quinta-feira, 17 de abril de 2008

Meu curriculo

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Diálogo Regional

Nos dias 23 e24 de abril o seu professor estara participando de um encontro em Cuiabá sobre a Lei 10639/2003.

Trabalho sobre dengue

Estado de Mato Grosso
Secretaria Estadual de Educação e Cultura de Mato Grosso
Escola Estadual de 1º e 2º graus “Plácido de Castro”


PROJETO DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA DENGUE EM BAIRROS DO MUNICIPIO DE DIAMANTINO ESTADO DE MATO GROSSO.


JUSTIFICATIVA
A situação da dengue no município de Diamantino vem se agravando a cada ano, com registros em 2007 de 246 casos no município (Fonte: Relatório de gestão e competência 2007).
No ambiente urbano existem inúmeros recipientes que acumulam água favorecendo a disseminação do mosquito transmissor da dengue.
É necessário o controle efetivo de recipientes, também denominados criadouros, para evitar que o mosquito se procrie e conseqüentemente evitar a ocorrência de casos de dengue.
Além disso, é fundamental que cada cidadão realize diariamente as recomendações e cuidados na eliminação dos criadouros no ambiente residencial, de trabalho e lazer.
Um dos fatores que contribuem para disseminação do vírus da dengue em um determinado espaço geográfico e dificultam as ações de vigilância e controle é a presença de imóveis não residências de médio e grande porte com grande fluxo e / ou permanência de pessoas, além da própria complexidade das edificações que, pelo seu tamanho, estrutura ou localização, podem favorecer a proliferação do vetor.
No Programa de Controle do Aedes aegypti no município de Diamantino e as ações de controle de criadouros visam evitar a proliferação do mosquito e, conseqüentemente, reduzir o risco de transmissão e disseminação do vírus na cidade.
Sendo assim os alunos do 2º ano A e B do período matutino da Escola Estadual Plácido de Castro criou várias ações que serão deflagradas visando o estimulo a mobilização social no controle do vetor por meio de várias estratégias:


· Elaboração de uma Cartilha “Tira-dúvidas sobre Dengue”;
· Instituiu o “Dia D de Combate a Dengue” no Município de Diamantino, destinado à mobilização da população e dos alunos;
· Ação dos alunos nos bairros de Diamantino para o alerta contra o surto da dengue;
Dado ao agravamento da doença em vários bairros do município e o aumento da infestação do mosquito transmissor da dengue em todo o município é fundamental que todos os segmentos da sociedade participem efetivamente das ações de controle.
É necessário que sejam criados mecanismos institucionais que garantam que as residências do município ofereçam um ambiente saudável, seguro, livre da infestação do mosquito Aedes aegypti demonstrando sua efetiva contribuição e responsabilidade social para a saúde da população.
Estas ações devem ser aplicadas no cotidiano do ambiente escolar e de trabalho, com extensão para o ambiente familiar por meio de seus alunos e funcionários atingindo a comunidade em que vivem.

OBJETIVO GERAL
Contribuir para manutenção do ambiente saudável na nossa cidade, livre da infestação do Aedes aegypti e participar das ações de controle de dengue em Diamantino.


METODOLOGIA
As ações devem ser operacionalizadas tanto em relação ao público interno como ao externo da instituição escolar e domiciliar, através de todos os canais de comunicação disponíveis com informações sobre a situação atual de dengue, medidas de controle no ambiente em que vivemos e na família e escola com ênfase na responsabilização de cada cidadão no bem estar da coletividade, para isso os alunos estarão fazendo visitas em dois grandes bairros o da Ponte e o Pedregal tendo em vista a geografia e alto índice de infestação nestes bairros da Cidade. Esses alunos terão um acompanhamento de um veiculo volante que estará chamando atenção mais ainda do problema.
Uma ferramenta básica para o controle do mosquito da dengue é o conhecimento do problema desde a sua origem e a sua relação com o meio ambiente, para posteriormente estabelecer formas de participação no controle, de acordo com as seguintes etapas:

Treinamento do pessoal.
Identificar e capacitar os alunos da Escola, através da área de saúde do trabalhador que deverão servir de catalisadores das ações nos seus locais de convivência.
Estas capacitações devem acontecer num formato dinâmico para possibilitar reflexão e discussão sobre o tema e a realidade do ambiente escolar.
Para o planejamento desta atividade a Escola podem recorrer aos professores da instituição e aos técnicos municipais dos serviços de saúde que realizam controle de vetores no Município para o apoio necessário e definição da temática básica da capacitação.

