El Journal of Research in Peace, Gender and Development (JRPGD) hace llegar su convocatoria a presentación de manuscritos para ser considerados para publicación. Su editor en Jefe es el Dr. Chris Allen (Universidad de Birmingham, Reino Unido). Para tener más información sobre esta publicación (normas editoriales, editorial, etc.) por favor, diríjanse a: http://interesjournals.org/JRPGD/index.htm
Atentamente,
Lía Rodriguez de la Vega.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
A arte de ouvir
Henning Mankell* | Tradução: Paulo Cezar de Mello
Cheguei à África com um objetivo: queria ver o mundo do lado de fora da perspectiva egocentrista européia. Podia ter escolhido a Ásia ou a América do Sul. Acabei na África porque a passagem aérea para lá era mais barata.
Vim e fiquei. Durante quase 25 anos, vivi em Moçambique em períodos alternados. O tempo passou e eu não sou mais jovem. Na realidade, estou chegando à velhice. Mas a minha razão de levar essa existência escarranchada, com um pé na areia africana e outro na neve européia— na melancólica região de Norrland, Suécia, onde cresci —, tem a ver com a vontade de ver com clareza, de compreender.
O modo mais simples de explicar o que aprendi com minha vida na África é recorrer à parábola sobre a razão de os seres humanos possuírem duas orelhas mas só uma língua. Por que isso? Provavelmente porque precisamos ouvir duas vezes mais do que falar.
Na África, ouvir é um princípio orientador. Princípio que tem se perdido na tagarelice ininterrupta do mundo ocidental, onde ninguém parece ter tempo nem mesmo desejo de ouvir quem quer que seja. Pela minha própria experiência, percebi como a necessidade que tenho de responder a uma pergunta durante uma entrevista para a TV ficou mais urgente do que era dez, quem sabe cinco anos atrás. É como se tivéssemos perdido completamente a capacidade de ouvir. Falamos, falamos e acabamos amedrontados pelo silêncio, o refúgio daqueles que ficam sem saber o que responder.
Sou velho o bastante para lembrar a época em que a literatura sul-americana emergiu na consciência popular e mudou para sempre nossa visão da condição humana e do significado de ser humano. Agora, penso que chegou a vez da África.
Por toda parte, gente do continente africano escreve e conta estórias. Com certeza, a literatura africana logo estará pronta a irromper na cena mundial — assim como aconteceu com a literatura sul-americana anos atrás, quando Gabriel García Márquez e outros conduziram uma revolta tumultuosa e altamente emocional contra verdades arraigadas. Brevemente um jorro literário africano oferecerá uma nova perspectiva sobre a condição humana. O escritor moçambicano Mia Couto, por exemplo, criou um realismo mágico africano que mistura linguagem escrita com as grandes tradições orais da África.
Se formos capazes de ouvir, vamos descobrir que muitas narrativas africanas apresentam estruturas completamente diferentes do que estamos acostumados. Eu simplifico demais, claro. No entanto, todo mundo sabe que há verdade no que estou dizendo: a literatura ocidental é normalmente linear; vai do começo ao fim sem grandes digressões no espaço ou no tempo.
Não é o que acontece na África. Aqui, em vez de narrativa linear, existem narrativas desimpedidas e exuberantes que saltam para trás e para frente no tempo e fundem passado e presente. Alguém que morreu há muito tempo pode intervir sem cerimônia numa conversa entre duas pessoas perfeitamente vivas. Isto só para dar um exemplo.
Os nômades que ainda habitam o deserto de Kalahari são conhecidos por contar estórias entre si durante suas caminhadas de um dia inteiro para procurar raízes comestíveis e animais de caça. Com frequência há mais de uma estória se desenrolando ao mesmo tempo. Às vezes, três ou quatro estórias seguem paralelas. Mas, antes de voltar para o local onde passarão a noite, eles procuram entrelaçar as estórias ou separá-las de vez, dando a cada uma sua própria conclusão.
Uns tantos anos atrás, sentei-me em um banco de pedra do lado de fora do Teatro Avenida em Maputo, Moçambique, onde eu trabalho como consultor artístico. Era um dia quente, e estávamos fazendo um intervalo nos ensaios a fim de dar uma escapada lá para fora, esperando que soprasse uma brisa fresca. Fazia tempo que o sistema de ar condicionado do teatro deixara de funcionar. Devia fazer mais de 38 graus lá dentro enquanto trabalhávamos.
Dois velhos africanos estavam sentados no banco, mas havia lugar também para mim. Na África, compartilha-se mais do que apenas água, um hábito fraternal. Mesmo quando se trata de sombra, as pessoas são generosas.
Ouvi os dois falarem de um terceiro homem velho que havia morrido recentemente. Um deles disse: “Eu estava de visita em sua casa. Ele começou a me contar uma estória assombrosa sobre algo que aconteceu quando ele era jovem. Mas a estória era longa. Veio a noite e concordamos que eu devia voltar no dia seguinte para ouvir o resto. Só que, quando eu voltei, ele tinha morrido.”
O homem caiu em silêncio. Resolvi que não deixaria aquele banco enquanto não escutasse a resposta que o outro daria ao que tinha ouvido. Tive um sentimento instintivo de que isso seria importante.
Finalmente, ele também falou:
“Não é um jeito bom de morrer — antes de ter contado o final da sua estória.”
Enquanto eu ouvia aqueles dois velhos, ocorreu-me que um termo para nomear nossa espécie, mais verdadeiro do que Homo sapiens, poderia ser Homo narrans, a pessoa que narra, que conta estórias. O que nos diferencia dos animais é o fato de que podemos escutar os sonhos, medos, alegrias, tristezas, desejos e frustrações das outras pessoas — e elas, por sua vez, podem escutar os nossos.
Muita gente comete o erro de confundir informação com conhecimento. Não se trata da mesma coisa. Conhecimento implica interpretar a informação. Conhecimento implica ouvir.
Então, se eu estou certo em dizer que somos criaturas narradoras, e na medida em que nos permitimos ficar quietos por um momento às vezes, a eterna narrativa irá prosseguir.
Muitas palavras serão escritas no vento e na areia, ou acabarão em algum obscuro jazigo digital. Mas o contador de estórias seguirá em frente até que o último ser humano pare de ouvir. Então, podemos enviar a grande crônica da humanidade para o universo infinito.
Quem sabe? Talvez haja alguém lá fora, desejando ouvir…
* Henning Mankell é autor de muitos livros, entre os quais os romances policiais protagonizados pelo personagem Kurt Wallander. O artigo foi publicado em 10 de dezembro de 2011 pelo New York Times.
Cheguei à África com um objetivo: queria ver o mundo do lado de fora da perspectiva egocentrista européia. Podia ter escolhido a Ásia ou a América do Sul. Acabei na África porque a passagem aérea para lá era mais barata.
Vim e fiquei. Durante quase 25 anos, vivi em Moçambique em períodos alternados. O tempo passou e eu não sou mais jovem. Na realidade, estou chegando à velhice. Mas a minha razão de levar essa existência escarranchada, com um pé na areia africana e outro na neve européia— na melancólica região de Norrland, Suécia, onde cresci —, tem a ver com a vontade de ver com clareza, de compreender.
O modo mais simples de explicar o que aprendi com minha vida na África é recorrer à parábola sobre a razão de os seres humanos possuírem duas orelhas mas só uma língua. Por que isso? Provavelmente porque precisamos ouvir duas vezes mais do que falar.
Na África, ouvir é um princípio orientador. Princípio que tem se perdido na tagarelice ininterrupta do mundo ocidental, onde ninguém parece ter tempo nem mesmo desejo de ouvir quem quer que seja. Pela minha própria experiência, percebi como a necessidade que tenho de responder a uma pergunta durante uma entrevista para a TV ficou mais urgente do que era dez, quem sabe cinco anos atrás. É como se tivéssemos perdido completamente a capacidade de ouvir. Falamos, falamos e acabamos amedrontados pelo silêncio, o refúgio daqueles que ficam sem saber o que responder.
Sou velho o bastante para lembrar a época em que a literatura sul-americana emergiu na consciência popular e mudou para sempre nossa visão da condição humana e do significado de ser humano. Agora, penso que chegou a vez da África.
Por toda parte, gente do continente africano escreve e conta estórias. Com certeza, a literatura africana logo estará pronta a irromper na cena mundial — assim como aconteceu com a literatura sul-americana anos atrás, quando Gabriel García Márquez e outros conduziram uma revolta tumultuosa e altamente emocional contra verdades arraigadas. Brevemente um jorro literário africano oferecerá uma nova perspectiva sobre a condição humana. O escritor moçambicano Mia Couto, por exemplo, criou um realismo mágico africano que mistura linguagem escrita com as grandes tradições orais da África.
Se formos capazes de ouvir, vamos descobrir que muitas narrativas africanas apresentam estruturas completamente diferentes do que estamos acostumados. Eu simplifico demais, claro. No entanto, todo mundo sabe que há verdade no que estou dizendo: a literatura ocidental é normalmente linear; vai do começo ao fim sem grandes digressões no espaço ou no tempo.
Não é o que acontece na África. Aqui, em vez de narrativa linear, existem narrativas desimpedidas e exuberantes que saltam para trás e para frente no tempo e fundem passado e presente. Alguém que morreu há muito tempo pode intervir sem cerimônia numa conversa entre duas pessoas perfeitamente vivas. Isto só para dar um exemplo.
Os nômades que ainda habitam o deserto de Kalahari são conhecidos por contar estórias entre si durante suas caminhadas de um dia inteiro para procurar raízes comestíveis e animais de caça. Com frequência há mais de uma estória se desenrolando ao mesmo tempo. Às vezes, três ou quatro estórias seguem paralelas. Mas, antes de voltar para o local onde passarão a noite, eles procuram entrelaçar as estórias ou separá-las de vez, dando a cada uma sua própria conclusão.
