quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Curso de extensão aborda História do Negro Brasileiro‏

São 180 vagas, distribuídas entre as redes municipais e estadual de Cuiabá, Várzea Grande e Baixada Cuiabana
"Branqueamento, branquice, brancura e embranquecimento do negro". Este é o tema de um curso de extensão gratuito oferecido pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), em parceria com o Departamento de História do campus de Rondonópolis da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Centro de Formação e Atualização de Professores (Cefapro) de Cuiabá e o Movimento Negro de Rondonópolis (MNR).

Há 180 vagas disponíveis, sendo 90 para profissionais da rede estadual de Cuiabá e Várzea Grande, 50 vagas para a rede municipal de Cuiabá e Várzea Grande e 40 vagas destinadas às redes municipais e estadual da Baixada Cuiabana. O curso será ministrado pelo professor pós-doutor Flávio da Silva Nascimento, a partir do dia 21 de fevereiro.

No livro "O beabá do racismo contra o negro brasileiro", de sua autoria, Flávio da Silva procura explicar a problemática da questão racial brasileira sob uma ótica histórica e sociológica. Além do certificado, os participantes receberão um volume da publicação gratuitamente.

Os alunos deverão comparecer às 8h do dia 21, no Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Cesário Neto, localizado na Rua Manoel Garcia Velho, n° 142, bairro Poção, em Cuiabá. As despesas de alojamento, alimentação e transporte serão de responsabilidade do participante. As aulas ocorrerão até o dia 26 de fevereiro, ao completar 40 horas.

A ficha de inscrição e a programação do curso estão disponíveis na página inicial do site www.sintep.org.br, na 'vitrine' n° 04. Após o preenchimento, o interessado deve encaminhar a ficha para o e-mail cba.cefapro@seduc.mt.gov.br, no caso da rede estadual, ou para sintep@terra.com.br no caso das redes municipais.

Mais informações pelos telefones 0800 65 4343 (Sintep/MT) ou (65) 3637 3940 (Cefapro/Cuiabá).



Pau e Prosa Comunicação

15/02/2011

UPA Unidade de Pronto Atencimento em Formosa e o Ministro da Saúde Fala Lideranças Religiosas‏

Veja no you tube Alexandre Padilha : http://www.youtube.com/user/farahanderson100#p/u/12/s1Jn3II4Mis

Representantes de 84 entidades participaram de reunião com o ministro Alexandre Padilha e repassarão aos fiéis orientações para prevenir a doença e evitar casos graves

Veja Rubens Otoni Fala para a Sociedade de Formosa Goias,

Acesse : http://www.youtube.com/user/farahanderson100?feature=mhum#p/u

Rubens Otoni participa de inauguração de obras na Cidade de Formosa Goias

O deputado federal Rubens Otoni (PT-GO) participa nesta sexta-feira, 28, de diversas inaugurações de obras no município de Formosa, localizado a 284 quilômetros da Capital do Estado.

As solenidades terão início no período da tarde. Logo às 13h30, será realizada a assinatura das ordens de serviço para construção da barragem do córrego Bandeirinha e a construção da sede da Gerência Regional de Serviços da Saneago.

Em seguida, serão inauguradas: a Creche do Pro-Infância “Professora Maria Aparecida”, localizada no Parque da Colina; uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e um Centro Poliesportivo, no Jardim das Américas.
Anderson Ferreira F.
061 9987 8015

Quanto cabe de informação no mundo?

Agência FAPESP – Dezenas de jornais e revistas, centenas de canais de televisão, milhares de sites com milhões de páginas na internet e bilhões de chamadas e de mensagens em redes sociais transitando por computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos.

Informação demais? Longe disso, por mais incrível que pareça. Segundo artigo publicado nesta sexta-feira (11/2) no site da revista Science, o mundo não está nem perto de um eventual limite, pelo menos do ponto de vista tecnológico, para lidar com dados digitais.

Os autores do estudo, Martin Hilbert e Priscila López, da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, calcularam a capacidade mundial para armazenamento, processamento e comunicação de informações a partir da análise de tecnologias analógicas e digitais disponíveis de 1986 a 2007.

Os resultados incluem números grandiosos. Em 2007, a humanidade era capaz de lidar com 295 exabytes de dados (ou 2,95 vezes 10 elevado a 20). Para se ter uma ideia da dimensão, se cada estrela no Universo fosse um único bit de dado, haveria uma galáxia de informações para cada pessoa no mundo.

Parece muito, mas depende de onde está a comparação, pois se trata de menos de 1% da informação armazenada em todas as moléculas de DNA de um ser humano.

O estudo observou que 2002 pode ser considerado o início da era digital, pois foi o primeiro ano em que a capacidade de armazenamento digital de dados superou a capacidade analógica. Em 2007, quase 94% da informação produzida pelo homem estava em formato digital.

Em 2007, a humanidade transmitiu 1,9 zetabytes de dados por meio de tecnologias de transmissão de sistemas como televisão e GPS, o que equivale a 174 jornais por dia para cada habitante do planeta.

No mesmo ano, a comunicação bidirecional, como telefones, foi responsável pela troca de 65 exabytes de dados, o equivalente a 6 jornais por pessoa por dia.

Todos os computadores existentes no mundo em 2007 foram responsáveis pelo processamento de 6,4 vezes 10 elevado a 18 instruções por segundo. Para processar tal ordem de magnitude à mão seriam precisos 2,2 mil vezes o período desde o Big Bang.

Os autores estimaram que, de 1986 a 2007, a capacidade de computação mundial cresceu 58% ao ano, enquanto as telecomunicações cresceram 28% e a capacidade de armazenamento, 23%.

“São números impressionantes, mas ainda minúsculos quando comparados com a ordem de magnitude na qual a natureza lida com informações. Entretanto, enquanto o mundo natural é fascinante em sua dimensão, ele permanece relativamente constante. Por outro lado, as capacidades tecnológicas de processamento da informação no mundo crescem em valores exponenciais”, disse Hilbert.

O artigo The World’s Technological Capacity to Store, Communicate and Compute Information (10.1126/science.1200970), de Martin Hilbert e Priscila López, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.

Extraído: http://www.agencia.fapesp.br/materia/13441/quanto-cabe-de-informacao-no-mundo-.htm

Matéria da Folha de São Paulo - É um erro falar que existe nova classe média, diz sociólogo

