quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Por Que Usamos O Branco

Dentre os princípios da Umbanda, um dos elementos de grande significância e fundamento, é o uso da vestimenta branca. Em 16 de novembro de 1908, data da anunciação da Umbanda no plano físico e também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de Umbanda, Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade anunciadora da nova religião, ao fixar as bases e diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas. Mas, por quê?.

Teria sido uma orientação aleatória, ou o reflexo de um profundo conhecimento mítico, místico, científico e religioso da cor branca? No decorrer de toda a história da Humanidade, a cor branca aparece como um dos maiores símbolos de unidade e fraternidade já utilizados. Nas antigas ordens religiosas do continente asiático, encontramos a citada cor como representação de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade superior. As ordens iniciáticas utilizavam insígnias de cor branca; os brâmanes tinham como símbolo o Branco, que se exteriorizava em seus vestuário e estandartes. Os antigos druidas tinham na cor branca um de seus principais elos do material para o espiritual, do tangível para o intangível. Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados porque utilizavam a magia para fins positivos, e também porque suas vestes sacerdotais eram constituídas de túnicas e capuzes brancos. O próprio Cristo Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia.

Nas guerras, quando os adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se despojavam de comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção de encerrarem a contenda, o que faziam? Desfraldavam bandeiras brancas! O que falar então do vestuário dos profissionais das diversas áreas de saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas etc., todos se utilizando de roupas brancas para suas atividades. Por quê?

Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual, serenidade e outros valores de elevada estirpe. Se não bastasse tudo o que foi dito até agora, vamos encontrar a razão científica do uso da cor branca na Umbanda através das pesquisas de Isaac Newton.

Este grande cientista do século XVII provou que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores existentes.

Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda, pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada por Orixás, sendo que Oxalá, que tem a cor branca como representação, supervisiona os Orixás restantes. Assim como a cor branca contém dentro de si todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém dentro de sua estrutura cósmico-astral todas as demais irradiações (Oxossi, Ogum, Xangô, etc.).

A implantação desta cor em nossa religião, não foi fruto de opção aleatória, mas sim pautada em seguro e inequívoco conhecimento de quem teve a missão de anunciar a Umbanda. Salve o Caboclo das Sete Encruzilhadas!!!!!




Vestuário Uniforme, Uma Necessidade

Uma das bases trazidas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, por ocasião da anunciação da Umbanda no plano físico, evento histórico ocorrido em 15/16 de novembro de 1908, em Neves, Niterói - RJ, é a que diz respeito a igualdade.

Sabemos que na atual sociedade, com valores deturpados ou invertidos, é comum as pessoas avaliarem umas as outras, não pelo grau de espiritualidade, moral, caráter e boas ações, mas sim pelo que se apresenta a nível de posses.

Dentro deste contexto, é corriqueiro, embora extremamente falho, valorizar ou conceituar os habitantes deste planeta tendo como base a apresentação pessoal externa do indivíduo, ao invés de se atentar para qualificativos internos. Prioriza-se bens materiais em detrimento das virtudes.

E é justamente por isto que a Umbanda adotou o vestuário uniforme, para que alguns assistentes ainda enraizados em equivocados conceitos não tenham como dar vazão a seus distorcidos juízos de valor.

Assim, quem adentra por um terreiro na esperança de cura ou melhora de seus problemas, jamais terá a possibilidade de identificar no corpo mediúnico, todos com trajes iguais, eventuais ou supostas diferenças intelectuais, culturais e sociais. Não terá a oportunidade de saber se por trás daquela roupa sacerdotal encontra-se um rico empresário, um camelô, ou uma empregada doméstica.

Porque há quem vincule a eficácia de um socorro espiritual tomando por parâmetro o próprio médium através do qual a entidade se manifesta. Se o medianeiro atuasse nas sessões de caridade com trajes civis (comuns), algumas pessoas, que pensam da forma citada, passariam a tentar analisar o grau de intelectualidade, de situação financeira, social etc., pela qualidade do vestuário apresentado pelos médiuns. Então, sacerdotes calçando sapatos de fino couro, camisas e calças de marcas famosas, seriam facilmente identificados e preferencialmente procurados. Outros tantos, humildes na sua apresentação, seriam colocados em segundo plano.