Uns tantos anos atrás, sentei-me em um banco de pedra do lado de fora do Teatro Avenida em Maputo, Moçambique, onde eu trabalho como consultor artístico. Era um dia quente, e estávamos fazendo um intervalo nos ensaios a fim de dar uma escapada lá para fora, esperando que soprasse uma brisa fresca. Fazia tempo que o sistema de ar condicionado do teatro deixara de funcionar. Devia fazer mais de 38 graus lá dentro enquanto trabalhávamos.
Dois velhos africanos estavam sentados no banco, mas havia lugar também para mim. Na África, compartilha-se mais do que apenas água, um hábito fraternal. Mesmo quando se trata de sombra, as pessoas são generosas.
Ouvi os dois falarem de um terceiro homem velho que havia morrido recentemente. Um deles disse: “Eu estava de visita em sua casa. Ele começou a me contar uma estória assombrosa sobre algo que aconteceu quando ele era jovem. Mas a estória era longa. Veio a noite e concordamos que eu devia voltar no dia seguinte para ouvir o resto. Só que, quando eu voltei, ele tinha morrido.”
O homem caiu em silêncio. Resolvi que não deixaria aquele banco enquanto não escutasse a resposta que o outro daria ao que tinha ouvido. Tive um sentimento instintivo de que isso seria importante.
Finalmente, ele também falou:
“Não é um jeito bom de morrer — antes de ter contado o final da sua estória.”
Enquanto eu ouvia aqueles dois velhos, ocorreu-me que um termo para nomear nossa espécie, mais verdadeiro do que Homo sapiens, poderia ser Homo narrans, a pessoa que narra, que conta estórias. O que nos diferencia dos animais é o fato de que podemos escutar os sonhos, medos, alegrias, tristezas, desejos e frustrações das outras pessoas — e elas, por sua vez, podem escutar os nossos.
Muita gente comete o erro de confundir informação com conhecimento. Não se trata da mesma coisa. Conhecimento implica interpretar a informação. Conhecimento implica ouvir.
Então, se eu estou certo em dizer que somos criaturas narradoras, e na medida em que nos permitimos ficar quietos por um momento às vezes, a eterna narrativa irá prosseguir.
Muitas palavras serão escritas no vento e na areia, ou acabarão em algum obscuro jazigo digital. Mas o contador de estórias seguirá em frente até que o último ser humano pare de ouvir. Então, podemos enviar a grande crônica da humanidade para o universo infinito.
Quem sabe? Talvez haja alguém lá fora, desejando ouvir…
* Henning Mankell é autor de muitos livros, entre os quais os romances policiais protagonizados pelo personagem Kurt Wallander. O artigo foi publicado em 10 de dezembro de 2011 pelo New York Times.
Programa internacional oferece bolsas para mulheres que pesquisam sobre paz
Programa internacional oferece bolsas para mulheres que pesquisam sobre paz
by valberlucio
A International Peace Research Association Foundation (Fundação IPRA) abriu inscrições para o Programa de Bolsas Dorothy Marchus Senesh. O valor da bolsa é de US 5.000,00 por ano, pelo período de dois anos. Inscrições até 15 de Janeiro de 2012.
Podem candidatar-se mulheres de países em desenvolvimento que estejam inscritas em cursos de pós-graduação, cujo foco de estudos envolvam temas de interesse do IPRA: comunicação, defesa e desarmamento, segurança ambiental, segurança alimentar, direitos humanos e desenvolvimento, resolução de conflitos internos, resolução de conflitos internacionais, não-violência, construção da paz em zonas de crise, educação para a paz, movimentos pacifistas, refugiados, conflitos religiosos e mulheres e paz.
Para participar, basta preencher o formulário em http://www.iprafoundation.org/senesh2012announce.shtml – em inglês ou espanhol -, e enviar para: Linda M. Johnston, Ph.D., Executive Director Siegel Institute for Leadership, Ethics & Character – Kennesaw State University 1000 Chastain Road, #9114, TP, Room 215 Kennesaw, GA 30144-5591 USA
A Fundação IPRA é uma instituição sem fins lucrativos fundada em 1990 nos Estados Unidos, por pesquisadores da paz, entre eles, os professores Elise e Kenneth Boulding, da Universidade do Colorado.
Já o Programa de Bolsas Dorothy Marchus Senesh foi instituído pelo professor de Economia também da Universidade do Colorado, Larry Senesh (já falecido). O programa tem o nome da esposa dele, numa homenagem in memorian, por ela ter sido uma atuante defensora e promotora da paz e justiça internacional.
Com informações do http://www.iprafoundation.org
Fonte: : Agência da Boa Notícia
valberlucio | 12/01/2012 at 19:53 | Categorias: artigos | URL: http://wp.me/p1plH7-1r4
by valberlucio
A International Peace Research Association Foundation (Fundação IPRA) abriu inscrições para o Programa de Bolsas Dorothy Marchus Senesh. O valor da bolsa é de US 5.000,00 por ano, pelo período de dois anos. Inscrições até 15 de Janeiro de 2012.
Podem candidatar-se mulheres de países em desenvolvimento que estejam inscritas em cursos de pós-graduação, cujo foco de estudos envolvam temas de interesse do IPRA: comunicação, defesa e desarmamento, segurança ambiental, segurança alimentar, direitos humanos e desenvolvimento, resolução de conflitos internos, resolução de conflitos internacionais, não-violência, construção da paz em zonas de crise, educação para a paz, movimentos pacifistas, refugiados, conflitos religiosos e mulheres e paz.
Para participar, basta preencher o formulário em http://www.iprafoundation.org/senesh2012announce.shtml – em inglês ou espanhol -, e enviar para: Linda M. Johnston, Ph.D., Executive Director Siegel Institute for Leadership, Ethics & Character – Kennesaw State University 1000 Chastain Road, #9114, TP, Room 215 Kennesaw, GA 30144-5591 USA
A Fundação IPRA é uma instituição sem fins lucrativos fundada em 1990 nos Estados Unidos, por pesquisadores da paz, entre eles, os professores Elise e Kenneth Boulding, da Universidade do Colorado.
Já o Programa de Bolsas Dorothy Marchus Senesh foi instituído pelo professor de Economia também da Universidade do Colorado, Larry Senesh (já falecido). O programa tem o nome da esposa dele, numa homenagem in memorian, por ela ter sido uma atuante defensora e promotora da paz e justiça internacional.
Com informações do http://www.iprafoundation.org
Fonte: : Agência da Boa Notícia
valberlucio | 12/01/2012 at 19:53 | Categorias: artigos | URL: http://wp.me/p1plH7-1r4
Um país branco, esquálido e sem história
É triste ver que até "os gringos" percebem a forte presença do racismo contra os negros no Brasil, que é negado com veemente hipocrisia por muitos... E que a "afirmação da brasilidade" tem de ser sempre "pelo folclórico, diferente", e não pelo reconhecimento da negritude com o olhar de igualdade, contra a "branquitude hegemônica"....Infelizmente, "isso é Brasil".
A imprensa estrangeira que veio cobrir a semana de moda do Rio deve ter saído dos nossos desfiles com essa impressão. Na passarela, nada das famosas curvas das Giseles, que nos anos 2000 romperam o padrão reinante de “heroin-chic” da década anterior. As modelos estavam magras, magérrimas, pálidas, branquíssimas. E com aquela eterna cara de tristeza, simplesmente andando na passarela, sem enfeitar as roupas que desfilavam, sem serem embelezadas por elas.
Para que uma mulher vai comprar uma roupa senão para ficar mais bonita, mais feliz? A cara de enfado das modelos brasileiras segue, claro, uma tendência internacional dos desfiles europeus e americanos. Só que o tempo deles terminou. Mergulhada numa crise medonha, a Europa volta seus olhos para os mercados emergentes. Nunca tantas grifes estrangeiras abriram tantas lojas no Brasil. E elas não estão aqui atrás dos mesmos erros que fizeram suas economias naufragarem como o navio italiano. Elas querem nossa autenticidade, nossa tão falada alegria, nossos consumidores afetivos e fiéis a quem os trata bem. Em breve, elas terão de se adaptar ao jeito único do cliente brasileiro e as vendedoras, de abandonar a postura esnobe que consagrou essas marcas inacessíveis no mundo da moda — outro dia, entrei numa loja da Prada em Nova York e uma vendedora sorriu para mim, juro que é verdade.
E, de repente, convida-se um grupo respeitável de jornalistas estrangeiros especializados em moda para se sentar na primeira fila dos desfiles das marcas brasileiras. A palavra deles é de ouro, muitos compradores confiam nela para pegar um avião, fazer seus pedidos e pendurar as roupas nas araras de suas lojas. Na passarela, tricôs pesados, vestidos assépticos para corpos famélicos, cortes complicadíssimos que nossa pouca experiência jamais poderá igualar aos de seus pares europeus. É uma pena: as grifes que mais vendem no mundo — Chanel, Dior, Louis Vuitton — sempre fazem referência a sua própria história, aos seus códigos, por mais que os temas das coleções mudem.
Com a chegada das marcas estrangeiras ao Brasil (e elas são ricas, anunciam caudalosamente e têm um plano de marketing bem agressivo e estruturado), o grande desafio da moda nacional não é mais a exportação — até porque, como o real alto e os impostos pagos aqui, o preço de nossas roupas chega proibitivo lá fora. A meta é ser competitivo dentro de casa e, para isso, é preciso ser autêntico, revirar nossas raízes, procurar nas profundezas desse país tão rico e complexo algo que faça diferença no mundo.