UIRÁ MACHADO - DE SÃO PAULO
Autor do livro "Os Batalhadores Brasileiros", o sociólogo Jessé Souza afirma que a ascensão social de 30 milhões de pessoas no governo Lula não produziu uma "nova classe média", mas uma classe social diferente, que ele chama provocativamente de "batalhadores".
Assim como fizera em seu livro anterior, Souza procura determinar as características dessa classe por um recorte diferente do que ele chama de economicista e quantitativo, fugindo tanto de análises pelo consumo e renda quanto de abordagens marxistas "unidimensionais".
Abaixo, trechos da entrevista sobre a classe que, para ele, "parece se constituir, com o resgate social da ralé, na questão social, econômica e política mais importante do Brasil contemporâneo".
Folha - Após lançar o livro "A Ralé Brasileira", o senhor agora publica "Os Batalhadores Brasileiros". Qual a diferença entre a "ralé" e os "batalhadores"?
Jessé Souza - Os dois livros se enquadram no projeto de longo prazo de estudar as classes sociais mais importantes do Brasil contemporâneo de maneira não economicista e quantitativa, como sempre acontece.
Quando falo em estudos economicistas, penso tanto nas descrições estatísticas baseadas em níveis de consumo e renda quanto nas descrições marxistas fundadas numa leitura unidimensional da realidade.
Alguns desses estudos são importantes como ponto de partida descritivo, mas o que nenhum deles oferece é uma leitura sociocultural da realidade que nos possibilite compreender o principal: a produção diferencial de seres humanos a partir do pertencimento a classes sociais distintas.
Ainda que a renda seja um componente importante do pertencimento de classe, pessoas muitos diferentes podem ter renda semelhante.
Para que possamos explicar e compreender uma realidade social complexa é necessário penetrar na dimensão mais recôndita das motivações profundas do comportamento social e nos dramas, sonhos, angústias e sofrimentos humanos que elas implicam.
O ganho em compreensão em relação a uma realidade opaca e complexa é insofismável.
Acredito que, por conta desse tipo de interesse instruído teórica e metodologicamente, foi possível perceber, talvez pela primeira vez, a existência do um terço de brasileiros excluídos como uma única classe, ou seja, pelo estudo dos pressupostos afetivos, morais e emocionais que explicam a origem, a manutenção e o destino social provável às pessoas dessa classe específica.
No caso da "ralé", formada pela ausência dos pressupostos que permitem a incorporação das capacidades exigidas pela sociedade competitiva moderna, é possível perceber a irmandade entre pessoas que moram no interior do Piauí ou na periferia de São Paulo quando a regra é a fragmentação e, portanto, a cegueira da percepção.
É essa cegueira que percebe essa classe de abandonados sociais apenas no registro espetacularizado e manipulador da oposição polícia/bandido, aprofundando todos os preconceitos das classes do privilégio contra esses esquecidos, explorados como mão de obra barata por esses mesmos privilegiados.
O ganho em termos de uma percepção alternativa, totalizadora e crítica da realidade social como um todo não é pequeno.
No caso dos "batalhadores", esse mesmo ponto de partida nos permitiu, na contramão dos estudos dominantes sobre esse assunto, perceber tanto o potencial de chance e de oportunidade que efetivamente existe nessa nova classe que se constitui defronte os nossos olhos quanto articular a dimensão do sofrimento e dor humanos sistematicamente silenciados por uma leitura superficial e triunfalista da realidade.
Em seu livro, o senhor questiona a afirmação de que o governo Lula alçou 30 milhões de brasileiros à classe média e diz até que se trata de uma mentira. Por quê?
Eu não nego que houve uma efetiva ascensão social de 30 milhões de brasileiros nem que esse fato seja extremamente importante e digno de alegria. O que questiono é a leitura dessa classe como uma classe média.
A classe média é uma das classes dominantes em sociedades modernas como a brasileira porque é constituída pelo acesso privilegiado a um recurso escasso de extrema importância: o capital cultural nas suas mais diversas formas.
Seja sob a forma de capital cultural técnico, como na "tropa de choque" do capital (advogados, engenheiros, administradores, economistas etc.), seja pelo capital cultural literário dos professores, jornalistas, publicitários etc., esse tipo de conhecimento é fundamental para a reprodução e legitimação tanto do mercado quanto do Estado.
Consequentemente, tanto a remuneração quanto o prestígio social atrelados a esse tipo de trabalho --e da condução de vida que ele proporciona-- são consideráveis.
A vida dos "batalhadores" é completamente outra. Ela é marcada pela ausência dos privilégios de nascimento que caracterizam as classes médias e altas.
E, quando se fala de "privilégios de nascimento", não se está falando apenas do dinheiro transmitido por herança de sangue nas classes altas. Esses privilégios envolvem também o recurso mais valioso das classes médias, que é o tempo.
Afinal, é necessário muito tempo livre para incorporar qualquer forma de conhecimento técnico, científico ou filosófico-literário valioso.
Os batalhadores, em sua esmagadora maioria, precisam começar a trabalhar cedo e estudam em escolas públicas muitas vezes de baixa qualidade.
Como lhes faltam tanto o capital cultural altamente valorizado das classes médias quanto o capital econômico das classes altas, eles compensam essa falta com extraordinário esforço pessoal, dupla jornada de trabalho e aceitação de todo tipo de superexploração da mão de obra.
Essa é uma condução de vida típica das classes trabalhadoras, daí nossa hipótese de trabalho desenvolvida no livro que nega e critica o conceito de "nova classe média".
Qual o ganho analítico de enxergar os batalhadores como uma classe diferente da classe média tradicional? E quais as implicações que essa diferenciação traz para o governo Dilma?
O ganho é tanto analítico quanto político.
Essa diferenciação permite, em primeiro lugar, perceber a realidade social como ela é, com suas ambiguidades e contradições constitutivas.
Depois, como em toda leitura sóbria da realidade, ela possibilita criticar todo tipo de manipulação política ou de leitura triunfalista da realidade.
Com relação não apenas ao governo Dilma, mas em relação ao futuro do Brasil, essa nova classe de trabalhadores, típica do novo tipo de capitalismo financeiro que logrou se globalizar, parece se constituir --com o resgate social da ralé-- na questão social, econômica e política mais importante do Brasil contemporâneo.
Para mim, existem duas alternativas possíveis: a primeira é essa classe ser cooptada pelo discurso e prática individualista e socialmente irresponsável que caracterizam boa parte das classes dominantes no Brasil; a segunda alternativa é essa classe assumir um papel de protagonista e inspirar, pelo seu exemplo social, a efetiva redenção daquela classe social de humilhados sociais que chamo provocativamente de ralé.