Elaboração de mapa de risco para dengue no local de trabalho.
Elaborar um mapeamento dos locais de maior risco para dengue identificando aqueles locais onde foram aplicadas medidas definitivas e aquelas que necessitam vistoria freqüente.
Isto poderá auxiliar na execução do trabalho rotineiro. Importante estabelecer um cronograma de vistoria para as áreas externas e internas utilizando uma ficha de monitoramento e esporadicamente.Contratar técnicos da equipe municipal que realizam controle de dengue para tirar dúvidas, propor avaliação e aprimoramento do trabalho.
Elaborar cronograma de atividades no ambiente Escolar.
Realizar orientações à população próxima tendo como meta à incorporação das práticas de controle do mosquito. Esta ação pode gerar um benefício geral. É importante conhecer informações sobre os locais com transmissão de dengue no bairro, ou proximidades, com reflexão do risco do estabelecimento na Instituição.
Dengue como tema em eventos da área de segurança do trabalhador.
Incluir em eventos da área de saúde do trabalhador a temática Dengue. Contando com assessoria de técnicos da prefeitura municipal, capacitados para realizar palestras, exposições, ou sugerir atividades sobre essa temática a serem realizadas na Cidade.
Poderão ser organizadas atividades com a participação de todos os funcionários, uma rede de informações, promoção de práticas no controle do vetor desencadeadas pelos alunos para seus familiares e vizinhanças.


Atividades de vistoria e eliminação de criadouros permanente.
Desenvolver ações de combate ao vetor de forma continuada e permanente e, em períodos que antecedem o verão devem ser intensificadas.

Projetos voltados à reciclagem de materiais descartáveis.
Propor a população de Diamantino ações de reciclagem de materiais descartáveis como forma de estímulo ao controle de criadouros da dengue, para os alunos, podendo ser estendidos à comunidade do bairro. Esta atividade deve contribuir para a melhoria do meio ambiente, e reduzir os riscos da presença do mosquito transmissor da dengue na cidade.

Plano de ação.
Os alunos deverão elaborar um relatório visando formatar um plano de ação, descrevendo atividades mais adequadas para a intervenção sobre a situação encontrada no imóvel no momento da vistoria inicial e propostas de encaminhamentos, incluindo locais internos e externos e que contemplem ações dirigidas para o público interno e externo.

Monitoramento e avaliação do imóvel especial.
A - Um relatório das atividades realizadas nos bairros é importante para divulgar o envolvimento dos alunos no combate ao mosquito Aedes aegypti e conseqüentemente controle da dengue no Município de Diamantino.
B- Será enviada cópia ao Setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde a dar aspecto visibilidade à ação através dos alunos no combate a dengue.
C - Importante que a avaliação das atividades seja desencadeada com a participação de equipes de controle de vetores do município, para o controle da dengue.
D - O agente de saúde municipal, responsável pelo setor acompanhara inspeção do local com os alunos da Escola Plácido de Castro, apontará as providências a serem tomadas, quando for o caso, assim como os eventuais riscos que o imóvel oferece para a proliferação do mosquito.
“A responsabilidade social das Escolas públicas ou privadas no controle de dengue deve ser prioridade, a partir de atitudes pró-ativas e ações que demonstrem uma prática saudável no atendimento à população”.




Diamantino, abril de 2008.

Projeto elaborado por:
JACILDO DE SIQUEIRA PINHOBiólogo: Especialista em Gestão Ambiental na Agroindústria