De todos os desfiles a que assisti até agora, o que mais me chamou atenção foi o do mineiro Victor Dzenk. Victor nunca quis inventar a roda; seu estilo é sempre o mesmo: caftãs coloridos, vestidões estampados, caudas esvoaçantes, tudo ao gosto de uma mulher perua que gosta de ser notada. De coleção em coleção, ele homenageia cidades, estados e países e nunca trai sua cliente, que sabe exatamente o que vai encontrar ali. Pois, nesta temporada, Victor decidiu homenagear o Maranhão e colocou Alcione para cantar no desfile com uma trupe folclórica do boi. Ao final da apresentação, a plateia inteira se levantou, aplaudiu e dançou. Isso é Brasil. Isso não é Europa.
Esperto, esse Victor, que deu um sopro de alegria numa estação fria e sem graça como o inverno. Gostei também de suas modelos, que faziam poses divertidas em frente às câmeras e que jogavam os bracinhos para o alto enquanto Alcione evoluía. Adorei ver as referências às janelas do Maranhão, aos postes franceses de São Luís, à geometria colorida dos trajes dos blocos populares. Tive orgulho da nossa terra, um sentimento bobo e ufanista, mas genuíno. Um jornalista gringo ficou fascinado com aquilo e queria saber tudo sobre Alcione, pois adoraria, disse ele, fazer uma matéria sobre ela.
No último dia de moda no Rio, no entanto, senti vergonha de uma repórter estrangeira que me perguntou por que não havia praticamente nenhum negro na passarela e se o consumidor local deixa de comprar uma roupa se ela não for desfilada por um branco. Uma amiga, que estava ao meu lado, respondeu que essa questão é antiga, que já foi ultradebatida nos anos anteriores e que não adiantou nada, esse tema já estava ultrapassado e saiu de moda.
Acho que, se continuarmos nesse ritmo, quem pode sair de moda a qualquer momento somos nós.
Fonte: http://colunas.revistaepoca.globo.com/brunoastuto/2012/01/15/um-pais-branco-esqualido-e-sem-historia/
A imprensa estrangeira que veio cobrir a semana de moda do Rio deve ter saído dos nossos desfiles com essa impressão. Na passarela, nada das famosas curvas das Giseles, que nos anos 2000 romperam o padrão reinante de “heroin-chic” da década anterior. As modelos estavam magras, magérrimas, pálidas, branquíssimas. E com aquela eterna cara de tristeza, simplesmente andando na passarela, sem enfeitar as roupas que desfilavam, sem serem embelezadas por elas.
Para que uma mulher vai comprar uma roupa senão para ficar mais bonita, mais feliz? A cara de enfado das modelos brasileiras segue, claro, uma tendência internacional dos desfiles europeus e americanos. Só que o tempo deles terminou. Mergulhada numa crise medonha, a Europa volta seus olhos para os mercados emergentes. Nunca tantas grifes estrangeiras abriram tantas lojas no Brasil. E elas não estão aqui atrás dos mesmos erros que fizeram suas economias naufragarem como o navio italiano. Elas querem nossa autenticidade, nossa tão falada alegria, nossos consumidores afetivos e fiéis a quem os trata bem. Em breve, elas terão de se adaptar ao jeito único do cliente brasileiro e as vendedoras, de abandonar a postura esnobe que consagrou essas marcas inacessíveis no mundo da moda — outro dia, entrei numa loja da Prada em Nova York e uma vendedora sorriu para mim, juro que é verdade.
E, de repente, convida-se um grupo respeitável de jornalistas estrangeiros especializados em moda para se sentar na primeira fila dos desfiles das marcas brasileiras. A palavra deles é de ouro, muitos compradores confiam nela para pegar um avião, fazer seus pedidos e pendurar as roupas nas araras de suas lojas. Na passarela, tricôs pesados, vestidos assépticos para corpos famélicos, cortes complicadíssimos que nossa pouca experiência jamais poderá igualar aos de seus pares europeus. É uma pena: as grifes que mais vendem no mundo — Chanel, Dior, Louis Vuitton — sempre fazem referência a sua própria história, aos seus códigos, por mais que os temas das coleções mudem.
Com a chegada das marcas estrangeiras ao Brasil (e elas são ricas, anunciam caudalosamente e têm um plano de marketing bem agressivo e estruturado), o grande desafio da moda nacional não é mais a exportação — até porque, como o real alto e os impostos pagos aqui, o preço de nossas roupas chega proibitivo lá fora. A meta é ser competitivo dentro de casa e, para isso, é preciso ser autêntico, revirar nossas raízes, procurar nas profundezas desse país tão rico e complexo algo que faça diferença no mundo.
De todos os desfiles a que assisti até agora, o que mais me chamou atenção foi o do mineiro Victor Dzenk. Victor nunca quis inventar a roda; seu estilo é sempre o mesmo: caftãs coloridos, vestidões estampados, caudas esvoaçantes, tudo ao gosto de uma mulher perua que gosta de ser notada. De coleção em coleção, ele homenageia cidades, estados e países e nunca trai sua cliente, que sabe exatamente o que vai encontrar ali. Pois, nesta temporada, Victor decidiu homenagear o Maranhão e colocou Alcione para cantar no desfile com uma trupe folclórica do boi. Ao final da apresentação, a plateia inteira se levantou, aplaudiu e dançou. Isso é Brasil. Isso não é Europa.
Esperto, esse Victor, que deu um sopro de alegria numa estação fria e sem graça como o inverno. Gostei também de suas modelos, que faziam poses divertidas em frente às câmeras e que jogavam os bracinhos para o alto enquanto Alcione evoluía. Adorei ver as referências às janelas do Maranhão, aos postes franceses de São Luís, à geometria colorida dos trajes dos blocos populares. Tive orgulho da nossa terra, um sentimento bobo e ufanista, mas genuíno. Um jornalista gringo ficou fascinado com aquilo e queria saber tudo sobre Alcione, pois adoraria, disse ele, fazer uma matéria sobre ela.
No último dia de moda no Rio, no entanto, senti vergonha de uma repórter estrangeira que me perguntou por que não havia praticamente nenhum negro na passarela e se o consumidor local deixa de comprar uma roupa se ela não for desfilada por um branco. Uma amiga, que estava ao meu lado, respondeu que essa questão é antiga, que já foi ultradebatida nos anos anteriores e que não adiantou nada, esse tema já estava ultrapassado e saiu de moda.
Acho que, se continuarmos nesse ritmo, quem pode sair de moda a qualquer momento somos nós.
Fonte: http://colunas.revistaepoca.globo.com/brunoastuto/2012/01/15/um-pais-branco-esqualido-e-sem-historia/
UC Berkeley Call for Scholars
BBRG Invites applications for the following programs:
SCHOLARS IN RESIDENCE PROGRAM 2012-2013
and
AFFILIATED SCHOLARS PROGRAM
The BEATRICE BAIN RESEARCH GROUP (BBRG) is the University of California, Berkeley's critical feminist research center, established in 1986 to support and coordinate feminist scholarship across disciplines. The BBRG is particularly interested in enabling research on gender in its intersections with sexuality, race, ethnicity, class, nation, religion, postcoloniality, globalization and transnational feminisms.
This announcement concerns two of its programs:
1. THE BBRG SCHOLARS-IN-RESIDENCE PROGRAM
(APPLICATIONS ARE DUE BY MARCH 15, 2012)
Among its programs and activities, the BBRG has a Scholars-in-Residence Program. Under the auspices of this Program, each year the BBRG hosts a new group of approximately ten competitively selected scholars from the U.S. and abroad for a period of one academic year.
The BBRG Scholars-in-Residence Program is open to senior and junior faculty (tenured and untenured), visiting scholars, postdoctoral scholars and independent scholars, from any country, whose work is centrally on gender and women. Applicants must have received their Ph.D. at least one year prior to the projected beginning of their residency at BBRG.
The BBRG provides its Scholars-in-Residence with the following: visiting scholar status at University of California, Berkeley; access to University of California, Berkeley libraries and library privileges; a library orientation session customized for the purposes of the Scholar In Residence's research; the possibility of University of California, Berkeley student research assistants; shared office space; shared computer and internet access; a BBRG Scholars Writing/Reading Group which meets bi-monthly; and a forum for BBRG Scholars-in-Residence to present their scholarly or creative work to the Berkeley campus community and the public.
BBRG is non-stipendiary, and thus Scholars-in-Residence provide their own financial support during the residency. There are fees associated with residency at BBRG. Please see the website for full details.
FULL PROGRAM DETAILS AND APPLICATION INSTRUCTIONS CAN BE FOUND HERE: http://bbrg.berkeley.edu/scholarprog.html
2. THE BBRG AFFILIATED SCHOLARS PROGRAM
(APPLICATIONS ARE ACCEPTED THROUGHOUT THE ACADEMIC YEAR)
Among the BBRG programs and activities is the BBRG Affiliated Visiting Scholars Program, designed to accommodate scholars who would like to spend a relatively short period of time in residence, ranging from one month to six months. The BBRG Affiliated Visiting Scholars Program is open to senior and junior faculty (tenured and untenured), visiting scholars, postdoctoral scholars and independent scholars, from the U.S. and abroad, whose work is centrally on women and gender. Applicants must have the Ph.D. in hand one year prior to the beginning of the appointment. The BBRG accepts applications for the BBRG Affiliated Visiting Scholars Program throughout the academic year.
Affiliated Visiting Scholars who are in residence for less than one month will have access to a shared office, and shared computer and internet access. Those who are here for periods of between one month and six months may have access to UC Berkeley library privileges, a shared office, and shared computer and internet access. Affiliated Visiting Scholars are invited to participate in the BBRG Scholars’ Writing/Reading Group, and may request that the BBRG organize a public presentation wherein the scholar would present her or his scholarly or creative work to the Berkeley campus community and the public, in a panel format along with other scholars, time permitting.