Muitos dos batalhadores que entrevistamos vinham, inclusive, da própria ralé, mostrando que as fronteiras entre as classes são fluidas e que não existem classes condenadas para sempre.
Esse ponto me parece fundamental, já que é precisamente a existência desses abandonados sociais --e não qualquer tipo de patrimonialismo advindo de um suposto "mal de origem" português, como ainda hoje acredita nossa ciência social dominante-- o que nos separa das sociedades mais igualitárias e socialmente mais justas do globo.
Quando o senhor afirma que os batalhadores alcançaram um "lugar ao sol à custa de extraordinário esforço", o senhor não está assumindo a tese do mérito individual, a qual o senhor habitualmente critica?
Quando critico a ideologia do mérito individual, não estou negando a extraordinária importância do esforço individual, nem, muito menos, a necessidade de reconhecimento social efetivo para os desempenhos singulares em qualquer área da vida.
Qualquer noção de justiça social moderna tem que articular responsabilidade social e reconhecimento dos desempenhos singulares e extraordinários.
Há que proteger tanto a ideia de que somos responsáveis uns pelos outros quanto estimular o esforço pessoal.
Quando critico a ideia de mérito individual, é apenas pelo seu uso amesquinhado como ideologia, ou seja, como falsa percepção da realidade.
É muito diferente quando uma classe inteira de privilegiados de nascimento, com boas escolas, estimulados em casa o tempo todo, com tempo livre desde sempre para fazer o que bem entende e dinheiro para investir em cursos de línguas e pós-graduações valorizadas, chama o próprio sucesso de mérito individual e ainda acusa as classes que não tiveram acesso a qualquer desses privilégios sociais de preguiçosos, burros e culpados pelo próprio fracasso.
A tese do mérito individual que crítico é, portanto, herdeira do modo como o liberalismo sempre foi recebido no Brasil: um discurso para legitimar os privilégios de nascimento das classes abastadas, como se esses privilégios decorressem do esforço apenas de indivíduos, e não da herança de sangue e de classe.
No estudo dos batalhadores, o que impressionou foi o extraordinário esforço de superação de condições efetivamente adversas, todas contribuindo antes ao desânimo e ao desespero do que ao enfretamento corajoso das condições negativas ao sucesso social e econômico.
O título do livro foi uma homenagem à luta cotidiana e silenciosa desses brasileiros.
Este termo "batalhadores" sinaliza o fato de que o que perfaz o cotidiano dessas pessoas é a necessidade de "matar um leão por dia" como forma de vida de toda uma classe social que tem que lutar diariamente contra o peso da própria origem.
Nos casos empíricos de seu livro, há operadores de telemarketing, uma profissão relativamente nova, e feirantes, ocupação bem antiga. Como as duas funções aparecem juntas para caracterizar tipos de uma nova classe social que é tão conforme o modelo atual do capitalismo?
Para responder a esta pergunta, temos que compreender, antes de tudo, ainda que sucintamente, o que significa "modelo atual de capitalismo", de modo a podermos compreender de maneira mais adequada como essa "nova classe trabalhadora" se torna, não só no Brasil, mas em todos os países emergentes, como China e Índia, sua classe suporte, como diria Max Weber, mais típica.
O que hoje é chamado por muitos de "capitalismo financeiro" representa um movimento que começa nos anos 80 no mundo e se propaga nos anos 90 entre nós. O pano de fundo desse movimento eram taxas de lucro decrescentes em nível mundial já havia décadas.
Mas as mudanças não foram apenas nem principalmente de retórica política. Elas comandaram transformações profundas tanto na forma de produção de todo tipo de mercadoria quanto no regime de trabalho.
Ao fim e ao cabo, o conjunto de mudanças apontou no sentido de um aumento da velocidade de circulação do capital, em grande medida determinado pelos cortes com gastos de controle e supervisão de trabalho, que caracterizavam a produção do tipo fordista tradicional, como existe ainda hoje, por exemplo, em algumas indústrias automobilísticas.
Amplos setores da produção de mercadorias de todo tipo são realizados agora por trabalhadores em fábricas a céu aberto ou pequenas unidades familiares que se acreditam, inclusive, empresárias de si próprias, o que explica, também, que o epíteto de "nova classe média" tenha caído tão rápido no gosto de todos, inclusive dos próprios batalhadores.
Na verdade, o capital financeiro que flui sem qualquer controle por todos os pontos do globo pode, agora, se valorizar a taxas de lucros e juros sem precedentes também a partir de atividades realizadas por um exército mundial de trabalhadores --que abundam precisamente nos países populosos ditos emergentes-- sem direitos trabalhistas, sem passado sindical e sem tradição de lutas políticas, que muitas vezes não pagam impostos, que trabalham de dez a 14 horas ao dia e ainda nem sequer precisam de capatazes ou supervisores, porque se acreditam "livres" e patrões de si mesmos.
Essa mudança abrange não apenas as "novas atividades", como as da informática, mas também redefinem e transformam, inclusive, atividades tradicionais, como a dos feirantes.
Quais são os valores dessa classe batalhadora?
Em primeiro lugar, há que ficar bem claro que uma pesquisa sobre valores sociais profundos, como a que realizamos, não pode imaginar que esses valores sejam de fácil acesso e estejam na cabeça das pessoas de modo claro e óbvio.
Ao contrário, como diria Max Weber, a primeira necessidade dos seres humanos não é a de dizer a verdade --muito menos a verdade sobre si mesmos--, mas sim justificar e legitimar a vida que realmente levam.
Por conta disso, uma pesquisa de sociologia crítica é diferente de uma pesquisa meramente quantitativa. Nas pesquisas quantitativas podemos saber, por exemplo, em quem as pessoas vão votar ou que sabonete elas usam, precisamente porque suas autoimagens quase nunca estão em jogo nesse tipo de questão.
Quem se interessa em perceber os estímulos mais profundos da conduta social, ao contrário, tem que realizar um esforço interpretativo e hermenêutico que as pesquisas quantitativas comuns não fazem e perceber os valores na prática cotidiana efetiva da vida das pessoas.
Afinal, valores são aquilo que nos conduzem para um lado e não para outro da vida, mesmo que de modo pré-reflexivo ou inconsciente.
Nós optamos por analisar a vida no trabalho e na família de nossos informantes, de modo a retirar dessas esferas fundamentais os impulsos e estímulos práticos --os tais "valores" na nossa visão-- da conduta de vida.
Neste particular, o horizonte valorativo dos batalhadores pode ser mais bem percebido no confronto com os membros da ralé.
A principal diferença em relação aos excluídos e abandonados sociais é a constituição de uma ética articulada do trabalho duro.
Afinal, não basta querer trabalhar em qualquer área da vida. É necessário também poder trabalhar, ou seja, ter logrado incorporar (literalmente "tornar corpo", de modo pré-reflexivo e automático) os pressupostos emocionais e morais do trabalho produtivo no mercado competitivo.