Na Umbanda, Sopro Divino que a todos oxigena, o personalismo ou destaque individual é algo que jamais deverá existir. Somos meros veículos de manifestação da espiritualidade superior, e por isto, devemos sempre nos mostrar coletivamente, sem identificações pessoais ou rótulos. Somos elos iguais de mesma força e importância neste campo de amor e caridade denominado Umbanda.

Os chegam aos Centros para darem passes, sem tomarem banho ou trocarem de roupa, estão ainda impregnados de cargas fluídico-magnéticas negativas, que, por conseguinte interferem no campo áurico e perispiritual dos médiuns, simplesmente acabam pela imposição ou dinamização das mãos passando ao assistente toda ou parte daquela energia inferior que carregam.

Na Umbanda, o uniforme do médium, ou está no vestiário do terreiro, e portanto dentro do cinturão de defesa do mesmo, ou está em casa sendo lavado ou passado, longe do contato direto com as forças deletérias.

As Vestes

As vestes na Umbanda são geralmente brancas, sempre muito limpas, já que este é um dos motivos pelo qual se troca de roupa para os trabalhos. Nunca se deve trabalhar com as roupas do corpo, ou já vir vestido de casa com as roupas brancas. O suor causa uma sensação de desconforto, o que traz uma má concentração e intranqüilidade do médium (sem contar, é claro, com a desagradável situação de uma pessoa que vai tomar passes ou consultar-se, e ficar sentindo o cheiro do suor do médium, que está sempre próximo nos trabalhos).

O branco é de caráter refletor, já que é a somatória de todas as cores e funciona, aliado a outras coisas, como uma espécie de escudo contra certos choques menores de energias negativas que são dirigidas ao médium. Serve, também, para identificar os médiuns dentro de uma casa de trabalhos muito grande. Alem disso, é uma cor relaxante, que induz o psiquismo à calma e à tranqüilidade.

A Roupa Branca (Roupa de Santo) é a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e cuidado, idênticos ao que temos para com nossos Orixás e Guias. As roupas devem ser conservadas limpas, bem cuidadas, assim como as guias (fios de contas), não se admitindo que um médium, após seus trabalhos, deixe suas roupas e guias no Terreiro, esquecidas. Quando a roupa fica velha, estragada, jamais o médium deverá dar ou jogar fora. Ela deverá ser despachada, pois trata-se de um instrumento de trabalho do médium.



Os Pés Descalços


O solo, chão representa a morada dos ancestrais e quando estamos descalços tocando com os pés no chão estamos tento um contato com estes antepassados.

Nós costumamos tirar os calçados em respeito ao solo do terreiro, pois seria como se estivéssemos trazendo sujeira da rua para dentro de nossas casas.

É também uma forma de representar a humildade e simplicidade do Rito Umbandista.

Além disso, nós atuamos como a pára-raios naturais, e ao recebermos qualquer energia mais forte, automaticamente ela se dissipa no solo. É uma forma de garantir a segurança do médium para que não acumule e leve determinadas energias consigo.

Em alguns terreiros é permitido usar calçados (mas calçados que são usados APENAS dentro do terreiro).

Cabe ressaltar, que a origem desse costume, nos cultos de origem afro-brasileira, é outra; os "pés descalços" eram um símbolo da condição de escravo, de coisa; lembremos que o escravo não era considerado um cidadão, ele estava na mesma categoria do gado bovino, por exemplo.

Quando liberto a primeira medida do negro (quando fosse possível) era comprar sapatos, símbolo de sua liberdade, e de certa forma, inclusão na sociedade formal. O significado da "conquista" dos sapatos era tão profundo que, muitas vezes, eles eram colocados em lugar de destaque na casa (para que todos vissem).

Ao chegar ao terreiro, contudo, transformado magicamente em solo africano, os sapatos, símbolo para o negro de valores da sociedade branca, eram deixados do lado de fora.

Eles estavam (magicamente) em África e não mais no Brasil.

No solo africano (dos terreiros) eles retornavam (magicamente) à sua condição de guerreiros, sacerdotes, príncipes, caçadores, etc.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Socializando - site de músicas africanas

Visite o link : http://somnegro.wordpress.com/category/musicas-africanas/

Site interessante ( Musicas e vídeos da África

Visitem : http://www.musicvideos.the-real-africa.com/

A voz viva da escravidão no Vale do Café

Juro, de pés juntos, que é tudo verdade.