ANEXOS
PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE A DENGUE
1. Qual é a diferença entre a dengue clássica e a hemorrágica?
A clássica é mais branda do que a hemorrágica, que pode até causar a morte do doente.
2. As pessoas que já tiveram dengue uma vez podem desenvolver o tipo hemorrágico?Sim. Qualquer um dos 4 sorotipos da dengue pode causar dengue hemorrágica. A probabilidade de manifestações hemorrágicas é menor em pessoas infectada pela primeira vez, portanto pessoas que contraem dengue mais de uma vez apresentam maior chance de complicações do quadro clínico, incluindo manifestações hemorrágicas.
3. Por que ela é mais perigosa?
Porque, como o próprio nome diz, causa hemorragia e pode levar à morte.
4. Que tipo de exame identifica a dengue hemorrágica?
Há três exames que podem ser utilizados: a prova do laço, a contagem das plaquetas e a contagem dos glóbulos vermelhos. A prova do laço é um exame de consultório, com uma borrachinha o médico prende a circulação do braço e vê se há pontos vermelhos sob a pele, que indicariam a doença. Os outros testes são feitos por meio de uma amostra de sangue em laboratório.
5. Quais são os sintomas da versão hemorrágica?
A dengue hemorrágica se manifesta de três a cinco dias depois da clássica. A febre reaparece após ter cessado, causando suor, deixando a pele esbranquiçada e as extremidades frias. É comum dor de garganta, queda de pressão, dores no estômago e abaixo das costelas. As hemorragias ocorrem em pequena quantidade. Quando a doença fica ainda mais grave o fígado fica mole e doloroso. As cólicas abdominais e a hemorragia aumentam, atingindo o tubo digestivo e os pulmões.
6. Qual é o tratamento?
Neste caso, a recomendação é aplicação de soro e plasma. Em certos casos há a necessidade de transfusão de sangue.
7. O mesmo mosquito que transmite dengue clássica pode transmitir a hemorrágica?Sim.
8. Qual a taxa de mortos entre os contaminados?
De acordo com as estatísticas a chance de morte no caso da primeira manifestação da dengue clássica é zero. Na dengue hemorrágica a taxa é de aproximadamente 3%.
Precauções com o mosquito
1. O mosquito infectado pode picar e mesmo assim não transmitir a doença?
Sim, de 20% a 50% das pessoas não desenvolvem a doença.
2. Por que algumas pessoas são picadas, mas não ficam doentes?
Por características do sistema imunológico de cada um.
3. É verdade que o mosquito não pica à noite?
A fêmea do Aedes tem hábitos diurnos, não costuma picar à noite.
4. Que outros hábitos o Aedes tem?
O mosquito fica onde o homem estiver, e prefere picá-lo a qualquer outra espécie e também gosta de água acumulada para colocar seus ovos.
5. É verdade que o mosquito se reproduz mais rápido no calor? Por quê?Sim. No calor, o período reprodutivo do mosquito fica mais curto e ele se reproduz com maior velocidade. Isto explica o aumento de casos de dengue no verão.
6. Por que só a fêmea do Aedes aegypti pica?
As fêmeas picam depois do acasalamento porque necessitam do sangue que contem proteínas necessárias para que os ovos se desenvolvam.
7. Quanto tempo vive o Aedes?
A fêmea do Aedes vive cerca de 30 a 45 dias e, nesse período, pode contaminar até 300 pessoas.
8. Quantos ovos um mosquito coloca durante sua vida?
Até 450. Descobriu-se que existe a transmissão transovariana, ou seja, que a fêmea, se estiver contaminada, inocula o vírus nos ovos e os mosquitos já nascem com ele. Isso multiplica as chances de propagação.
9. Por que a água acumulada é tão perigosa?
Porque a fêmea deposita seus ovos em locais com água acumulada.
10. Água de piscinas é uma ameaça?
Não se estiver recebendo o tratamento adequado com aplicação de cloro em quantidade correta. Caso contrário será um criadouro de mosquitos.
11. Adianta só tirar a água dos pratinhos que ficam sob os vasos?
Não. Os ovos ficam aderidos às laterais internas dos pratos ou ainda nas laterais externas dos vasos. O ideal é optar por pratos que fiquem bem justos ao vaso e lavá-los com água e sabão, utilizando uma bucha para retirada de possíveis ovos.
12. Ovos ressecados do Aedes também são perigosos?
Sim. Mesmo ressecados, os ovos são perigosos. Eles sobrevivem até 1 (um) ano sem água e, se neste período entrar em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça.
12. O repelente funciona? Quantas vezes deve ser aplicado por dia?
Os repelentes possuem ação limitada e não eliminam o mosquito, apenas o mantém distante.
13. O uso de inseticida contra o Aedes pode torná-lo imune ao produto químico utilizado?
Sim, pode.
14. Velas e incensos ajudam a espantar o Aedes?
Velas de citronela ou andiroba têm efeito paliativo. Isto porque o raio de alcance e a duração são restritos.
15. A solução de água sanitária com água limpa nas plantas é eficiente?
Não, é necessário substituir bromélias e outras plantas que acumulem água por aquelas que não acumulem água em suas folhas.
16. Aplicar borra de café na água das plantas e sobre a terra ajuda a combater o Aedes?A eficácia da borra de café na dosagem de duas colheres de sopa para meio copo de água não foi comprovada e a sua utilização não simplifica os cuidados atualmente recomendados que são: a eliminação dos pratos ou a utilização de pratos justos aos vasos, a colocação de areia até as bordas dos pratos ou eliminar a água e lavar os pratos com bucha e sabão semanalmente.
17. Mosquitos podem ser transportados em carros, aviões ou navios?
Sim, desde que haja condições adequadas no meio de transporte.
18. Quanto tempo eles sobreviveriam numa viagem dessas?
Cerca de 10 ou 12 horas nas condições ideais.
19. Qual é a autonomia de vôo do mosquito?
O Aedes costuma circular num raio de 50 a 100 metros de distância do local de nascimento.
20. A borrifação de inseticidas mata os ovos ou apenas os mosquitos adultos?
Apenas os mosquitos adultos. Por isso, a borrifação de inseticidas só é eficaz no caso de surtos ou epidemias. Para matar os mosquitos é preciso acabar com os ovos. Caso contrário, outros mosquitos nascerão.
21. Quais são as condições ideais para o mosquito procriar e agir?
A temperatura que o mosquito gosta é de 26 a 28 graus. Qualquer temperatura inferior a 18 graus o torna inoperante. Com 42 graus, ele morre.
22. Como a pessoa infectada transmite o vírus para o mosquito?
Durante seis dias ela pode transmitir o vírus para o mosquito. Um dia antes de começar a sentir os sintomas e nos cinco primeiros dias de sintoma. Depois disso, não infecta mais o mosquito.