O capitalismo atual pressupõe crescente incorporação de distintas formas de conhecimento e de capital cultural como porta de entrada em qualquer de seus setores competitivos.
Como esses pressupostos faltam por diversos motivos à ralé, esta é condenada aos trabalhos braçais ou com mínimo de conhecimento, servindo, portanto, de mão de obra barata para qualquer serviço duro, desvalorizado e pesado.
Esse não é o único horizonte dos batalhadores.
Os batalhadores são quase sempre vindos de famílias pobres, mas, no entanto, bem estruturadas, com os papéis de pais e filhos reciprocamente compreendidos, exemplos de perseverança na família e estímulo consequente --baseado em exemplos concretos-- para o estudo e para o trabalho.
Temos nas famílias dessa classe a incorporação e internalização efetiva da tríade disciplina, autocontrole e pensamento prospectivo que sempre está pressuposta tanto em qualquer processo de aprendizado na escola quanto em qualquer trabalho produtivo no mercado competitivo.
Sem disciplina e autocontrole é impossível, por exemplo, concentrar-se na escola --daí que os membros da ralé diziam repetidamente que "fitavam" o quadro negro por horas sem aprender.
Essa "virtude" não é natural, como pensa a classe média que universaliza indevidamente às outras classes suas virtudes e privilégios para depois culpar a vítima do abandono social, como se o abandono e a miséria fossem uma escolha.
Por outro lado, sem pensamento prospectivo --ou seja, a visão de que o futuro é mais importante do que o presente--, não existe sequer a possibilidade de condução racional da vida pela impossibilidade de cálculo e de planejamento e pela prisão no aqui e agora.
No caso dos batalhadores, a incorporação dessa economia emocional e moral mínima é duramente conquistada, às vezes no horizonte do aprendizado familiar, às vezes tardiamente, nas mais diversas formas de socialização religiosa.
Assim, ainda que falte a essa classe o acesso às formas mais valorizadas de capital cultural --monopólio das "verdadeiras" classes médias--, não lhes falta força de vontade, perseverança e confiança no futuro, apesar de todas as dificuldades.
Em um contexto minimamente favorável, como o que vivemos até agora, esse exército de batalhadores se mostra então disponível e atento à menor possibilidade de trabalho rentável e de melhoria das condições de vida por meio, por exemplo, do consumo de bens duráveis que antes lhes eram inatingíveis.
Durante as eleições deste ano, alguns debates ganharam fortes contornos religiosos, como foi o caso da discussão sobre o aborto. A religião é mais importante para os batalhadores do que para a classe média tradicional?
O tema da religião é tão importante para essa classe que até dedicamos toda uma parte do livro a esta temática. Além disso, a socialização religiosa dessa classe perpassa boa parte dos textos construídos a partir das análises empíricas.
É preciso cuidado com esse tema, já que ele pode servir para que se construa uma nuvem de preconceitos contra essa classe.
É, sem dúvida, correto que as religiões evangélicas --como, aliás, todas as religiões em alguma medida-- exigem o sacrifício do intelecto, o que, efetivamente, não ajuda no exercício da tolerância nem no desenvolvimento das capacidades reflexivas dos seres humanos.
Em troca, no entanto, essas religiões oferecem o que a sociedade como um todo, o Estado ou mesmo algumas das famílias menos estruturadas dessa classe jamais deram a eles: confiança em si mesmos, autoestima, esperança e a força de vontade para vencer as enormes adversidades da vida sem privilégios de nascimento.
Nesse sentido preciso, tudo leva a crer que a religião seja efetivamente mais importante para esses setores do que para as classes médias estabelecidas, ainda que nunca tenhamos feito nenhum estudo sistemático. Mas me parece uma hipótese plausível.
E não apenas as religiões evangélicas, que são muito importantes especialmente nos núcleos urbanos. Também a religião católica, no interior do Nordeste, ainda muito forte e atuante, cumpre uma função fundamental de baluarte da solidariedade familiar e como fundamento de uma ética do trabalho em muitos aspectos semelhantes à ética do protestantismo.
Se é verdade que a classe batalhadora não é uma classe média em sentido tradicional, e se aí vai uma crítica, não é possível ao menos imaginar que os filhos dos "batalhadores" terão melhores oportunidades que seus pais? Nesse sentido, a crítica não perderia sua força? Não é possível imaginar que a ascensão à classe média se dará em "duas etapas"?
Sem dúvida que isso é possível. Até porque o Brasil é um país singular no sentido de ser extremamente desigual e, ao mesmo tempo, apresentar forte mobilidade social muitas vezes ascendente.
É preciso, no entanto, também levar em consideração que uma concepção sociocultural das classes sociais implica a percepção de que as mudanças sociais tendem a preservar aspectos importantes da história e da tradição das classes sociais envolvidas nessas mudanças.
Como nos constituímos como seres humanos de modo antes de tudo afetivo e emocional, pela incorporação insensível e pré-reflexiva daquilo e de quem amamos, somos sempre muito mais parecidos com nossos pais --ou de quem quer que tenhamos recebido afeto e amor-- do que as vezes muitos imaginam.
Mas o que é importante é que as mudanças sociais e pessoais são, sim, sempre possíveis. Mais importante ainda é lembrar que as mudanças sociais jamais acontecem apenas pelo jogo das variáveis econômicas.
O aprofundamento dos processos de aprendizado social e político que o Brasil começa a realizar são também fundamentais para a constituição de uma sociedade em que todos tenham efetiva condição de participar da competição social com um mínimo de igualdade de condições, que é o que muitos entre nós desejam.
A nova classe batalhadora faz surgir um novo tipo de preconceito no Brasil?
Sem dúvida. Basta olhar qualquer das revistas que analisam o padrão de consumo dessa classe sob a égide da visão de mundo da classe média estabelecida. Ela aparece sempre como um tanto vulgar e sem o "bom gosto" que caracterizaria os estratos superiores.
Como regra geral, as classes superiores se veem sempre como as "classes do espírito", da personalidade refinada e sensível, e percebem as classes baixas como as "classes do corpo" e, portanto, rudes, primitivas e sem refinamento.
Uma das características dos "batalhadores" parece ser a precariedade da situação econômica e social. De que forma o governo pode melhorar ou piorar a situação dessa classe?
Eu acho fundamental o aprofundamento mais consequente tanto da política social --no sentido de que apenas uma pequena ajuda econômica tópica não irá retirar o um terço de brasileiros da exclusão e do abandono-- quanto de políticas de crédito e de estímulo aos batalhadores.
A "parte de baixo" da população brasileira tem demonstrado sobejamente que consegue transformar qualquer pequena ajuda em progresso social e econômico significativo que interessa e beneficia a todos os setores da sociedade inclusive os superiores.

