a complementação dos conhecimentos adquiridos por meio de disciplinas que compõem o currículo de graduação em Letras, bem como o rol de disciplinas oferecidas pelo Programa de Pós-Graduação em Letras, da Faculdade de Ciências e Letras de Assis;
3) o intercâmbio de ideias, uma vez que se oferecerá uma diversidade de caminhos teórico-metodológicos durante toda a programação do evento;
4) o fortalecimento do Programa de Internacionalização da UNESP, em geral, e do Campus de Assis, em particular.

LOCAL DE REALIZAÇÃO
Faculdade de Ciências e Letras - UNESP/Assis
Avenida Dom Antonio, 2100
19806-900 Assis - SP
Fone:(18) 3302-5800

Link:http://www.fundepe.com/novo/cited/index.php

III Colóquio Mulheres em Letras / I Encontro Nacional Mulheres em Letras - UFMG

O Grupo de Pesquisa Letras de Minas e o Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Alteridade – NEIA – comunicam a realização do III Colóquio Mulheres em Letras/I Encontro Nacional Mulheres em Letras, que acontecerá na FALE, em Belo Horizonte, nos dias 5, 6 e 7 de maio de 2011, com o tema “Escritoras de ontem e de hoje”. Dentre os objetivos do evento, pretende-se promover a reunião de especialistas nos estudos de gênero e revisitar a produção poética e ficcional de autoria feminina.

Na ocasião, serão homenageadas as escritoras Dinah Silveira de Queiroz, Elisa Lispector e Elizabeth Bishop, pelo centenário de seus nascimentos, e Teresa Margarida da Silva Orta, pelo tricentenário de nascimento. Como ocorreu nas versões anteriores do Colóquio, foram convidadas escritoras para apresentarem seus depoimentos sobre o fazer literário. Já confirmaram presença: Lya Luft, Carola Saavedra, Cristiane Sobral, Ruth Silviano Brandão, Leda Maria Martins, Lúcia Castello Branco e Vera Casa Nova.

Link:http://www.wix.com/mulheresemletras/coloquio

quinta-feira, 21 de abril de 2011

[Forum_Sankofa_2010] Fwd: Enc: Ó Quão Dessemelhante

Cidade Mais Negra do Brasil. "Ó Quão Dessemelhante..."!
Enviado por Alarcon, qui, 10/03/2011 - 20:41
Autor:
Guilherme de Alarcon Pereira
Minha cidade, orgulhosamente a maior cidade negra do mundo fora do continente africano, paradoxalmente transformou-se na maior vergonha do Brasil como a cidade mais racista do país.

Sinto morto o velho "orgulho de ser baiano". Pois sendo "galego" (apesar de nenhuma ascendência da Galícia) não sei ser nem me sentir outra coisa senão baiano brasileiro. Não posso olhar meu mar sem enxergar Angola na outra margem e dentro de mim. Da minha ascendência européia pouco cuido e menos sinto. O que sinto é o que sou e o que sou vem da mistura de minha gente, com o perdão da imodéstia, mistura única no mundo.

Ou encaramos a verdade de frente, ou vamos continuar alimentando a hipocrisia que alimenta a chaga aberta no coração da Bahia que o Brasil não conhece e a própria Bahia finge que não vê. Numa Bahia cada vez mais dividida onde até o Recôncavo, berço de tudo o que somos, foi exilado de Salvador.

A maioria das grandes avenidas de Salvador - as que não se chamam Magalhães - têm nomes de grandes engenheiros, médicos, juristas todos negros ou mulatos baianos das décadas de 10 a 70.

Hoje não é possível contar nos dedos de uma única mão o número de negros tão destacados ou reverenciados assim, em áreas fora da música e, mesmo na música, os protagonistas sempre são reduzidos a coadjuvantes.

Numa conversa inesquecível enquanto passeava com o amado Profº Cid Teixeira, aos 90 anos à época, maior historiador da Bahia, ele me abriu os olhos: "filho, a mecânica mercantilizada sem controle do carnaval empurrou o negro para o tambor e ele foi e, hoje, só lhe resta o tambor, nem mesmo o carnaval lhe permite protagonismo algum...". Sábias palavras de quem conhece a fundo a história do ontem, do hoje, do amanhã e do sempre da minha terra.

Será que ninguém se espanta no país inteiro com o fato de que na própria música ligada ao carnaval, anímicamente nascida e nutrida pelo nosso ventre negro, todas as musas (e musos) - sem nenhum demérito ao talento das nossas grandes artistas "morenas e galegas" - todas as musas são brancas, todas as musas da cidade 70% negra?

O sagrado Candomblé da Bahia, a fé mais bonita que conheço, e o elemento essencial de resistência, afirmação, independência e consistência cultural não só da raça negra mas de toda a raça baiana, brasileira, que é nossa humanidade, o Candomblé da Bahia vem sendo estuprado e maculado todos os dias.

A Bahia já foi diferente e destruída no seu mais belo por alguns, dentre outros, fatores essenciais:

I) A desqualificação da escola pública que criou contingentes escolares bem definidos entre escolas "européias" e "africanas";

II) A mercantilização perversa do carnaval que já iniciou sua transformação em mercado (um mercado importante mas totalmente equivocado na modelagem das suas bases econômicas e normatização por parte do Poder Público) como apartheid com as velhas fichas de cadastro com foto dos grandes blocos que priorizavam as fotos "mais claras" e precisou ser derrubada a tapa pela lei e o esforço do vereador Javier Alfaya, mas cujos "princípios" recrudescem na "paulistização" maníaca dos grandes blocos (por favor, os paulistas estão usados aqui didaticamente representando os turistas do carnaval, mas não têm culpa nenhuma nessa história!), sem falar na marginalização e "expulsão" dos blocos afro do circuito do dinheiro e da vergonha no confisco do espaço público segregado por cordas, mais uma vez paradoxalmente, carregadas pelos próprios explorados apartados;

III) Pelo preconceito religioso que já existia mas ganhou um impulso hecatômbico, virulento, odioso e brutal, no início principalmente, da maré evangélica;

IV) Pela imbecilidade generalizada que se recusa a rediscutir o carnaval e os outros temas, sendo o carnaval o mais factível de ser resolvido sem maiores prejuízos e satisfatoriamente no curto prazo potencializando, como sinalizador, outras evoluções pela gigantesca força simbólica e prática que o Carnaval tem por estas plagas para além do próprio Carnaval e do período momesco;

V) Pela seletividade (esse já um mal nacional) conveniente no cumprimento das leis, leis como a Afonso Arinos. E a urgência da necessidade de passar e fazer cumprir as formas legais mais rígidas possíveis tanto contra ação e não menos contra o discurso "fóbico" de qualquer fobia seja homofobia, racismo, de gênero ou outra qualquer.