Numa noite de 1973, na quadra de uma Escola de Samba em Cascadura, fiz uma entrevista impressionante. Eu e um grupo de amigos (entre os quais estava o radialista Rubens Confeti, da Rádio nacional aqui do Rio de Janeiro e o fotógrafo José Ricardo Almeida).

O impressionante era que a entrevistada estava prestes a completar 117 anos e…havia sido escrava!


*(Por Spírito Santo*)

*SAIBA MAIS EM: www.autodomanoelkongo.com

Abertas as inscrições para a 16ª edição do Prêmio Direitos Humanos.

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) abre as inscrições para sugestões ao Prêmio Direitos Humanos – edição 2010 – 16ª Edição. Os interessados devem acessar a página da SDH na internet http://www1.direitoshumanos.gov.br está disponível o regulamento e a ficha de sugestão para ser preenchida e enviada por e-mail. Poderão ser sugeridas pessoas físicas ou jurídicas que desenvolvam ações na área dos Direitos Humanos. As sugestões deverão ser encaminhadas para o endereço eletrônico pdh@sedh.gov.br até o prazo final de 17 de outubro de 2010. Os vencedores serão conhecidos em dezembro, ponto alto das comemorações da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

O prêmio, composto por uma escultura e um certificado, é concedido pelo Governo Federal a pessoas e organizações cujos trabalhos na área dos Direitos Humanos sejam merecedores de reconhecimento e destaque por toda a sociedade.

O Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso

O Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso convida Militantes e Entidades do Movimento Negro para participar de reunião:
Data: 30 de setembro de 2010, quinta-feira
Horário: 17h
Local: Museu da Imagem e do Som - Misc. Centro, Cuiabá - MT
Pautas
I. Fórum de Mulheres de Mato Grosso; Fórum de Entidades Negras; Mobilização Pró Saúde da População Negra; Eventos da CONEN e sua representação em MT;
II. Informes - Agenda Anti-Racismo; Balanço da Lei Maria da Penha; Encontro Nacional da Articulação de Mulheres Brasileiras 2011 e outros.

Contamos com sua presença!

Axé!

Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Convite Webconferência - Agentes de Leitura (EJA)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO E DIVERSIDADE

DIRETORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Convite 2010 - DPEJA/SECAD/MEC

Brasília, 21 de setembro 2010.

1. A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade por intermédio de sua Diretoria de Políticas de Educação de Jovens e Adultos convida-os a participar da Webconferência que será realizada nesta segunda-feira, 27 de setembro de 2010,das 15h às 17h (horário de Brasília) sobre o projeto Agentes de Leitura MEC/MINC.

2. O objetivo maior da Webconferência é expor o projeto Agentes de Leitura e discutir possíveis articulações no âmbito das ações voltadas a Educação de Jovens e Adultos.

  1. Não há necessidade de inscrição prévia. O acesso se dará pelo Portal do MEC através do link:http://portal.mec.gov.br/secad/transmissao. É recomendada conexão por banda larga. A interação será permitida pelo e-mail redeformacaoeja@mec.gov.br. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Maiores informações no endereço eletrônico: redeformacaoeja@mec.gov.br.

  1. Destacamos que a sua participação é muito importante para a divulgação do programa.

Atenciosamente,

Jorge Luiz Teles

Diretor de Políticas de Educação de Jovens e Adultos

SECAD/MEC

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Denúncia: salão de beleza nega-se a cortar cabelo de criança negra

Funcionários do “Salão Fascínio”, localizado no andar térreo do Shopping Itaigara, em Salvador, recusaram-se hoje, dia 23 de setembro, a cortar o cabelo de uma criança negra, de seis anos, recomendando a mãe
que “passasse a máquina”, pois aquele cabelo “não dava para ser cortado,
nem desembaraçado”. A mãe da criança, a jornalista Márcia Guena, acusou os funcionários e a dona do salão de racismo e logo procurou a administração do shopping para formalizar a denúncia. Neste caso
configura-se um duplo crime por tratar-se de racismo e de violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por expor umacriança a uma situação vexatória.