Affiliated Visiting Scholars provide their own financial support during the residency. There are fees associated with residency at BBRG. Please see the website for full details.
*Non-U.S. scholars will need a J-1 visa to visit BBRG. This paperwork takes three months to complete. Please plan accordingly.
FULL PROGRAM DETAILS AND APPLICATION INSTRUCTIONS CAN BE FOUND HERE: http://bbrg.berkeley.edu/affiliated.html
---
Beatrice Bain Research Group
610 Barrows Hall, MC 2050
University of California
Berkeley, CA 94720-2050
Email: bbrg@berkeley.edu
Web: http://bbrg.berkeley.edu/
SCHOLARS IN RESIDENCE PROGRAM 2012-2013
and
AFFILIATED SCHOLARS PROGRAM
The BEATRICE BAIN RESEARCH GROUP (BBRG) is the University of California, Berkeley's critical feminist research center, established in 1986 to support and coordinate feminist scholarship across disciplines. The BBRG is particularly interested in enabling research on gender in its intersections with sexuality, race, ethnicity, class, nation, religion, postcoloniality, globalization and transnational feminisms.
This announcement concerns two of its programs:
1. THE BBRG SCHOLARS-IN-RESIDENCE PROGRAM
(APPLICATIONS ARE DUE BY MARCH 15, 2012)
Among its programs and activities, the BBRG has a Scholars-in-Residence Program. Under the auspices of this Program, each year the BBRG hosts a new group of approximately ten competitively selected scholars from the U.S. and abroad for a period of one academic year.
The BBRG Scholars-in-Residence Program is open to senior and junior faculty (tenured and untenured), visiting scholars, postdoctoral scholars and independent scholars, from any country, whose work is centrally on gender and women. Applicants must have received their Ph.D. at least one year prior to the projected beginning of their residency at BBRG.
The BBRG provides its Scholars-in-Residence with the following: visiting scholar status at University of California, Berkeley; access to University of California, Berkeley libraries and library privileges; a library orientation session customized for the purposes of the Scholar In Residence's research; the possibility of University of California, Berkeley student research assistants; shared office space; shared computer and internet access; a BBRG Scholars Writing/Reading Group which meets bi-monthly; and a forum for BBRG Scholars-in-Residence to present their scholarly or creative work to the Berkeley campus community and the public.
BBRG is non-stipendiary, and thus Scholars-in-Residence provide their own financial support during the residency. There are fees associated with residency at BBRG. Please see the website for full details.
FULL PROGRAM DETAILS AND APPLICATION INSTRUCTIONS CAN BE FOUND HERE: http://bbrg.berkeley.edu/scholarprog.html
2. THE BBRG AFFILIATED SCHOLARS PROGRAM
(APPLICATIONS ARE ACCEPTED THROUGHOUT THE ACADEMIC YEAR)
Among the BBRG programs and activities is the BBRG Affiliated Visiting Scholars Program, designed to accommodate scholars who would like to spend a relatively short period of time in residence, ranging from one month to six months. The BBRG Affiliated Visiting Scholars Program is open to senior and junior faculty (tenured and untenured), visiting scholars, postdoctoral scholars and independent scholars, from the U.S. and abroad, whose work is centrally on women and gender. Applicants must have the Ph.D. in hand one year prior to the beginning of the appointment. The BBRG accepts applications for the BBRG Affiliated Visiting Scholars Program throughout the academic year.
Affiliated Visiting Scholars who are in residence for less than one month will have access to a shared office, and shared computer and internet access. Those who are here for periods of between one month and six months may have access to UC Berkeley library privileges, a shared office, and shared computer and internet access. Affiliated Visiting Scholars are invited to participate in the BBRG Scholars’ Writing/Reading Group, and may request that the BBRG organize a public presentation wherein the scholar would present her or his scholarly or creative work to the Berkeley campus community and the public, in a panel format along with other scholars, time permitting.
Affiliated Visiting Scholars provide their own financial support during the residency. There are fees associated with residency at BBRG. Please see the website for full details.
*Non-U.S. scholars will need a J-1 visa to visit BBRG. This paperwork takes three months to complete. Please plan accordingly.
FULL PROGRAM DETAILS AND APPLICATION INSTRUCTIONS CAN BE FOUND HERE: http://bbrg.berkeley.edu/affiliated.html
---
Beatrice Bain Research Group
610 Barrows Hall, MC 2050
University of California
Berkeley, CA 94720-2050
Email: bbrg@berkeley.edu
Web: http://bbrg.berkeley.edu/
Cead UFJF lança edital de seleção para tutor presencial em curso de aperfeiçoamento
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por meio do Centro de Educação a Distância (Cead/UFJF), lançou o Edital 001/2012 para seleção de tutor para polo de apoio presencial da Universidade Aberta do Brasil (UAB). Ao todo, são oferecidas sete vagas, uma para cada um dos seguintes polos: Araxá, Bicas, Conselheiro Lafaiete, Ipanema, Lagoa Santa, Ouro Preto e Sete Lagoas. Os candidatos selecionados vão atuar como tutores presenciais no curso de aperfeiçoamento em Educação para as Relações Étnico-Raciais a distância. O curso tem início previsto para março de 2012.
Cabe ao tutor presencial orientar estudos e acompanhar, de modo presencial, os estudantes do curso de aperfeiçoamento citado. Também será função dos selecionados zelar pela integridade e conectividade dos equipamentos instalados no polo. A jornada de trabalho é de 20 horas semanais, incluindo atividades aos sábados e domingos no âmbito de atuação da cidade-polo. A remuneração corresponde a R$765 mensais.
Para concorrer a vaga o candidato precisa: ter concluído curso de Graduação com Licenciatura Plena e/ou Pedagogia; estar vinculado ao setor público; ter concluído ou estar cursando pós-graduação ou ter pelo menos um ano de experiência comprovada em magistério de qualquer nível de ensino; ter familiaridade na utilização de computadores e recursos de Internet como Web, e‐mail, fóruns, chats e outras ferramentas de comunicação. É desejável o domínio de Internet, plataforma Moodle e experiência em tutoria na educação a distância.
A seleção será feita através de análise curricular. O resultado da mesma será divulgado no site do Cead no dia 10 de fevereiro de 2012 e o resultado final no dia 14 do mesmo mês.
Inscrições
O candidato deverá realizar sua inscrição no site do Cead entre as 18h de 16 de janeiro e as 23h59min do dia 19 de janeiro. Na seção “Editais e Formulários”, o candidato deve clicar no link do formulário de inscrição. O formulário impresso, datado e assinado deverá ser entregue pessoalmente, junto com a documentação exigida no edital, no período de 17 de janeiro a 20 de janeiro de 2012, no polo em que o candidato escolheu, no horário de funcionamento do mesmo. Para a inscrição é necessário também o envio do currículo de acordo com o modelo disponível.
Edital Completo: http://www.cead.ufjf.br/media/editais/2012/edital_001_2012.pdf
http://www.cead.ufjf.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1419:cead-lanca-edital-de-selecao-para-tutor-presencial-em-curso-de-aperfeicoamento&catid=1:noticias&Itemid=50
Cabe ao tutor presencial orientar estudos e acompanhar, de modo presencial, os estudantes do curso de aperfeiçoamento citado. Também será função dos selecionados zelar pela integridade e conectividade dos equipamentos instalados no polo. A jornada de trabalho é de 20 horas semanais, incluindo atividades aos sábados e domingos no âmbito de atuação da cidade-polo. A remuneração corresponde a R$765 mensais.
Para concorrer a vaga o candidato precisa: ter concluído curso de Graduação com Licenciatura Plena e/ou Pedagogia; estar vinculado ao setor público; ter concluído ou estar cursando pós-graduação ou ter pelo menos um ano de experiência comprovada em magistério de qualquer nível de ensino; ter familiaridade na utilização de computadores e recursos de Internet como Web, e‐mail, fóruns, chats e outras ferramentas de comunicação. É desejável o domínio de Internet, plataforma Moodle e experiência em tutoria na educação a distância.
A seleção será feita através de análise curricular. O resultado da mesma será divulgado no site do Cead no dia 10 de fevereiro de 2012 e o resultado final no dia 14 do mesmo mês.
Inscrições
O candidato deverá realizar sua inscrição no site do Cead entre as 18h de 16 de janeiro e as 23h59min do dia 19 de janeiro. Na seção “Editais e Formulários”, o candidato deve clicar no link do formulário de inscrição. O formulário impresso, datado e assinado deverá ser entregue pessoalmente, junto com a documentação exigida no edital, no período de 17 de janeiro a 20 de janeiro de 2012, no polo em que o candidato escolheu, no horário de funcionamento do mesmo. Para a inscrição é necessário também o envio do currículo de acordo com o modelo disponível.