"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.” (Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Seu pendrive tem blutufe?

Crônica.
Autoria desconhecida.

Haroldo tirou o papel do bolso, conferiu a anotação e perguntou à balconista:
- Moça, vocês têm pendrive?
- Temos, sim.
- O que é pendrive? Pode me esclarecer? Meu filho me pediu para comprar um.
- Bom, pendrive é um aparelho em que o senhor salva tudo o que tem no computador.
- Ah, como um disquete...
- Não. No pendrive o senhor pode salvar textos, imagens e filmes. O disquete, que nem existe mais, só salva texto.
- Ah, tá bom. Vou querer.
- Quantos gigas?
- Hein?
- De quantos gigas o senhor quer o seu pendrive?
- O que é giga?
- É o tamanho do pen.
- Ah, tá. Eu queria um pequeno, que dê para levar no bolso sem fazer muito volume.
- Todos são pequenos, senhor. O tamanho, aí, é a quantidade de coisas que ele pode arquivar.
- Ah, tá. E quantos tamanhos têm?
Dois, quatro, oito, dezesseis gigas...
- Hmmmm, meu filho não falou quantos gigas queria.
- Neste caso, o melhor é levar o maior.
- Sim, eu acho que sim. Quanto custa?
- Bem, o preço varia conforme o tamanho. A sua entrada é USB?
- Como?
- É que para acoplar o pen no computador, tem que ter uma entrada compatível.
- USB não é a potência do ar condicionado?
- Não, aquilo é BTU.
- Ah! É isso mesmo. Confundi as iniciais. Bom, sei lá se a minha entrada é USB.
- USB é assim ó: com dentinhos que se encaixam nos buraquinhos do computador. O outro tipo é este, o P2, mais tradicional, o senhor só tem que enfiar o pino no buraco redondo. O seu computador é novo ou velho? Se for novo é USB, se for velho é P2.
- Acho que o meu tem uns dois anos. O anterior ainda era com disquete. Lembra do disquete? Quadradinho, preto, fácil de carregar, quase não tinha peso. O meu primeiro computador funcionava com aqueles disquetes do tipo bolacha, grandões e quadrados. Era bem mais simples, não acha?
- Os de hoje nem têm mais entrada para disquete. Ou é CD ou pendrive.
- Que coisa! Bem, não sei o que fazer. Acho melhor perguntar ao meu filho.
- Quem sabe o senhor liga pra ele?
- Bem que eu gostaria, mas meu celular é novo, tem tanta coisa nele que ainda não aprendi a discar.
- Deixa eu ver. Poxa, um Smarthphone! Este é bom mesmo! Tem Bluetooth, woofle, brufle, trifle, banda larga,
teclado touchpad, câmera fotográfica, flash, filmadora, radio AM/FM, TV digital, dá pra mandar e receber e-mail, torpedo
direcional, micro-ondas e conexão wireless....
- Blu... Blu... Blutufe? E micro-ondas? Dá prá cozinhar com ele?
- Não senhor. Assim o senhor me faz rir. É que ele funciona no sub-padrão, por isso é muito mais rápido.
- Pra que serve esse tal de blutufe?
- É para um celular comunicar com outro, sem fio.
- Que maravilha! Essa é uma grande novidade! Mas os celulares já não se comunicam com os outros sem usar fio?
Nunca precisei fio para ligar para outro celular. Fio em celular, que eu saiba, é apenas para carregar a bateria...
- Não, já vi que o senhor não entende nada, mesmo. Com o Bluetooth o senhor passa os dados do seu celular para
outro, sem usar fio. Lista de telefones, por exemplo.
- Ah, e antes precisava fio?
- Não, tinha que trocar o chip.
- Hein? Ah, sim, o chip. E hoje não precisa mais chip...
- Precisa, sim, mas o Bluetooth é bem melhor.
- Legal esse negócio do chip. O meu celular tem chip?
- Momentinho... Deixa eu ver... Sim, tem chip.
- E faço o quê, com o chip?
- Se o senhor quiser trocar de operadora, portabilidade, o senhor sabe.
- Sei, sim, portabilidade, não é? Claro que sei. Não ia saber uma coisa dessas, tão simples? Imagino, então que para
ligar tudo isso, no meu celular, depois de fazer um curso de dois meses, eu só preciso clicar nuns duzentos botões...
- Nããão! É tudo muito simples, o senhor logo apreende. Quer ligar para o seu filho? Anote aqui o número dele. Isso. Agora é só teclar, um momentinho, e apertar no botão verde... pronto, está chamando.
Haroldo segura o celular com a ponta dos dedos, temendo ser levado pelos ares,
para um outro planeta:
- Oi filhão, é o papai. Sim. Me diz, filho, o seu pen drive é de quantos... Como é mesmo o nome? Ah, obrigado, quantos
gigas? Quatro gigas está bom? Ótimo. E tem outra coisa, o que era mesmo? Nossa conexão é USB? É? Que loucura.
Então tá, filho, papai está comprando o teu pen drive. De noite eu levo para casa.
- Que idade tem seu filho?
- Vai fazer dez em março.
- Que gracinha...
- É isso moça, vou levar um de quatro gigas, com conexão USB.
- Certo, senhor. Quer para presente?
Mais tarde, no escritório, examinou o pendrive, um minúsculo objeto, menor do que um isqueiro, capaz de gravar filmes! Onde iremos parar? Olha, com receio, para o celular sobre a mesa. "Máquina infernal", pensa. Tudo o que ele quer é um telefone, para discar e receber chamadas. E tem, nas mãos, um equipamento sofisticado, tão complexo que ninguém que não seja especialista ou tenha a infelicidade de ter mais de quarenta, saberá compreender.
Em casa, ele entrega o pen drive ao filho e pede para ver como funciona. O garoto insere o aparelho e na tela abre-se uma janela. Em seguida, com o mouse, abre uma página da internet,
em inglês. Seleciona umas palavras e um 'havy metal' infernal invade o quarto e os ouvidos de Haroldo. Um outro clique e, quando a música termina, o garoto diz:
- Pronto, pai, baixei a música. Agora eu levo o pendrive para qualquer lugar e onde tiver uma entrada USB eu posso
ouvir a música. No meu celular, por exemplo.
- Teu celular tem entrada USB?
- É lógico. O teu também tem.
- É? Quer dizer que eu posso gravar músicas num pen drive e ouvir pelo celular?
- Se o senhor não quiser baixar direto da internet...
Naquela noite, antes de dormir, deu um beijo em Clarinha e disse:
- Sabe que eu tenho Blutufe?
- Como é que é?
- Bluetufe. Não vai me dizer que não sabe o que é?
- Não enche, Haroldo, deixa eu dormir.
- Meu bem, lembra como era boa a vida, quando telefone era telefone, gravador era gravador, toca-discos tocava discos e a gente só tinha que apertar um botão, para as coisas funcionarem?
- Claro que lembro, Haroldo. Hoje é bem melhor, né?
Várias coisas numa só, até Bluetufe você tem. E conexão USB também.
- Que ótimo, Haroldo, meus parabéns.
- Clarinha, com tanta tecnologia a gente envelhece cada vez mais rápido. Fico doente de pensar em quanta coisa existe, por aí, que nunca vou usar.
- Ué? Por quê?
- Porque eu recém tinha aprendido a usar computador e celular e tudo o que sei já está superado.
- Por falar nisso temos que trocar nossa televisão.
- Ué? A nossa estragou?
- Não. Mas a nossa não tem HD, tecla SAP, slowmotion e reset.
- Tudo isso?
- Tudo.
- A nova vai ter blutufe?
- Boa noite, Haroldo, vai dormir que eu não aguento mais...

(autor desconhecido)

Estudantes da 7º série transformam lenda africana em filme - Portal Vermelho

Link:http://www.vermelho.org.br/tvvermelho/noticia.php?id_secao=29&id_noticia=147342

Link You Tube Baú de Histórias:


http://www.youtube.com/results?search_type=videos&search_query=bau+de+historias&suggested_categories=24%2C26&page=1

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Faperj Apoiará Grupos de Pesquisa Emergentes com R$ 20 Milhões

Jornal da Ciência (JC E-Mail)
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Edição 4155


Chamada do Programa de Apoio a Núcleos Emergentes de Pesquisa (Pronem) foi lançada nesta quinta-feira, dia 9, pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj)
O Pronem é resultado de parceria entre a Faperj e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O objetivo é incentivar atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, visando à consolidação de grupos considerados emergentes em instituições de ensino e/ou pesquisa fluminenses.

Lançado pela primeira vez em 2008, o Pronem inicialmente contou apenas com recursos da Faperj. Por proposta da agência de fomento do Rio, o programa passou a fazer parte dos instrumentos de fomento do CNPq, em parceria com as FAPs dos demais estados da federação.

"É indispe nsável que se dirija um olhar diferenciado para os jovens e promissores pesquisadores", diz o diretor presidente da Faperj, Ruy Garcia Marques. "Com a parceria com o CNPq, mais uma vez se propicia, exclusivamente a grupos emergentes de pesquisa, com projetos de reconhecido mérito, o acesso ao sistema de fomento, com recursos superiores aos habitualmente destinados. Outras iniciativas similares devem ser encorajadas", completa.

De acordo com o edital entende-se como grupo emergente aqueles grupos de pesquisa já estabelecidos ou em fase de implantação, liderados por pesquisadores com até dez anos de doutoramento, cujo núcleo seja constituído por ao menos três pesquisadores com linha de pesquisa comum ou complementar.

Dos R$ 20 milhões previstos na chamada recém-lançada R$ 12 milhões vêm do CNPq e R$ 8 milhões vêm da Faperj. As propostas poder&atild e;o ser classificadas em três faixas: A) valores entre R$ 300.001 e R$ 500 mil; B) valores entre R$ 150.001 e R$ 300 mil; e C) valores inferiores ou iguais a R$ 150 mil.

Os proponentes têm até o dia 24 de fever eiro de 2011 para apresentar propostas. A entrega da cópia impressa da documentação deverá ser feita até 3 de março de 2011. A divulgação dos resultados está prevista para ser feita a partir de 5 de maio de 2011.