Acompanhado da mãe, o menino M.S.G.S.O. entrou no salão por volta das 18:30, do dia 23 de
setembro, quando Guena solicitou ao único funcionário homem do salão, para quem foi indicada pela atendente Selma (a qual foi identificada como dona do salão), um corte estilo “black”, mas não muito alto. O funcionário então respondeu que para “aquele cabelo” só dava para “passar a máquina”. A mãe então disse: “eu não
solicitei que passem a máquina, mas que cortem o cabelo do meu filho. Eu já indiquei o corte que desejo”. O atendente repetiu: ”só dá pra passar a máquina”. Guena retirou a criança da cadeira e saiu imediatamente
do salão para não expor a criança a uma discussão motivada pelo racismo explícito. Mas diante da violência cometida contra a criança, que foi exposta a uma situação vexatória, e a recusa de cortar o cabelo de um negro, a mãe voltou com a finalidade de procurar a gerente e formalizar a denúncia de racismo.

Ao retornar, Guena disse para Selma que a recusa em cortar o cabelo de seu filho configurava-se racismo, um crime inafiançável e que iria formalizar a denúncia junto ao Ministério Público. Selma, identificada como
Maria Tavares de Oliveira, contestou dizendo que a mãe estava errada e que seus funcionários disseram que não sabiam cortar o cabelo da criança e que seria muito difícil desembaraçá-lo. Por isso, sópoderiam
passar a máquina, insistindo na resposta inicial do funcionário.

A mãe retirou-se do local e procurou a administração do Shopping. Guena foi recebida por Alda, que se identificou como administradora, e reconheceu a gravidade do problema, confirmando tratar-se sim de uma
situação de racismo. Imediatamente ligou para Selma (Maria Tavares Oliveira) reclamando da forma como foi realizado o atendimento.

Sexta Feira tem mistérios

http://www.midiamax.com.br/view.php?mat_id=723680

Sexta-feira tem mistérios?


Porque os trabalhos religiosos da Umbanda acontecem, quase que na maioria às sextas-feiras. Afinal, o que envolve esse dia da semana para que a maioria dos umbandistas e terreiros “oficializem” esse dia como Dia de Gira? Qual será o mistério?

Pois bem, em primeiro lugar é importante saber que o dia da semana em que o terreiro irá trabalhar caritativamente e religiosamente é, e deve ser, estipulado pelo Guia Chefe do Terreiro, ou seja, aquele que se manifesta no Pai ou na Mãe Espiritual como Guia Chefe.

É Ele quem, com toda sua capacidade e grau espiritual, saberá o melhor dia de trabalho tanto para o plano Superior como para plano material. Deve-se compreender que no dia de gira muitas coisas acontecem no astral, há toda uma preparação energética para que os trabalhos sejam bem sucedidos, a exemplo temos os campos de proteções que são criados e estabelecidos, os portais entre esta e outras dimensões que são abertos, os elementais e encantados da natureza que são direcionados e “usados” durante as giras, entre outras coisas. Além disso, e especialmente, temos ainda toda a ação espiritual que comporta e compromete uma numerosa quantidade de espíritos que nos auxiliam durante toda a gira. São grupos de espíritos que asseguram o bom desenvolvimento dos trabalhos espirituais, grupos de espíritos que atuam como enfermeiros e médicos responsáveis pelo encaminhamento e cura dos espíritos doentes, grupos de espíritos que conduzem os assistidos para aquele Terreiro, grupos de espíritos que protegem os médiuns assegurando a chegada deles ao Terreiro, grupos de espíritos aprendizes, além de todas as Linhas de Trabalho de nossa Umbanda, e isso quer dizer que em todas as giras, independente da linha de trabalho do dia, teremos caboclos, pretos-velhos, baianos, boiadeiros, marinheiros, exus, entre outros, sustentando e trabalhando espiritualmente, mesmo que para nós seja imperceptível. Portanto, abrir uma gira envolve uma imensa organização no astral para que todos possam realizar e executar um excelente trabalho, e quem “organiza” toda essa estrutura é esse Guia Chefe que, com certeza, é um espírito altamente evoluído e sábio, um grande missionário do Astral Superior que realiza “coisas” que só numa condição muito elevada se é capaz.

