Qua, 15 de Dezembro de 2010 01:30
Do jornal O Globo
Antes de sair de Guiné-Bissau para estudar Publicidade na Escola de Comunicação da UFRJ, em 2006, Lenine Djù, de 28 anos, só conhecia o Brasil pelas novelas e do noticiário de violência do programa sensacionalista "Cidade Alerta", da TV Record Internacional.
- A TV mostra que o país é um paraíso: festa, futebol, mulher e praia. E, ao mesmo tempo, passa uma imagem de muita violência, sempre associada aos negros. Isso chama muito a atenção de todos por lá.
Morador do Méier, onde divide um apartamento com outros três estudantes africanos, Lenine já descobriu que a vida não é como na telinha. Ele elogia a receptividade brasileira, mas diz que a maneira como os povos veem as amizades é diferente. Aqui, explica, é possível ser amigo de uma pessoa e ela nunca convidar você para ir à casa dela, o que é impensável lá. No Rio, ele se sente mais à vontade nas favelas e na Zona Norte. Nesses locais, conta, o sentimento de comunidade e a interação entre as pessoas são parecidos com os do seu país.
- Quando estou nesses lugares, me identifico muito. Se tem festa, você convida todos os vizinhos, as relações são mais próximas, igual às da Guiné. Na Zona Sul é diferente - diz.
No entanto, suas experiências já lhe ensinaram a não se iludir com as boas-vindas do Rio. Ele enumera pelo menos três casos de preconceito por ser negro, sendo o mais traumático vindo da própria polícia.
- Eu e um grupo de amigos africanos estávamos saindo do Maracanã quando fomos parados por policiais. A abordagem já foi muito agressiva, colocando uma arma na nossa cara. Ficamos perplexos. No meu país, ninguém anda armado, nem os guardas na rua. Revistaram a gente e, quando mostramos a carteira da universidade, pediram até desculpas.
Após a formatura, no meio de 2011, ele voltará ao seu país, que ainda vive sob a sombra de crises militares. Pai de Aisha, de 10 meses, que teve com uma brasileira, Lenine quer que ela cresça na Guiné:
- O negro brasileiro é adestrado para não ver preconceito - afirma.
http://www.outroladodanoticia.com.br/component/content/article/2-noticias/3140-africano-que-estuda-na-ufrj-critica-negro-brasileiro-e-adestrado-para-nao-ver-preconceito.html
E digo mais...
não só para não ver racismo como tambem para se filiar ao branco quando recebe uma moedinha!
O negro brasileiro é negro quando esta na pobreza, no primeiro centavo de lucro ele passa a frequentar as altas rodas, se filia a clubes elitosos, passa a fazer parte da politicagem dominadora e isso quando, para disfarçar, não o faz "em nome da igualdade racial"!!!!
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