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Triste Bahia

Triste Bahia! Ó quão dessemelhante / Estás e estou do nosso antigo estado! /// Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, / Rica te vi eu já, tu a mi abundante. /// A ti trocou-te a máquina mercante, / Que em tua larga barra tem entrado, / A mim foi-me trocando, e tem trocado, / Tanto negócio e tanto negociante. ///Deste em dar tanto açúcar excelente / Pelas drogas inúteis, que abelhuda / Simples aceitas do sagaz Brichote. / Oh se quisera Deus que de repente / Um dia amanheceras tão sisuda / Que fora de algodão o teu capote! - Gregório de Mattos e Guerra (Bahia, Século XVII)

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É nossa obrigação imperativa reverter esse quadro. Para que, como na voz vigorosa de Magá (minha rainha Margareth Menezes), possamos trocar o desabafo pela celebração da raça, raça humana, raça brasileira.

E para além de tão somente celebrarmos "a alegria da cidade".

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ALEGRIA DA CIDADE ♫ Lazzo Matumbi

A minha pele de ébano é... ♫ A minha alma nua ♪♪ Espalhando a luz do sol ♫ Espelhando a luz da lua ♪♪♪♪ Tem a plumagem da noite ♫ E a liberdade da rua ♪♪ Minha pele é linguagem ♫ E a leitura é toda sua ♪♪ Será que você não viu ♫ Não entendeu o meu toque ♪♪ No coração da América ♫ eu sou o jazz, sou o rock ♪♪♪♪ Eu sou parte de você, ♫mesmo que você me negue ♪♪ Na beleza do afoxé, ♫ ou no balanço no reggae ♪♪ Eu sou o sol da Jamaica ♫ Sou a cor da Bahia ♪♪ Soul, sou você ♫ e você não sabia ♪♪♪♪ Liberdade Curuzu, ♫ Harlem, ♫ Palmares, ♫ Soweto ♪♪ Nosso céu ♫ é todo blue ♫ e o mundo ♫ é um grande gueto ♪♪♪♪ Apesar de tanto não ♫ Tanta dor que nos invade, ♪♪somos nós ♫ a alegria da cidade ♪♪♪♪ Apesar de tanto não ♫ Tanta marginalidade, ♪♪ S o m o s N ó s a A l e g r i a d a C i d a d e

Mas enquanto as algemas não se fizerem brilhar, nosso brilho como povo continuará esmaecendo.

Hoje é quinta-feira e, portanto, dia de ser a favor das cotas raciais. Na sexta estarei contra. No fim-de-semana tentarei espairecer um pouco e não pensar nisso. Na segunda lutarei a favor. Na terça discursarei contra e assim por diante.

Foi meu grande amigo Jorge X quem me colocou nessa situação pendular única na minha vida em que não consigo consolidar uma opinião sobre um tema e que nem Martin Luther King Jr em pessoa conseguiria apaziguar meu pobre espírito em convulsões.

Ele assina, desde que o conheci até hoje, Jorge X. Em homenagem ao brilhante e guerreiro Malcolm. Dá para imaginar como ele é pouco veemente na defesa de suas idéias.

O conheci quando ele começou a trabalhar na nossa empresa, semianalfabeto, como mensageiro. Aprendi muito mais com ele, e continuo aprendendo, do que com a imensa maioria dos doutores que conheço. Hoje, inclusive, menos de oitos anos depois, ele é um deles. Ou, melhor, minto, não é um deles, é apenas Doutor.

Apesar de não poder ter a honra de me incluir entre eles, sempre tive uma profunda propensão por admirar a rebeldia e as grandes gentes que se dispõem a enfrentar nosso pequeno mundo. Desde que rebeldia não seja sinônimo de burrice. E normalmente não é.

Normalmente é tão somente sinônimo de radicalismo etimológico.

Digo etimológico porque da raiz da palavra, neste caso, exatamente, especificamente de “raiz”.

Gente que não se conforma mais em ver tanta gente tão somente preocupada em podar árvores, capinar jardins, aplainar cascas.

Gente que sabe e insiste que é preciso cuidar das raízes.

Que é preciso cavar e cavucar fundo a terra para entender, conhecer, ver com os próprios olhos o que está acontecendo e curar ramificações afluentes e coifas, adubar onde preciso, revolver o anima humus e de lá do buraco escuro do fundo do mundo iluminar o fluxo de energias que vai fazer a beleza dos cimos visíveis da vida aparente florescer de verdade, em verdade dar frutos, verdadeiramente florir no melhor possível da energia vital plena de cada coisa, de cada todo, de todos e de cada um.

E Jorge X era um radical bruto. Jorge X, hoje, é um radical lapidado.

Valendo lembrar que todo diamante verdadeiro em nada deixa de ser diamante, em nada se dilapida quando se lapida.

Ao contrário, se torna brilhante. E mais vívido. Capaz de refletir mais. E refletir outras e mais luzes. Luminoso. E belo. Consistente. E valioso. Duradouro. E cortante.