Confira a íntegra do edital em:
http://www.faperj.br/redir.php?obj_id=6864
(Boletim On-line da Faperj)

Transmisión vía Internet de la Mesa redonda sobre la situación actual en Egipto y Túnez

Estimados amigos,

Hacemos de su conocimiento que la Mesa redonda sobre la situación actual en Egipto y Túnez que se llevará a cabo a las 17:00 hrs. del día de hoy (hora del centro de México), será transmitida vía Internet en la siguiente dirección electrónica: http://www.colmex.mx/

Saludos cordiales,

Centro de Estudios de Asia y África

El Colegio de México

El Colegio de México

Centro de Estudios de Asia y África

se complace en invitar a la mesa redonda

Situación actual en Medio Oriente: las crisis de Túnez y Egipto

Participan

Claudia Barona (ITESM)
Indira Bernal (Doctorado CEAA/COLMEX- ITESM)

Gilberto Conde (COLEF)

Farid Kahhat (CIDE)

Chami Khaled (CEAA/COLMEX)

Luis Mesa (CEAA/COLMEX)

Doris Musalem (UAM-X)

María de Lourdes Sierra (FCPyS UNAM)

Wilda Western (UACM)

Jueves, 10 de febrero de 2011

17:00 Hrs., Sala Alfonso Reyes

El Colegio de México

Camino al Ajusco Núm. 20 Col. Pedregal de Santa Teresa, México, D.F.

Série Índios no Brasil online

Olá Professores e Parceiros do VNA,

Gostaríamos de lhes contar que a série de programas produzida para a TV Escola, Índios no Brasil, está disponível para visionamento e download no nosso canal do vimeo http://www.vimeo.com/videonasaldeias e a partir do link http://www.videonasaldeias.org.br/2009/indios_no_brasil.php.

E que outros filmes de curta duração podem ser encontrados disponíveis em nosso canal do youtube http://www.youtube.com/user/VideoNasAldeias e em nosso site www.videonasaldeias.org.br.

Peço desculpas aos professores que já receberam essa notícia, se for o caso de qualquer um de vocês que nos lêem agora.

Vamos manter contato,

Até mais,

Milene Migliano
Vídeo nas Aldeias
Rua de São Francisco, 162, Carmo,
Olinda, PE
CEP 53120-070 Brasil
Tel/Fax: 0055 81 3493 3063
www.videonasaldeias.org.br

You Tube: http://br.youtube.com/user/VideoNasAldeias

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

LISTA DE LOJAS DE BANDIDOS QUE ATUAM NA INTERNET NO BRASIL.

Aí vai a relação das lojas que estão na Internet relacionadas a golpes:
os preços são altamente competitivos, exigem deposito antecipado e pedem de 15 a 20 dias para entregar a mercadoria. Tempo suficiente para aplicar o golpe e lesar milhares de pessoas. A maior quadrilha age em Araçatuba, SP e a polícia não investiga esses crimes.
Por isso, quando for fazer uso dos serviços bancários pela internet, siga as 4 dicas abaixo para verificar a autenticidade do site e evite, sempre que possível fornecer o número do seu cartão de crédito. Peça para pagar em boleto bancário.
1 – Depois do http aparece a letra “s” que significa “security”(segurança). Se não aparecer a s é sinal que algo está errado. Comece a desconfiar. Aparecendo o HTTPS você já está 99% seguro quanto ao site.

2 - Minimize a página: se o teclado virtual for minimizado também, está correto, no entanto, se ele permanecer na tela sem minimizar, é pirata! Não tecle nada.

3 - Sempre que entrar no site do banco, digite sua senha ERRADA na primeira vez . Se aparecer uma mensagem de erro significa que site é realmente do banco, porque o sistema tem como checar a senha digitada. Mas se digitar a senha errada e não acusar erro é mau sinal. Sites piratas não tem como conferir a informação, o objetivo é apenas capturar a senha.

4 - Sempre que entrar no site do banco, verifique se no rodapé da página parece o ícone de um cadeado.
Clique 2 vezes sobre esse ícone e uma pequena janela com informações sobre a autenticidade do site deve aparecer. Em alguns sites piratas o cadeado pode até aparecer, mas será apenas uma imagem e ao clicar 2 vezes sobre ele, nada irá acontecer.

Os 4 pequenos procedimentos acima são simples, mas garantirão que você jamais seja vítima de fraude virtual.

Acabaram de sumir com o site www.eletrosampa.com.br, após haver lesado milhares.

Digite o nome eletrosampa no google e veja você mesmo.

Aí vai a lista de lojas de quadrilhas, tenham muito cuidado:

01- ascomputadores.com.br
02- atamicro.com.br
03- atashop.com.br
04- atualmicro.com.br
05- audy.com.br
06- belashop.com.br
07- birishop.com.br
08- bondcompras.com.br
09- buskofertas.com.br
10- claudilivros.com.br
11- clicmicros.com.br
12- compuserveinfo.com.br
13- computecnet.com
14- computronics.com.br
15- cristalshop.com.br
16- cyberfast.com.br
17- ddshop.com.br
18- devairgames.com.br
19- digitalpcs.com.br
20- ecportal.com.br
21- eletromicro.com.br
22- eletrototal.com.br
23- euronote.com.br
24- fiveshop.com.br
25- futuracomputadores.com.br
26- galeriashop.com.br
27- insidecomputers.com.br
28- kaled.com.br
29- kapella.com.br
30- katoecia.com
31- lehugo.com.br
32- litetelecom.com.br
33- matrixshop.com.br
34- maxisound.com.br
35- microata.com.br
36- microfest.com.br
37- multishopcompras.com.br
38- navegantes.com.br
39- netmicros.com.br
40- netstart.com.br
41- nikishop.com.br
42- notestar.com.br
43- oferta10.com.br
44- pcihouse.com.br
45- pcishop.com.br
46- pcvitrine.com.br
47- perfumesreal.com.br
48- portalmicro.com.br
49- ravelnet.com.br
50- rgsuprimentos.com.br
51- saturtec.com.br
52- shopamerica.com.br
53- shopsummer.com.br
54- viaclic.com.br
55- digitalplay.com.br

SEPPIR e Agências da ONU no Brasil discutem ações no Ano Internacional dos Afrodescendentes‏

A Ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), reuniu-se, no dia 26 de janeiro, com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil. Para além da apresentação formal da nova ministra ao staff das Nações Unidas, a reunião resultou numa fértil troca de idéias e sugestões de projetos e ações a serem realizados, de forma conjunta, no Ano Internacional dos Afrodescendentes - como o ano de 2011 foi lançado pela própria ONU.