Com isso esclarecido fica descaracterizada a crença de que sexta feira é ou deve ser o ‘dia oficial de gira’, no entanto é importante saber que esse dia da semana tem uma grande representação, um enorme significado e um expressivo valor sagrado para muitas religiões e culturas, inclusive para os muçulmanos, que têm esse dia caracterizado como Dia Sagrado do Islamismo, pois é obrigação de todos os muçulmanos, tanto homens quanto mulheres, realizarem pelo menos a oração do meio dia em comunidade na sexta feira. Ou ainda para os judeus que têm nas noites de sextas-feiras, após as 18 horas, o inicio do Shabat, ritual mais

importante que contempla os aspectos espirituais da vida. Nesse ritual são recitadas as bênçãos sobre as velas, vinho, pão entre outros elementos, propõe o descanso e, principalmente, passar todo o tempo com a família em harmonia. Não podemos deixar de mencionar ainda que esse dia também faz referência à morte de Jesus Cristo sinalizando a Salvação e o dia do encontro com o Pai. Podemos perceber então todo valor sagrado relacionado com a sexta feira, principalmente nessas religiões que basicamente geraram ou influenciaram tantas outras religiões.

Fazendo relação com a energia dos planetas, maravilhosamente teremos o planeta Vênus influenciando nossas sextas feiras. A energia desse planeta nos inspira a concretização do que é divino expressando que o espírito está acima da matéria, além de irradiar uma energia de harmonia, paz, alegria, amor e afetividade. Tanto é que a civilização Maia elaborou um calendário religioso baseado nos ciclos de Vênus.

Agora, não podemos deixar de dizer que para nós, umbandistas, sexta feira é dia de Oxalá, considerado e cultuado como o Orixá mais sublime de nossa Umbanda, é o Pai que exprime e nos ensina a vivenciar a serenidade, a compaixão e a caridade. Para alguns ainda, sexta-feira também é dia de Iemanjá, a grande Mãe que nos ensina vivenciar a tolerância, o amor e a vida em sua plenitude.

Portanto, sexta-feira é um dia mais que especial para aqueles que querem vivenciar e manifestar seu lado Sagrado.

Um dia maravilhoso para vestir o branco e fazer o bem seja lá a quem.

Inscrições para Incubadora Afro Brasileira

A Incubadora Afro Brasileira - IA, lançou seu segundo Edital de Seleção Pública para a pré-incubação de até 293 (duzentos e noventa e três) empreendimentos nas áreas de comércio e serviços, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Serviços Oferecidos

Formação – Elaboração do Plano de Negócios, com a orientação da equipe técnica da Incubadora Afro Brasileira.
Consultoria– Atendimento personalizado nas áreas de gestão, finanças, contabilidade, marketing, design, vendas etc.
Assistência técnica– Acompanhamento da implementação do Plano de Negócios no local no qual o empreendedor trabalha.
Infra-estrutura– Internet; Espaço para a exposição de produtos e serviços; Apoio na participação em feiras e eventos;

A Incubadora Afro Brasileira é a primeira incubadora de negócios com viés étnico do Brasil e tem como objetivo desenvolver o protagonismo econômico da população negra.

293 VAGAS PARA INCUBAÇÃO DE NEGÓCIOS
Incubadora Afro Brasileira recebe inscrições para novo processo seletivo

Período de Inscrições: 20 de setembro a 11 de outubro de 2010

Locais para a Inscrição:
Incubadora Afro Brasileira;
Rua Senador Pompeu, 75 Centro – Centro do Rio de Janeiro - RJ
de segunda a sexta-feira de 09 às 21 horas e sábado das 9 às 13 horas.

Espaço Cultural Sylvio Monteiro;
Rua Getúlio Vargas, 51 – Centro de Nova Iguaçu – RJ
de segunda a sexta-feira de 10 às 16 horas.

Posto de Inscrição Virtual;
O sítio da Incubadora Afro Brasileira (www.ia.org.br) dispõe de um
ambiente

para inscrições “on line”.

Unidade Móvel de Inscrição;
O roteiro da Unidade Móvel poderá ser obtido através do telefone:
(21) 22232848.

Pesquisa mostra que intolerância religiosa nas escolas brasileiras

Profissionais “despreparados” para lidar com religiões diferentes. Invasão de terreiros. Ofensas. Crianças isoladas por colegas e professores. Esses são alguns dos problemas encontrados por uma pesquisadora que visitou escolas de vários Estados do país e constatou que a intolerância religiosa em estabelecimentos de ensino é um problema grave e ainda invisível para as autoridades e a sociedade.

A pesquisadora Denise Carreira revela ter percebido certo “despreparo” dos profissionais de educação para lidar com o problema. Ela identificou que a principal fonte de discriminação são as religiões neopentecostais, que, segundo Denise, historicamente usam métodos de “demonização” para com algumas seitas.