Certa feita, logo no início da discussão sobre cotas, Jorge X me disse algo que eu nunca mais vou esquecer e que tento reproduzir aproximadamente a seguir:

“Gui. Por mais que você seja um baiano negão galego assumido, você não sente na pele a coisa mais feia que existe que é ser chibatado pelo canto de um olho. Não é mais dolorido mas é pior que a agressão frontal porque mantém o problema sorrateiro, disfarçado, sem solução. Talvez a coisa que eu mais queira das cotas, mais ainda do que as próprias cotas, é ver as pessoas terem que mostrar seu olhar. Você é contra as cotas e diz frontalmente e aguerridamente o por que. A gente vai seguir se estapeando vida afora. Mas vai ser briga de gente grande, à moda antiga, daquelas em que quando um cai no chão, em vez do chute que inaugura o linchamento, o outro grita: 'levanta pra apanhar mais, pra apanhar feito ôme!' Mas, finalmente, eu vou poder conhecer os porta-vozes da desfaçatez, que vão ter que defender publicamente sua hipocrisia ou, na pior das hipóteses, que não é tão pior assim, sairão derrotados e terão que nos dar as cotas... e não mais as costas...”

A idéia central que as pessoas precisam começar a entender é que ninguém está pedindo favor nem pedindo para ser aceito.

Isso é, deve ser, a norma natural.

O resto é que anormalidade, aberração, a não aceitação do outro seja como for, homossexual, heterossexual, assexuado, negro, branco, roxo com bolinhas verdes, pessoas com uma perna menor que a outra, mais fina que outra, um cromossomo diferente (me recuso a usar a palavra deficiente por que isso todos somos de algum jeito), com mau hálito, verruga, tique nervoso etc.

Não é favor.

Favor fazemos todos em tolerar com nossa santa paciência esses discursos.

Acho que o texto de Sarte (mais forte ainda quando narrado por Abujamra) diz muito:

"O que vocês esperavam que acontecesse quando tiraram a mordaça que tapava essas bocas negras? Esperavam que elas lhes lançassem louvores? E essas cabeças que seus avós e seus pais haviam dobrado à força até o chão? O que esperavam? Que se reerguessem com adoração nos olhos? Ei-los em pé. Homens que nos olham. Ei-los em pé. Faço votos para que vocês sintam como eu a comoção de ser visto. Hoje, esses homens pretos nos miram e nosso olhar reentra em nossos olhos. Tochas negras iluminam o mundo e nossas cabeças brancas não passam de pequenas luminárias balançadas pelo vento." - JEAN-PAUL SARTRE (1905-1980)

E para mim basta isso.

Uma humanidade inteira de pé.

E menos que isso não serve.

Historicamente o povo misturado brasileiro foi convencido para si mesmo de ser sub-raça, inferior, segunda classe. Um padrão de raciocínio diabólico que contamina a todos. Cito aqui, enquanto espancamos Monteiro Lobato, um exemplo do poder dessa subautomistificação nas palavras de um brasileiro Gigante e um Gigante do abolicionismo, da diplomacia e da política, que ainda assim não livrou-se incólume da contaminação e chegou a desejar “aprimorar por vias 'caucasianas'” sua própria raça superior e, sem saber, mostrou desdém por outra raça ainda. Ele não é em nada menor por isso. Mas que sirva de exemplo do poder da praga que ainda hoje nos viola:
“...atraída pela franqueza de nossas instituições e pela liberdade de nosso regime, a imigração européia traga, sem cessar, para os trópicos uma corrente de sangue caucásico vivaz, enérgico e sadio, que possamos absorver sem perigo, em vez dessa onda chinesa, com que a grande propriedade aspira a viciar e corromper ainda mais a nossa raça” - JOAQUIM NABUCO (O Abolicionismo. 5. ed., Petrópolis, Vozes, 1988, p. 170).

Durante mais de meio século de subserviência a este raciocínio, foi em parte o futebol e o carnaval que ajudaram a segurar um mínimo de autoestima nacional até que esta pudesse ser nutrida e, finalmente emergir (SOMENTE AGORA, E OLHE LÁ) e pudesse emergir para um patamar de autoestima mais elaborado e consistente que ainda estamos começando a experimentar.

Do site:http://www.advivo.com.br/blog/alarcon/cidade-mais-negra-do-brasil-o-quao-dessemelhante

Cuidados com a pele negra

Mulheres com a pele negra são privilegiadas, porém, existem alguns mitos, muita gente pensa que a pele negra não sofre com as ações dos raios solares, mas isso não é verdade, apesar da pele negra possuir uma maior quantidade de melanina, que é um protetor solar natural, ela também sofre os efeitos da exposição aos raios solares, em menor escala, mas sofre.

A pele negra também tem um grande nível de colágeno, o que garante mais elasticidade a pele, diminuindo o aparecimento de celulite. Apesar de parecer que não, a pele negra necessita de cuidados diários assim como a pele branca.

Mulheres que têm a pele negra devem fazer diariamente, uma limpeza profunda, pela manhã, utilizando um sabonete adequado ao seu tipo de pele. O uso de cremes adstringentes é recomendado mas é preciso ter cuidado com ele, pois ele possui alto nível de pigmentação e pode deixar a pele manchada. Protetor solar é necessário para evitar a oleosidade da pele, recomenda-se os protetores em gel. Repita o procedimento de limpeza antes de dormir, mas desta vez passando um hidratante que contenha em sua fórmula hidroxiados e vitamina C.

Para manter a pele bonita e hidratada faça o uso de uma loção hidratante no corpo todo, os cremes recomendados são os de amêndoa ou macadamia, aplique no corpo todo, não se esquecendo das áreas mais secas, como os cotovelos, joelhos e os pés.

A pele negra é sem dúvida muito privilegiada mas não é por isso que vamos relaxar né? O ideal é ter esses cuidados básicos para sempre ter uma pele linda.