Edital Completo: http://www.cead.ufjf.br/media/editais/2012/edital_001_2012.pdf
http://www.cead.ufjf.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1419:cead-lanca-edital-de-selecao-para-tutor-presencial-em-curso-de-aperfeicoamento&catid=1:noticias&Itemid=50
Revista Contemporânea n.2 - Revista de Sociologia da UFSCar
link para acesso a Revista Contemporânea n.2 (Revista de Sociologia da UFSCar - http://revcontemporanea.wordpress.com/)
Apresentação 9
Dossiê Relações Raciais e Ação Afirmativa
Apresentação do Dossiê
VALTER ROBERTO SILVÉRIO 13
A República de 1889: utopia de branco, medo de preto (A liberdade é negra; a igualdade, branca e a fraternidade, mestiça)
ANTONIO SÉRGIO ALFREDO GUIMARÃES 17
Movimento negro, saberes e a tensão regulação-emancipação do corpo e da corporeidade negra
NILMA LINO GOMES 37
Fora de quadro: a ação afirmativa nas páginas d’O Globo
JOÃO FERES JÚNIOR, LUIZ AUGUSTO CAMPOS e VERONICA TOSTE DAFLON 61
A diferença e a diversidade na educação
ANETE ABRAMOWICZ, TATIANE COSENTINO RODRIGUES e ANA CRISTINA JUVENAL DA CRUZ 85
Artigos
A América Latina e os direitos humanos
ROSSANA ROCHA REIS 101
Por amor ou por dinheiro? Emoções, discursos, mercados
MIRIAM ADELMAN 117
Como las convenciones viajan: Notas etnográficas sobre clubes de “sexo duro” em Madri
CAMILO ALBUQUERQUE DE BRAZ 139
Em terra de papagaio dragão não se cria: uma abordagem psicossocial da relação entre brasileiros e chineses
JOÃO GILBERTO DA SILVA CARVALHO 165
La política en escena: cuerpos juveniles, mediaciones institucionales y sensaciones de justicia en la escuela secundaria argentina
PEDRO NUÑEZ 183
Resenhas
A problemática do fenômeno religioso
EDUARDO GABRIEL 209
De espectadores a protagonistas: pornotopia Playboy e as novas formas de produção e consumo de prazer
LARA FACIOLI 213
Economia solidária: mudança social ou alternativa de trabalho?
ALINE SUELEN PIRES e ANGELO MARTINS JUNIOR
Apresentação 9
Dossiê Relações Raciais e Ação Afirmativa
Apresentação do Dossiê
VALTER ROBERTO SILVÉRIO 13
A República de 1889: utopia de branco, medo de preto (A liberdade é negra; a igualdade, branca e a fraternidade, mestiça)
ANTONIO SÉRGIO ALFREDO GUIMARÃES 17
Movimento negro, saberes e a tensão regulação-emancipação do corpo e da corporeidade negra
NILMA LINO GOMES 37
Fora de quadro: a ação afirmativa nas páginas d’O Globo
JOÃO FERES JÚNIOR, LUIZ AUGUSTO CAMPOS e VERONICA TOSTE DAFLON 61
A diferença e a diversidade na educação
ANETE ABRAMOWICZ, TATIANE COSENTINO RODRIGUES e ANA CRISTINA JUVENAL DA CRUZ 85
Artigos
A América Latina e os direitos humanos
ROSSANA ROCHA REIS 101
Por amor ou por dinheiro? Emoções, discursos, mercados
MIRIAM ADELMAN 117
Como las convenciones viajan: Notas etnográficas sobre clubes de “sexo duro” em Madri
CAMILO ALBUQUERQUE DE BRAZ 139
Em terra de papagaio dragão não se cria: uma abordagem psicossocial da relação entre brasileiros e chineses
JOÃO GILBERTO DA SILVA CARVALHO 165
La política en escena: cuerpos juveniles, mediaciones institucionales y sensaciones de justicia en la escuela secundaria argentina
PEDRO NUÑEZ 183
Resenhas
A problemática do fenômeno religioso
EDUARDO GABRIEL 209
De espectadores a protagonistas: pornotopia Playboy e as novas formas de produção e consumo de prazer
LARA FACIOLI 213
Economia solidária: mudança social ou alternativa de trabalho?
ALINE SUELEN PIRES e ANGELO MARTINS JUNIOR
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Entrevista EXCLUSIVA Ministra Luiza Bairros – SEPPIR.
Da Redação do Portal Áfricas
Jonalista Luís Michel Françoso
Em entrevista EXCLUSIVA concedida ao Portal Áfricas, no mês de dezembro, a Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiza Bairros, faz uma avaliação de seu primeiro ano frente a SEPPIR, fala sobre religiões de Matriz Africana e os principais projetos para 2012..
A SEPPIR foi criada pelo Governo Federal no dia 21 de março de 2003. A data é emblemática: em todo o mundo, celebra-se o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. A criação da Secretaria é o reconhecimento das lutas históricas do Movimento Negro Brasileiro.
Entrevista:
Áfricas: Como à senhora avalia este primeiro ano de atividades a frente da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial?
Luiza Bairros – Avalio positivamente. Nossa principal preocupação, fortalecida inclusive pelo novo modelo de elaboração do Plano Plurianual 2012-2015, tem sido a de intensificar o trabalho articulado com os demais ministérios. Neste processo, foi criado o Programa Enfrentamento ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial e asseguramos metas, objetivos ou iniciativas em 18 programas do PPA 2012-2015. Além disso, este ano lançamos a campanha Igualdade racial é pra valer e, a partir dela, conseguimos envolver outras instituições e órgãos federais que até então tinham uma participação ainda pequena nesta agenda. Internamente, boa parte de nossa energia foi utilizada para estabelecer mecanismos que favoreçam a transparência de procedimentos administrativos e de liberação de recursos, essenciais na relação com parceiros governamentais e no apoio a organizações da sociedade civil.
Áfricas: Apesar das muitas ocorrências de racismo ainda vistas no Brasil, várias políticas públicas foram geradas para combatê-lo. Qual o maior obstáculo que a senhora acredita ainda existir que impede a superação das práticas racistas em nossa sociedade?
Luiza Bairros – No pronunciamento do dia 20 de Novembro, em cadeia nacional de rádio e TV, fiz referência às desigualdades raciais como sendo o núcleo duro de nossas desigualdades. Elas continuam, mesmo após uma década de políticas públicas bem sucedidas. Portanto, parece evidente que se queremos, de fato, alterar esse quadro, teremos que considerar o papel decisivo do racismo na construção dessa realidade. Daí a importância da campanha lançada este ano e das mudanças no PPA, chamando a atenção dos ministérios e de diferentes atores sociais para o fato de que a promoção da igualdade racial só se torna possível com a eliminação do racismo.
Áfricas:As religiões de Matriz Africana, por muito tempo discriminadas, vem cada vez mais recebendo reconhecimento por sua contribuição histórica e religiosa. Sabemos que dentro desta prática religiosa há uma valorização da contribuição das etnias africana e indígena na formação do Brasil. A senhora considera que o crescimento da incorporação das religiões de matriz africana nas práticas brasileiras pode contribuir com a construção de uma sociedade mais igualitária?
Luiza Bairros – A resposta a esta questão é complexa, considerando que no Brasil, de um certo modo, sempre foi possível incorporar a contribuição africana à cultura brasileira, sem que isto significasse o reconhecimento efetivo dos direitos da população negra. O mais importante no caso, é não perder de vista que em uma sociedade de grande diversidade como a brasileira, no campo religioso ou em qualquer outro, é preciso assegurar a manifestação cultural plural e equânime. Os valores de cultura, que incluem as religiões com origem nas civilizações africanas, são parte essencial de nossa diversidade há muitos séculos. Trata-se, portanto, de reconhecer o que, profundamente, é; o que sempre esteve aí impulsionando e dando sentido ao nosso esforço de afirmação coletiva.
Áfricas: Quais os principais projetos que a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial pretende implementar no próximo ano?
Luiza Bairros – São muitas as frentes abertas no decorrer deste ano de 2011, que ganharão maior concretude em 2012, envolvendo órgãos de diferentes níveis e esferas da administração pública, por força mesmo dos acordos de cooperação que celebramos, como resultado da campanha. Essa é uma prioridade: através da implementação das ações, dar continuidade ao diálogo institucional estabelecido. Há ainda os programas temáticos de responsabilidade direta da Seppir, inseridos no PPA, o cumprimento do Estatuto da Igualdade Racial, em especial a regulamentação e implementação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), que estamos tomando o cuidado de construir com base em uma ampla consulta aos setores envolvidos; e a ampliação do trabalho da Ouvidoria Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
Áfricas: A senhora considera que a mulher negra continua ainda a ser o segmento social que mais é prejudicado com a permanência de uma visão racista e machista presente em nossa sociedade? Como alterar esta situação?
Luiza Bairros – O sexismo e o racismo são ideologias muito amplas. Elas justificam a exclusão e os indicadores, confirmados pelo último censo, que não deixam margem a dúvidas sobre as desvantagens sociais vividas pelas mulheres negras. No entanto, apesar disto, é bom salientar que a mulher negra se move e ocupa um lugar central também no que os pesquisadores estão chamando de “a nova classe C”, com melhoria de rendimentos, novos padrões de consumo e fortalecimento da participação política, como se pode ver até pela composição de diferentes setores do movimento negro. Se, como no caso das trabalhadoras domésticas, permanece a luta por direitos trabalhistas básicos, por outro lado é crescente a percepção de mudanças significativas envolvendo uma participação mais diversificada da mulher negra, com ganhos significativos de escolaridade e protagonismo político.
Áfricas: Como a senhora avalia a parceria de sua pasta no Governo Federal com a Fundação Palmares atualmente?
Luiza Bairros – Trabalhar com diferentes setores e níveis de governo faz parte da missão institucional da Seppir e a área de atuação do Ministério da Cultura é uma das que mais expressa os esforços de resistência da população negra no Brasil. Com a FCP, a Seppir tem trabalhado nas questões relativas às comunidades quilombolas. Os papéis de cada uma são estabelecidos no Decreto 4887/03. Esta colaboração se dá especialmente nas situações de conflito de terra, que cresceram bastante este ano, e tem que permanecer para assegurar, no governo como um todo, uma posição firme de defesa dos direitos quilombolas. Há alguns perigos a vista, por iniciativas no Legislativo e pela iminente decisão do STF sobre a constitucionalidade do Decreto 4887/03, que dá sustentação a toda a intervenção governamental neste tema
O negro no Brasil e no mundo: Retrospectiva 2011
2/01/2012 por Da Redação
O Brasil e o mundo foram marcados no ano de 2011 por importantes fatos relacionados a população negra. O primeiro de uma promissora década que tem como perspectiva interesses coletivos em torno da justiça social, do resgate de valores morais, da liberdade, igualdade e, principalmente da fraternidade.