Denise afirma ter observado em suas viagens casos de crianças, famílias e professores adeptos de religiões de matriz africana, como candomblé e umbanda, discriminados e hostilizados no seu cotidiano. Algumas crianças chegam a ser transferidas ou até mesmo abandonam a escola em razão da discriminação.

“Existem ocorrências de violência física (socos e até apedrejamento) contra estudantes; demissão ou afastamento de profissionais de educação adeptos de religiões de matriz africana ou que abordaram conteúdos dessas religiões em classe; proibição de uso de livros e do ensino da capoeira em espaço escolar; desigualdade no acesso a dependências escolares por parte de lideranças religiosas; omissão diante da discriminação ou abuso de atribuições por parte de professores e diretores etc”, diz.

“São muitos casos e isso é, também, uma violência para com os direitos humanos, embora constitua uma agenda invisível na política educacional no Brasil”, afirma. As denúncias, sustenta Denise, mostram que as atitudes discriminatórias vêm aumentando em decorrência do crescimento de determinados grupos neopentecostais, principalmente nas periferias das cidades, e do poder midiático que eles têm.

O relatório, que será divulgado no dia 19, no Rio de Janeiro, e encaminhado a organismos internacionais, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU), traz recomendações para a resolução do problema. Uma das ferramentas para fazer frente ao problema, de acordo com relatora, é a implementação da lei federal 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira em toda a educação básica.

Experiência própria

Jandira Santana Mawusi, estudante do curso de pedagogia na Uneb (Universidade Estadual da Bahia), e coordenadora de um curso pré-vestibular em uma escola municipal no bairro do Engenho Velho da Federação, em Salvador, conhece esse tipo de discriminação por experiência própria. “Desde que falei que sou de candomblé, os meus colegas de sala de aula mudaram comigo. Tenho dificuldade para me integrar aos grupos de estudo, e eles me olham como se fosse uma pessoa diferente, capaz de lhes fazer algum mal”, afirma.

Segundo ela, na escola onde leciona, diariamente, o diretor convida a todos para rezar o “Pai Nosso” antes das aulas. “Certo dia, ele me convidou a me juntar aos demais na oração. Então, perguntei se eu também poderia rezar para xangô. Ele respondeu que não porque não daria tempo”, conta.

Jandira diz que a mãe de duas crianças que estudaram nessa mesma escola recorreu ao Ministério Público porque suas filhas foram apontadas como “possuídas” por um professor, por serem de candomblé.

Não raro, diz ela, pessoas iniciadas temem revelar suas crenças. “Há pouco tempo, fazendo uma pesquisa no bairro, perguntei a uma senhora, dona de um terreiro, qual era a sua religião. Fiquei um tempo sem resposta. Indaguei a razão do seu silêncio e ela me disse que se devia à intolerância predominante.”

Atuando há mais de 10 anos na formação de profissionais para evitar intolerâncias racial e sexual e outras, membros do Ceafro (Educação e Profissionalização para a Igualdade Racial e de Gênero) mostraram-se chocados com a seriedade dos depoimentos colhidos por Denise.

"Não é novidade"

“Para nós, esse tema não é novidade. Mas, devo reconhecer, foi impactante ouvir os relatos de professores e mães de alunos que tiveram problemas. Doeu ouvir de alunos, por exemplo, que fizeram "santo", e, tendo que usar roupas brancas, andaram com a cabeça raspada, foram taxados de "filho de diabo", entre outras aberrações a que foram submetidos, ao ponto de não quererem mais voltar para a escola ou quererem abandonar o candomblé”, conta Ceres Santos, coordenadora executiva do Ceafro. “É muito grave”, diz.

Denise Carreira esteve na Bahia entre os dias 9 e11 de agosto. Ouviu o Ministério Público Estadual, as secretarias de Educação e Reparação, representantes dos terreiros de candomblé e outras lideranças religiosas. Segundo ela, as visitas ocorreram em Estados como Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.

O relatório será apresentado também ao Congresso Nacional, ao Conselho Nacional de Educação, Ministério Público Federal, autoridades educacionais, e instâncias internacionais de direitos humanos.