Thaís Velloso

Fonte: http://www.muitochique.com/

Programa de Pós-Graduação em Relações Etnicorraciais NEAB-CEFET/RJ

Coordenadores: Prof. Dr. Roberto Carlos da Silva Borges

Prof. Dr. Carlos Henrique dos Santos Martins

APRESENTAÇÃO

A Educação pautada nas Relações Etnicorraciais tem por proposta a divulgação, o aprofundamento e a produção de conhecimentos que ampliem a formação de cidadãos no que diz respeito à problematização da realidade social baseada na pluralidade etnicorracial, possibilitndo-lhes a capacidade de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade e alteridade, propondo-se a trabalhar com questões ligadas aos afro-descendentes, nos seus mais amplos aspectos.

O programa, então, tem como desafio a mudança de cognição social sobre abordagens discursivas e institucionais que serviram de base para o silenciamento e a naturalização de práticas preconceituosas e discriminatórias construídas histórica e socialmente.

OBJETIVOS DO PROGRAMA

1.Promover estudos e pesquisas que acompanhem e registrem a formação histórica da consciência política, da construção de identidades culturais e do estabelecimento e afirmação da garantia dos direitos civis dos variados elementos afro-descendentes que pluralizam a nação brasileira;
2.Incentivar a criação de ambientes de reflexão e debates sobre os programas de ações afirmativas - políticas públicas e movimentos sociais - e sua implantação, especialmente no ambiente acadêmico/escolar;
3.Oferecer ao discente formação multidisciplinar atualizada e articulada com o conhecimento produzido pelas linhas e projetos de pesquisa;
4.Promover a formação qualificada do discente como pesquisador, através da efetiva integração do mesmo nas atividades investigativas, desenvolvidas pelas propostas do programa;
5.Capacitar o discente para o exercício do pensamento teórico-reflexivo a respeito das questões etnicorraciais, habilitando-o ao debate e à intervenção em quaisquer níveis das áreas da Cultura, Política e Educação.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: RELAÇÕES ETNICORRACIAIS

A Área de Concentração única abarca três linhas de pesquisa, singulares e convergentes, sob a perspectiva multidisciplinar, e configura-se a partir da efetividade dos projetos de pesquisa em curso. As três linhas que compõem a Área de Concentração visam à exploração não só de construções identitárias etnicorraciais, mas também de tensões e reconfigurações advindas do que se produz/produziu a partir do ser negro, seja ele ator, autor ou personagem do que se constrói. Pretende, assim, abranger questões concernentes ao conhecimento, sua aquisição e sua reprodução em políticas públicas e práticas formativas referentes às relações etnicorraciais no Brasil.

LINHAS DE PESQUISA

MÍDIA E REPERTÓRIOS CULTURAIS NA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES ETNICORRACIAIS

A linha reúne reflexões sobre estética, cultura, política e as relações de poder que se constituem através dos meios e mediações sociais. Pretende explorar, no espaço de construção simbólica em que se constituem as mídias, as construções identitárias etnicorraciais e as práticas cotidianas dessas relações, os embates advindos dela, as consequentes ações políticas ou a ausência das mesmas.

CAMPO ARTÍSTICO E CONSTRUÇÃO DE ETNICIDADES

Esta linha reúne investigações de representações de África e da diáspora africana no Brasil e pretende se aprofundar no pensamento acadêmico-investigativo sobre afro-brasileiros e relações etnicorraciais, com foco nas populações afro-brasileiras e ainda nas relações/influências culturais, sociais, históricas e políticas entre África e Brasil. Com essa proposta, esta linha abrange questões essenciais para a compreensão dos sujeitos que se organizam em múltiplos grupos que configuram a nossa sociedade, como o são a Linguagem e a Cultura, em suas mais variadas manifestações no plano simbólico, especialmente no campo artístico.

PENSAMENTO E POLÍTICAS PÚBLICAS: DIMENSÕES INSTITUCIONAIS DAS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS

Tendo como base epistemológica o saber constituído na área das Ciências Humanas, esta linha tem como fim investigativo questões concernentes ao conhecimento, sua aquisição e sua reprodução em Políticas Públicas e práticas formativas referentes às relações etnicorraciais no Brasil. A partir dos conhecimentos produzidos em diversas áreas de conhecimento, pretende-se uma formulação multidisciplinar acerca da Cidadania, Modernidade, Ciência, Política, Estado, Colonialismo, Pós-Colonialidade, Gênero, Classe e Educação, no que dizem respeito às relações etnicorraciais no Brasil.

Caracterização do PPRER

Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros - NEAB-CEFET/RJ: neab@cefet-rj.br This e-mail address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it

Tatiane Souza
Congadeira e Pedagoga
Coletivo de Vivências e Estudos Africanos - MALICK
APC - Associação Protetora do Congado
Conselho Afro-Brasileiro de S. J. Rio Preto
NEAB - linha de pesquisa: Educação e Relações Étnicorraciais
Mestranda - Programa de Pós-Graduação em Educação - UFSCar

Evento I Semana Paulo Freire- UERJ

I Semana Paulo Freire CAPF / UERJ
A “I Semana Paulo Freire: Educação em Perspectiva, idealizada pelo Centro Acadêmico Paulo Freire – CAPF-UERJ, pretende inaugurar uma experiência estudantil na Pedagogia, de organização de eventos que pensem a educação e o papel do educador (estudante/professor) a partir do compromisso político social de transformação da realidade injusta em que vivemos e construir na Faculdade de Educação um ambiente de formação superior associado ao engajamento e a participação coletiva do graduando nos espaços do público, nos movimentos sociais e populares.

O evento, a ser realizado no período de 02 a 06 de maio, contará com oficinas, filmes e mesas de dabate. O mesmo tem a presença confirmada do Professor José Pacheco, da Escola da Ponte.