Para que estes objetivos ganhassem visibilidade a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 2011 como Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes tornando-o ano de reflexão sobre as conseqüências do racismo e da intolerância. Um marco para a população negra em suas especificidades, mas que trouxe também à tona debates, relacionados a outros interesses, grupos e gêneros no sentido da pacificação mundial.
Apesar de conquistas importantes, notícias e estudos mais aprofundados mostraram a real situação dos negros na sociedade, um cenário ainda marcado por vulnerabilidades sócio-econômicas e principalmente pelo racismo. Para relembrar os principais momentos deste histórico ano, a Assessoria de Comunicação da Fundação Cultural Palmares apresenta a Retrospectiva 2011 com as principais notícias voltadas aos interesses negros:
Janeiro
• ONU institui 2011 como Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes
Fevereiro
• Incêndio destrói Museu do Carnaval e Cidade do Samba no Rio de Janeiro
Março
• Eloi Ferreira de Araujo é nomeado presidente da Fundação Cultural Palmares
• Dilma Rousseff recebe visita do primeiro presidente negro dos Estados Unidos: Barack Obama
• Líderes da Revolta de Búzios são reconhecidos como heróis nacionais
• É lançada frente parlamentar em defesa dos direitos quilombolas
• Representação alagoana da Fundação Cultural Palmares comemora seu primeiro ano
• Comissão de Direitos Humanos do Senado discute Estatuto da Igualdade Racial
Abril
• Plano de Cultura do Distrito Federal estabelece metas para afro-brasileiros
• Caso Bolsonaro: Palmares encaminha denúncia de racismo à Procuradoria Geral da República
• Clube de Regatas Vasco da Gama adota medidas anti-racismo
• Rainha do samba, Dona Ivone Lara celebra 90 anos
• “Fiscais da cidadania” intensificam o combate a atos de discriminação na internet
• É encontrado o Cais do Valongo no Rio de Janeiro, maior porto de chegada de escravos do mundo
• África do Sul se integra ao grupo de países emergentes – Brasil, Rússia, Índia e China (BRICs)
Maio
• 13 de maio: Presidente da Palmares é condecorado com a Medalha do Mérito Cívico Afro-Brasileiro
• Cadastro Nacional de Adoção revela: crianças negras têm menor chance de adoção nos abrigos brasileiros
• 25 de maio: Dia da África é celebrado no Brasil e no mundo
• Morre Abdias Nascimento, pioneiro na militância contra o racismo no Brasil
Junho
• Pesquisa mapeia casos de intolerância religiosa ocorridos no Brasil
• Decreto cria cotas em concursos públicos no Rio de Janeiro
• Palmares certifica 22 comunidades quilombolas no Maranhão
• 10 anos de morte do Geógrafo Milton Santos
• Somália enfrenta maior seca dos últimos 60 anos
Julho
• Rio de Janeiro anuncia construção de museu em homenagem a João Cândido
• Mundo comemora 93 anos de Nelson Mandela
• 1° ano do Estatuto da Igualdade Racial
• Sudão do Sul se torna o mais novo país do mundo
Agosto
• Dia Estadual do Jongo é oficializado no Rio de Janeiro
• Sobe proporção de negros nas universidades federais
• IPEA revela que mulheres e negros têm menos acesso a transplantes de órgãos
• Aumenta representatividade negra no Congresso Nacional
• Conaq lança Campanha Nacional em Defesa dos Direitos Quilombolas
• É criado Observatório de Prevenção e Repressão ao Racismo e à Exploração Sexual que atuará durante a Copa de 2014
• Comprovado perfil da classe média brasileira: feminina, negra, jovem e conectada
• Relatório aponta que miséria condena mais de 5 milhões de crianças negras no Brasil
• Abdias Nascimento é homenageado com Troféu Palmares
• Imagem social do negro melhora no livro didático
• Militantes negros exigem que fim do racismo faça parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos ONU
• Governo, organizações e quilombolas se unem em defesa do Decreto n°4887/2003
• Fundação Cultural Palmares é homenageada por seus 23 anos na Câmara Municipal de São Paulo
Setembro
• Fundo Africano para emergências de saúde pública é aprovado por 45 países
• Frente Negra Brasileira completa 80 anos
• Dez anos da Lei de Cotas no Brasil
• Presidenta Dilma Rousseff assina decreto que beneficia 500 quilombolas de Minas Gerais
Outubro
• OAB/SP lança campanha contra racismo no ambiente corporativo
• As liberianas Ellen Johnson Sirleaf e LeymahGbowee recebem Prêmio Nobel da Paz
• Martin Luther King ganha monumento em Washington
• Dilma Rousseff estreita cooperação com países africanos
• Fundação Cultural Palmares realiza Exposição Expressões Africanas para celebrar povos afrodescendentes
• Realizado em Salvador primeiro casamento civil em um terreiro de candomblé
Novembro
• Dilma Rousseff sanciona dia 20 como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra
• Homenagens a Zumbi marcam 20 de novembro na Serra da Barriga
• Salvador é decretada Capital Negra da América Latina
• Governo e religiosos lançam Comitê Nacional de Diversidade Religiosa
Dezembro
• Tombado ofício da Baiana do Acarajé
• Luislinda de Valois Santos se torna primeira desembargadora negra do país
• Presidente da Fundação Cultural Palmares recebe título de honra do Ministério da Defesa
• Justiça e Igualdade Racial é tema do Prêmio Direitos Humanos 2011
• Ato Nacional Contra o Extermínio da População Negra marca conferência em Brasília
• Fundação Cultural Palmares recebe Comenda Zumbi dos Palmares
• Morte de negros por homicídio sobe 23,4% em oito anos
• Inaugurada biblioteca em homenagem a Oliveira Silveira
• Mapeados os terreiros de quatro estados do país
• 26 anos da Lei Caó
Jonalista Luís Michel Françoso
Em entrevista EXCLUSIVA concedida ao Portal Áfricas, no mês de dezembro, a Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiza Bairros, faz uma avaliação de seu primeiro ano frente a SEPPIR, fala sobre religiões de Matriz Africana e os principais projetos para 2012..
A SEPPIR foi criada pelo Governo Federal no dia 21 de março de 2003. A data é emblemática: em todo o mundo, celebra-se o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. A criação da Secretaria é o reconhecimento das lutas históricas do Movimento Negro Brasileiro.
Entrevista:
Áfricas: Como à senhora avalia este primeiro ano de atividades a frente da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial?
Luiza Bairros – Avalio positivamente. Nossa principal preocupação, fortalecida inclusive pelo novo modelo de elaboração do Plano Plurianual 2012-2015, tem sido a de intensificar o trabalho articulado com os demais ministérios. Neste processo, foi criado o Programa Enfrentamento ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial e asseguramos metas, objetivos ou iniciativas em 18 programas do PPA 2012-2015. Além disso, este ano lançamos a campanha Igualdade racial é pra valer e, a partir dela, conseguimos envolver outras instituições e órgãos federais que até então tinham uma participação ainda pequena nesta agenda. Internamente, boa parte de nossa energia foi utilizada para estabelecer mecanismos que favoreçam a transparência de procedimentos administrativos e de liberação de recursos, essenciais na relação com parceiros governamentais e no apoio a organizações da sociedade civil.
Áfricas: Apesar das muitas ocorrências de racismo ainda vistas no Brasil, várias políticas públicas foram geradas para combatê-lo. Qual o maior obstáculo que a senhora acredita ainda existir que impede a superação das práticas racistas em nossa sociedade?
Luiza Bairros – No pronunciamento do dia 20 de Novembro, em cadeia nacional de rádio e TV, fiz referência às desigualdades raciais como sendo o núcleo duro de nossas desigualdades. Elas continuam, mesmo após uma década de políticas públicas bem sucedidas. Portanto, parece evidente que se queremos, de fato, alterar esse quadro, teremos que considerar o papel decisivo do racismo na construção dessa realidade. Daí a importância da campanha lançada este ano e das mudanças no PPA, chamando a atenção dos ministérios e de diferentes atores sociais para o fato de que a promoção da igualdade racial só se torna possível com a eliminação do racismo.
Áfricas:As religiões de Matriz Africana, por muito tempo discriminadas, vem cada vez mais recebendo reconhecimento por sua contribuição histórica e religiosa. Sabemos que dentro desta prática religiosa há uma valorização da contribuição das etnias africana e indígena na formação do Brasil. A senhora considera que o crescimento da incorporação das religiões de matriz africana nas práticas brasileiras pode contribuir com a construção de uma sociedade mais igualitária?
Luiza Bairros – A resposta a esta questão é complexa, considerando que no Brasil, de um certo modo, sempre foi possível incorporar a contribuição africana à cultura brasileira, sem que isto significasse o reconhecimento efetivo dos direitos da população negra. O mais importante no caso, é não perder de vista que em uma sociedade de grande diversidade como a brasileira, no campo religioso ou em qualquer outro, é preciso assegurar a manifestação cultural plural e equânime. Os valores de cultura, que incluem as religiões com origem nas civilizações africanas, são parte essencial de nossa diversidade há muitos séculos. Trata-se, portanto, de reconhecer o que, profundamente, é; o que sempre esteve aí impulsionando e dando sentido ao nosso esforço de afirmação coletiva.
Áfricas: Quais os principais projetos que a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial pretende implementar no próximo ano?