Fonte: Heliana Frazão, do UOL

Brasil é aclamado por cumprir agenda afrodescendente‏

Ato Cultural Político e Religioso de Combate à Intolerância aos Afro-religiosos


"Banho da felicidade contra a intolerância e em busca da cultura de paz", esse é o nome da mistura de ervas cheirosas que a Comunidade do Mansu Nangetu (Comunidade Tradicional de Terreiro de Angola que fica no bairro do Marco) leva para o "Ato Cultural Político e Religioso de Combate à Intolerância aos Afro-religiosos" que vai acontecer na tarde de sexta-feira no Cinema Olympia".

Mametu Nangetu explica que a comunidade decidiu preparar um banho cheiroso como nas tradições culturais juninas, uma tradição cultural que tem origem afro-indígena e que ainda é mantida pela maioria da população paraense. Ela diz que a comunidade achou por bem se fazer

valer deste costume que vem dos terreiros e que está presente nos hábitos cotidianos da população para chamar a atenção para a necessidade de estabelecer relações de respeito e de paz interreligiosa.

O alguidar com o banho será colocado num pedestal na porta do cinema e será ofertado em cuia para a população que passa na calçada, e junto com o banho acontecem conversas de cunho religioso e de valorização dos rituais sagrados das religiões afro-amazônicas.

Serviçø: "Ato Cultural Político e Religioso de Combate à Intolerância aos Afro-religiosos". Dia 24 de setembro entre as 14 e as 17 horas.. 17h haverá uma caminhada conjunta pelo calçadão do largo da Pólvora, na praça da República, e concentração Afro-religiosa na esquina da Rua da Paz com a av. Presidente Vargas.

São seis Nações Afro-religiosas reunidas no Cinema Olympia para apresentação de práticas rittualísticas e das Culturas de Comunidades Tradicionais de Terreiros Afro-amazônicos, rodas de conversas e de interação com o público. Nações: Angola, Tambor de Mina, Jeje, Pajelança, Umbanda, e Ketu.

Informações com Mametu nangetu - (91)32267599

IBGE divulga crescimento no número de pretos e pardos com ensino superior no Brasil

Nesta sexta-feira (17), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgou o crescimento do número de pretos e pardos no ensino superior. Em dez anos, a proporção de pessoas pretas com 25 anos ou mais que têm ensino superior completo passou de 2,3% para 5,3% em 2009. Já entre os pardos a graduação cresceu de 2,3% do total em 1999 para 4,7% no ano passado. Entre a população branca, os percentuais foram 9,8% há dez anos e 15% em 2009. 
 
Em média, as pessoas brancas com 15 anos ou mais tinham 8,4 anos de estudo em 2009. Para os negros e os pardos, a média foi de 6,7 anos no ano passado. "Em 2009, esses patamares são superiores aos de 1998 para todos os grupos, mas o nível atingido tanto pela população de cor preta quanto pela de cor parda, com relação aos anos de estudo, é inferior ao alcançado pelos brancos em 1999, quando era, em média, 7 anos de estudo", informa o IBGE.
 
O levantamento também aponta que persiste a disparidade entre a renda dos brancos e dos pretos e pardos, onde os rendimentos são, pelo menos, 20% inferiores que os dos brancos.
 
O critério utilizado para a definição da cor das pessoas é a autodeclaração de quem responde a pesquisa.
 
Pode-se atribuir o aumento de pretos e pardos no ensino superior devido a iniciativas como o ProUni, além de Ações Afirmativas que contemplam cotas em algumas universidades públicas brasileiras, isso sem falar na Faculdade Zumbi dos Palmares que em 2009 formou a terceira turma do curso de Administração.
 
No entanto a disparidade ainda é alta, o que interfere diretamente na questão dos rendimentos entre as etnias. Pois muitas empresas de fato consideram a graduação no ensino superior na hora da contratação. E são estas as ocupações, por sua vez que apresentam os melhores salários

http://aldeiagriot.blogspot.com/2010/09/unesco-lanca-publicacao-sobre-educacao.html

Retirado do site do ABONG.

Notícias

A Organização para Educação, Ciência e Cultura das Nações Unidas (UNESCO) lança o publicação "Educação: um tesouro a descobrir", que traz destaques da publicação do Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, editado originalmente em 1996. Essa publicação fornece as principais pistas e recomendações do Relatório original para o delineamento de uma nova concepção pedagógica para o século XXI.

Título original: Learning: the treasure within; report to UNESCO of the International Commission on Education for the Twenty-first Century (highlights)
Brasília: UNESCO, Faber-Castell, 2010. 46 p.

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