As inscrições serão realizadas através do e-mail: capfsemanapaulofreire@yahoo.com.br
VALE LEMBRAR: O EVENTO É TOTALMENTE GRATUITO!!
O evento emitirá certificado, a partir de 50% de participação das MESAS.
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: karen de fátima maciel
Data: 20 de abril de 2011 11:13


Repassando para quem tiver interesse, acho que é muito interessante.
Segue a programação das mesas.
Inscrições´pelo site: http://semanapaulofreire.blog.com/programacao

__,_.,___

PROGRAMAÇÃO- MESAS
DIA 2/5
Abertura

LOCAL:Capela Ecumênica

HORÁRIO: 9 h

MESA: Darcy Ribeiro e Paulo Freire: A Educação como ação Transformadora
Prof.ª Tania Maria de Castro Carvalho Netto (Paulo Freire)
Prof. Aurelio(Darcy Ribeiro)
Prof.ª Leila Menezes(CIEP)
Mediador: Marcelo Rollo - CAPF

MESA:A Defesa da Educação Pública em tempos de políticas neoliberais
LOCAL:Auditório 71
HORÁRIO:19H
Prof. Gaudêncio Frigotto(A doutrina neoliberal na educação)
Profª. Cleier Marconsin (Neoliberalismo na UERJ)
Mediador: Pedro Araujo- CAPF

DIA 3/5
MESA: Analfabetismo: Instrumento de Dominação
LOCAL:Auditório 71
HORÁRIO: 9 h
Prof.Luis Mergulhão (alfabetização em Cuba)
Profª. Socorro Calhau ( EJA-UERJ)
Mediadora: Solluamar Mota (CAPF)

MESA: Educação Popular
LOCAL: Auditório 71
HORÁRIO:19H
“Tia” Angélica – Escola Leonardo Boff (Petrópolis)
Mediador: Vinicius Pereira -CAPF

DIA 4/5
MESA: ARTE, CULTURA E EDUCAÇÃO –
LOCAL:Auditório 71
HORÁRIO: 9 h
Prof. Gustavo Coelho ( Educação Estética -Faculdade de Educação-UERJ)
Prof. Aldo Victorio (Instituto de Artes – UERJ)
Profª. Lia Faria (Animadores Culturais- Faculdade de Educação -UERJ)
Mediadora: Jaspe Mattos – CAPF

MESA: ESPAÇO ESCOLAR E AUTONOMIA
LOCAL:Auditório 71
HORÁRIO:19H
Prof. José Pacheco – ESCOLA DA PONTE
Prof. Rogério Cunha de Castro – EDUCAÇÃO ANARQUISTA
Mediadora:Bárbara Gonçalves-CAPF

DIA 5/5
MESA:Movimento Estudantil e a Luta pela Educação
LOCAL:Auditório 71
HORÁRIO: 9 h
Mariana do Reis Santos
Mediador:Alan Medeiros (CAPF)

MESA: Drogas, Tráfico, Crime, Pobreza e Educação
LOCAL:Auditório 71
HORÁRIO:19H
Prof.ªMaria Clara de A Barbosa
MC Leonardo

Mediador :Eduardo Andrade (CAPF)

DIA 6/5
MESA:Ideologia, Mídia e Educação
LOCAL:Auditório 71
HORÁRIO: 9 h
Prof.ªRita Ribes
Mediadora:Andréa Neves

1º Simpósio de Políticas Públicas de Educação

Agência FAPESP – O Grupo de Pesquisa “Financiamento da Educação Básica”, vinculado ao Departamento de Educação (DEd) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), organiza, entre os dias 25 e 27 de maio, o 1º Simpósio de Políticas Públicas de Educação e o IV Seminário de Financiamento da Educação.

O evento é voltado aos educadores e demais profissionais da educação com o objetivo de proporcionar a discussão de diversos temas relativos à área, com participação de todos os interessados em estudos sobre o impacto das políticas públicas nos diferentes setores da educação pública.

Serão realizadas mesas-redondas com os temas "Financiamento da Educação"; "Qualidade em Educação"; "Gestão de Resultados"; "Políticas de formação de professores"; "Educação e Direito"; "Políticas de Educação a Distância"; "A identidade da escola atual: aspectos políticos e pedagógicos contemporâneos"; e "Educação Superior e Políticas Públicas".

Além dos docentes e pesquisadores da UFSCar, o evento terá a participação de professores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Universidade Católica de Santos (UCS), além de representantes da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope).

Os interessados em participar do evento podem se inscrever até 20 de maio em www.ufscar.br/simppolufscar

Mais informações: www.ufscar.br/simppolufscar ou (16) 3351-8365.

CONCURSO HISTORIA DA AFRICA - UFBA - SALVADOR - BAHIA

O Departamento de História da Universidade Federal da Bahia (Salvador) - ira realizar em breve (edital por sair) CONCURSO PUBLICO para HISTORIA DA AFRICA (Prof. Adjunto, nivel doutor).

O concurso estará ABERTO às pessoas portadoras de graduação e doutorado nas seguintes áreas academicas:

HISTORIA, ANTROPOLOGIA, CIENCIAS SOCIAIS/SOCIOLOGIA, GEOGRAFIA e ESTUDOS AFRICANOS

Os pontos sobre os quais serão realizados as provas serao os seguintes:

1. História e historiografias da África: fontes, métodos e interpretações;
2. A idéia de África: teorias e imaginário;
3. Sociedades e Estados na África;
4. Religiões africanas, islamismo e cristianismo;
5. Escravidão e tráfico de escravos na/da África;
6. Povos e territórios culturais na África;
7. Colonialismos: teorias e práticas;
8. Os nacionalismos africanos;
9. Independências e lutas de libertação;
10. A África hoje: problemas e perspectivas.


As provas serão:


ESCRITA (eliminatoria/calssificatoria) com peso tres (3)
DIDATICA (calssificatoria) com peso tres (3)
TITULOS (classificatoria) com peso dois (2)
Defesa de MEMORIAL (classificatoria) com peso (2)

Maiores detalhes poderao ser vistos no edital passado de concurso da
UFBA (06/210) pois as regras a serem seguidas serao as mesmas. Os
prazos de inscrição, etc serão outros.

http://www.concursos.ufba.br/docentes/2010/editais/edital_06_2010.pdf

Especial atençao aos itens 6 a 10.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------
"Não somos multirracialistas, somos não racialistas. Estamos lutando por
uma sociedade em que as pessoas parem de pensar em termos de cor...
Não é uma questão de raça, é uma questão de idéias.
Nelson Mandela, Conversas que tive comigo. p. 125.