Luiza Bairros – São muitas as frentes abertas no decorrer deste ano de 2011, que ganharão maior concretude em 2012, envolvendo órgãos de diferentes níveis e esferas da administração pública, por força mesmo dos acordos de cooperação que celebramos, como resultado da campanha. Essa é uma prioridade: através da implementação das ações, dar continuidade ao diálogo institucional estabelecido. Há ainda os programas temáticos de responsabilidade direta da Seppir, inseridos no PPA, o cumprimento do Estatuto da Igualdade Racial, em especial a regulamentação e implementação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), que estamos tomando o cuidado de construir com base em uma ampla consulta aos setores envolvidos; e a ampliação do trabalho da Ouvidoria Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
Áfricas: A senhora considera que a mulher negra continua ainda a ser o segmento social que mais é prejudicado com a permanência de uma visão racista e machista presente em nossa sociedade? Como alterar esta situação?
Luiza Bairros – O sexismo e o racismo são ideologias muito amplas. Elas justificam a exclusão e os indicadores, confirmados pelo último censo, que não deixam margem a dúvidas sobre as desvantagens sociais vividas pelas mulheres negras. No entanto, apesar disto, é bom salientar que a mulher negra se move e ocupa um lugar central também no que os pesquisadores estão chamando de “a nova classe C”, com melhoria de rendimentos, novos padrões de consumo e fortalecimento da participação política, como se pode ver até pela composição de diferentes setores do movimento negro. Se, como no caso das trabalhadoras domésticas, permanece a luta por direitos trabalhistas básicos, por outro lado é crescente a percepção de mudanças significativas envolvendo uma participação mais diversificada da mulher negra, com ganhos significativos de escolaridade e protagonismo político.
Áfricas: Como a senhora avalia a parceria de sua pasta no Governo Federal com a Fundação Palmares atualmente?
Luiza Bairros – Trabalhar com diferentes setores e níveis de governo faz parte da missão institucional da Seppir e a área de atuação do Ministério da Cultura é uma das que mais expressa os esforços de resistência da população negra no Brasil. Com a FCP, a Seppir tem trabalhado nas questões relativas às comunidades quilombolas. Os papéis de cada uma são estabelecidos no Decreto 4887/03. Esta colaboração se dá especialmente nas situações de conflito de terra, que cresceram bastante este ano, e tem que permanecer para assegurar, no governo como um todo, uma posição firme de defesa dos direitos quilombolas. Há alguns perigos a vista, por iniciativas no Legislativo e pela iminente decisão do STF sobre a constitucionalidade do Decreto 4887/03, que dá sustentação a toda a intervenção governamental neste tema
O negro no Brasil e no mundo: Retrospectiva 2011
2/01/2012 por Da Redação
O Brasil e o mundo foram marcados no ano de 2011 por importantes fatos relacionados a população negra. O primeiro de uma promissora década que tem como perspectiva interesses coletivos em torno da justiça social, do resgate de valores morais, da liberdade, igualdade e, principalmente da fraternidade.
Para que estes objetivos ganhassem visibilidade a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 2011 como Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes tornando-o ano de reflexão sobre as conseqüências do racismo e da intolerância. Um marco para a população negra em suas especificidades, mas que trouxe também à tona debates, relacionados a outros interesses, grupos e gêneros no sentido da pacificação mundial.
Apesar de conquistas importantes, notícias e estudos mais aprofundados mostraram a real situação dos negros na sociedade, um cenário ainda marcado por vulnerabilidades sócio-econômicas e principalmente pelo racismo. Para relembrar os principais momentos deste histórico ano, a Assessoria de Comunicação da Fundação Cultural Palmares apresenta a Retrospectiva 2011 com as principais notícias voltadas aos interesses negros:
Janeiro
• ONU institui 2011 como Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes
Fevereiro
• Incêndio destrói Museu do Carnaval e Cidade do Samba no Rio de Janeiro
Março
• Eloi Ferreira de Araujo é nomeado presidente da Fundação Cultural Palmares
• Dilma Rousseff recebe visita do primeiro presidente negro dos Estados Unidos: Barack Obama
• Líderes da Revolta de Búzios são reconhecidos como heróis nacionais
• É lançada frente parlamentar em defesa dos direitos quilombolas
• Representação alagoana da Fundação Cultural Palmares comemora seu primeiro ano
• Comissão de Direitos Humanos do Senado discute Estatuto da Igualdade Racial
Abril
• Plano de Cultura do Distrito Federal estabelece metas para afro-brasileiros
• Caso Bolsonaro: Palmares encaminha denúncia de racismo à Procuradoria Geral da República
• Clube de Regatas Vasco da Gama adota medidas anti-racismo
• Rainha do samba, Dona Ivone Lara celebra 90 anos
• “Fiscais da cidadania” intensificam o combate a atos de discriminação na internet
• É encontrado o Cais do Valongo no Rio de Janeiro, maior porto de chegada de escravos do mundo
• África do Sul se integra ao grupo de países emergentes – Brasil, Rússia, Índia e China (BRICs)
Maio
• 13 de maio: Presidente da Palmares é condecorado com a Medalha do Mérito Cívico Afro-Brasileiro
• Cadastro Nacional de Adoção revela: crianças negras têm menor chance de adoção nos abrigos brasileiros
• 25 de maio: Dia da África é celebrado no Brasil e no mundo
• Morre Abdias Nascimento, pioneiro na militância contra o racismo no Brasil
Junho
• Pesquisa mapeia casos de intolerância religiosa ocorridos no Brasil
• Decreto cria cotas em concursos públicos no Rio de Janeiro
• Palmares certifica 22 comunidades quilombolas no Maranhão
• 10 anos de morte do Geógrafo Milton Santos
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Julho
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• Abdias Nascimento é homenageado com Troféu Palmares
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• Governo, organizações e quilombolas se unem em defesa do Decreto n°4887/2003
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Setembro
• Fundo Africano para emergências de saúde pública é aprovado por 45 países
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Outubro
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Novembro
• Dilma Rousseff sanciona dia 20 como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra
• Homenagens a Zumbi marcam 20 de novembro na Serra da Barriga
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Dezembro
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• Presidente da Fundação Cultural Palmares recebe título de honra do Ministério da Defesa
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• Fundação Cultural Palmares recebe Comenda Zumbi dos Palmares
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• Inaugurada biblioteca em homenagem a Oliveira Silveira
• Mapeados os terreiros de quatro estados do país
• 26 anos da Lei Caó
Abertas inscrições para Programa Petrobras Esporte & Cidadania
Estão abertas as inscrições da Seleção Pública de Projetos Esportivos Educacionais do Programa Petrobras Esporte & Cidadania, que destinará R$ 30 milhões a projetos que promovam a inclusão social por meio de atividades esportivas para crianças e adolescentes.
Com a finalidade de promover a igualdade de condições no acesso a seus recursos, a Petrobras realizará, durante o período de inscrições, Caravanas Esportivas. Serão oficinas presenciais e atendimento virtual para capacitar as instituições proponentes na elaboração de projetos. As oficinas presenciais ocorrerão em todos os estados brasileiros e serão livres e gratuitas. A caravana virtual é um recurso de atendimento online.
As inscrições vão até 1º de março de 2012 e deverão ser realizadas no site da seleção pública. Leia o regulamento: http://verd.in/02d2.
Com a finalidade de promover a igualdade de condições no acesso a seus recursos, a Petrobras realizará, durante o período de inscrições, Caravanas Esportivas. Serão oficinas presenciais e atendimento virtual para capacitar as instituições proponentes na elaboração de projetos. As oficinas presenciais ocorrerão em todos os estados brasileiros e serão livres e gratuitas. A caravana virtual é um recurso de atendimento online.
As inscrições vão até 1º de março de 2012 e deverão ser realizadas no site da seleção pública. Leia o regulamento: http://verd.in/02d2.
Cotas - Pedro Cardoso no "Espelho".
Pedro Cardoso - Cotas - http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=XgQ8tFa_w_I
Projeto “Redes e Agentes Culturais das Favelas Cariocas" seleciona coordenadores e jovens
O Observatório de Favelas e a Central Única das Favelas (CUFA), em parceria com e a Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro (SEC-RJ) e patrocínio da Petrobras, iniciam as atividades do projeto “Redes e Agentes Culturais das Favelas Cariocas”. A iniciativa inédita vai formar 100 jovens, com idades entre 15 a 29 anos, de cinco diferentes territórios - Cidade de Deus, Complexo do Alemão, Complexo da Penha, Manguinhos e Rocinha - em produção cultural e pesquisa social. O objetivo principal é apoiar o desenvolvimento de ações no campo da cultura, que venham ampliar o reconhecimento do papel das favelas na construção da identidade da cidade.
O processo de seleção dos jovens começou ainda em dezembro, priorizando aqueles que já tenham qualquer tipo de atuação cultural em suas respectivas comunidades. Além das intervenções culturais criadas e executadas pelos jovens a partir do processo de formação, o projeto também prevê um curso de pesquisa social onde os participantes aprenderão a mapear os hábitos e práticas culturais dos moradores das cinco favelas. Com base nos dados reunidos por meio da pesquisa será criada uma Plataforma de Direitos Culturais no Território (PDCT), disponibilizada na Internet e também na publicação final do projeto, que terá por objetivo orientar a formulação de ações em cultura, por agentes públicos e privados, nas favelas contempladas.
“Redes e Agentes Culturais das Favelas Cariocas” priorizará o fortalecimento de expressões culturais já existentes nestes cinco territórios, oferecendo aos jovens agentes culturais condições - através do conhecimento de técnicas de produção - para que explorem ainda mais suas capacidades criativas e articulem ações empreendedoras. Ao final do curso, os jovens serão certificados pela UFRJ como concluintes de um curso de extensão em produção cultural e em pesquisa social.
Legados para a cidade
Sobretudo, com a chegada da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, é cada vez mais necessário que sejam criados mecanismos de integração dos diversos territórios da cidade. É central, assim, que as favelas participem dos processos que envolvem a realização destes eventos. Para isso, há que se garantir que o potencial criativo próprio das favelas colabore nas diversas heranças deixadas para a cidade pela passagem dos jogos de 2014 e 2016.