Responsáveis por parcerias com a SEPPIR em vários e importantes projetos com recorte racial, as agências da ONU foram representadas, no encontro, pelo Coordenador Residente do Sistema ONU no Brasil, Jorge Chediak; Coordenadora da UNICEF no Brasil e do GT Interagencial Raça e Etnia, Marie Pierre Poirer; Representante Adjunto da UNESCO, Lucien Muñoz; assim como pela Diretora Regional para o Brasil e o Cone Sul, Rebecca Reichmann Tavares; Representante no Brasil, Harold Robinson; e pela Diretora para o Brasil, Laís Abramo.
Também participaram da reunião - realizada no Edifício João Saad, onde funcionam as Secretarias de Políticas para Comunidades Tradicionais e de Políticas de Ações Afirmativas da SEPPIR – o Diretor de Cooperação e Desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Mário Theodoro, além da Chefe da Assessoria Internacional da SEPPIR, Magali Naves, e do Assessor para Cooperação Internacional, Daniel Brasil.
“No que se refere ao trabalho cotidiano da SEPPIR com a ONU, existe uma base muito boa. Acho importante que, no Ano Internacional dos Afrodescendentes, demos escala, ampliemos, o que já está acontecendo”, afirmou a ministra Luiza Bairros, chamando a atenção para o fato de, em 2011, também estar se completando dez anos da III Conferência Internacional Sobre Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, realizada, sob coordenação das Nações Unidas, em Durban, na África do Sul, em setembro de 2001.
“Costumo dizer que somos parte da equipe (da SEPPIR), porque o mandato da Secretaria coincide com nosso diagnóstico e nossas intenções de trabalho no Brasil”, avaliou o Coordenador do Sistema ONU no país, Jorge Chediak, reafirmando as relações positivas entre a SEPPIR e aquele organismo. “Como afirmou a ministra, este é o Ano Internacional dos Afrodescendentes, e queremos criar oportunidades para mantê-los na atividade pública. Ano passado, o Brasil aprovou o Estatuto da Igualdade Racial, mas agora o desafio é implementar esta legislação e também aperfeiçoá-la”, acrescentou Chediak.
No encontro, Luiza Bairros lembrou que, no ano 2000, se deu uma aproximação maior entre os movimentos negros brasileiros e a ONU. De acordo com a ministra, foi nesta ocasião que a parcela da sociedade civil organizada que luta contra o racismo, a discriminação racial e suas conseqüências, interpelou as Nações Unidas sobre o quê a organização poderia realizar para somar esforços e fazer avançar as lutas negras no Brasil. “Neste sentido, depois de passados dez anos, a questão que se coloca é como passarmos a um outro patamar”, disse Luiza Bairros. “Gostaria que a marca do Ano fosse cada um contribuir com esta agenda, com ações concretas, objetivas, realizadas de forma a impactar a inclusão dos afrobrasileiros em nossa sociedade”, propôs.

Já Mário Theodoro chamou a atenção para a importância que tem, para a sociedade brasileira, a manifestação dos organismos internacionais em relação, sobretudo, à questão racial. “Não é à toa que Durban é um marco, assim como também foi palco de um debate internacional no qual o Brasil se coloca. Historicamente, o que se observa é que a intervenção internacional na área racial no Brasil, desde o Projeto Unesco, também é um marco e, portanto, esta cooperação para nós é algo de muita importância”.

O grupo voltará a se reunir em breve, já que os representantes de todas as agências da ONU e da SEPPIR receberam, propuseram e discutiram, com entusiasmo, formas de intensificação dos projetos e ações já em curso, assim como a criação de novas iniciativas para o Ano Internacional dos Afrodescendentes.

Por Comunicação Social da SEPPIR/ PR

domingo, 6 de fevereiro de 2011

CONGRESO INTERNACIONAL DE ALADAA. MARZO 2011, BOGOTÁ, COLOMBIA.

O site da ALADAA é :
Link: http://www.aladaa.com.ar/

O site com informações do Congresso:
Link: http://ceaa.colmex.mx/aladaa/

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Revista da ABPN - Volume 1, número 3, nov. 2010 - fev. 2011 -

Revista da ABPN - Volume 1, número 3, nov. 2010 - fev. 2011 -
http://www.abpn.org.br/Revista/index.php/edicoes/index

Apresentação

Ana Flávia Magalhães Pinto, Eliane Cavalleiro e Tatiane Cosentino Rodrigues


Mulheres e homens negros são sujeitos de conhecimento, sim! Não há dúvida. Ressaltando esta feliz realidade, apresentamos o terceiro número da Revista da ABPN. Após um ano de trabalho árduo, temos motivos para comemorar e, mais do que isso, avaliar nossas conquistas e desafios para dar continuidade ao projeto.

No que diz respeito ao público e à recepção deste periódico científico, os números são animadores. Já são quase 8 mil visitas à Revista, com acessos vindos das Américas, da África e da Europa. Cada texto teve uma média de 300 acessos realizados por leitores(as) brasileiros(as) e de países como Estados Unidos, Portugal, França, México, Colômbia, Uruguai, Argentina, Moçambique, Senegal, Canadá, Espanha, entre outros.

A contribuição do público local foi decisiva. Todavia, temos que reconhecer que essa interlocução demonstrada pelos números deve muito ao diálogo estabelecido com intelectuais negros(as) de diversos pontos da Diáspora e do próprio continente africano, entre os quais se encontram aqueles(as) que nos enviaram seus textos para enriquecer e diversificar o debate.

O cenário é, pois, propício para reafirmar o compromisso da Revista da ABPN com a construção de uma crítica epistemológica da realidade e da organizaçao social do conhecimento. De tal sorte, a organização deste terceiro número buscou ampliar essa interlocução entre intelectuais da Diáspora Negra, tanto no que diz respeito às origens geográficas dos(as) autores(as) quanto às suas áreas e perspectivas analíticas.

O primeiro artigo “Territórios ancestrais afro-equatorianos: uma proposta para o exercício da autonomia territorial e dos direitos coletivos”, de Jhon Antón Sánchez, apresenta uma discussão sobre a recente experiência do povo afro-equatoriano em sua relação com o novo Estado plurinacional, tal como disposto na Constituição de 2008. Na medida em que a garantia dessa autonomia está estreitamente vinculada ao controle político dos territórios ancestrais, Sánchez ressalta os entraves históricos e as pressões econômicas que podem comprometer a implementação das novas “circunscrições territoriais” afro-equatorianas, peça-chave desse processo.

A relação entre reconhecimento de direitos coletivos à terra e garantia de autonomia é também um tema abordado por Paula Balduino de Melo. Em “Quilombos: transição da condição de escravizado à de camponês livre”, a autora desenvolve uma reflexão sobre os problemas enfrentados por indivíduos e comunidades negras rurais para se constituir como sujeitos políticos na luta por reforma agrária no Brasil.

Por sua vez, Arivaldo Santos Souza retoma o debate sobre racismo institucional no Brasil − que tem se valido, sobretudo, do conceito britânico apresentado no relatório Macpherson − e propõe um aprofundamento da discussão, a fim de que a crítica possa ir além da responsabilização das instituições e passe a encarar o sistema de crenças racistas que antecede a existência daquelas, conforme defendido no conceito original, formulado por intelectuais do movimento Black Power, nos anos 1960.

Os artigos de Jaime Amparo-Alves e Claudia Mosquera Rosero-Labbé servem, pois, para iluminar o alcance da problematização levantada por Souza. Em “Necro-política racial: a produção espacial da morte na cidade de São Paulo”, Amparo-Alves recorre a dados empíricos para demonstrar a vigência de uma dinâmica de “espacialização da morte” na maior cidade do país, marcada por uma maior incidência de óbitos decorrentes, sobretudo, de doenças evitáveis, bem como da violência homicida dirigida ao grupo populacional negro. Já Claudia Mosquera aproveita as atuais comemorações do bicentenário da Independência colombiana e coloca em xeque as limitações impostas à cidadania dos afrodescendentes no país, sem deixar de apresentar questionamentos à própria atuação dos movimentos sociais negros colombianos, no que toca as estratégias de encaminhamento das demandas estruturadas ao longo das últimas décadas.