--------------------------------------------------------
Prof. Dr. Valdemir Zamparoni
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação em Estudos
Étnicos e Africanos
Universidade Federal da Bahia
Salvador - Bahia - Brasil
skype: vzampa

Desigualdade racial se agrava no Brasil, diz relatório da UFRJ | AFRICAS.com.br

http://africas.com.br/site/index.php/archives/11267

Desigualdade racial se agrava no Brasil, diz relatório da UFRJ


Por outro lado, trabalho constata que pretos e pardos foram os mais beneficiados pelo estabelecimento do SUS

Wilson Tosta / RIO – O Estado de S.Paulo


O Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2009-2010, lançado ontem na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aponta a persistência e o agravamento da desigualdade entre pretos e pardos, de um lado, e brancos. O trabalho, produzido pelo Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser) da UFRJ, mostra, por exemplo, que em 2008 quase metade das crianças afrodescendentes de 6 a 10 anos estava fora da série adequada, contra 40,4% das brancas. Na faixa de 11 a 14 anos, o porcentual de pretos e pardos atrasados subia para 62,3%.

Os resultados contrastam com avanços nos últimos 20 anos. A média de anos de estudo de afrodescendentes foi de 3,6 anos para 6,5 entre 1988 e 2008, e a taxa de crianças pretas e pardas na escola chegou a 97,7%. Mesmo assim, o avanço entre pretos e pardos foi menor. Na saúde, subiu a proporção de afrodescendentes mortas por causa da gravidez ou consequências. “Não quer dizer que as coisas estejam às mil maravilhas para os brancos, mas os pretos e pardos são os mais atingidos”, diz um dos coordenadores, o economista Marcelo Paixão.

Com 292 páginas, o trabalho é focado nas consequências da Constituição de 1988 e seus desdobramentos para os afrodescendentes. Para produzir o texto, os pesquisadores do Laeser recorreram a bases de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos Ministérios da Saúde e da Educação e do Sistema Único de Saúde (SUS), entre outros. Foram abordados temas como Previdência, acesso ao sistema de saúde, assistência social e ensino.

O estudo constata que o estabelecimento do SUS beneficiou mais pretos e pardos (66,9% da sua população atendida em 2008) do que brancos (47,7%), mas a taxa de não cobertura (proporção dos que não conseguem atendimento) dos afrodescendentes foi de 27%, para 14% dos brancos. “A Constituição de 1988 não foi negativa para os afrodescendentes, mas, do ponto de vista de seu ideário, ainda é algo a ser realizado”, diz Paixão, reconhecendo que há brancos prejudicados, em menor proporção.

Em 2008

40,9%
das mulheres pretas e pardas nunca haviam feito mamografia, contra 22,9% das brancas

18,1%
das mulheres pretas e pardas nunca haviam feito papanicolau (13,2% entre as brancas)

Fonte: Estadao.com.br

E-book Para Entender as Mídias Sociais

Com satisfação encaminho material de divulgação do e-book sobre mídias sociais que integra o projeto Para Entender a Internet, e será lançado na próxima semana. O material conta com artigos de 36 autores, dentre os quais muitos pesquisadores que integram a Compós, e estará disponível para download gratuito. Tive a honra de fazer parte deste projeto, que é totalmente colaborativo e sem fins lucrativos, e conta com profissionais e pesquisadores de diversas instituições brasileiras.

Ebook “Para Entender as Mídias Sociais” será lançado dia 25 de abril

Obra reúne 36 autores e terá download gratuito

Nos últimos dois meses, pesquisadores e profissionais de mídias sociais de diversas áreas reuniram-se, de modo voluntário, para a produção do ebook “Para Entender as Mídias Sociais”. O lançamento acontece no dia 25 de abril, segunda, às 17h, com a divulgação do link para download gratuito da obra nos sites:

http://paraentenderasmidiassociais.tumblr.com
http://paraentenderasmidiassociais.blogspot.com
Com o objetivo de estimular o debate em torno deste universo em plena ascensão, o livro é composto por artigos curtos, cada um deles abordando temas que atravessam as redes de relacionamento como Política, Educação, Celebridades, Jornalismo, Mobilidade, Relevância, Mercado de Agencias e tantos outros.

A publicação está dividida em 5 núcleos: Bases, sobre plataformas, linguagens, tecnologias e ambientes por onde as redes acontecem; Mercado, enfatizando assuntos ligados à comunicação e empresas; Redação, com foco ao uso das mídias sociais pelo jornalismo e seus desdobramentos; Persona, dedicado à cultura pop e seus sub-produtos e, por fim, Social, tocando em temas fundamentais para a sociedade que estão presentes de modo significativo nas redes de relacionamento

O PROJETO

A iniciativa do projeto é da jornalista e mestre em comunicação Ana Brambilla, que assina a organização da obra. A publicação terá licença Creative Commons, sendo permitida a cópia e livre distribuição do ebook, desde que para fins não comerciais e com citação da fonte.

A capa do livro é criação do designer Rogério Fratin que, assim como os autores e a organizadora, fez todo o trabalho sem qualquer remuneração.

O modelo, conhecido como “flashbook”, é original do livro eletrônico “Para Entender a Internet”, promovido pelo pesquisador de mídias digitais Juliano Spyer, durante a Campus Party de 2009.

É o próprio Juliano Spyer quem assina o prefácio do livro, que conta, ainda, com apresentações de Edney Souza, sócio-fundador da agência Pólvora e da pesquisadora Raquel Recuero, autora do livro “Redes Sociais”.