Neste contexto, o projeto “Redes e Agentes Culturais das Favelas Cariocas” deixará para a cidade uma metodologia de mobilização social que visa produzir conhecimento e experiência nos territórios através da cultura. Com a formação a meta é oferecer uma educação complementar em que os jovens não apenas reproduzam, mas entendam as necessidades locais. O grande legado, entretanto, é registrar e potencializar expressões existentes nas favelas, nem sempre reconhecidas como práticas culturais.
Acesse o edital e Ficha de inscrição para vagas de Jovens Agentes, clicando aqui.
Para dar conta de seus objetivos o projeto precisará contar com cinco supervisores de campo atuando no processo de pesquisa que ocorrerá nos cinco territórios. O trabalho vai ser desenvolvido ao longo de 10 meses.
Os interessados(as) em concorrer a vaga de supervisor(a) de campo devem ler o edital e preencher o formulário de inscrição, aqui.
Link:http://www.observatoriodefavelas.org.br/userfiles/file/EDITAL_AGENTES_SUPERVISORES.pdf
O processo de seleção dos jovens começou ainda em dezembro, priorizando aqueles que já tenham qualquer tipo de atuação cultural em suas respectivas comunidades. Além das intervenções culturais criadas e executadas pelos jovens a partir do processo de formação, o projeto também prevê um curso de pesquisa social onde os participantes aprenderão a mapear os hábitos e práticas culturais dos moradores das cinco favelas. Com base nos dados reunidos por meio da pesquisa será criada uma Plataforma de Direitos Culturais no Território (PDCT), disponibilizada na Internet e também na publicação final do projeto, que terá por objetivo orientar a formulação de ações em cultura, por agentes públicos e privados, nas favelas contempladas.
“Redes e Agentes Culturais das Favelas Cariocas” priorizará o fortalecimento de expressões culturais já existentes nestes cinco territórios, oferecendo aos jovens agentes culturais condições - através do conhecimento de técnicas de produção - para que explorem ainda mais suas capacidades criativas e articulem ações empreendedoras. Ao final do curso, os jovens serão certificados pela UFRJ como concluintes de um curso de extensão em produção cultural e em pesquisa social.
Legados para a cidade
Sobretudo, com a chegada da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, é cada vez mais necessário que sejam criados mecanismos de integração dos diversos territórios da cidade. É central, assim, que as favelas participem dos processos que envolvem a realização destes eventos. Para isso, há que se garantir que o potencial criativo próprio das favelas colabore nas diversas heranças deixadas para a cidade pela passagem dos jogos de 2014 e 2016.
Neste contexto, o projeto “Redes e Agentes Culturais das Favelas Cariocas” deixará para a cidade uma metodologia de mobilização social que visa produzir conhecimento e experiência nos territórios através da cultura. Com a formação a meta é oferecer uma educação complementar em que os jovens não apenas reproduzam, mas entendam as necessidades locais. O grande legado, entretanto, é registrar e potencializar expressões existentes nas favelas, nem sempre reconhecidas como práticas culturais.
Acesse o edital e Ficha de inscrição para vagas de Jovens Agentes, clicando aqui.
Para dar conta de seus objetivos o projeto precisará contar com cinco supervisores de campo atuando no processo de pesquisa que ocorrerá nos cinco territórios. O trabalho vai ser desenvolvido ao longo de 10 meses.
Os interessados(as) em concorrer a vaga de supervisor(a) de campo devem ler o edital e preencher o formulário de inscrição, aqui.
Link:http://www.observatoriodefavelas.org.br/userfiles/file/EDITAL_AGENTES_SUPERVISORES.pdf
Patrimonio arquivistico e fotografico comum aos paises da CPLP
Gostariamos de chamar a vossa atencao para a divulgacao de alguns fundos e documentos relativos ao patrimonio arquivistico e fotografico comum aos paises da Comunidade dos Paises de Lingua Portuguesa (CPLP), pesquisaveis nas bases de dados online da Direcao-Geral de Arquivos (Arquivo Nacional da Torre do Tombo e Centro Portugues de Fotografia).
http://dgarq.gov.pt/cooperacao-e-relacoes-externas/servico-educativo/cplp-fundos-documentos/
Com os melhores cumprimentos,
Ana Isabel Fernandes
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Gabinete de Relacoes Externas e Cooperacao
Alameda da Universidade
1649-010 Lisboa
E-mail:
grec@dgarq.gov.pt
servico.educativo@dgarq.gov.pt
Tel.: +351 217 811 500 ext.: 14271
Fax: 217 937 230
http://dgarq.gov.pt/cooperacao-e-relacoes-externas/servico-educativo/cplp-fundos-documentos/
Com os melhores cumprimentos,
Ana Isabel Fernandes
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Gabinete de Relacoes Externas e Cooperacao
Alameda da Universidade
1649-010 Lisboa
E-mail:
grec@dgarq.gov.pt
servico.educativo@dgarq.gov.pt
Tel.: +351 217 811 500 ext.: 14271
Fax: 217 937 230
Inscrição para o Curso de Formação Continuada em Tecnologias da Informação e Comunicação Acessíveis - Até 05/01/2012
O Curso a distância em Tecnologias da Informação e Comunicação Acessíveis, no âmbito da Universidade Aberta do Brasil – UAB, é oferecido gratuitamente pelo Ministério da Educação-MEC, através da Secretaria de Educação Especial - SEESP, e desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS, sob a coordenação do Núcleo de Informática na Educação Especial – NIEE e o Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação CINTED.
O curso visa formar professores de escolas públicas na perspectiva da Educação Inclusiva, com abrangência nacional, auxiliando-os no uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação Acessíveis e na construção de ações pedagógicas para o atendimento educacional especializado (AEE), com o objetivo de apoiar processos de aprendizagem e desenvolvimento de alunos com necessidades educacionais especiais (NEEs), nas respectivas unidades de ensino.
O curso terá duração de 180 horas apoiado pelos recursos e ferramentas do ambiente EAD do curso - espaços de interação e comunicação, materiais de apoio teórico e técnico-metodológico, recursos de software, videoconferência e vídeos. A organização curricular envolve seis módulos estruturados em forma de disciplinas, compreendendo a apropriação de conhecimentos sobre a diversidade humana, a Informática acessível com seus recursos de Tecnologia Assitiva, recursos de acessibilidade à Internet e a Web , recursos de software multimídia e objetos de aprendizagem acessíveis e Plano de Ação Pedagógica. Para cada componente curricular estão previstas, ações pedagógicas para a apropriação técnico-metodológica das tecnologias digitais de informação e comunicação acessíveis, bem como, conferências pela Internet, apresentando experiências com alunos especiais, mediadas por TICs e/ou demonstrações de Tecnologia Assistiva, sendo todos os vídeos com tradução para LIBRAS.
Os professores cursistas matriculados no curso receberão o livro “ TECNOLOGIAS DIGITAIS ACESSÍVEIS”, juntamente com o DVD, que o material impresso que será trabalhado durante a realização do curso.
PÚBLICO- ALVO:
Professores da rede pública de educação municipal e estadual de todo o território nacional, que estejam, preferencialmente, no contexto das escolas inclusivas
PRÉ-REQUISITOS:
a) Possuir acesso a computador conectado a Internet
b) Ter disponibilidade para dedicar-se ao curso com 10 horas por semana em atividades assíncronas (realizadas no horário mais conveniente para o participante) e síncronas (realizadas através de ferramentas de bate-papo em horário previamente determinado)
Link Inscrições: http://www.cinted.ufrgs.br/niee/FormacaoContinuada_V2/inscricoes.htm
O curso visa formar professores de escolas públicas na perspectiva da Educação Inclusiva, com abrangência nacional, auxiliando-os no uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação Acessíveis e na construção de ações pedagógicas para o atendimento educacional especializado (AEE), com o objetivo de apoiar processos de aprendizagem e desenvolvimento de alunos com necessidades educacionais especiais (NEEs), nas respectivas unidades de ensino.
O curso terá duração de 180 horas apoiado pelos recursos e ferramentas do ambiente EAD do curso - espaços de interação e comunicação, materiais de apoio teórico e técnico-metodológico, recursos de software, videoconferência e vídeos. A organização curricular envolve seis módulos estruturados em forma de disciplinas, compreendendo a apropriação de conhecimentos sobre a diversidade humana, a Informática acessível com seus recursos de Tecnologia Assitiva, recursos de acessibilidade à Internet e a Web , recursos de software multimídia e objetos de aprendizagem acessíveis e Plano de Ação Pedagógica. Para cada componente curricular estão previstas, ações pedagógicas para a apropriação técnico-metodológica das tecnologias digitais de informação e comunicação acessíveis, bem como, conferências pela Internet, apresentando experiências com alunos especiais, mediadas por TICs e/ou demonstrações de Tecnologia Assistiva, sendo todos os vídeos com tradução para LIBRAS.
Os professores cursistas matriculados no curso receberão o livro “ TECNOLOGIAS DIGITAIS ACESSÍVEIS”, juntamente com o DVD, que o material impresso que será trabalhado durante a realização do curso.
PÚBLICO- ALVO:
Professores da rede pública de educação municipal e estadual de todo o território nacional, que estejam, preferencialmente, no contexto das escolas inclusivas
PRÉ-REQUISITOS:
a) Possuir acesso a computador conectado a Internet
b) Ter disponibilidade para dedicar-se ao curso com 10 horas por semana em atividades assíncronas (realizadas no horário mais conveniente para o participante) e síncronas (realizadas através de ferramentas de bate-papo em horário previamente determinado)
Link Inscrições: http://www.cinted.ufrgs.br/niee/FormacaoContinuada_V2/inscricoes.htm
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