No âmbito da historiografia, este número oferece dois artigos que compartilham o interesse pelas experiências de conflitos, ajustamentos e reelaborações socioculturais na Diáspora Africana. A partir de processos crime, jornais e textos memorialísticos, Washington Santos Nascimento desenvolve os argumentos do artigo “Depois do Treze de Maio: representações sobre ex-escravos e seus descendentes em Vitória da Conquista, Bahia (1888-1930)”. O autor chama atenção tanto para a participação dos negros no comércio escravista da região quanto para os conflitos raciais no pós-abolição. A narrativa ilumina ainda algumas trajetórias de indivíduos negros, que permitem entrever modos e estratégias estabelecidas por esses sujeitos para estar e sobreviver numa sociedade racializada e fundada na escravidão. Por seu turno, “Entre a África e o Recife: interpretações do Culto Chambá”, Valéria Gomes Costa apresenta um estudo comparativo cuja finalidade é dimensionar aproximações e distanciamentos entre as práticas culturais verificadas no Terreiro Santa Bárbara, de Nação Xambá, e aquelas reproduzidas pelos chambas, etnia habitante das regiões do Mapeo e do Yeli, localizadas nos atuais Nigéria, Camarões e Togo.

A Literatura Feminina Negra é outro assunto de destaque nesta coletânea. Miriam Alves e Francineide Santos Palmeira, a partir de diferentes perspectivas, apresentam um balanço crítico da produção literária das mulheres negras e ressaltam a importância da afirmação desse sujeito de fala negligenciado e silenciado entre os cânones da literatura nacional.

Já o último artigo tem como foco a Educação. Fernanda Santos, em “Práticas Pedagógicas nas Relações Étnico-raciais: Identidade e Memória” apresenta os resultados de sua pesquisa-ação numa turma de Educação de Jovens e Adultos, em Niterói, tendo como objetivo desenvolver e compartilhar práticas pedagógicas voltadas para a implementação da Lei n. 10.639/03.

Tal como entre os artigos, a seção de resenhas também buscou contemplar a diversidade temática de interesse da Revista. Os textos críticos dedicaram atenção às seguintes obras: Mocambos de Palmares: histórias e fontes (séc. XVI-XIX), organizado pelo historiador Flávio Gomes; A Cosmovisão africana no Brasil – elementos para uma filosofia afrodescendente, de Eduardo David de Oliveira; A África deve unir-se, do pensador e político ganense Kwame Nkrumah; e Os nove pentes d'África, de Cidinha da Silva.

Desejando a todos(as) uma boa leitura, aproveitamos para agradecer o trabalho comprometido dos membros dos Conselhos Editorial e Consultivo da Revista, bem como dos demais pareceristas, em sua decisiva contribuição para a nem sempre tranquila tarefa de análise e qualificação dos artigos submetidos. Sigamos, então, com nosso compromisso para que em 2011 seja possível continuar crescendo com a colaboração de todos e todas.

ONU proclama 2011 como Ano Internacional para Afro-Descendentes

O Secretário-Geral, Ban Ki-moon explicou num discurso que o objetivo do evento, que será marcado em 2011 é fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africanos. A iniciativa também quer promover o respeito à diversidade e herança culturais.

Numa entrevista à Rádio ONU, de Cabo Verde, antes do lançamento, o historiador guineense Leopoldo Amado, falou sobre a importância de se conhecer as origens africanas, ao comentar o trabalho feito com quilombolas no Brasil.

“Esses novos quilombolas têm efetivamente o objetivo primordial de fortalecer linhas de contato. No fundo restituir-se. Restituir linhas de contatos, restituir aquilo que foi de alguma forma quebrada, aquilo que foi de alguma forma confiscada dos africanos, que é a possibilidade de reestabelecer a ligação natural entre aqueles que residem em África, que continuam a residir em África e a dimensão diaspórica deste mesmo resgate. A dimensão diaspórica da África é efetivamente larga e grande”, disse.

Ban lembrou que as pessoas de origem africana estão entre as que mais sofrem com o racismo, além de terem negados seus direitos básicos à saúde de qualidade e educação.

A comunidade internacional já afirmou que o tráfico transatlântico de escravos foi uma tragédia apavoradora não apenas por causa das barbáries cometidas, mas pelo desrespeito à humanidade.

O Secretário-Geral concluiu a mensagem sobre o Ano Internacional para os Descendentes de Africanos, a lembrar que a Declaração de Durban e o Programa de Ação que pede aos governos para assegurarem a integração total de afro-descedentes em todos os aspectos da sociedade.

http://africas.com.br/site/index.php/archives/6568

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

UM OUTRO MUNDO AO POVO NEGRO É POSSIVEL

A organização Movimento Negro Unificado tem o papel de lutar pelo Poder ao Povo Negro Brasileiro como também Pela libertação de todos os negros e oprimidos espalhados pelo mundo, digo isso devido aos quadros formuladores que nele pertence com amplo conhecimento do racismo e de qualquer outra forma de opressão. Essa organização nasce em pleno regime militar com o papel de ser uma organização do povo negro de esquerda. Devemos com isto discutir profundamente a trajetória vivida pelo nosso povo, o papel dessa esquerda partidária; o papel dos movimentos sociais de esquerda; as oportunidades construídas com o nosso sangue, suor e lagrimas e a convivência com o futuro possível. Vivemos num mundo globalizado onde o financeiro (dinheiro) através do consumismo é o centro de tudo, com empresas multinacionais se instalando no mundo desrespeitando os costumes locais, a ética, invadindo e desconstruindo uma historia social sem autorização legal ou moral de mudar as vidas e vontades dos cidadãos. Temos que compreender as grandes mazelas deixadas pela globalização como o deslocamento de pessoas de um determinado lugar para outro, pois há milhões de pessoas com sede, fome e vivendo abaixo da linha da pobreza no mundo. No Brasil isso se apresenta nitidamente no êxodo rural e também no deslocamento vivido cotidianamente dentro dos centros urbanos. Devemos perceber é que as pessoas financeiramente estabelecidas no Brasil não estão buscando os seus direitos e sim privilégios e as em condições precárias em sua grande maioria negras quer ter diretos, pois não tem a tão sonhada cidadania. Nós do MNU devemos nos antecipar e propor uma discussão onde o desenvolvimento deixe de ser o dinheiro e passe a ser a (o) “mulher e o homem”, que a globalização esteja centrada na utilização correta dos recursos naturais, financeiros e principalmente nos princípios e costumes históricos étnicos – raciais dos povos no mundo. Devemos propor outra globalização observando os países que estão em processo de desenvolvimento econômico, social e cultural como Índia, Rússia, Irã, África do Sul e principalmente a China Comunista que utiliza o capitalismo (atraindo empresas multinacionais) para seus propósitos, preservando toda a sua cultura e seus costumes milenares e Cuba país que mesmo cercado pela opressão segui o seu lema de liberdade e comunismo. Nós povo negro brasileiro temos um caminho a trilhar que passa pela construção de uma ordem política ideológica RASOCIAL, tendo seu processo nascedouro de construção internacional no Fórum Social Mundial no estado do Rio Grande do Sul com a criação do Espaço Quilombo que ao longo do tempo se desenvolve tornando no COMITÊ INTERNACIONAL DE REPARAÇÃO E RENASCIMENTO AFRICANO.
Adeildo Araújo. adeildomnu@ig.com.br

Membro do Campo Nossa Luta Unificada MNU/PE.

24 de janeiro de 2011.