PRÓXIMOS PASSOS

Mais do que um ebook, “Para Entender a Internet” deve se tornar um projeto em constante progresso. Em compatibilidade ao modelo aberto das redes sociais, a iniciativa também deve dar espaço para outros profissionais e pesquisadores que tenham as mídias sociais como foco. Para isso, basta submeter uma proposta de artigo em um dos blogs acima citados. Os temas e textos serão avaliados com vistas à publicação de um segundo volume.





TEMAS E AUTORES – Mídias Sociais e...



NÚCLEO BASES

… Mídias Sociais Conectadas e Social Machines / Walter Lima

... Orkut ou Facebook? / Rafael Sbarai

... A “Morte” dos Blogs / Alexandre Inagaki

… Design / Rogerio Fratin

... Mobilidade / Carril Fernando

… Games / Rafael Kenski

... Social Media Day / Caroline Andreis


NÚCLEO MERCADO

... Mercado de Agências / Gil Giardelli

... Segmentação / Guilherme Valadares

... Marcas / Eric Messa

... Viralização / Ian Black

... Buzz / Thiane Loureiro

… Métricas e Avaliação de Resultados / Ricardo Almeida

… Universo Corporativo / Carolina Terra

… Mercado Editorial / Nanni Rios


NÚCLEO REDAÇÃO

… Narrativas Digitais / Pollyana Ferrari
... Jornalismo / Ana Brambilla
… Coberturas Participativas / Luciana Carvalho
… Relevância / Rodrigo Martins
… Relacionamento com o Leitor / Nívia Carvalho
... Tempo-Real no Jornalismo / Barbara Nickel

... TV / Filipe Speck

NÚCLEO PERSONA

... Celebridades / Ivan Guevara

… Moda / Gisele Ramos

… Esportes / Willian Araújo

... Música / Katia Abreu

… Fakes / Jorge Rocha

... Narcisismo / Susan Liesenberg

NÚCLEO SOCIAL
... Política / Marcelo Soares

... Administrações Públicas / Ivone Rocha
... Questões Jurídicas / Rony Vainzof

... Mobilização Social / Fernando Barreto

... Educação / Bianca Santana e Carolina Rossini
... Movimento Hacker Rafael Gomes

... Classes Populares / João Carlos Caribe



Contatos:

anabrambilla@gmail.com
@anabrambilla

http://www.facebook.com/anabrambilla
51 9190 4598

Luciana Carvalho
Jornalista diplomada - Reg. Prof. DRT-RS 8676
Mestre e especialista em Comunicação Midiática (UFSM)
http://midiaemrede.blogspot.com

Raça entre classe e espaço: questões sobre a experiência das cotas raciais

O Laboratório de Investigações em Desigualdades Sociais - LIDES, juntamente com o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - PPGCS, o Programa A Cor da Bahia e o Centro de Estudos Afro-Orientais - CEAO, convidam a todos para a palestra ‘Raça entre classe e espaço’, a ser proferida pelo antropólogo André Cicalo, no dia 29 de abril, às 9:00, na sala de aula do LIDES, localizada no campus de São Lázaro.

Raça entre classe e espaço:

questões sobre a experiência das cotas raciais

na Universidade do Estado do Rio de Janeiro

A pesquisa do antropólogo André Cicalo tem por intenção debater, do ponto de vista etnográfico, como "raça” emerge entre discursos de "classe” e "espaço” na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Por determinação de lei específica, tal universidade introduziu cotas raciais com o intuito de favorecer o ingresso de estudantes auto-declarados "negros”. Nesse contexto, uma pergunta que se continuou a fazer é se o racismo pode ser enfrentado através de medidas que parecem reforçar, na coletividade, a noção de diferenças raciais. Na apresentação aqui proposta, Cicalo argumenta que a diversidade social produzida pelas cotas na UERJ acaba refletindo, mais ou menos fielmente, as tensões sociais e raciais do espaço urbano, ao mesmo tempo em que mostra caminhos interessantes para negociar os contrastes aí presentes.
André Cicalo atualmente realiza seu pós-doutorado no Instituto de Estudos Latinoamericanos da Freie Universität de Berlim. Possui doutorado em Antropologia Social pela Universidade de Manchester, Inglaterra, onde realizou uma pesquisa sobre ações afirmativas e desigualdades raciais no Brasil, particularmente no Rio de Janeiro, com uma etnografia focada na implementação do sistema de cotas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

CEAO - Centro de Estudos Afro-Orientais

Pç. Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho - CEP 40025-010. Salvador - Bahia - Brasil
Tel (0xx71) 3322-6742 / Fax (0xx71) 3322-8070 - E-mail: ceao@ufba.br - Site: www.ceao.ufba.br

Ultimos dias para o XIV Fábrica de Ideias_ Salvador Brasil

Estão abertas inscrições para XIV Curso Internacional Fábrica de Ideias

XIV FÁBRICA DE IDEIAS

1 a 05 de agosto 2011


CURSO INTERNACIONAL AVANÇADO EM ESTUDOS ÉTNICOS E RACIAIS


TEMA: IDENTIDADES E DESIGUALDADES EM PORTUGAL E NOS PAÍSES DE COLONIZAÇÃO PORTUGUESA: PERSPECTIVAS COMPARATIVAS.

EDITAL 2011


Considerando a realização do 11º Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais (XI CONLAB) durante o período compreendido entre 7-11 de agosto de 2011, em Salvador, Bahia/Brasil, o Curso Internacional Fábrica de Ideias será realizado excepcionalmente nesta XIV edição, no decurso de uma semana, entre os dias 1º a 5 de agosto. Em sintonia com o CONLAB, o curso terá como tema: Identidades e Desigualdades em Portugal e nos países de colonização portuguesa: perspectivas comparativas.

A colonização portuguesa, embora motivada pela exploração e pelo lucro, tem sido vista e tem visto a si mesma como uma experiência específica, diferente e singular, quase sempre considerada melhor e mais amena, principalmente quando são enfocadas as questões relativas às relações e hierarquias raciais. É necessário refletir sobre essas interpretações e representações comparativas e reavaliar o estado da arte. Para isso, é fundamental tomar em consideração que, hoje, operamos em contextos crescentemente caracterizados pela interseção entre globalização e transito das idéias, nos quais ícones globais e sentidos locais entram em diálogo mais acirrado, provocando tensões e permitindo emergir novos discursos contra hegemônico sobre a experiência colonial.

O Curso, em caráter intensivo, consistirá de 8 horas de aulas diárias durante cinco dias. Cada sessão tratará de um tema numa perspectiva interdisciplinar, composta pelas abordagens histórica, sociológica, antropológica, lingüística, filosófica e literária. Buscar-se-á enfocar três temas centrais: a relação entre cultura e desigualdade; memória e patrimônio; e as questões das desigualdades e identidades étnico-raciais. Como é tradicional neste Curso, as aulas serão ministradas por professores com ampla experiência de pesquisa no tema abordado. Para a edição XIV serão selecionados até 30 alunos, por meio de uma seleção internacional. Os candidatos deverão estar cursando ou concluído o mestrado e/ou doutorado.

Os participantes receberão o material didático não disponibilizado em nossa página, devendo, em contrapartida, arcar com as despesas relacionadas com as passagens, hospedagens e alimentação.

Disponibilizaremos na home page do Fábrica de Ideias indicações de hotéis, pousadas e restaurantes, que oferecerão desconto para os participantes do curso.

A permanência dos alunos no curso estará condicionada a avaliação que levará em conta freqüência e participação. Será conferido certificado àqueles que apresentarem desempenho satisfatório.

REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO:

Os candidatos deverão ter formação pós-graduada ou equivalente. Uma comissão fará a seleção com base na documentação apresentada e suas decisões serão definitivas.

Os interessados em participar deverão preencher o formulário on line disponível no site http://www.fabricadeideias.ufba.br, no período compreendido entre 01 de março a 20 de abril de 2011. O formulário poderá ser preenchido em português, espanhol ou na versão em inglês.

No preenchimento deste formulário, deve-se prestar atenção para anexar os documentos descritos:

Uma carta (no máximo duas laudas) que exponha os motivos do interesse pelo curso e descreva em que medida este contribuirá para a formação do candidato e o desenvolvimento da pesquisa;

Curriculum Vitae resumido (no máximo 5 laudas), no formato Lattes para os brasileiros;

Uma síntese do projeto de pesquisa com, no máximo, 5 laudas (espaço simples, fonte Times New Roman 12), incluída a bibliografia utilizada ;

Cópia de um artigo, ou um capítulo da dissertação ou da tese de doutorado.

O resultado da seleção será divulgado até 15 de maio de 2011

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XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais
http://www.xiconlab.eventos.dype.com.br/

quarta-feira, 13 de abril de 2011

VI Seminário Internacional - As redes educativas e as tecnologias:práticas/teorias sociais na contemporaneidade

VI Seminário Internacional - As redes educativas e as tecnologias:práticas/teorias sociais na contemporaneidade

Período: 6 a 9/6/2011

Horário: das 15:00h às 18:30h

Inscrições: Comunicações: Até 25 de abril de 2011.
Ouvintes: Até 6 de junho de 2011.

Local: UERJ

Organização: Proped/UERJ, Faculdade de Educação/UERJ, ANPEd, CIVIIC/Université de Rouen, GTs: Currículo, Educação e Comunicação, Afro-descendentes e Educação

Apoio: CNPq/FAPERJ/CAPES/ANPEd/ADIFE

Site: www.seminarioredes.com

Sintep/MT solicita audiências junto à Seduc e Assembleia Legislativa

Sintep/MT solicita audiências junto à Seduc e Assembleia Legislativa
Entidade protocolizou também as deliberações do Conselho de Representantes na SAD, Sefaz e Casa Civil

Hoje (13) à tarde, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) protocolizou pedidos de audiência junto à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), inclusive Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto, para os dias 25 e 27 de abril, respectivamente. A primeira visa avaliar a receita e as despesas da folha da Educação para implementação do piso salarial de R$ 1.312,00. Já na Casa de Leis, o objetivo é debater as perdas dos recursos na pasta.

A entidade registrou ainda as deliberações do Conselho de Representantes, aprovadas nos dias 09 e 10 de abril. Além da Seduc e ALMT, este documento foi direcionado à Secretaria de Estado de Administração (SAD), Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) e Casa Civil. "São encaminhamentos importantes para a nossa luta aprovados por trabalhadores da educação de 83 municípios", ressaltou a secretária-geral do Sintep/MT, Vânia Miranda.

O próximo Conselho de Representantes ocorre nos dias 30 de abril e 1° de maio, quando a categoria irá avaliar indicativo de greve. "Esta hipótese não está descartada e depende do posicionamento da Seduc com relação à aplicação do piso salarial reivindicado pela rede estadual", acrescentou a sindicalista.

Enquanto isso, cada polo regional deverá solicitar, por e-mail e abaixo-assinado, envolvimento do deputado estadual que represente a região no sentido de propiciar o debate acerca dos recursos da Educação. Caso não haja resposta dos parlamentares, o Conselho de Representantes deliberou a realização de audiência no pátio da Casa de Leis e caminhada até o Palácio do Governo, em seguida, no dia 27 de abril.

Campanha - Está prevista ainda uma campanha com lançamento para o dia 29 de abril que irá apontar a necessidade de investimentos financeiros na Educação relacionando o assunto com a Copa do Mundo de Futebol de 2014. "A sensibilização de toda a sociedade sobre a importância de assegurar os recursos educacionais é fundamental para avançarmos nessa questão", finalizou a secretária-geral do Sintep/MT.


Fonte: Pau e Prosa Comunicação
http://www.sintep.org.br/arquivos/mm/041211_MM_Cartaz_Vermelho.jpg